Era obrigatório. Logo pela manhã.
E cumpria essa obrigação sem qualquer dificuldade.
Um prato de “Farinha Amparo”, que pedia bem grossa, acordava-me para o dia de escola. Já trajado com o bibe azul e gola de goma branca que sempre detestei por me sentir apertado, aquele prato era o ponto de partida para descer o quarto andar, e esperar pelo Sr. Tavares, condutor da velha carrinha do colégio, onde os cestos de verga com o almoço, as pastas com os cadernos, livros e estojos de lápis de “dois andares”, formavam amálgama com gritos e sonos.
“Farinha Amparo”!
Desapareceu.
Vão longe esses dias, mas ainda há marcas que se mantêm, algumas das quais nada me dizem. Os “dias que voam” levaram-me os gatos de chocolate, o “ComaComPão”, os cubos de marmelada embrulhados em celofane, os gelados da “Rajá”, os chocolates da “Regina” e…a “Farinha Amparo”. Qual “33”, qual “Predilecta”…
Não há direito!
Há pouco tempo, descobri aqui que afinal tinha mudado de nome, mas ainda havia.
Procurei com denodo, mas sem sucesso.
Consegui telefonar para o fabricante, e fui informado que só encontraria à venda fora de Lisboa…
Estranho.
E cumpria essa obrigação sem qualquer dificuldade.
Um prato de “Farinha Amparo”, que pedia bem grossa, acordava-me para o dia de escola. Já trajado com o bibe azul e gola de goma branca que sempre detestei por me sentir apertado, aquele prato era o ponto de partida para descer o quarto andar, e esperar pelo Sr. Tavares, condutor da velha carrinha do colégio, onde os cestos de verga com o almoço, as pastas com os cadernos, livros e estojos de lápis de “dois andares”, formavam amálgama com gritos e sonos.
“Farinha Amparo”!
Desapareceu.
Vão longe esses dias, mas ainda há marcas que se mantêm, algumas das quais nada me dizem. Os “dias que voam” levaram-me os gatos de chocolate, o “ComaComPão”, os cubos de marmelada embrulhados em celofane, os gelados da “Rajá”, os chocolates da “Regina” e…a “Farinha Amparo”. Qual “33”, qual “Predilecta”…
Não há direito!
Há pouco tempo, descobri aqui que afinal tinha mudado de nome, mas ainda havia.
Procurei com denodo, mas sem sucesso.
Consegui telefonar para o fabricante, e fui informado que só encontraria à venda fora de Lisboa…
Estranho.
10 comentários:
Talvez o carlos saiba. Afinal ele é o rei das marcas.
Mas ainda há chocolates Regina e cubinhos de marmelada da Confeitaria da Ajuda (se não me engano) à venda nos hipermercados.
Num dos lados do pacote não era uma pista de atletismo e um atleta...? Ou estou a trocar as tintas ?
Ola ainda faltam algumas marcas tais como a Aliança , e a Favorita com os seus chocolates e bolachas, quanto aos chocolates Regina isso são marcas que embora compradas pela Imperial de Vila do Conde se não estou em erro, jamais foram fabricadas nos locais de origem depois do fecho destas antigas fábricas, e que após o seu encerramento deram a origem sempre a grandes projectos imobiliários para condomínios privados.
A farinha amparo era também a minha preferida, quando um destes dias o meu neto me pediu para comprara farinha 33, provei que desilusão.
A encontrar a Amparo não se esqueça de avisar por mim vou procurar tambem
A Marca farinha Amparo foi comprada por uma empresa de Moagem chamada "Granel" que apenas vende a a farinha (normal) clientes industriais.
A fábrica está situada em Alhandra ao lado da Provimi.
Caro Luis Bonifácio
É verdade que a marca "Farinha Amparo" foi vendida.
Mas não é menos verdade que a farinha antiga é propriedade da "Meldouro", segundo a qual só vende fora de Lisboa...
a confeitaria da ajuda continua a fabricar e comercializar os cubos de marmelada.
quanto à regina, depois de ter passado algum tempo para a propriedade dos quadros da antiga fábrica falida, estes venderam a marca a imperial (empresa do grupo rar)
a farinha amparo já é um caso mais complicado.
a marca, originalmente e desde 1957, dos armazens de mercearia aldouro, moveu um processo contra a tentativa da meldouro (uma empresa criada por um ex-sócio da aldouro) de obter os direitos sobre a marca farinha amparo.
a marca amparo pertence, de facto, à ceres, depois granel, veio reclamar contra a revalidação do registo da marca farinha amparo por achar que esta concorria com a sua marca 'amparo', por acaso criada muitos anos mais tarde que a da 'afarinha amparo'
para simplificar (ou complicar) o comentário, consultem o boletim da propriedade industrial nº 11, de 2005, pagina 4105, onde poderão ler um historial completo do registo das marcas em questão.
http://www.marcasepatentes.pt/files/collections/pt_PT/49/55/60/139/02.%20Tribunais%20-%20C%C3%B3pias%20de%20Senten%C3%A7as%20e%20Ac%C3%B3rd%C3%A3os.pdf
Pois é, carlos, esta história é bem complicada.
O processo parece estar em tribunal, mas é incompreensível que da "Meldouro", para onde telefonei, a resposta seja que a "Amparo" está à venda em qualquer estabelecimento comercial "fora de Lisboa"...
Notava-se a "sensibilidade" da questão na voz que me atendeu, mas julgo que seria preferível dizerem a verdade.
Olá,
Tenho uma questão que tem estado na cabeça dum amigo meu a machucá-lo e só lhe sairá quando estiver resolvida.
É que ele ouviu dizer (não sei se boato ou qualquer coisa do género, daí o objetivo desta minha mensagem: desvendar) que A Moreninha foi vendida a estrangeiros. Será isto verdade?
Com os melhores cumprimentos,
Fernando Couto
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