9 de janeiro de 2010

Um chá à lareira

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O frio faz pensar em reconfortantes chávenas de chá, ideia extensiva a tisanas ou infusões.
Com um tempo pessoal e intencionalmente tornado pacato a anteceder o Natal e guardando estes produtos dentro de um enorme armário de cozinha, houve a decisão de organizar aquilo que, ao longo do ano, se foi desordenando. Apercebi-me do facto de, nos próximos meses (anos?), não haver o imperativo de comprar estes produtos, sob risco de nada mais caber no espaço das ‘arrumações alimentares’ para além das referidas embalagens...
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Os exemplares são igualmente uma estória feita de memórias e deambulações através de viagens de trabalho e de estudo (aproveitadas também para lazer, já que não são intencionalmente turísticas) de uma tribo familiar um pouquinho nómada: os escoceses aromatizados com whisky, os canadianos (diz-se que receita índia) vindos da região dos Grandes Lagos, a prometer a recuperação das forças perdidas após um dia de canseira, os típica e orgulhosamente nacionais de ervanária, colhidos em hortas e nas belas altitudes do Gerês, estes os mais genuínos e reconfortantes em opinião pessoal.
Durante anos e após ter trabalhado como auxiliar de cozinha num lar em terras de John Bull para aperfeiçoar o cada vez mais exigido ‘English’ , veio o hábito de abrir o dia com uma deliciosa chávena de chá preto (as mistelas servidas na maior parte dos cafés são uma decepcionante falsificação, carregadas de corantes e de aromatizantes). Com o passar dos tempos, o hábito caiu em desuso, tendo vencido o grão colhido em latitudes tropicais. Penso que nós, os latinos (nunca tentei confirmar o lugar-comum de 'serem os romanos loucos') a termos de optar, não trocaríamos o caffè espresso (a escandalizar os súbditos de sua majestade que sempre enviaram escandalizados olhares de modo mais ou menos subliminar ao verem alguém a ostentar a pequena chávena mal cheia com esta poderosa poção tão ao gosto de lusitanos, castelhanos, italianos e franceses) por uma perfumada tisana ou por reconfortantes earl grey ou orange pekoe.
Apesar disso e não sendo fundamentalista, nada como uma (por vezes muitas) chávenas de chá ou de tisanas várias ao longo destes dias gélidos, mesmo sem as poder ingerir envolta na magia de casas de chá japonesas apresentadas em telas de cinema.

2 comentários:

Anónimo disse...

Flores cordiales

teresa disse...

Saludos.
http://www.youtube.com/watch?v=7aTQ1WYg96s