O Gin, aqui em baixo, invectiva o que se tem feito sobre a infecção por H1N1. A Nature, uma das mais respeitadas revistas científicas do planeta e que não costuma alinhar em futebóis, publica no seu número de hoje um editorial sobre o H1N1. Transcrevo dois parágrafos:
The sobering fact is that humans were lucky with this pandemic. Most cases have been mild, yet health services were still often stretched to capacity. And the fact that vaccines were too few, too late, would have been catastrophic if the virus had been more lethal.
[...]
The danger now is that last year's relatively mild pandemic will create a false sense of security and complacency. The reality is that next time we might not be so lucky — especially given that this time most of the world's population, living as they do in developing countries, had no access to either vaccines or antiviral drugs. Governments and scientists would do well to redouble efforts to reinforce our pandemic defences, and to draw what lessons they can from this outbreak as a dry run for a more severe pandemic.
Subscrevo. Tivemos foi uma sorte do caraças. Quanto à incerteza e à busca das melhores soluções por observação, tentativa, erro e nova tentativa, essas, fazem parte do processo científico. Certezas e verdades definitivas são o departamento das pitonisas e dos vendedores de banha-de-cobra.
The sobering fact is that humans were lucky with this pandemic. Most cases have been mild, yet health services were still often stretched to capacity. And the fact that vaccines were too few, too late, would have been catastrophic if the virus had been more lethal.
[...]
The danger now is that last year's relatively mild pandemic will create a false sense of security and complacency. The reality is that next time we might not be so lucky — especially given that this time most of the world's population, living as they do in developing countries, had no access to either vaccines or antiviral drugs. Governments and scientists would do well to redouble efforts to reinforce our pandemic defences, and to draw what lessons they can from this outbreak as a dry run for a more severe pandemic.
Subscrevo. Tivemos foi uma sorte do caraças. Quanto à incerteza e à busca das melhores soluções por observação, tentativa, erro e nova tentativa, essas, fazem parte do processo científico. Certezas e verdades definitivas são o departamento das pitonisas e dos vendedores de banha-de-cobra.
6 comentários:
Concordo em absoluto.
Fazes falta a escrever aqui Azinho:)
Quando era miúdo ouvia dizer: “os pobres quando adoecem deitam-se e tomam chá”. Muitos sobreviviam, outrso não.
A "inventiva" não tinha a ver com os aspectos técnicos e científicos da investigação. Apenas fazia eco da imprensa que falava na auditoria que a OMS diz ir pedir, face às críticas do Conselho da Europa. A experieência diz-lhe que quando estas organizações, assim um pouco como a UEFA ou a FIFA, ou outras que tais, onde os abusos, a corrupção campeiam, chegam à fase de pedir auditorias, é porque a coisa derrapu para lá do escândalo.
Por norma não é desconfiado mas a coisa sempre lhe cheirou a exagero.
Todos os anos há gripes, há isto, há aquilo, mas a ideia que tem é que a gestão desta gripe encaminhou-se para fins que pouco tiveram a ver com a defesa e a saúde das populações. Criou-se um pânico estupido que colocou as pessoas, acima de tudo os mais pobres e carenciados, sem nenhuns hábitos de pensar pela sua cabeça, à beira sabe-se lá de quê: há vacinas, não há vacinas, são comparticpadas, não comparticipadas, médiocs a dizer que não tinham ideia nenhuma sobre isto aquilo ou aqueloutro, farmacêuticos a dizer que as vacinas não chegavam para todos. É tudo isto que o incomoda, indigna.
Necessariamente acabaram por meter na cama e tomar chá, os que ainda têm onde se deitar, possibiliade de tomar chá.
Quanto ao resto, por completa ignorância na matéria, não pode pronunciar-se.
Dizes que tivemos uma sorte do caraças. Já não era sem tempo, face aos dias negros que envolvem o mundo, ter-mos alguma...
Já são duas pandemias de destruição maciça. A primeira começou numa cimeira nos Açores...
Cumpts.
Um pouco à margem - ou talvez não - da questão aqui abordada,(e em honestidade não consigo exaltar os benefícios da vacina ou dizer que as desvantagens os superam, embora tenha optado por não vacinar a mais nova pois, quando tomava uma qualquer vacina para a gripe desencadeava crises severas de asma), preocupa-me a questão de alguns medicamentos que ora são providenciais, ora são retirados do mercado por se concluir(?) que oferecem mais riscos do que benefícios.
Uma das minhas filhas tomou durante meses um desses 'retirados' nos EUA e fiquei a modos que alarmada por ter visto num qualquer noticiário que associavam casos 'sem retorno' à toma dos ditos comprimidos (sei o nome mas não vou referir por motivos óbvios)...
Que isto não seja encarado como apologia ao bruxo da aldeia (aqui perto havia um que receitava tisanas de cannabis aos idosos, ficando os mesmos muito 'bem-dispostos' e um dia passou a residir temporariamente num presídio).
Tzinha: Sinto cada vez mais pudor em escrever. Só isso.
Gin: Tivemos sorte, sim.
Bic: Misturar alhos com bugalhos não é útil. Nem sério. Admito estar errado e haver uma qualquer relação, pelo que desde já peço desculpas.
Teresa: Dúvidas, sempre. Uma meia certeza: guiarmos a nossa conduta pelo que dizem os media não é uma boa ideia.
Com pudor ou sem pudor...Escreve!
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