29 de outubro de 2009

Uma festa de cor e de sabor

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O restaurante do Sr. Augusto é assim como que uma espécie de pausa escolar onde se almoça entre amigos. O espaço é característico, com alguns troféus do FCP (não percebi por que motivo não pertence ao clube da sua cidade nortenha, que é outro e nem tem andado mal, mas não lhe irei perguntar para não despoletar algum discurso inflamado…).
Aquando da proibição de fumar a seguir ao cafezinho, a alternativa encontrada foi a de construir uma varanda envidraçada com duas mesas e algumas cadeiras. As abóboras nesta esplanda de improviso, pendem do tecto. Inicialmente sem cor surpreenderam, há dias, pelos motivos coloridos inventados por este homem da restauração que um dia ainda será responsável por uma nacional festa de cores a concorrer com o Halloween, o que não surpreende dado , há dois anos, ter recuperado cá pela terra uma tradição não celebrada há 3 décadas designada por «Festa do Espírito Santo».
As abóboras vêm da sua lavra, bem como uvas e figos que tantas vezes nos oferece generosamente no final do almoço. Sempre que a escolha é cozido à portuguesa revela infinita paciência e um atendimento personalizado, pois uns pedem doses extra de couve e cenoura, outros este ou aquele enchido especial e sempre responde às preferências de cada um com um sorriso.
Para além da publicidade ao seu clube, gosta de colocar nas paredes as fotografias das figuras públicas que passaram pelo restaurante, em pose ao lado da sua família. Passa ainda o tempo a discutir jogadas com a minha amiga Fátima que, tendo um ar muito moderado, suspeito nela a existência de uma dupla personalidade. É que já nos confidenciou mudar completamente em frente ao ecrã quando está a ver o seu FCP (isto quando não arrasta a família toda até ao Porto para assistir aos jogos 'in loco'). E, para concluir, muitos se riem por não perceberem estes diálogos entre o empresário de restauração e a professora : é que quem não delira com estas coisas da bola – e aqui incluo-me - não consegue entender a utilização da primeira pessoa do plural nos diálogos frequentes, do tipo: «marcámos um grande golo aos 20 minutos» ou «o árbitro não nos tratou bem»…

2 comentários:

Luísa disse...

Nunca vi esse Sr. Augusto mas já gosto dele! Só não iria alinhar nas conversas futebolísticas porque não "pesco" nada de bola!!

teresa disse...

Quanto ao futebol, já somos duas, embora respeite a tradição familiar, mas não me perguntem os nomes dos jogadores da equipa 'herdada'.

E em relação ao almoço, hoje foi um delicioso cabrito assado no forno com aquelas batatinhas...:D