13 de julho de 2009

SÍTIOS POR ONDE ELE ANDOU

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De quem nasce em Lisboa se diz que não tem terra.
Se bem que tenha nascido na mais maravilhosa cidade do mundo – também não são largos os horizontes que olhou… - sempre se comoveu quando a outros ouve falar da terra, que à terra vão, ver os pais, irmãos, demais parentes, pelo Natal, pela Páscoa pela festa do padroeiro.
Quando Lisboa tinha hortas espalhadas um pouco por aí, por Benfica, pelo vale de Chelas perdia-se a olhar, a desejar ter, algures, casa, com horta nas traseiras, poço, pepinos, tomates, cebolas alfaces, pimentos, hortelã da ribeira, coentros, cheiros e mais cheiros, gostos que fazem a alegria dos dias. Mexer na terra, sentir o cheiro, o calor. Olhar o crescimentos dos vegetais, das árvores.
Fazer um filho, plantar uma árvore, escrever um livro, para seguir, dizem os preceitos de como se pode ser um verdadeiro homem.
De modo que, quando entrou nesta terra e como postal de boas vindas deu de olhos com este couval, cebolal ao lado, encontrou-se, de repente, a citar o murmúrio de Jacinto para o amigo Zé Fernandes: “Que beleza”.
É feliz a terra que assim se mostra ao viajante mal ele entra pelas ruas Poderiam ser hortênsias, rosas, cravos em canteiros, tantas outras flores. Mas não: são couves, estas que a fotografia, tirada no calor morno de quase hora de almoçar, mostra.
Radiante que estava, deu-lhe o entusiasmo para transformar o texto em adivinha, difícil, é certo, mas acredita que é possível alguém acertar, aliás, tem quase a certeza:
“Em que terra de xisto, no centro do país, ele olha este couval?”
Voltará, mais tarde, para dar a resposta, e do resto falará.

6 comentários:

teresa disse...

Welcome,welcome gin-tonic!
Que bela horta! :)

carlos disse...

este parece um alfobre em fajão com foto rirada no adro...

mas estarei longe de reconhecer ramadas de cebolas assim...

gin-tonic disse...

Assim ele adivinhasse os números de uma qualquer lotaria.
Exactamente Carlos, ele acabou de deixar o carro no parque, junto à Igreja de Fajão e deu com o couval.
DE facto não há cebolas à vista e ele, jura, que ainda não se tinha sentado à mesa do juiz de Fajão. Serão alhos se para tanto der a sua ignorância de citadino a olhar a terra quse como boi para palácio.
Quinta-feira da semana passada e vai falar do resto lá mais para a noitinha...
Só vendo se pode saber melhor porque há quem largue o bulicio das cidades, para se sentar no paraíso.

carlos disse...

então e porque foste na quinta feira e não no fim de semana????

eu cheguei sexta pela noitinha
seguramente terias um almoço, não no juiz, mas num terraço de fajão.

avisa da próxima.
mas avisa mesmo...

quanto ao resto, fajão é magico..
digo eu :)

Gin-tonic disse...

Pergunta mais que pertinente, Carlos, mas acontece que ele não sabia para onde o estavam a encaminhar. Os porquês há-de contá-los mais tarde.
Aliás, seria de uma indelicadeza sem nome, um verdeiro crime de lesa pátria, ir a Fajão, fosse lá o dia que fosse, e disso não te dar notícia.

carlos disse...

tens que dizer a quem te levou para a próxima o fazer a um fim de semana, com aviso prévio.

ali no juiz, se passares o passadiço, verás um pouco mais à frente a minha casa