E o sol apareceu para o camisola amarela e deu cor às t-shirts espalhadas por inúmeros fios da vila… a animação é grande e o fim de tarde promete bebidas frescas… eles chegam daqui a poucos minutos… de onde estou vejo muitos balões, muitas camionetas grandes e coloridas, pessoas que passam nas ruas com as mãos cheias de brindes. Há ecrãs gigantes, janelas decoradas, bares improvisados no meio dos passeios, há música aos gritos, barbecus a fumegar, gente e mais gente na rua… uns santos populares à francesa pela ocasião do tour de France… a voz do locutor entusiasma-se, os primeiros devem estar a chegar…
21 de julho de 2009
aí vêm eles...
E o sol apareceu para o camisola amarela e deu cor às t-shirts espalhadas por inúmeros fios da vila… a animação é grande e o fim de tarde promete bebidas frescas… eles chegam daqui a poucos minutos… de onde estou vejo muitos balões, muitas camionetas grandes e coloridas, pessoas que passam nas ruas com as mãos cheias de brindes. Há ecrãs gigantes, janelas decoradas, bares improvisados no meio dos passeios, há música aos gritos, barbecus a fumegar, gente e mais gente na rua… uns santos populares à francesa pela ocasião do tour de France… a voz do locutor entusiasma-se, os primeiros devem estar a chegar…
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4 comentários:
Gosta da fotografia, mais ainda do cinzento do céu. Talvez um dia tente ir ver, in loco, o Tour, quando ele passa pela Normandia Há três anos, em Paris, foi a Roalnd Garros. Pensava ele, quando via o torneio no "Eurosport", que em redor dos campos existiam barraquinhas a vender "flutes" de champanhe, como aqui, à volta da "Catedral", há roulottes a vender sandes de coiratos e imperiais em copos de plástico. Desolação total - aquilo é um condominio fechado, rogorosamente vigiado e só ao alcance de privilegiados, seja lá o que isso for...
Mas essa frustracção não terá com o Tour. O Tour é mesmo uma festa.
Se não leu, tente encontrar "325.ooo Francos" do Roger Vailland. Trata de ciclistas e não só...
O circuito cicclista de Bionnas é disputado todos os anos, no primeiro domingo de Maio".
o 325 000 francos é daqueles livros para ler num fôlego porque ele não se deixa largar.
ao vailland cheguei pelo cardoso pires que o venerava
Pois é,Carlos, entrámos pela mesma porta. Não há duvida, isto é uma pequena banheira...
Consta que o Cardoso Pires era um "chato" com o Vailland. A quem apanhasse à mão lá saía Vailland. O Alexandre O'Neill tem sobre isso um poema muito giro:
"Ao Zé Cardoso peço uma miúda
com um toque de chiado ou de grandella
às nove e duas pernas da manhã,
que, como o peixe, tesa de frescura,
tenha perdido a escama de donzela,
mas não venha falar-me do Vailland..."
Um abraço
bastava a cartilha do marialva para qualquer mortal se sentir compelido a ler o roger vaillant.
estranhamente um livro 'menorizado' na obra do cardoso pires, mas acho eu, determinante na inflexão da sua obra para aquilo em que se tornou pioneiro e o grande mestre: na literatura portuguesa urbana.
é a partir desta grande pesquisa e admiração pelo d. luis da cunha, vista sob o olho de vaillant que o cardoso pires se torna NO grande escritor urbano português (ainda não há outro com este sentido)
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