Que coincidência! Vivi na Jose Falcão até aos 5 anos! Não sei o número mas lembro-me que no vão da escada do prédio faziam venda de livros e revistas , novos e usados. As de banda desenhada da Lulu e do Bolinhas eram as minhas favoritas. E do lado de lá da estrada havia uma retrosaria que eu adorava, com torres de caixas de botões, linhas âncora, e tecidos. Ainda existe? Isto sim, agora catapultou memórias-a papelaria Regalo: responsável pelo meu fascínio por livros e artigos escolares; a sapataria Bambi ( acho que era esse o nome) onde os pais me compravam as botas ortopédicas e sandálias inglesas); e a pastelaria Minerva onde o meu pai me comprava belos Bolos de Côcô;e eu todos os dias caminhava pela Cavaleiro de Oliveira em rumo á Escola preparatória D. João I onde andei até á quarta classe. Algumas destas lojas ainda existem? Obrigada T. por esta “viagem” imprevista.
Infelizmente a venda de livros desapareceu. A retrosaria ainda existe. Existe uma papelaria na Cavaleiro de Oliveira, não sei se se chama assim. Eu vou fotografar para ver.O Gin também é daqui da zona:) Se soubesse o número era giro:)
Na Rua José Falcão na esquina em frente à Minerva havia uma Livraia/Papelaria onde se lembra de ter comprado o 1º volume das Obras Completas do Jaime Cortesão. Também lá comprou "In Illo Tempore" do Trindade Coelho. Um tempo em que as papelarias/tabacaria vendiam livros, principalmente os da Roamano Torres com o Emílio Salgari e o Walter Scott à cabeça. O José Cardoso Pires em "A Cavalo no Diabo" tem a crónica "Conversa de Al Capone onde fala da Rua José Falcão: "Aí pelos anos 50 Al Capone tinha o quartel-general nima leitaria da Avenida Almirante Reis qause à esquina da rua José Falcão." E no mesmo livro há outras crónicas a falar da Almirante Reis e arredores. Ainda tilintavam os electricos na Almirante Reis.
Não conheço o livro Gin, mas agora estou curiosa. Também não me lembro dessa tabacaria mas lembro-me bem dos eléctricos a tilintar :) Lembro-me bem de andar com o mau pai no número 24 desde a Av. Duque D’Ávila até á Av. Almirante Reis e virmos todo o caminho a cantar. E também lembro duma loja de café na Almirante Reis, mesmo ao pé da José Falção. Enquanto a minha mãe comprava café e eles moiam, eu escolhia os rebuçados e bombons. Ahhh, e havia também uma loja que vendia lotaria e aonde o meu pai enterrou uns tostões ;)
É provável que haja algum desfazamento de datas. Não quer garantir mas pensa que a papaelaria esteve ali até ao 25 de Abril. Os livros de que falou tê-los-á comprado por 1963/64. Agora está lá uma loja de moda feminina e antes foi outras coisas. A papaelaria ficava na esquina, mesmo ao lado das duas casas de cafés que já perderam perderam aquele cunho de lojas de bairro. Hoje, uma delas é loja de bijuterias, outra um café a armar a um jet-set saloio. O quiosque das lotarias, o "Quiosque Tivoli", ainda lá está.
Pois Gin, eu no 25 de Abril tinha 8 anos. Não me lembro da livraria, mas o facto de que o Quiosque Tivoli ainda marca presença reflecte bem o poder que o dinheiro ainda tem sobre o ser humano. Às vezes penso quantas pessoas necessitadas poderiam ser ajudadas com o dinheiro que quiosques deste tipo fizeram ao decorrer dos anos. Ah T.,que pena que a loja do café já não existe. Moscatel? Ia mesmo bem agora. Já não provo um há séculos.
Teria mesmo que haver um desfasamento de datas: no 25 de Abril ele tinha 29 anos e até é provável que a papelaria tenha encerrado antes de Abril. Mas isso ele não consegue confirmar porque faz parte do tipo de vivências que se alojaram na parte adormecida do cérebro. Pelas coordenadas que a T. oferece, conclui que ela hoje mora quase em frente do local onde se localizava a papelaria. Fica por saber se a T. sempre por ali viveu. Um abraço apesar de tanto mar...
12 comentários:
Obrigada, T. Calculei que talvez já lá vão vinte e tal anos. Eu morava na José Ricardo:
http://a-room-of-one-s-own.blogspot.com/2008/02/small-victories.html
e há três anos atrás fiz uma visita às redondezas mas não espreitei a Mariazinha. Obrigada pelas fotos. Lembro-me bem desse painel das campainhas.
Um abraço transatlantico.
Isabel
E eu moro na José Falcão. Mas muitos cabeleireiros sobrevivem ainda.
Um abraço:)
Que coincidência! Vivi na Jose Falcão até aos 5 anos! Não sei o número mas lembro-me que no vão da escada do prédio faziam venda de livros e revistas , novos e usados. As de banda desenhada da Lulu e do Bolinhas eram as minhas favoritas. E do lado de lá da estrada havia uma retrosaria que eu adorava, com torres de caixas de botões, linhas âncora, e tecidos. Ainda existe? Isto sim, agora catapultou memórias-a papelaria Regalo: responsável pelo meu fascínio por livros e artigos escolares; a sapataria Bambi ( acho que era esse o nome) onde os pais me compravam as botas ortopédicas e sandálias inglesas); e a pastelaria Minerva onde o meu pai me comprava belos Bolos de Côcô;e eu todos os dias caminhava pela Cavaleiro de Oliveira em rumo á Escola preparatória D. João I onde andei até á quarta classe. Algumas destas lojas ainda existem? Obrigada T. por esta “viagem” imprevista.
Isabel
Infelizmente a venda de livros desapareceu. A retrosaria ainda existe. Existe uma papelaria na Cavaleiro de Oliveira, não sei se se chama assim.
Eu vou fotografar para ver.O Gin também é daqui da zona:)
Se soubesse o número era giro:)
Ah...mas hei-de saber. Quando falar com a minha mãe pelo internet já lhe pergunto.
O mundo é realmente pequeno :)
Uma certeza tenho. Moravas do meu lado da rua. Vou postar a péssima foto que tirei da janela mesmo agora.
Na Rua José Falcão na esquina em frente à Minerva havia uma Livraia/Papelaria onde se lembra de ter comprado o 1º volume das Obras Completas do Jaime Cortesão. Também lá comprou "In Illo Tempore" do Trindade Coelho. Um tempo em que as papelarias/tabacaria vendiam livros, principalmente os da Roamano Torres com o Emílio Salgari e o Walter Scott à cabeça.
O José Cardoso Pires em "A Cavalo no Diabo" tem a crónica "Conversa de Al Capone onde fala da Rua José Falcão: "Aí pelos anos 50 Al Capone tinha o quartel-general nima leitaria da Avenida Almirante Reis qause à esquina da rua José Falcão."
E no mesmo livro há outras crónicas a falar da Almirante Reis e arredores. Ainda tilintavam os electricos na Almirante Reis.
Não conheço o livro Gin, mas agora estou curiosa. Também não me lembro dessa tabacaria mas lembro-me bem dos eléctricos a tilintar :) Lembro-me bem de andar com o mau pai no número 24 desde a Av. Duque D’Ávila até á Av. Almirante Reis e virmos todo o caminho a cantar. E também lembro duma loja de café na Almirante Reis, mesmo ao pé da José Falção. Enquanto a minha mãe comprava café e eles moiam, eu escolhia os rebuçados e bombons. Ahhh, e havia também uma loja que vendia lotaria e aonde o meu pai enterrou uns tostões ;)
É provável que haja algum desfazamento de datas. Não quer garantir mas pensa que a papaelaria esteve ali até ao 25 de Abril. Os livros de que falou tê-los-á comprado por 1963/64. Agora está lá uma loja de moda feminina e antes foi outras coisas. A papaelaria ficava na esquina, mesmo ao lado das duas casas de cafés que já perderam perderam aquele cunho de lojas de bairro. Hoje, uma delas é loja de bijuterias, outra um café a armar a um jet-set saloio. O quiosque das lotarias, o "Quiosque Tivoli", ainda lá está.
A loja de café fechou há pouco tempo e eu fiquei cheia de pena. No entando a nova loja vende um Moscatel excelente.
Pois Gin, eu no 25 de Abril tinha 8 anos. Não me lembro da livraria, mas o facto de que o Quiosque Tivoli ainda marca presença reflecte bem o poder que o dinheiro ainda tem sobre o ser humano. Às vezes penso quantas pessoas necessitadas poderiam ser ajudadas com o dinheiro que quiosques deste tipo fizeram ao decorrer dos anos.
Ah T.,que pena que a loja do café já não existe. Moscatel? Ia mesmo bem agora. Já não provo um há séculos.
Teria mesmo que haver um desfasamento de datas: no 25 de Abril ele tinha 29 anos e até é provável que a papelaria tenha encerrado antes de Abril. Mas isso ele não consegue confirmar porque faz parte do tipo de vivências que se alojaram na parte adormecida do cérebro.
Pelas coordenadas que a T. oferece, conclui que ela hoje mora quase em frente do local onde se localizava a papelaria. Fica por saber se a T. sempre por ali viveu.
Um abraço apesar de tanto mar...
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