20 de abril de 2007
o paulo e o alberto
o zapping enquanto esperava que fossem horas do house (não sei que episódio de não sei que série), fez-me tropeçar no encontro mediático entre o paulo e o zé.
é interessante olhar para um diálogo entre duas pessoas que começaram por se tratar por doutor isto, doutor aquilo e acabam em paulo e zé tu sabes isto e tu és o culpado daquilo.
se o zé, tem para mim aquela coisa de ser filho de quem é (coisa de que o senhor não terá culpa, reconheço), e ser do benfica, o paulo já é outro assunto mais interessante.
o debate, pelo menos na parte que eu vi resumia-se a duas coisas simples:
o pobre zé esforçadamente a querer manter a direcção de um partido, no sentido em que as direcções dos partidos funciona:
com orgãos que discutem, participam, decidem.
e o brilhante (nos dentes) paulo a querer um partido que sirva os seus interesses e a sua necessidade de ter um bando de lacaios para lhe dar brilho ao ego.
é para mim tão relevante quem vai ganhar as proximas eleições no cds, como quem ganhará as proximas no grupo bandolinistas 22 de maio de 1925, da idanha (sem disprimor para estes ultimos e pedindo desculpa pela comparação).
provavelmente será o paulo.
novamente com os jornais e os jornalistas a servirem de capacho para as suas ambições de poder mediático.
há 2 políticos com os quais embirro particularmente (não, não é o pequenino mendes: esse primeiro precisa de ser político para poder entrar na categoria dos políticos com os quais embirro):
o alberto joão e o paulo portas.
mas uma coisa o alberto tem que o paulo jamais terá: coerência de actuação.
podemos (e devemos) discordar da prática politica do alberto joão, mas sabemos como ele é, o que vai fazer, como vai fazer: é um político coerente e previsível.
adora os holofotes e as bandas de música e os conjuntos pimba a abrilhantar cada pausa dos discursos discursos, é um politico ao pior estilo da américa latina, mas é um político 'honesto' e coerente no seu trejecto.
o paulo é uma coisa tipo alforreca sem a mínima cartilagem.
já foi tudo e o seu oposto
já jurou jamais ser político e muito menos governante e nunca deixar de ser jornalista,
já foi da direita, do centro direita, democrata cristão, conservador,
já foi jornalista a dizer mal dos políticos, e político a dizer mal dos jornalistas.
já foi tudo e o seu oposto desde que isso lhe dê um minuto de telejornal.
o paulo é uma abencerragem só possível porque os jornalistas não sabem escrever nem sobre o que escrever.
o paulo é um holograma
entre o paulo e o alberto?
claramente o alberto
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