Que se trata dum passatempo, ninguém contesta. Nem que existiu uma evidência suprema de votos numa figura suprema do Estado Novo, odiada por muitos e que julgávamos definitivamente morta e enterrada.
E ressurge porquê? Muito obviamente, como foi dito, pela contestação à realidade social, económica e política portuguesa. Pelo ignorância do que foi o Estado Novo. Porque temas como a Guerra Colonial e os mecanismos de repressão existentes estão completamente esquecidos. Por último, a responsabilidade imensa dos intelectuais de esquerda nesta questão. Nem vou falar da medonha prestação de ontem da senhora do PCP, porque me incomoda o fígado.
De tanto se falar em fascismo, sem explicar e conhecer o que foi o Estado Novo, tornou-o um lugar comum sem sentido.
Em vez disso existe uma nostalgia duma realidade segura e calma, onde tudo era previsível.
Trata-se de um resultado dum concurso mas também uma advertência ao senhor primeiro ministro e à esquerda portuguesa. Muito séria e que deve ser levada em conta. Não gostaria de ouvir chamar mentecaptos aos portugueses, que votaram Salazar neste passatempo . Nem o penso aliás.
É sintoma que algo está profundamente mal e não é no reino da Dinamarca. Desespero,pobreza, insegurança e uma enorme apreensão em relação ao futuro.
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