..O Tiago não me conhece. Se ele me conhecesse saberia que (i) não tenho o hábito de ofender os outros; (ii) quando tenho alguma coisa a dizer, digo-o sem rodeios; (iii) gosto de discutir ideias, não pessoas. E saliento a primeira frase do meu post, cujo português me parece claro: falo do texto, não do Tiago.
Creio, contudo, que algum esclarecimento pode ser útil. Assim, duas definições que convém relembrar e alguns comentários:
Definição de “demagogia” (em inglês e da net, que não tenho os dicionários à mão):
Impassioned appeals to the prejudices and emotions of the populace.
O texto em causa apresenta as características de um texto demagógico. Joga com os factos para obter um efeito emocional e não racional. Naturalmente que, para obter esse efeito, o texto apenas exibe os factos que convém à obtenção desse mesmo efeito, esquecendo outros que, de algum modo, atenuariam o impacto emocional pretendido. Assim, o texto não se limita a ser demagógico – é um texto desonesto, o que, aliás, é corrente nas intervenções classificáveis como demagógicas.
Definição de “one-liner”:
A short joke or witticism, usually expressed in a single sentence.
Penitencio-me pelo uso num blogue português de expressões anglo-saxónicas que, admito, nem todos conhecem. Um one-liner, como definido acima, é uma frase curta, seca e de intenso efeito instantâneo, dita ou escrita. É um método muito usado tanto na literatura como no teatro e no cinema. Exemplos abundam e deixo um, clássico, também em inglês: “Frankly, my dear, I don’t give a damn” (com uma vénia para o Kino). O texto em discussão usa a técnica do one-liner (a sua frase final) para criar o efeito emocional pretendido. Não tem, como se compreende, nada que ver com “estar online” ou qualquer outra expressão relacionada.
No tocante ao cânhamo, o Tiago está obviamente certo e eu meti a pata na poça ao confundir as duas Cannabis. Parece-me, contudo, que mesmo a sativa pode ser usada para os fins produtivos que referi. Terei de ir estudar melhor o tema. Devo, todavia, salientar que o texto postado pelo Tiago não nos diz de que espécie específica falamos, o que é indutor de confusão. Fala da indica? Pelos vistos sim, por causa do papel, das fibras, etc. Mas falará da sativa? A “inspiração religiosa”, o facto de ser medicinal... em que ficamos? Uma, outra, ou as duas misturadas?
Esta últimas perguntas, naturalmente, são retóricas. Um texto demagógico e desonesto não se discute. Deita-se fora. E a discussão reinicia-se com uma folha em branco.
Noutro post, que este vai longo, falarei de alguns factos sobre a Cannabis que tendem a ser escamoteados pelos defensores do seu uso recreativo.
6 comentários:
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