4 de novembro de 2005

minudências e outras histórias

1.
o ministro da justiça afirmou ontem na assembleia da república que teria que ser revisto o apoio judiciário para metade, justificando a medida com o facto da actuação dos advogados oficiosos não ser «decente», e nalguns casos se limitar a uma frase.
o bastonário dos ditos ficou ofendido em nome da classe que bastona e afirmou que, 'as defesas oficiosas poderiam ser melhores e que poderiam ser feitas com menos advogados', acrescentando 'que estavam longe de serem boas e podiam ser muito melhorada's. isto é, melhor e com menos meios meios.
ou eu ensandeci por completo, ou o bastonário disse o mesmo que o ministro.
mas o que bastona ficou ofendido com o que governa.
corporativismo?
nã... sou eu que estou louco...


2.
morreu a senhora aenne burda.
para muitos mortais esta notícia é absolutamente indiferente.
para muitos outros (principalmente muitas outras) é trazer à memória as revistas com centenas de moldes de roupa para fazer em casa.
umas folhas enormes com um intrincado de desenhos sobrepostos e traços de cores e formatos diferentes para seguir e cortar.
milhões de pessoas se vestiram através das sua burda moden em todo o mundo.


3.
aconselho vivamente a leitura do texto do sousa tavares no público.
arrasador para o cavaco.
reconheço que não é difícil ser arrasador para o maior bluff da história da política portuguesa.
mas nos últimos tempos, não tem sido difícil encontrar exemplos na imprensa portuguesa.

"espinha precisa-se", deveria estar à entrada de todas as redações do país...


4.
a sumol comprou a compal (e a nutricafés, mas isso é um bocado irrelevante) com a ajuda da caixa geral de depósitos.
ganhou a corrida às duas cervejeiras (uma com capital 100% estrangeiro e outra com 50%), à refrige (coca-cola) e a um grupo de quadros que tentaram fazer uma 'mbo'.
tirando o facto de, do ponto de vista da lei da concorrência me parecer um negócio duvidoso (junta os líderes dos refrigerantes e dos sumos numa única empresa), é agradável verificar que uma empresa basicamente familiar (o que está em bolsa da sumolis é bem menor do que o que a família eusébio detém) consegue ganhar uma operação desta envergadura (mesmo que com a ajuda da cgd)


5.
no rescaldo da entrega dos mtv music awards oiço uns gritos histéricos ao microfone a clamar que estamos em portugal e que aqui (ali) se vai falar português.
aconselho então a senhora sónia tavares a cantar em português e mudar o nome da banda para 'presente'
quanto à importãncia do prémio recebido, convém notar que o mesmo é um prémio exclusivamente nacional e que não deverá ser contabilizado com um mtv europe qualquer coisa, mas sim um prémio mtv portugal.
a consciência dos méritos e dos prémios é uma coisa que nos fica muito bem....
já agora, quanto aos lamentos e críticas pela não inclusão de nenhuma banda ou artista português no cartaz.... convém esclarecer que o pavilhão atlântico foi uma barriga de aluguer, mas que os alinhamentos não se compadecem disso.
ganhem mérito que depois serão convidados.
aqui ou em praga.

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