2 de junho de 2005

Billy Corgan

Visualmente, muito bom. "Visualmente" foi a melhor parte. A iluminação, o melhor. Sonoramente, e isto não é um problema específico, é uma doença crónica da maior parte dos concertos "rock", o que se percebe mais é ruído monocórdico em que não se destrinçam os diferentes instrumentos. É muito mais fácil compreender a melodia ouvindo a "gravação pirata" do concerto (estive a fazê-lo agorinha mesmo) do que ouvindo o próprio concerto in loco.

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Billy Corgan: acho que nenhuma canção é especial ou muito especial. É mais alternativo que Zwan, mas parece-me que é mais alternativo no mau sentido: as canções não ficam no ouvido, não apaixonam por si mesmas. Acho que valerá a pena ouvir o cd (quando sair) para aferir melhor a qualidade desta música. Mas não valerá a pena fazê-lo com grandes expectativas. Billy Corgan a solo não é os Smashing Pumpkins.

A banda minimalista com "instrumentos musicais" diferentes - uma bateria sintética sem bombo digital, um computador, uma mesa que não se percebia o que era e que era tocada por uma mulher que dançava - é de facto original (embora os Kraftwerk toquem PC há décadas) mas não provoca o mesmo entusiasmo que uma banda que toca coisas em que o movimento do corpo é mais consentâneo com a música que vai sendo feita.

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