16 de fevereiro de 2005

A case-study

Agora que a poeira já assentou, aproveito para confessar a minha confusão com a bombástica opção do exclentíssimo prof. Freitas do Amaral.
Não que tenha sido algo muito surpreendente, tendo em vista a sua deriva dos últimos anos, em absoluta contradição com o princípio da Brandt. Sim, eu bem sei que afirma permanecer exactamente no mesmo sítio onde sempre esteve, rigorosamente ao centro, e que toda a realidade à sua volta é que mudou. Mas, verdadeiramente, as coisas não são assim…
Quer ele queira ou não, a realidade é diferente. Ele foi claramente, por livre opção, e por duas vezes, a protagonização da direita portuguesa nos históricos embates com a esquerda: um ganhador (a AD em 1979 e 1980) e outro derrotado (a candidatura presidencial em 1986). E isso, quer ele queira ou não, não se esquece…
E o que me leva a ficar confuso é o aparente agrado com que se olha a sua eventual candidatura presidencial sob o beneplácito do PS… (isto, claro, se o engº Guterres não avançar ou se for considerado que a memória ainda está muito viva). Pois, se houve tanta gente a votar Soares contra Freitas de sapo na boca, que animal enfiarão agora para votar Freitas contra Cavaco?

PP: E o que é que se passa com estes links ali em baixo?

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