"Amorzinho, até agora as coisas não foram assim tão más. Estou num barraca onde tenho um beliche com vista para a janela. Dá para ver bétulas, abetos e o céu azul com nuvens brancas (...) Em todo o lado, vejo prisioneiros a passear, amáveis e lentos, coisa mais terrível não há. Eu perdi a noção do tempo e estou a morrer de fome. (...) Olha, a minha mãe acaba de entrar, retomo o diário mais logo. Ó meu Deus, tenho tantas saudades tuas."
Esta introdução faz parte de um diário da Helga Deen, uma judia de 18 anos, que descreve em 21 paginas, a vida num campo de concentração na Holanda. O diário (dirigido ao namorado) acaba quando ela e a familia sabem que vão fazer parte do transporte do dia seguinte para o campo de exterminio de Sobibor. Foram assassinados numa câmara de gás em 16 de Julho de 1943.
A reportagem completa pode ser encontrada no Expressso na revista Única na pagina 26.
É dificil descrever o q sinto ao transcrever este texto. Um misto de raiva e tristeza traz-me as lagrimas aos olhos. É sempre bom lembrar as atrocidades cometidas no passado para que estas, talvez, não sejam cometidas no futuro... porque as pessoas esquecem rápido demais...
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