Esta é a principal diferença entre a esquerda e a direita:
A esquerda paga impostos e acha bem que estes sejam pagos (não lhes passa pela cabeça, por exemplo, as complicações abstractas que os economistas inventaram acerca de distorções nos mercados e desincentivos a todos os tipos de esforços e outras coisas esquisitas) e, depois de pagá-los, exige do Estado, muito simplesmente, quase tudo. E ainda espera que este satisfaça as exigências em quantidade e qualidade.
A direita sabe que quanto mais o Estado tira menor é o incentivo em aumentar a riqueza total e, daí, menor é a possibilidade real (isto é, sem recurso a endividamento nem inflação) de aumentar a quantidade daquilo que o Estado dá. A direita sabe também muitíssimo bem que o que Estado dá ou não tem qualidade ou, se a tem, é produzido com custos excessivos, i.e., desperdiçando. Portanto, a direita prefere pagar menos impostos e, munida de maior rendimento disponível, exigir não do Estado mas sim das empresas privadas produtos com qualidade. De facto, não é necessário exigir: desde que estas sejam livres de lucrar, têm incentivo em aumentar a qualidade.
Impostos mais baixos: maior incentivo a trabalhar e a investir; mais riqueza disponível para as pessoas escolherem livremente o que querem consumir (em vez de serem forçadas a contribuir para, por exemplo, cinema português pseudo-intelectual que não interessa nem aos pássaros e que, muitas vezes, vai até contra as preferências culturais, estéticas, éticas e religiosas dos contribuintes); enfim, maior qualidade naquilo que é produzido.
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