14 de novembro de 2003

Coisas daqui e dali...

Houve alguém que se enganou... e disse a verdade!
Mas logo se levantaram várias confrarias e misericórdias, damas impolutas e pais ofendidos se fizeram ouvir: isto não pode ser!
Após muitas notícias barulhentas e algumas manifestações silenciosas, o autor do engano veio dizer que sim, que era engano: Eu só penso assim, mas não o devia dizer... nunca mais digo!
Mas eu, EU, digo! Digo aos cinquenta e tal que vêm aqui, em cada dia que voa: Os bombeiros não sabem apagar fogos! E mais, os juizes não sabem julgar, os professores não sabem ensinar, os advogados não sabem advogar (sem truques de algibeira), os médicos não sabem curar, os polícias não sabem prender, os jornalistas não sabem informar (alguns nem falar...) e os governantes não sabem governar.
E o que não sei, é se a falta de meios justifica a incapacidade pessoal, ou se é esta incapacidade que origina a falta de meios.
Mas, pensando bem, se ninguém sabe bem o que faz, nunca vai saber o que os outros não fazem...

Depois de tantos dias de interrogações e angústias, sobre os riscos da missão da GNR no Iraque, esquecemo-nos do essencial. O verdadeiro perigo eram os jornalistas!
Numa organização à portuguesa, com os habituais "venham daí que logo se vê", os intérpidos jornalistas foram dar um passeio matinal pelo deserto. A coisa acabou mal.
Num dos telejornais um jornalista (português) da BBC explicou como é que se fazia: colunas bem preparadas, segurança privada, jornalistas treinados!
Noutro telejornal, a Maria João explicava onde foi atingida: "Ahhh na coxa, onde acaba a perna e começa a nádega... ahhh no rabo!" Afinal não foi na perna!
No telejornal que falta, o porta-voz da GNR, altamente constipado (sic), foi generoso em lugares-comuns sobre a crise. Que ficamos a saber? Nada!

O Barnabé é um miúdo que anda por aqui, na blogosfera. Entre algumas coisa acertadas que lhe escapam, é perito em lançar atoardas. Um destes dias, na ânsia de criticar o TGV, lançou esta afirmação memorável:
O TGV demora 150 quilómetros a chegar à velocidade máxima. Demora 50 quilómetros a travar. É caríssimo na manutenção.
Alguns bloggers mais esclarecidos contestaram a afirmação e ele começou logo com a ladainha : "Fascistas! Facistas!... É uma cabala!". Algum dias depois, fez o mea culpa:
Cometi, aqui no blogue, um erro grosseiro ao escrever que a distância que o TGV precisava para chegar à velocidade máxima era de 150 km. Fui enganado por uma consulta excessivamente rápida, tipo TGV. É bem menor: é de 20 a 25 km. Já o tempo de travagem necessário estava correcto: é de 50 km, dado o peso comboio.
Ok, é bonito! Mas só me espanta não reparar na enormidade do que estava a afirmar, 150 km é obra... Fico a aguardar a correcção do "tempo" de travagem.

Ao ir parar ao blogómetro, uma coisa me saltou à vista!
Dei por mim e estava a pensar: "mas o que é que seiscentas e tal alminhas vão fazer, em cada dia, à Bomba Inteligente?"
Não percebo, sinceramente... até pode ter sido um bom blog mas, pelo menos nos últimos tempos, limita-se a publicitar alguns blogs amigos, lançar posts indigentes e elogiar o pipi mais o seu famoso livro (que ela publicou...).
Mas o que é que lá vai fazer aquela gente toda?

Parece que o Alexandre nos deixou... pelo menos nas entre-linhas. Mas pela entrevista que deu na Tasca da Cultura, ninguém diria.
Aliás, vendo com mais atenção, alguns blogs (famosos até) parecem estar abandonados. Será que soltámos o ogre?

PP:
E não é que depois de tanta gente a defender a bondade da famosa recepção no Parlamento, vem o Ferro dizer que foi um erro... Ora bolas, estou-me a cagar!

PPP:
E será que até os bloggers, não sabem blogar?

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