14 de setembro de 2009

Três apontamentos à margem

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No balcão do café após um intempestivo “quero um bolo de arroz!” por parte de uma balzaquiana quando o jovem empregado tentava apresentar-me a conta e a senhora já virava costas, zangada :“isto agora é assim, educação é mentira! E depois dizem que os jovens não respeitam os mais velhos!”. De seguida, pega no telemóvel e põe-se em animada conversa embora consiga tirar cafés de telefone artisticamente preso ao ombro (quero aprender o truque, nunca se sabe se não virá a ter utilidade).

No táxi após um ‘motard’ entre este e outro veículo raspar (quase à tangente) os dois carros , tendo gritado em tom de comando: “com licença!” voando (sem estragos) sabe-se lá como por aquele corredor labiríntico. Ao largar-me na estação, diz o motorista: “quando fizerem isto consigo, já sabe, é deixar passar!”. Respondi: “É logo a seguir e paro de imediato, mesmo que chovam insultos”.

E esta última lembrou-me um conhecido estafeta, mandado parar há tempos na Av. da Liberdade por habilidades motorizadas com a justificação de conseguir ser, desse modo, diligente nas entregas. Pergunta-lhe o agente:”qual é a sua profissão?” responde o prevaricador: “entregar cartas e já vi que a do senhor é tirá-las!”. E fico-me por aqui reduzida à respectiva insignificância.

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