19 de abril de 2009
COISAS DO SÓTÃO
A Teresa deixou, neste domingo, duas adivinhas cinematográficas. Por lá ele deixou um comentário e sugeriu a tradução de “1900” canção tema do filme com o mesmo de Bernardo Bertolucci. A música é de Enio MOrricone, a letra de Herbet Pagani que também canta. Herbert Paganii, um cantor, poeta e compositor visionário, nascido em Tripoli,com uma vivência entre a França e Itália e que nos deixou com apenas 44 anos.
“1900”
“Nous sommes nés le même jour mon frère
en héritant tous deux la même terre
pour moi ce fut la paille pour toi les draps de lin
on nous avait déjà tracé deux chemins.
Lequel des deux partait aux champs mon frère
pour qui les fruits et pour qui la misère
ta terre je l'ai pétrie comme on pétrit le pain
chaque sillon y est gravé dans mes mains.
Un jour il me fallut partir en guerre
risquant ma vie pour défendre ta terre
je suis parti esclave mais libre je reviens
sachant que chaque épi de blé m'appartient.
Douce plaine on vient te faire l'amour
tous ensemble en plein soleil
douce plaine dans un grand tourbillon d'abeilles
tes enfants te feront des enfants.
Des collines descendent les drapeaux
vers les fermes vers les maisons
le vin rouge fait éclater les vieux tonneaux
arrosant la nuit de mille chansons.
De quel côté veux-tu rester mon frère
veux-tu la paix ou bien veux-tu la guerre
si ta terre est ma terre si ton sang est mon sang
laisse les tiens et viens rejoindre nos rangs.”
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5 comentários:
gin,
Prometo que amanhã vou traduzir (melhor ou pior). Quanto ao Herbert Pagani, ouvi-o há muitos anos e apreciava sobretudo um tema em que ele cantava a saída da cidade (cidade-caixote de lixo como lhe chamava) e dizia que,à medida que a paisagem se transformava, deixava de ser um homem de cantigas para passar a ser pintor (LP "Herbert Pagani à Bobino).
Afinal, lá traduzi (mal), pois o meu francês é o dos tempos em que era a língua estrangeira no liceu logo aos dez anos, mas depois do liceu, só alguma prática por imperativos (de sobrevivência) e mais nada, por isso seguirão certamente algumas incorrecções:
Nascemos no mesmo dia, meu irmão
Herdámos os dois a mesma terra
Para mim a palha, para ti os lençóis de linho
Já nos tinham traçado dois caminhos.
Cada um partia para os campos, meu irmão
Para quem os frutos e para quem a miséria
A tua terra amassei-a como quem amassa o pão
Cada sulco está gravado nas minhas mãos.
Um dia precisei de partir para a guerra
Arriscando a vida para defender a terra
Parti escravo, mas regresso livre
Sabendo que cada espiga de trigo me pertence.
Doce planície com quem vêm fazem amor
Todos juntos sob o sol
Doce planície num turbilhão de abelhas
Em ti os teus filhos farão outros filhos.
Das colinas descem as bandeiras
Em direcção às mulheres e às casas
O vinho tinto faz rebentar os tonéis
Salpicando a noite com mil canções.
De que lado queres ficar, meu irmão
Queres a paz ou queres a guerra
Se a tua terra é a minha terra se o teu sangue é o meu sangue
Deixa os teus e junta-te às nossas fileiras.
"Pagani a Bobino", um disco feliz, Teresa. Essa canção "leçons de Peinture", "Le Train de l'Espoir", "Gracias a la Vida", L'Amitié" e tantas outras. Teve o privilégio de ver esse espectáculo no Coliseu em Lisboa no dia 24 de Abril de 1978, caramba! já lá vão 31 anos!
Dessa altura Pagani deu uma entrevista ao semanário "Sete". Entre outras coisas disse que levava na mala de viagem, um pacote de tabaco português, “porque um País, para se conhecer, também se tem que fumar.”
Lamentavelmente esse LP do espectaculo no Bobino nunca teve edição em formato CD.
Não é ele que vái encontar incorrecções, Teresa, e bom será lembar que isto não é qualquer prova de doutoramenteo, apenas um blogue interessado em revelar coisas bonitas
Obrigado e um abraço.
... e que boa lembrança o Sete ainda dos bons tempos, não perdia um número:)
Mais tarde, veio a perder qualidade.
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