Gosto destes domingos em que o sol bate em cheio na casa,aquecendo-a, e em que o ritmo permite silêncio e ler. Mergulho a pique na leitura, meia sonolenta, vejo os gatos a contornarem as taças com laranjas, também eles a celebrarem a luz que invade tudo. A rua está silenciosa, reciclei os lixos e descobri que o protagonista do livro que me devora este domingo vai morrer. O tempo voa eu sei. Pode ser devorado por circunstâncias anódinas ou não, eu gosto de me sentir embalada nesta suave procrastinação. Tem razão de certeza. Entretanto tenho alguém que vai morrer daqui a umas páginas à minha espera. Um dia qualquer hei-de ser diferente, talvez quando mudar de dígito. As pessoas que nasceram em 1959 nunca são muito normais, dizia uma amiga minha da mesma cepa nascida. Dizem que o livro vendeu milhões. Não importa, mereceu.
Leio comprado por 2,5 euros: A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Záfon.
Livro já aconselhado pelo ABS neste blog. E não é que o Daniel sobreviveu?
7 comentários:
Aaaaahhh! Que bela maneira de passar a tarde! E eu com "O jogo do anjo" à espera do final dos trabalhos de Sísifo...
Estes dias soalheiros de Novembro são dos mais bonitos do ano, tudo se reveste de uma luminosidade só no Outono experimentada. São dias que nos lavam a alma. As belas linhas de prosa transcritas pela T. dão bem conta da situação.
O jogo do anjo, Azinho? E um post sobre isso?
Pois é Teresa e ferrei mesmo a dormir depois de ler o fim e comer nozes biológicas pois.
Além do Cristo-Rei, também há o Metro de Lisboa! :)
Tudo coisas sem comparação! :)
oh nao!!!! porque é que eu li este post até ao fim??? :(
Se quiseres mato-o :)
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