Giant Sand - Provisions

Este álbum, onde mais uma vez Gelb se rodeou de amigos como Neko Case ("Without a Word"), Isobel Campbell ("Stranded Pearl"), e M. Ward ("Can Do") é mais uma vez um disco do deserto.
Sim, para mim Gelb é o cantor do deserto, em todos os seus álbuns se consegue ver a aridez, a secura, o sol, a misturar-.se com o céu azul. Howe Gelb chama à sua música "erosion rock" e realmente nota-se a erosão da natureza nas canções, quase como se víssemos aqueles rolos de erva seca a flutuar na paisagem ( e cá estou eu a divagar) (é por isso que odeio escrever sobre música, sou demasiado emocional no que escrevo)

Imaginem um álbum nocturno, que nos leva ou acompanha em viagens assim meias "on the road" (sim, ando a reler o kerouac), e um bocadinho amargo ”It sure is getting hotter / And the water’s been on the rise / Don’t want to live forever / But another generation, it would be nice.”. é isto que o Provisions é para mim, um on the road amargo pelo deserto Americano.


Para acabar, tenho mesmo que falar dos duetos com que o álbum, o primeiro, com Isobel Campbell leva-nos ao mundo do Lee Hazlewood e da Nancy Sinatra (sim, é mesmo muito o meu género), o com a Neko Case na canção "without word" é completamente "raw desert power" e a voz sexy e quase ronronada da Lonna Kelley em "muck machine" desconcerta-me num tema que me lembra, não sei porquê, o Tom Waits.





É sem duvida um álbum que aconselho a ouvir.

(não sei se este post motivará alguém a ir ouvir os giant sand, mas pronto, fica o esforço)