17 de maio de 2007

Até sempre

Discretamente, um dos lugares mais especiais da blogosfera portuguesa calou-se. Como de costume as palavras são fraca forma de descrever o vazio. Pressentia-se. “Sei que vou morrer mas não acredito nisso” dizia alguém, salvo erro um francês. Quando acontece, dói a quem fica. Sempre. Não sei se neste caso dói também a quem parte. Nem essa eventual dor alheia é da minha conta, para além do meu respeito.

Fica na memória o pensamento lúcido e claro da Lolita. Sem demérito para ela, contudo, ficam sobretudo as ruminações do Besugo: um homem com o dom da escrita e que tentava (sem qualquer sucesso, note-se) disfarçar o seu enorme coração à força de invectivas e palavrões na melhor tradição nortenha.

Acalento a esperança infantil de, um dia, nos cruzarmos numa qualquer tasca, com vista para um qualquer rio. Talvez bebamos um copo juntos. Ou talvez não. A vista, o horizonte, e o imaginar o que está do outro lado deverão bastar.

Sem comentários: