4 de outubro de 2006

Continuação continuada

O telemóvel não pára de tocar. É o gajo, eu sei. É aquele toque baboso que eu tão bem conheço.
Ainda hoje o vi no talho. Fiz de conta que não era nada comigo, mas eu bem o ouvia" ai és tão boa filha". Empinei o peito e esbodeguei-me num sorriso super absorvente para o Senhor Simplício, que me aviou generosamente as carnes que lhe pedi. Resultou. Pena não ter cortado os dedinhos ao outro, a ver se ele deixava de dedilhar o telemóvel. Ou o coiso. Também servia.
E pronto, hoje deu-lhe para atirar pedras aos candeeiros da rua. Ainda me acerta no meu Rufia, que, como se sabe, adora parapeitar a vizinhança.
Pobre Speedy , o cão do badameco, que olha desconsoladamente para os candeeiros onde tanto gosta de alçar o pernil. E agora desatou-me a correr pela rua fora....Ai Julio, meu Julio...faltas-me tu para me aquecer o coração.
Mal acostumbrado me dejó tu amor. Mal acostumbrado tu amor me dejó .Alma en pena que mi cuerpo la condena
de no poder ya vivir sin ti.

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