5 de maio de 2005

Das Dez da Manhã às Onze e Meia

Era hoje para levantar-me às dez da manhã. Mas não me apeteceu e fiquei na cama até às onze e meia. No interim, sempre a mesma coisa, que se repete há dias: a mesma música a vir do prédio que fica não bem de frente nem propriamente de lado, fica assim como que geometricamente de viés ainda que em paralelo com os quadrados da praça no meio das ruas rectas. Dessa música só chega a melodia de fundo, que é a única melodia da música porque a música é feita sobretudo de voz mais falada do que cantada e de ritmo. O curioso é precisamente isso: a camada do fundo é a única que vem e é a única que aprecio. A melodia foi se atenuando e com isso veio a minha vontade de levantar-me.

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