30 de junho de 2004
A mais bela laranja jamais espremida!
Felizmente que a rouquidão não me impede de escrever e de gritar escrevendo:
Óooooooo Portugal aléz, Portugal aléeeeeeez!
Óooooooo Portugal aléz, Portugal aléeeeeeez!
Figo...
Então não foi nomeado o melhor jogador em campo hoje?
Gasel Manuel engole a língua:)
Boa equipa:)
Gasel Manuel engole a língua:)
Boa equipa:)
Até já...
Até já... a partir deste momento deixo de ser eu, vou entrar em modo surreal.
Espero que a aterragem, daqui a duas horas e picos, seja suave!
Espero que a aterragem, daqui a duas horas e picos, seja suave!
E-mail Parte III da Lori
"Eu perguntei primeiro se era você que escrevia o blog porque foi uma amiga que disse e não eu propria que vi, seja como for esse comentário tem como titulo "música autocolante" ou algo do genero e você não critica a banda mas sim a música, eu já disse o que tinha dizer..espero que agora compreenda, fique bem. "
??????????????
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As trevas
Entreguei (finalmente!, como disse uma amiga minha) na 2ª feira, o meu relatório do trabalho final de curso! Ontem engrossei-me com cerveja estrangeira no Monumental e fui ver o filme Hotel com um amigo. Aconselho o filme, mas deve ir-se bêbado(a), ou ainda melhor, drogado(a) para realmente apreciar a película. Hoje fui inscrever-me na biblioteca municipal da minha zona. Amanhã começo a trabalhar e a preparar-me para a defesa do relatório no dia 19 de Julho às 9.30h. Beijinhos! Ah, quase que me esquecia... Portugal.
P.S.: Este post gay foi inteiramente dedicado ao g2.
P.S.: Este post gay foi inteiramente dedicado ao g2.
são os gostos que se discutem... as ciências exactas demonstram-se
vem isto a propósito dos gostos musicais
ao contrário do que muita gente acha, eu entendo que os gostos se discutem.
aliás é mesmo das poucas coisas que se podem, e devem, discutir.
eu não vou discutir se o tim dos xutos e pontapés desafina ou não: é óbvio que desafina que nem um cão. e não tenho nada contra isso.
se gostasse de pirotecnia vocal, gostava das celines dions e outras parecidas.
no entanto, posso discutir se aquela estetica musical me agrada ou não.
ou posso discutir se me agrada ou não aquela atitude comportamental.
quanto aos xutos, agradava-me mais a segunda que a primeira (como aliás a toda a geração musical influenciada pelos punk)
o facto dos sex pistols terem influenciado uma geração de músicos não os tornou mais afinados, mais criativos musicalmente, menos minimal repetitivos quanto á quantidade de diferentes acordes produzidos por música.
se eu acho que os van der graaf generator eram uma excelente banda e os marillion eram/são uma cópia reles é discutível, porque não é demonstrável.
é sentível. apenas
se neste momento tenho no carro a acompanharem-me as viagens o tom waits, os patrick street, a victoria williams, os fatima mansions, os levellers, as faltriqueira, as laïs, o paraíba da viola, o frank tovey, os pavilhão 9, os down the replicants , os soundgarden, a cecilia bartolli, os hesperion xx, e mais uns quantos que não me lembro de cor ou não sei escrever os nomes sem parecer mal... e não tenho outros... é porque são estes que me dá gozo ouvir nestes dias e não outros.
não há aqui nenhum padrão. nem no estilo, nem nas qualidades vocais.
a esmagadora maioria da população mundial dirá que muitos deles têm uma excelente voz... para estarem calados.
isso não os torna melhores nem piores.
o tom waits é cantado por imensos outros músicos, louvado por imensos críticos, influencia imensos artistas.... isso não o torna menos criticável, nem impede que se possa dizer que o que ele fazia melhor era dedicar-se á medicina (ele é médico de formação, para os que não saibam...)
achar que os outros não podem odiar ou não gostar de alguém apenas porque nós gostamos é uma ideia tão abstronça quanto idiota.
não gostar de alguém ou de alguma coisa não é falta de respeito.
é, apenas, não gostar
podemos discutir as qualidades poéticas do tim, ou dos outros autores dos textos das musicas.
mesmo visto dentro do exclusivo padrão estético do rock, são pobres.
podemos discutir a criatividade musical.
quanto á inovação, é nula. quem se sente influenciado por eles podia ser influenciado por mais 32 765 outras bandas rock que ficava na mesma.
isso não os torna melhores nem piores.
o que leva as pessoas a gostarem de alguém ou alguma coisa, não tem, a maior parte das vezes nada a ver com alguma coisa explicável.
apenas com as sensações.
com o que nos liga áquelas coisas, áqueles sons, áquelas imagens
onde ouvimos, como ouvimos, com quem ouvimos.
eu adoro o joyce.. e a t diz que prefere mil vezes um outro gajo qualquer.
e daí?
ao contrário do que muita gente acha, eu entendo que os gostos se discutem.
aliás é mesmo das poucas coisas que se podem, e devem, discutir.
eu não vou discutir se o tim dos xutos e pontapés desafina ou não: é óbvio que desafina que nem um cão. e não tenho nada contra isso.
se gostasse de pirotecnia vocal, gostava das celines dions e outras parecidas.
no entanto, posso discutir se aquela estetica musical me agrada ou não.
ou posso discutir se me agrada ou não aquela atitude comportamental.
quanto aos xutos, agradava-me mais a segunda que a primeira (como aliás a toda a geração musical influenciada pelos punk)
o facto dos sex pistols terem influenciado uma geração de músicos não os tornou mais afinados, mais criativos musicalmente, menos minimal repetitivos quanto á quantidade de diferentes acordes produzidos por música.
se eu acho que os van der graaf generator eram uma excelente banda e os marillion eram/são uma cópia reles é discutível, porque não é demonstrável.
é sentível. apenas
se neste momento tenho no carro a acompanharem-me as viagens o tom waits, os patrick street, a victoria williams, os fatima mansions, os levellers, as faltriqueira, as laïs, o paraíba da viola, o frank tovey, os pavilhão 9, os down the replicants , os soundgarden, a cecilia bartolli, os hesperion xx, e mais uns quantos que não me lembro de cor ou não sei escrever os nomes sem parecer mal... e não tenho outros... é porque são estes que me dá gozo ouvir nestes dias e não outros.
não há aqui nenhum padrão. nem no estilo, nem nas qualidades vocais.
a esmagadora maioria da população mundial dirá que muitos deles têm uma excelente voz... para estarem calados.
isso não os torna melhores nem piores.
o tom waits é cantado por imensos outros músicos, louvado por imensos críticos, influencia imensos artistas.... isso não o torna menos criticável, nem impede que se possa dizer que o que ele fazia melhor era dedicar-se á medicina (ele é médico de formação, para os que não saibam...)
achar que os outros não podem odiar ou não gostar de alguém apenas porque nós gostamos é uma ideia tão abstronça quanto idiota.
não gostar de alguém ou de alguma coisa não é falta de respeito.
é, apenas, não gostar
podemos discutir as qualidades poéticas do tim, ou dos outros autores dos textos das musicas.
mesmo visto dentro do exclusivo padrão estético do rock, são pobres.
podemos discutir a criatividade musical.
quanto á inovação, é nula. quem se sente influenciado por eles podia ser influenciado por mais 32 765 outras bandas rock que ficava na mesma.
isso não os torna melhores nem piores.
o que leva as pessoas a gostarem de alguém ou alguma coisa, não tem, a maior parte das vezes nada a ver com alguma coisa explicável.
apenas com as sensações.
com o que nos liga áquelas coisas, áqueles sons, áquelas imagens
onde ouvimos, como ouvimos, com quem ouvimos.
eu adoro o joyce.. e a t diz que prefere mil vezes um outro gajo qualquer.
e daí?
29 de junho de 2004
Falar de coisas sérias
Vamos ao que interessa: já entrei em estágio para o jogo de amanhã!
Uma série de acontecimentos, que ocorreram hoje, levam-me a ter a premonição segura que vamos ganhar amanhã: fui de mota para o hospital; fui cortar o cabelo; fui à praia, à tardinha, e estava levante; as ameijoas no Paquete estavam boas; assisti ao pôr do sol...
Como é fácil de ver, está garantido!
Já que estamos numa de fotos, só para lembrar a velha guarda e, já agora, para recordar o nosso melhor marcador neste Europeu, cá vai...
E mantenho o que já disse: cá para mim o Figo ia pró banco!
Uma série de acontecimentos, que ocorreram hoje, levam-me a ter a premonição segura que vamos ganhar amanhã: fui de mota para o hospital; fui cortar o cabelo; fui à praia, à tardinha, e estava levante; as ameijoas no Paquete estavam boas; assisti ao pôr do sol...
Como é fácil de ver, está garantido!
Já que estamos numa de fotos, só para lembrar a velha guarda e, já agora, para recordar o nosso melhor marcador neste Europeu, cá vai...
E mantenho o que já disse: cá para mim o Figo ia pró banco!
bloomsday
STATELY, PLUMP BUCK MULLIGAN CAME FROM THE STAIRHEAD, bearing a bowl of lather on which a mirror and a razor lay crossed. A yellow dressing gown, ungirdled, was sustained gently-behind him by the mild morning air. He held the bowl aloft and intoned:
Introibo ad altare Dei.
........
.....and O that awful deepdown torrent O and the sea the sea crimson sometimes like fire and the glorious sunsets and the figtrees in the Alameda gardens yes and all the queer little streets and pink and blue and yellow houses and the rosegardens and the jessamine and geraniums and cactuses and Gibraltar as a girl where I was a Flower of the mountain yes when I put the rose in my hair like the Andalusian girls used or shall I wear a red yes and how he kissed me under the Moorish wall and I thought well as well him as another and then I asked him with my eyes to ask again yes and then he asked me would I yes to say yes my mountain flower and first I put my arms around him yes and drew him down to me so he could feel my breasts all perfume yes and his heart was going like mad and yes I said yes I will Yes.
entre estes dois pedaços de escrita... está o meu livro favorito.
uma paixão que me acompanhou muitos anos.
um livro que me acompanhou em muitas viagens em muitos momentos... seguramente o livro que li mais vezes... seguramente o livro que mais me apaixonou.
é uma historia simples....
uma história da paixão por uma cidade, contada como se de um dia de um dos seus anónimos habitantes se tratasse. a história do senhor bloom e de quem com ele se cruzou no dia 16 de junho de 1904. há 100 anos mais uns pózinhos.
por via do euro e da poeira levantada á volta do governo.... só hoje me dei conta que me esqueci desta data...
como qualquer amante do ulisses, percorri as ruas de dublin a refazer o percuso de leopold bloom... desde a porta da casa número 7 de eccles strett, que já não existe... até ao regresso ao ponto de partida.
o pubs, a maternidade, a biblioteca, os correios... o que já só existe na memória. e o que lá está...
é razoavel?
provavelmente não é.
afinal é apenas um livro
mas também é uma paixão...
e as paixões não se explicam...
felizmente
Introibo ad altare Dei.
........
.....and O that awful deepdown torrent O and the sea the sea crimson sometimes like fire and the glorious sunsets and the figtrees in the Alameda gardens yes and all the queer little streets and pink and blue and yellow houses and the rosegardens and the jessamine and geraniums and cactuses and Gibraltar as a girl where I was a Flower of the mountain yes when I put the rose in my hair like the Andalusian girls used or shall I wear a red yes and how he kissed me under the Moorish wall and I thought well as well him as another and then I asked him with my eyes to ask again yes and then he asked me would I yes to say yes my mountain flower and first I put my arms around him yes and drew him down to me so he could feel my breasts all perfume yes and his heart was going like mad and yes I said yes I will Yes.
entre estes dois pedaços de escrita... está o meu livro favorito.
uma paixão que me acompanhou muitos anos.
um livro que me acompanhou em muitas viagens em muitos momentos... seguramente o livro que li mais vezes... seguramente o livro que mais me apaixonou.
é uma historia simples....
uma história da paixão por uma cidade, contada como se de um dia de um dos seus anónimos habitantes se tratasse. a história do senhor bloom e de quem com ele se cruzou no dia 16 de junho de 1904. há 100 anos mais uns pózinhos.
por via do euro e da poeira levantada á volta do governo.... só hoje me dei conta que me esqueci desta data...
como qualquer amante do ulisses, percorri as ruas de dublin a refazer o percuso de leopold bloom... desde a porta da casa número 7 de eccles strett, que já não existe... até ao regresso ao ponto de partida.
o pubs, a maternidade, a biblioteca, os correios... o que já só existe na memória. e o que lá está...
é razoavel?
provavelmente não é.
afinal é apenas um livro
mas também é uma paixão...
e as paixões não se explicam...
felizmente
Bom dia...
Foi bom ver a nossa Patruska Etelvina regressada do além.
Já está de novo nos nossos links.
Hoje vou ter uma reunião no edifício do Hospital das Bonecas:)
Alguém tem uma boneca para recuperar?
Abeijos e braços.
Já está de novo nos nossos links.
Hoje vou ter uma reunião no edifício do Hospital das Bonecas:)
Alguém tem uma boneca para recuperar?
Abeijos e braços.
Considerações
Quando é que se considera que uma pessoa está cansada?
Porque é que uma pessoa sente que deixou de ser útil?
Quando é que se diz que uma pessoa está a fugir?
Porque é que uma pessoa diz que não tem tempo?
Porque é que uma pessoa sente que deixou de ser útil?
Quando é que se diz que uma pessoa está a fugir?
Porque é que uma pessoa diz que não tem tempo?
28 de junho de 2004
Falando da crise política...
...e para dar uma opinião que é tão boa como qualquer outra
Apesar de tudo, acho legal e legítimo, que não se recorra a eleições antecipadas e se forme um novo governo dentro da actual maioria. É que os governos não assentam num "candidato a primeiro-ministro", mas sim numa maioria parlamentar, que se mantém inalterada. Já houve casos de governos que cairam, como o primeiro de Mário Soares, e se formou um novo governo dentro do mesmo quadro parlamentar (coligação PS-CDS). Já houve um primeiro-ministro (Sá Carneiro) que morreu e formou-se um novo governo baseado na mesma maioria parlamentar.
O caso de Guterres foi, em meu entender, diferente. Não havia uma maioria parlamentar clara (havia um empate "técnico") e foi ele próprio que disse (juraria...) que não havia condições para governar e ia solicitar eleições antecipadas ao Presidente de República.
De qualquer modo, acho que é uma reles fuga, e uma traição do Durão, aos compromissos assumidos.
E assusta-me, sou sincero, assusta-me, pensar no Santana Lopes à frente desta marmelada toda.
Apesar de tudo, acho legal e legítimo, que não se recorra a eleições antecipadas e se forme um novo governo dentro da actual maioria. É que os governos não assentam num "candidato a primeiro-ministro", mas sim numa maioria parlamentar, que se mantém inalterada. Já houve casos de governos que cairam, como o primeiro de Mário Soares, e se formou um novo governo dentro do mesmo quadro parlamentar (coligação PS-CDS). Já houve um primeiro-ministro (Sá Carneiro) que morreu e formou-se um novo governo baseado na mesma maioria parlamentar.
O caso de Guterres foi, em meu entender, diferente. Não havia uma maioria parlamentar clara (havia um empate "técnico") e foi ele próprio que disse (juraria...) que não havia condições para governar e ia solicitar eleições antecipadas ao Presidente de República.
De qualquer modo, acho que é uma reles fuga, e uma traição do Durão, aos compromissos assumidos.
E assusta-me, sou sincero, assusta-me, pensar no Santana Lopes à frente desta marmelada toda.
O Ricardo lembrou-me
A Noite
Ela sorriu
E ele foi atrás
Ela despiu-o
E ela o satisfaz
Passa a noite
Passa o tempo devagar
Já é dia
Já é hora de voltar
Aqui ao luar
Ao pé de ti
Ao pé do mar
Só o sonho fica
Só ele pode ficar
música: Xutos & Pontapés
Ela sorriu
E ele foi atrás
Ela despiu-o
E ela o satisfaz
Passa a noite
Passa o tempo devagar
Já é dia
Já é hora de voltar
Aqui ao luar
Ao pé de ti
Ao pé do mar
Só o sonho fica
Só ele pode ficar
música: Xutos & Pontapés
finalmente de ferias
finalmente acabaram-se as escolisses por algum tempo, tava a precisar não ver mais livros pela frente e não ter prazos inuteis para entregar trabalhos e mais trabalhos.
bem... agora basicamente é não fazer nenhum, ver e rever filmes, passar o tempo a ler e a estar de molho. tão bom não é ?
bem... agora basicamente é não fazer nenhum, ver e rever filmes, passar o tempo a ler e a estar de molho. tão bom não é ?
Gosto Muito
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltar a beijar
Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez
letra: Tim
música: Xutos & Pontapés
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltar a beijar
Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez
letra: Tim
música: Xutos & Pontapés
Para que conste
O universo das gueixas confunde-se com o universo das artes - seja a arte do canto, da dança, da conversa ou da sedução; a própria palavra "gueixa", aliás, pode ser traduzida como "pessoa que vive da arte".
Peço perdão.
Pela foto apressada que deixei...fica por elas todas que tenho apagado com largura excessiva.
Pela minha contabilidade ainda posso postar duas ou três deste tamanho:))
Pela minha contabilidade ainda posso postar duas ou três deste tamanho:))
Londres 1973
Estava em Londres, nas férias familiares da praxe. Fomos ao Wyndham´s Theatre ver um musical,o "Godspell".
No fim do espectáculo, miúda de 14 anos muito despachada e de cabelo até ao rabo, subi ao palco conviver com os actores e pedir autógrafos. Eles ofereciam bolos e chá, era uma peça muito hippy tipo Hair e fui beijocada por todos.(eu era a mais pequenina presente e acharam graça ao meu péssimo inglês). Na altura só reparei no protagonista, o David Essex, um dos meus grandes amores da adolescência.
Ontem em arrumações de memórias familiares colectivas, encontrei o programa deste espectáculo.
E vejo....Fui beijocada e quiçá abraçada pelo Jeremy Irons. E o homem cantava.E bem!
E infelizmente já me lavei tanta vez depois, que deve ter desaparecido o efeito desse beijo
:( Ai ai....
No fim do espectáculo, miúda de 14 anos muito despachada e de cabelo até ao rabo, subi ao palco conviver com os actores e pedir autógrafos. Eles ofereciam bolos e chá, era uma peça muito hippy tipo Hair e fui beijocada por todos.(eu era a mais pequenina presente e acharam graça ao meu péssimo inglês). Na altura só reparei no protagonista, o David Essex, um dos meus grandes amores da adolescência.
Ontem em arrumações de memórias familiares colectivas, encontrei o programa deste espectáculo.
E vejo....Fui beijocada e quiçá abraçada pelo Jeremy Irons. E o homem cantava.E bem!
E infelizmente já me lavei tanta vez depois, que deve ter desaparecido o efeito desse beijo
:( Ai ai....
se o santana vai para primeiro ministro...eu emigro para o burkina faso...
eu tinha a certeza que isto andava a correr bem demais...
não sou de agoirar... mas sempre que as coisas andam a correr bem demais eu começo a desconfiar...
isto de ganhar aos russos e aos espanhóis e mais aos ingleses não podiam ficar assim sem ter uma contra-partida....
até parecia que a boa sorte continuava com a necessidade da união europeia ter um presidente para a comissão que fosse suficientemente inapto para não fazer coisa nenhuma (já tinham convidade o primeiro ministro de luxemburgo, mas ele não aceitou...) e deixar que cada país continue a fazer o que muito bem entende... e nada seja mudado (a exemplo do senhor prodi que agora se vai...)
até o facto de terem poupado o durão á humilhação suprema de ser arrasado nas próximas eleições podia ser entendido como um mal menor....
agora....
o santana como primeiro ministro ??????????
mas que merda é esta?????
a república virou uma monarquia em que os primeiro-ministros designam sucessores???
um tipo que se candidata para presidente da câmara municipal de lisboa é por inerência primeiro ministro designável?
um tipo que continua obstinadamente a querer construir o tunel do marquês que vai custar milhões.. para evitar dois cruzamentos... e adiar as bichas dos carros 100 metros.... isto para além de achar que não tem que fazer estudos.. porque se vão fazendo conforme a obra avança... (será que o gajo tem mesmo cérebro... ou a brilhantinha já comeu aquilo tudo?????).
um tipo que tem a lata de contratar um dos melhores e mais caros arquitectos mundiais para fazer um trabalho... e não se preocupar em saber quais iam ser os honorários do dito...
um tipo que insiste em subsidiar faraónicamente eventos como o rock in rio que pouco mais gente chama que eventos como o super bock, que não custam um tostão á autarquia, apenas para se ir passear mais a sua corte de colunáveis para a tenda vip....
(e ter a lata de dizer que aquilo ia ser o maior festival do mundo... quando nem o maior da península é... faz-me lembrar demasiado o autismo do 'estado novo').
um tipo que não faz uma obra de fundo, mas apenas patines de cultura pop estilo lantejoulas 'para o brilho e para a gloria', primeiro ministro de pais onde eu vivo?????
imagino o decreto lei que vai autorizar o fat boy slim a remasterizar o hino nacional em versão drum & bass, mais o decreto a estender as docas a toda a costa continental mais os sinais nas fronteiras a dizer que acabou de entrar na maior discoteca do mundo...
e.. se a coisa correr bem mudar o nome do país para luxogal.
sejamos claros: se o pedro 'espelho meu, espelho meu' santana lopes vai para primeiro ministro.. eu peço asilo mental na embaixada do burkina faso...
eu sabia... isto estava a correr bem demais....
não sou de agoirar... mas sempre que as coisas andam a correr bem demais eu começo a desconfiar...
isto de ganhar aos russos e aos espanhóis e mais aos ingleses não podiam ficar assim sem ter uma contra-partida....
até parecia que a boa sorte continuava com a necessidade da união europeia ter um presidente para a comissão que fosse suficientemente inapto para não fazer coisa nenhuma (já tinham convidade o primeiro ministro de luxemburgo, mas ele não aceitou...) e deixar que cada país continue a fazer o que muito bem entende... e nada seja mudado (a exemplo do senhor prodi que agora se vai...)
até o facto de terem poupado o durão á humilhação suprema de ser arrasado nas próximas eleições podia ser entendido como um mal menor....
agora....
o santana como primeiro ministro ??????????
mas que merda é esta?????
a república virou uma monarquia em que os primeiro-ministros designam sucessores???
um tipo que se candidata para presidente da câmara municipal de lisboa é por inerência primeiro ministro designável?
um tipo que continua obstinadamente a querer construir o tunel do marquês que vai custar milhões.. para evitar dois cruzamentos... e adiar as bichas dos carros 100 metros.... isto para além de achar que não tem que fazer estudos.. porque se vão fazendo conforme a obra avança... (será que o gajo tem mesmo cérebro... ou a brilhantinha já comeu aquilo tudo?????).
um tipo que tem a lata de contratar um dos melhores e mais caros arquitectos mundiais para fazer um trabalho... e não se preocupar em saber quais iam ser os honorários do dito...
um tipo que insiste em subsidiar faraónicamente eventos como o rock in rio que pouco mais gente chama que eventos como o super bock, que não custam um tostão á autarquia, apenas para se ir passear mais a sua corte de colunáveis para a tenda vip....
(e ter a lata de dizer que aquilo ia ser o maior festival do mundo... quando nem o maior da península é... faz-me lembrar demasiado o autismo do 'estado novo').
um tipo que não faz uma obra de fundo, mas apenas patines de cultura pop estilo lantejoulas 'para o brilho e para a gloria', primeiro ministro de pais onde eu vivo?????
imagino o decreto lei que vai autorizar o fat boy slim a remasterizar o hino nacional em versão drum & bass, mais o decreto a estender as docas a toda a costa continental mais os sinais nas fronteiras a dizer que acabou de entrar na maior discoteca do mundo...
e.. se a coisa correr bem mudar o nome do país para luxogal.
sejamos claros: se o pedro 'espelho meu, espelho meu' santana lopes vai para primeiro ministro.. eu peço asilo mental na embaixada do burkina faso...
eu sabia... isto estava a correr bem demais....
27 de junho de 2004
IKEA
Estive na IKEA quarta feira à noite. Misto de curiosidade e de necessidade – a T fala há dois ou três posts atrás de uma doença incurável, como certos fungos – e também por passar lá perto e pensar por que não hoje? Lá conseguimos estacionar e entrar no estaminé.
Espaço agradável, gente a mais (compreensivelmente). A minha mulher, que nestas coisas tem uma argúcia certeira, resumiu bem a coisa: há dez-quinze anos teria sido um sucesso sem precedentes. Hoje é sem dúvida interessante, poderá forçar alguns preços do mercado a descer (como aconteceu com os discos e a FNAC) mas traz-nos realmente pouco que não se encontre já por cá. As cozinhas são muito bonitas, parecem de qualidade e recomendam-se. Alguns sofás com piada (apaixonei-me por um individual, sensacional para ler, pois claro). Mesas e cadeiras de sala realmente atraentes. Mobiliário de escritório decepcionante, com o seu nadir nas cadeiras de escritório, que têm um aspecto verdadeiramente rasca e são mesmo desconfortáveis – sentei-me em várias para experimentar. Estantes para livros razoáveis, mas esperava maior variedade e flexibilidade. Alguns candeeiros giros, mas já cá tínhamos outros. Uma parafernália de objectos decorativos e utilidades, seguindo manifestamente o gosto sóbrio dos nórdicos, caso dos relógios de parede, tipo repartição pública. Brinquedos de madeira deliciosos (mas já o Imaginarium etc...). O uso de bétula nórdica faz a diferença em diversos móveis e objectos, constituindo, para mim, uma das mais valias da loja. Preços consistentemente baixos.
Resumindo, à la José Quitério: algumas boas propostas, com qualidade boa a variável, recomendando-se uma revisão de parte do cardápio. Fará o paraíso de quem tiver pouco dinheiro. Julgo que a ideia era mesmo essa. Ainda bem que vieram.
Espaço agradável, gente a mais (compreensivelmente). A minha mulher, que nestas coisas tem uma argúcia certeira, resumiu bem a coisa: há dez-quinze anos teria sido um sucesso sem precedentes. Hoje é sem dúvida interessante, poderá forçar alguns preços do mercado a descer (como aconteceu com os discos e a FNAC) mas traz-nos realmente pouco que não se encontre já por cá. As cozinhas são muito bonitas, parecem de qualidade e recomendam-se. Alguns sofás com piada (apaixonei-me por um individual, sensacional para ler, pois claro). Mesas e cadeiras de sala realmente atraentes. Mobiliário de escritório decepcionante, com o seu nadir nas cadeiras de escritório, que têm um aspecto verdadeiramente rasca e são mesmo desconfortáveis – sentei-me em várias para experimentar. Estantes para livros razoáveis, mas esperava maior variedade e flexibilidade. Alguns candeeiros giros, mas já cá tínhamos outros. Uma parafernália de objectos decorativos e utilidades, seguindo manifestamente o gosto sóbrio dos nórdicos, caso dos relógios de parede, tipo repartição pública. Brinquedos de madeira deliciosos (mas já o Imaginarium etc...). O uso de bétula nórdica faz a diferença em diversos móveis e objectos, constituindo, para mim, uma das mais valias da loja. Preços consistentemente baixos.
Resumindo, à la José Quitério: algumas boas propostas, com qualidade boa a variável, recomendando-se uma revisão de parte do cardápio. Fará o paraíso de quem tiver pouco dinheiro. Julgo que a ideia era mesmo essa. Ainda bem que vieram.
Fim de semana
Ontem, Faro foi invadida por uma imensa mole laranja, uma laranja gigante. Mas, bem espremida, não dá sumo nenhum!
PP: Por falar em laranja... tive um pesadelo horrível esta noite: O Santana Lopes era Primeiro-Ministro. Um gajo tem com cada sonho!
PPP: Continua o interminável programa de fim d'ano das crianças. Nos últimos três fim-de-semana já assisti a 3 saraus temáticos, 2 festas generalistas e 2 torneios de futebol. Hoje ainda há a apresentação final do curso de teatro da Eugénia e os quartos de final do mundialito de futebol do Manel. À mesma hora, claro, só para complicar!
PP: Por falar em laranja... tive um pesadelo horrível esta noite: O Santana Lopes era Primeiro-Ministro. Um gajo tem com cada sonho!
PPP: Continua o interminável programa de fim d'ano das crianças. Nos últimos três fim-de-semana já assisti a 3 saraus temáticos, 2 festas generalistas e 2 torneios de futebol. Hoje ainda há a apresentação final do curso de teatro da Eugénia e os quartos de final do mundialito de futebol do Manel. À mesma hora, claro, só para complicar!
Leituras.
Sou uma colectora de livros, além de leitora.
Estava a pensar em como é estranho a ir a casa de alguém e ver a um cantinho uma filinha de livros, ou mesmo livros nenhuns, coisa que me intriga ainda mais. Como se pode viver sem ler?
A minha família é toda assim, como eu. Crescem estantes com os anos, o espaço diminuí. É um vício tramado este. Exige muita arrumação e muita paciência. Somos seres estranhos estes adictos. Cruzamo-nos pelas livrarias, às vezes agarramos o mesmo livro ao mesmo tempo. Não somos muito convivenciais. Olhamos sempre para o que os outros compraram ou levam na mão. E somos bem capazes de ir correr atrás do objecto cobiçado que vimos na mão de outrém. Assim mesmo despudoradamente.
Outro pormenos, odiamos emprestar livros que ainda não lemos. Ou melhor, como eu faço, não empresto mesmo. A minha pilha de livros por ler é sagrada. Até os gatos e a empregada respeitam esta ordem. Porque sei que se saír um livro desse local, é provável que não o recupere, tal a confusão que reina no reino da Dinamarca, ou melhor do Chile.
Este post era para falar de livrarias. Reparo que estou a falar em vez disso, da minha compulsão livresca..risos.
Logo, quando voltar escreverei sobre as livrarias da minha vida. As que tive e tenho.
Agora vou espairecer.
Estava a pensar em como é estranho a ir a casa de alguém e ver a um cantinho uma filinha de livros, ou mesmo livros nenhuns, coisa que me intriga ainda mais. Como se pode viver sem ler?
A minha família é toda assim, como eu. Crescem estantes com os anos, o espaço diminuí. É um vício tramado este. Exige muita arrumação e muita paciência. Somos seres estranhos estes adictos. Cruzamo-nos pelas livrarias, às vezes agarramos o mesmo livro ao mesmo tempo. Não somos muito convivenciais. Olhamos sempre para o que os outros compraram ou levam na mão. E somos bem capazes de ir correr atrás do objecto cobiçado que vimos na mão de outrém. Assim mesmo despudoradamente.
Outro pormenos, odiamos emprestar livros que ainda não lemos. Ou melhor, como eu faço, não empresto mesmo. A minha pilha de livros por ler é sagrada. Até os gatos e a empregada respeitam esta ordem. Porque sei que se saír um livro desse local, é provável que não o recupere, tal a confusão que reina no reino da Dinamarca, ou melhor do Chile.
Este post era para falar de livrarias. Reparo que estou a falar em vez disso, da minha compulsão livresca..risos.
Logo, quando voltar escreverei sobre as livrarias da minha vida. As que tive e tenho.
Agora vou espairecer.
mudanças!
desisti de todos os blogs em que escrevo (o antónio, pelo menos, notou), fechei os que podia. todos excepto este. porque acho piada que estejamos aqui a criar ligações entre nós (porque estamos) e a despejá-las aos olhos do público. gosto disto. gosto de me lembrar que há quem venha aqui ler as coisas "particulares" que escrevemos (há mesmo? ou a T anda a forjar o contador?)
however, tenho um blog novo!!
estamos quase no post 1900!
however, tenho um blog novo!!
estamos quase no post 1900!
26 de junho de 2004
Outro Tópico
E o que será do PP com Santana líder do PSD e líder da coligação? A relação estrutural entre os dois partidos muito provavelmente mudará. Em primeiro lugar, um PSD chefiado por Santana precisará cada vez menos do apoio do PP: Santana se concorresse às legislativas não coligado poderia obter uma quase maioria absoluta; por outro lado, é duvidoso que a coligação valha mais que a soma das partes. Em segundo lugar, Santana faz com que ao nível de ideário político, o PSD e o PP fiquem mais próximos.
Temos portanto uma força no sentido do afastamento e outra no sentido da incorporação do PP dentro do PSD. Ora Paulo Portas descerá politicamente se a coligação findar. E ficará em baixo por um tempo provavelmente muito longo. Mas como Paulo Portas (tal como Santana) só pensa em poder, só em pensa na sua pessoa, o provável é aceitar uma paulatina incorporação do PP dentro do PSD.
Ideologicamente é fácil: o PSD não tem ideologia única, nasceu e viveu sempre como partido de facções de conteúdo diferente [e nisto não se confunde com o PS ao longo da maior parte da sua história (excepção para o guterrismo), pois as suas facções não se demarcam por orientações ideológicas diferentes mas sim por um maior ou menor extremismo/moderação no defender de uma mesma ideologia]. Por outro lado, também o PP não é partido de ideologia única: democracia-cristã e conservadorismo fazem parte do ideário do PP. As ideologias do PSD e as do PP são próximas, sobretudo com Santana!, e este factor facilita muito a incorporação de um partido no outro ou a fusão dos dois. E há ainda o facto de que nem um nem outro partido alguma se interessaram em clarificar qual seria a ideologia predominante.
A nível pessoal é também fácil: Santana e Portas têm boas relações. Além disso, o PP não é de facto um partido: é uma pessoa, chamada Paulo Portas, com um conjunto (pequeno) de indivíduos que o apoiam. O que fôr bom para Portas será bom para estes indivíduos e se Portas quiser ser a figura número dois de um mega-partido nacional, esses indivíduos apoiá-lo-ão (ou serão, naturalmente, afastados e convidados a formar os seus micro-partidozinhos).
Temos portanto uma força no sentido do afastamento e outra no sentido da incorporação do PP dentro do PSD. Ora Paulo Portas descerá politicamente se a coligação findar. E ficará em baixo por um tempo provavelmente muito longo. Mas como Paulo Portas (tal como Santana) só pensa em poder, só em pensa na sua pessoa, o provável é aceitar uma paulatina incorporação do PP dentro do PSD.
Ideologicamente é fácil: o PSD não tem ideologia única, nasceu e viveu sempre como partido de facções de conteúdo diferente [e nisto não se confunde com o PS ao longo da maior parte da sua história (excepção para o guterrismo), pois as suas facções não se demarcam por orientações ideológicas diferentes mas sim por um maior ou menor extremismo/moderação no defender de uma mesma ideologia]. Por outro lado, também o PP não é partido de ideologia única: democracia-cristã e conservadorismo fazem parte do ideário do PP. As ideologias do PSD e as do PP são próximas, sobretudo com Santana!, e este factor facilita muito a incorporação de um partido no outro ou a fusão dos dois. E há ainda o facto de que nem um nem outro partido alguma se interessaram em clarificar qual seria a ideologia predominante.
A nível pessoal é também fácil: Santana e Portas têm boas relações. Além disso, o PP não é de facto um partido: é uma pessoa, chamada Paulo Portas, com um conjunto (pequeno) de indivíduos que o apoiam. O que fôr bom para Portas será bom para estes indivíduos e se Portas quiser ser a figura número dois de um mega-partido nacional, esses indivíduos apoiá-lo-ão (ou serão, naturalmente, afastados e convidados a formar os seus micro-partidozinhos).
ISTO DA IDADE
Isto da idade é esquisito.
Só tenho 41 anos, mas às vezes parece que tenho 200... Por exemplo, quando vejo teenagers. Parece que já passaram séculos desde o tempo em que eu era como eles.
Outras vezes, pareço que só tenho 19. Por exemplo, quando estou com uma catraia que goste de mim como eu dela. Ou quando ela me beija. Ou quando eu quero beijá-la, mas não sei se deva.
Quando estou com aquela professora que me dava reguadas nas mãos por fazer erros, parece que tenho outra vez 6 anos...
Às vezes surpreendo-me a dizer coisas de velho rezinza. Raios.
A gente, quando nasce, devia trazer um Manual da Vida, que fosse sendo automaticamente actualizado conforme a nossa idade. Como os upgrades do Windows.
boavisteiro
Só tenho 41 anos, mas às vezes parece que tenho 200... Por exemplo, quando vejo teenagers. Parece que já passaram séculos desde o tempo em que eu era como eles.
Outras vezes, pareço que só tenho 19. Por exemplo, quando estou com uma catraia que goste de mim como eu dela. Ou quando ela me beija. Ou quando eu quero beijá-la, mas não sei se deva.
Quando estou com aquela professora que me dava reguadas nas mãos por fazer erros, parece que tenho outra vez 6 anos...
Às vezes surpreendo-me a dizer coisas de velho rezinza. Raios.
A gente, quando nasce, devia trazer um Manual da Vida, que fosse sendo automaticamente actualizado conforme a nossa idade. Como os upgrades do Windows.
boavisteiro
25 de junho de 2004
bom.. vou para aquela coisa do palestrina e assim...
a menina patroa quer 2 000 posts para o mês (como se diz pelo norte que poupam algumas palavras quando falam, ás vezes...)
por isso este é mesmo só para dizer que vou fechar a tasca e vou entrar no modo renascentista que é uma coisa que dá muito bem com o meu tom de pele...
espero que dêm também com o meu estado de voz...
a ver vamos... como deria o cego (a propósito.. tenho uma amigo cego, que me diz sempre que me encontra, que há muito tempo que não me vê...)
por isso este é mesmo só para dizer que vou fechar a tasca e vou entrar no modo renascentista que é uma coisa que dá muito bem com o meu tom de pele...
espero que dêm também com o meu estado de voz...
a ver vamos... como deria o cego (a propósito.. tenho uma amigo cego, que me diz sempre que me encontra, que há muito tempo que não me vê...)
dúvida metafísica... (ficam sempre bem as dúvidas metafísicas nos posts... principalmente porque metem físicas... que são as gajas dos físicos...)
que faz um tipo que vai precisar da voz hoje para os palestrinas, os morleys, os vitorias e outros pareceidos... quando rebentou ontem a dita?
explica aos possíveis ouvintes que a coisa não vai estar bem porque ontem não sei o quê?
abre a boca e faz movimentos deixando que o vizinho do lado produza o som desejado?
e se o vizinho do lado lá esteve também (o que é muito provável....)?
a coisa não vai ser fácil... digo eu
explica aos possíveis ouvintes que a coisa não vai estar bem porque ontem não sei o quê?
abre a boca e faz movimentos deixando que o vizinho do lado produza o som desejado?
e se o vizinho do lado lá esteve também (o que é muito provável....)?
a coisa não vai ser fácil... digo eu
Ai que eu me ia morrendo ontem atabafada de emoção até tive que me abanar com o leque tal eram as continuas emoções que por mim acima corriam e por baixo também que com tanta cervejola tive que ir à casinha muitas vezes ele foi um gritar que eu estou rouca e sei lá a alegria que invade os nosso Portugal ganhou sim porque porque Portugal é nosso não é da porra dos espanhoís da Zara e que têm tudo nem dos cabrões dos alemães nem de outros países que parece que são donos disto mas não são claro e até temos um bom governo até o Dr Durão parecia um homem a sério ali espremido a sofrer e a chorar com o o Povo e o nosso Eusébio com a sua toalha de estimação coitada da Flora dele que fetiches mais o homem terá mais o Figo que desapareceu para os balneários e levaram isso muito a mal eu nem sei porquê um homem tem as suas necessidades e o outro que deu com a cabeçada pra trás o burroide esse devia levar na corneta e o Scolari que querido com a bandeira do Brasil e de Portugal às costas e aos gritos que emoção e aquele moço da baliza eu chamava-lhe um figo ai chamava chamava e que decepção o marido da Victoria que feioso e matajuano.
Mas enfim espero que me tenham visto no Fan qualquer coisa aos gritos envolta na minha super bandeira até pra falei pra umas miúdas muito despidas e meio atadinhas que andavam a perguntar coisas às pessoas de vulto tipo eu e eu até mandei um beijinho pra minha mãezinha que Deus tem mas não faz mal e um xi coração pró meu blóguio tá visto que a miúda não percebia nada de internetes só de intermetes pois ficou com cara de jumenta a olhar para palácio mas enfim eu brilhei e encantei e depois fio pró marquês e andei encavalitada na estátua graças a vários garbosos rapazes que me içaram e cantei o nosso hino que os miúdos coitados não sabiam agora não aprendem nada nas escolas só sexos e isso mas prontos tenho a minha casa toda engalanada comprei um conjunto de naperons e individuais prás meses e um jogo de atoalhados e lençois de cama sim que os bifes já se foram coitados mas derreteram cá os euros e eu gosto muito de vocês estimo muito a vossa felicidade sobretudo ao Dr dos tubos e bolas Dr Gasel vénia e à menina Erre do Glorioso e ao inesquecivel menino F que é um amorzinho um doce de chila apesar de ser um bocado implicante mas é fruto da idade e para o nosso zoezinho que apesar da idade é um sempre um querdo amor prontos vou-me a descansar que só agora cheguei da festa e ainda estou bem aviada hic mas isso não é nada para mim ainda vou preparar um bacalhauzinho à Gomes de Sá pró meu almocinho e amo-vos e beijos e tudo e não deixos para o g2 que estou muito zangada com esse mono que anda a trair-me com outras o mastodonte.
Mas enfim espero que me tenham visto no Fan qualquer coisa aos gritos envolta na minha super bandeira até pra falei pra umas miúdas muito despidas e meio atadinhas que andavam a perguntar coisas às pessoas de vulto tipo eu e eu até mandei um beijinho pra minha mãezinha que Deus tem mas não faz mal e um xi coração pró meu blóguio tá visto que a miúda não percebia nada de internetes só de intermetes pois ficou com cara de jumenta a olhar para palácio mas enfim eu brilhei e encantei e depois fio pró marquês e andei encavalitada na estátua graças a vários garbosos rapazes que me içaram e cantei o nosso hino que os miúdos coitados não sabiam agora não aprendem nada nas escolas só sexos e isso mas prontos tenho a minha casa toda engalanada comprei um conjunto de naperons e individuais prás meses e um jogo de atoalhados e lençois de cama sim que os bifes já se foram coitados mas derreteram cá os euros e eu gosto muito de vocês estimo muito a vossa felicidade sobretudo ao Dr dos tubos e bolas Dr Gasel vénia e à menina Erre do Glorioso e ao inesquecivel menino F que é um amorzinho um doce de chila apesar de ser um bocado implicante mas é fruto da idade e para o nosso zoezinho que apesar da idade é um sempre um querdo amor prontos vou-me a descansar que só agora cheguei da festa e ainda estou bem aviada hic mas isso não é nada para mim ainda vou preparar um bacalhauzinho à Gomes de Sá pró meu almocinho e amo-vos e beijos e tudo e não deixos para o g2 que estou muito zangada com esse mono que anda a trair-me com outras o mastodonte.
Querido?!
As minhas amigas dizem de uma forma querida que eu sou querido. Ignorante ou ingrato pergunto de que me serve.
Foi lindo...
Afinal não foi preciso recorrer ao terrível poder das brigadas...
As mulheres, as mães (o tal mulherio...), têm sempre mil e uma ideias, súbitas soluções milagrosas, que permitem manter os delicados equilíbrios.
Assim, vi o jogo, sofri o jogo, "ganhei" o jogo.... foi liiiiiindo!! E ainda assisti às marchas finais da festarola da escola.
Depois fui, mais os miúdos, agitar as bandeiras, buzinar à brava, e ver o fogo de artifício na doca.
E agora estou aqui, com um sorriso pregado na alma, sem vontade nenhuma de dormir!
PP: Será que desta vez até o Carlos desfraldou a bandeira?
PPP: O Figo quando foi substituido (com Portugal a perder 1-0) foi para o balneário... a ser verdade, e cá por mim, fica lá para sempre!
As mulheres, as mães (o tal mulherio...), têm sempre mil e uma ideias, súbitas soluções milagrosas, que permitem manter os delicados equilíbrios.
Assim, vi o jogo, sofri o jogo, "ganhei" o jogo.... foi liiiiiindo!! E ainda assisti às marchas finais da festarola da escola.
Depois fui, mais os miúdos, agitar as bandeiras, buzinar à brava, e ver o fogo de artifício na doca.
E agora estou aqui, com um sorriso pregado na alma, sem vontade nenhuma de dormir!
PP: Será que desta vez até o Carlos desfraldou a bandeira?
PPP: O Figo quando foi substituido (com Portugal a perder 1-0) foi para o balneário... a ser verdade, e cá por mim, fica lá para sempre!
24 de junho de 2004
E foi mais um jogo e a algazarra é indescrítivel.
Penso que o F, Errezinha, Gajo,Gasel e outros bloguistas estejam a ser reanimados, depois de tanta emoção.
A Senhora da depilação já me tinha explicado. Desde que usa aquele terço. Portugal ganha sempre.O Segredo da vitória é simples.
Gasel agradece à Dona Laura.
A Senhora da depilação já me tinha explicado. Desde que usa aquele terço. Portugal ganha sempre.O Segredo da vitória é simples.
Gasel agradece à Dona Laura.
Momento de poesia
Então cá vai:
O CUME
No alto daquele cume,
plantei um pé de roseira.
O mato no cume cresce,
a rosa no cume cheira.
Quando cai a chuva fina,
salpicos no cume caem.
Lagartos no cume entram,
abelhas no cume saem.
Mas depois qua a chuva cessa,
no cume volta a alegria.
Voltando a brilhar depressa,
o sol que no cume ardia.
O CUME
No alto daquele cume,
plantei um pé de roseira.
O mato no cume cresce,
a rosa no cume cheira.
Quando cai a chuva fina,
salpicos no cume caem.
Lagartos no cume entram,
abelhas no cume saem.
Mas depois qua a chuva cessa,
no cume volta a alegria.
Voltando a brilhar depressa,
o sol que no cume ardia.
Mata-cavalos
Peço desculpa por não ter dito nada nestes últimos tempos mas tenho estado no modo "mata-cavalos" pois tenho que entregar o relatório do trabalho final de curso nesta próxima 2ª feira (até que enfim!)! Há três semanas que faço directas ou, em alternativa, durmo umas revigorantes 6 horas por noite. Tem sido só curtir! Bem, vou voltar ao trabalho porque ainda quero entregar hoje o rascunho ao orientador para ele dar uma vista de olhos de hoje para amanhã.
Beijos para os meninos e abraços para as meninas!
Beijos para os meninos e abraços para as meninas!
lá estarei...
logo lá estarei...
sou um tipo com sorte. digo eu
mesmo quando não o sou nunca me queixo da vida. que é a única que tenho e não acredito em paraisos celestes ou infernais fogos, nem em reencarnações futuras ou passadas... ontem, enquanto o gasel recebia a confirmação da festa escolar em dia feriado na maior parte do país por via do são joão e no que sobra por via do são luis (figo) e seus acólitos, eu recebia o esperado telefonema a perguntar se já tinha bilhetes para o jogo e que blá, blá, blá, gostavam muito que eu estivesse presente e que blá, blá blá, amanhã aí terá o bilhete. muito obrigado. digo eu.
se antes do jogo com a rússia, onde estava francamente ansioso (até parecia que ia jogar o sporting...),e antes do jogo com a espanha estava numa espécie de 'temos que ganhar áqueles cabrões que estão armados em mete nojo' (ou em espanhóis, que ainda é pior que mete nojo....), desta vez vou com o espírito de esperança de assistir a um grande jogo de futebol. apenas.
obviamente que quero que portugal ganhe e que adoraria ver os bifes de focinho no chão a beber para esquecer a humilhação.... mas não acho que seja vergonha nenhuma perder nesta fase, como não acharei que seja nenhum feito do outro mundo ganhar aos bifes cor de rosa
já agora, espero que, se os portugueses quebraram o jejum de 20 e tal anos sem vitórias a espanha... os ingleses não façam o mesmo com portugal, porque também não nos ganham há mais de 20 anos.
espero que os jogadores portugueses não partilhem deste meu estado de epírito e achem mesmo que a honra deles está em jogo e quem até comam a relva para ganhar....
assim, logo lá estarei.
sem bandeiras nem apêndices para o pescoço nem pinturas de guerra. mas estarei.
e não acho que hoje dedique muito do meu espaço mental a outra coisa que não seja 'o jogo'.
e... já agora... espero que os jogadores portugueses saibam que o melhor negócio do mundo é comprar um inglês pelo seu real valor... e vendê-lo por aquilo que ele acha que vale...
sou um tipo com sorte. digo eu
mesmo quando não o sou nunca me queixo da vida. que é a única que tenho e não acredito em paraisos celestes ou infernais fogos, nem em reencarnações futuras ou passadas... ontem, enquanto o gasel recebia a confirmação da festa escolar em dia feriado na maior parte do país por via do são joão e no que sobra por via do são luis (figo) e seus acólitos, eu recebia o esperado telefonema a perguntar se já tinha bilhetes para o jogo e que blá, blá, blá, gostavam muito que eu estivesse presente e que blá, blá blá, amanhã aí terá o bilhete. muito obrigado. digo eu.
se antes do jogo com a rússia, onde estava francamente ansioso (até parecia que ia jogar o sporting...),e antes do jogo com a espanha estava numa espécie de 'temos que ganhar áqueles cabrões que estão armados em mete nojo' (ou em espanhóis, que ainda é pior que mete nojo....), desta vez vou com o espírito de esperança de assistir a um grande jogo de futebol. apenas.
obviamente que quero que portugal ganhe e que adoraria ver os bifes de focinho no chão a beber para esquecer a humilhação.... mas não acho que seja vergonha nenhuma perder nesta fase, como não acharei que seja nenhum feito do outro mundo ganhar aos bifes cor de rosa
já agora, espero que, se os portugueses quebraram o jejum de 20 e tal anos sem vitórias a espanha... os ingleses não façam o mesmo com portugal, porque também não nos ganham há mais de 20 anos.
espero que os jogadores portugueses não partilhem deste meu estado de epírito e achem mesmo que a honra deles está em jogo e quem até comam a relva para ganhar....
assim, logo lá estarei.
sem bandeiras nem apêndices para o pescoço nem pinturas de guerra. mas estarei.
e não acho que hoje dedique muito do meu espaço mental a outra coisa que não seja 'o jogo'.
e... já agora... espero que os jogadores portugueses saibam que o melhor negócio do mundo é comprar um inglês pelo seu real valor... e vendê-lo por aquilo que ele acha que vale...
Esteve uma noite deveras equilibrada.
Esteve uma noite deveras equilibrada.
Esteve uma noite deveras equilibrada. Agora, quanto à manhã já não estou tão certo disso. Aliás, cada vez mais me convenço que isso do equilíbrio é coisa que não existe. Não passa de uma insinuação poética que aguarda um momento de clareza para se defender desnecessariamente de algo desconhecido.
É preciso acabar com essa ideia de que somos muito pequeninos perante o universo, perante a imensidão...
Cada Homem será o único Deus que há memória.
Esteve uma noite deveras equilibrada. Agora, quanto à manhã já não estou tão certo disso. Aliás, cada vez mais me convenço que isso do equilíbrio é coisa que não existe. Não passa de uma insinuação poética que aguarda um momento de clareza para se defender desnecessariamente de algo desconhecido.
É preciso acabar com essa ideia de que somos muito pequeninos perante o universo, perante a imensidão...
Cada Homem será o único Deus que há memória.
recursos energéticos.
As modernas técnicas de raciocínio vão, cada vez mais, impôr-se e quando dermos por nós estamos apenas a tentar identificar os principais recursos energéticos ou seja, aqueles que nos podem auxiliar na forma de interpretar o medo face à reacção que alguém possa ter após ter apanhado uma valente cacetada.
Depois falamos sobre isto.Não, depois ignoramos isto.
Saúde a todos.
Depois falamos sobre isto.Não, depois ignoramos isto.
Saúde a todos.
23 de junho de 2004
Estou lixado
Então não é que marcaram a festa de fim de ano, da escola do Manel, para amanhã, quinta-feira, dia 24 de Junho, às 20.00.
De onde é que surgiu esta ideia? Que alma demente sugeriu esta data? O que é que aquele mulherio todo pensa que anda a fazer? Sim, só podia ser, mulherio... são todas professoras sem a mínima noção de prioridades, de patriotismo, e do trauma que podem causar nas pobres crianças?… Ahhh, minto, vejo no programa que existe um certo professor Zé… Pior! Será que esse fachono de merda não teve os tomates suficientes para dar um murro na mesa, e marcar a coisa para um qualquer outro dia, qualquer outra hora??
Bom… mas a coisa está definitivamente (sim, definitivamente!) marcada, a minha mulher está de serviço, e eu estou entalado.
Como optar?
De um lado, uma hora e meia de futebol, sofá, algumas cervejas e muito sofrimento. A nossa Selecção. O nosso sonho…
Do outro, a festa da escola, em cujo programa destaco a dança Follow de Leader, da sala dos Patinhos, a Canção do A e Dança das Fitas, da sala dos Golfinhos, o teatro Conhecemos a Árvore, da sala dos Peixinhos e, para terminar em glória, a Marcha da Escola, com participação de todos os alunos!
Como optar?
Não tenho opção!
Estou angustiado… preciso de ajuda!
PP: Surgiu-me uma ideia louca… telefonar por volta das seis horas, em nome das Brigadas dos Mártires de Jabullabi, a avisar que há uma bomba no auditório. Será demasiado?
De onde é que surgiu esta ideia? Que alma demente sugeriu esta data? O que é que aquele mulherio todo pensa que anda a fazer? Sim, só podia ser, mulherio... são todas professoras sem a mínima noção de prioridades, de patriotismo, e do trauma que podem causar nas pobres crianças?… Ahhh, minto, vejo no programa que existe um certo professor Zé… Pior! Será que esse fachono de merda não teve os tomates suficientes para dar um murro na mesa, e marcar a coisa para um qualquer outro dia, qualquer outra hora??
Bom… mas a coisa está definitivamente (sim, definitivamente!) marcada, a minha mulher está de serviço, e eu estou entalado.
Como optar?
De um lado, uma hora e meia de futebol, sofá, algumas cervejas e muito sofrimento. A nossa Selecção. O nosso sonho…
Do outro, a festa da escola, em cujo programa destaco a dança Follow de Leader, da sala dos Patinhos, a Canção do A e Dança das Fitas, da sala dos Golfinhos, o teatro Conhecemos a Árvore, da sala dos Peixinhos e, para terminar em glória, a Marcha da Escola, com participação de todos os alunos!
Como optar?
Não tenho opção!
Estou angustiado… preciso de ajuda!
PP: Surgiu-me uma ideia louca… telefonar por volta das seis horas, em nome das Brigadas dos Mártires de Jabullabi, a avisar que há uma bomba no auditório. Será demasiado?
era um comment sobre a carta do gasel... sai um post...
já agora... e a propósito de médicos e doentes e mortes....
nos últimos 3 anos, morreram consecutivamente um irmão meu, a minha mãe e o meu pai.
o meu irmão morreu depois de um avc.
esteve demasiado tempo na urgência do amadora sintra para ser atendido (várias horas para ser rigoroso). como se de um pé torcido de tratasse.
a minha mãe teve de tudo no seu transporte para o hospital da un. de coimbra (até a ambulância se avariou e, por acaso, mandaram parar uma que ia a passar. sim.. foi em portugal...)
demorou mais tempo a fazer 75 km, que eu a acabar de almoçar em lisboa e ir de carro até coimbra e esperar por ela 2 horas....
o meu pai morreu durante o sono depois de um dia normalíssimo.
nada me garante que eu ou o resto da família ou o próprio gostasse de ver o resultado, se por acaso o meu irmão tivesse sido atendido mais cedo e sobrevivesse com 50% do cérebro afectado...
a minha mãe, que depois de uma cena que parecia no burkina faso com ambulâncias avariadas e transbordos por acaso, chegou ao hospital em semi coma diabético (acho que é assim que se chama, peço desculpa aos especialistas...), coisa de que não tinha nenhum registo até ao momento.
sobreviveu 3 dias, sendo o último de uma lucidez e tranquilidade impressionantes.
se podiam e deviam ter sido melhor tratados?
de certeza absoluta!!!
se foi por isso que morreram?
quero lá saber.
sei que morreram, que já não vivem. que já não os tenho. nem os que deles gostavam.
e principalmente, que eles já não têm a vida deles.
culpar os médicos?
culpar o condutor da ambulância?
talvez culpar a vida que temos.
todos
nos últimos 3 anos, morreram consecutivamente um irmão meu, a minha mãe e o meu pai.
o meu irmão morreu depois de um avc.
esteve demasiado tempo na urgência do amadora sintra para ser atendido (várias horas para ser rigoroso). como se de um pé torcido de tratasse.
a minha mãe teve de tudo no seu transporte para o hospital da un. de coimbra (até a ambulância se avariou e, por acaso, mandaram parar uma que ia a passar. sim.. foi em portugal...)
demorou mais tempo a fazer 75 km, que eu a acabar de almoçar em lisboa e ir de carro até coimbra e esperar por ela 2 horas....
o meu pai morreu durante o sono depois de um dia normalíssimo.
nada me garante que eu ou o resto da família ou o próprio gostasse de ver o resultado, se por acaso o meu irmão tivesse sido atendido mais cedo e sobrevivesse com 50% do cérebro afectado...
a minha mãe, que depois de uma cena que parecia no burkina faso com ambulâncias avariadas e transbordos por acaso, chegou ao hospital em semi coma diabético (acho que é assim que se chama, peço desculpa aos especialistas...), coisa de que não tinha nenhum registo até ao momento.
sobreviveu 3 dias, sendo o último de uma lucidez e tranquilidade impressionantes.
se podiam e deviam ter sido melhor tratados?
de certeza absoluta!!!
se foi por isso que morreram?
quero lá saber.
sei que morreram, que já não vivem. que já não os tenho. nem os que deles gostavam.
e principalmente, que eles já não têm a vida deles.
culpar os médicos?
culpar o condutor da ambulância?
talvez culpar a vida que temos.
todos
22 de junho de 2004
Verão
Chegou o Verão, ouço no rádio,
Vou até à janela...vou ate ao calendário
E deduzo que Verão, é quando um homem quiser
Se não acreditam, corram ate à janela,
E lá verão como é verdade o que estou a dizer.
Vou até à janela...vou ate ao calendário
E deduzo que Verão, é quando um homem quiser
Se não acreditam, corram ate à janela,
E lá verão como é verdade o que estou a dizer.
Recebi uma carta
Hoje, recebi uma carta...
Uma carta verdadeira, com envelope de remetente e destinatário manuscritos. É um facto extraordinário pois, nos últimos dez anos, julgo que não tinha recebido nenhuma. A minha caixa de correio limita-se a acumular envelopes com contas para pagar e tristes prospectos publicitários.
Mas hoje, recebi uma carta...
Uma carta com 10 páginas e que, curiosamente, começa com a seguinte frase "Esta carta é para ler de pouco a pouco. Por ser muita escrita". E toda essa carta, toda aquela escrita, gira à volta de uma dúvida terrível: porque é que eu insisti em torturar o irmão, até ele morrer? Lembro-me bem do caso, foi recente e não foi, claramente, um sucesso terapêutico. Mas será que foi mesmo assim que fui visto por aquela família, como um torturador... Será? Que porra!
Pois, hoje recebi uma carta...
Mas mais valia que se tivesse extraviado!
PP: Quem é Sidoro?
PPP: Assisti à conjura nórdica e à tragédia italiana. Terá sido?... Mas deu-me um secreto gozo!
Uma carta verdadeira, com envelope de remetente e destinatário manuscritos. É um facto extraordinário pois, nos últimos dez anos, julgo que não tinha recebido nenhuma. A minha caixa de correio limita-se a acumular envelopes com contas para pagar e tristes prospectos publicitários.
Mas hoje, recebi uma carta...
Uma carta com 10 páginas e que, curiosamente, começa com a seguinte frase "Esta carta é para ler de pouco a pouco. Por ser muita escrita". E toda essa carta, toda aquela escrita, gira à volta de uma dúvida terrível: porque é que eu insisti em torturar o irmão, até ele morrer? Lembro-me bem do caso, foi recente e não foi, claramente, um sucesso terapêutico. Mas será que foi mesmo assim que fui visto por aquela família, como um torturador... Será? Que porra!
Pois, hoje recebi uma carta...
Mas mais valia que se tivesse extraviado!
PP: Quem é Sidoro?
PPP: Assisti à conjura nórdica e à tragédia italiana. Terá sido?... Mas deu-me um secreto gozo!
(errata)
Há quem alegue que é mais fácil descer um degrau que o subir. Mas, se as escadas forem descobertas, quanto mais alto estivermos melhor será a nossa vista. Por que motivo descer se só com a subida o que está mais baixo ganha? Assim fala sidoro.
Sidoro gosta. Sidoro se diz que gosta é por que está a ser sincero. Se Sidoro se comporta de uma maneira estranha é porque Sidoro assim é. Se gostam de Sidoro têm de gostar dele da maneira que ele é tal como ele gosta de quem gosta por gostar da maneira de quem é gostado.
Se Sidoro pergunta é porque não sabe. Se Sidoro devia saber e não sabe digam. Se não respondem ele nunca vai saber. Sidoro escreve mas escreve só sobre o que ele sente e muitas vezes, antes de estar certo, Sidoro não sabe que está certo e, antes de estar certo, não escreve sobre o que sente. Agora não exijam que Sidoro perceba o que sintam, porque se lhe custa perceber o que sente e resolve essas dúvidas perguntando a si mesmo (porque é ele mesmo que sente), imaginem o quão moroso é o processo se às suas questões não encontra resposta.
Embora Sidoro inquira e insista nas questões raramente encontra respostas. O que sucede é uma rebaldaria: chatices, discussões, gritos (mesmo que inaudíveis), e estaladas (na maior parte das vezes mentais). Sidoro chora por dentro: "por qu'é que tenho de magoar aquela que me importa?Por quê?". Quantas vezes não tentou responder a esta questão, quantas. Numa fase mais pessimista as respostas foram aquelas que antecederam este post e que vos digo são ridículas. Porém hoje em dia Sidoro percebe que o problema está na falta de diálogo que, para Sidoro, é essencial.
Portanto advirto. Se Sidoro pergunta, tentem responder. Se Sidoro pergunta é porque precisa de saber. Se Sidoro anseia por uma resposta é porque não quer confusões.
Sidoro gosta. Sidoro se diz que gosta é por que está a ser sincero. Se Sidoro se comporta de uma maneira estranha é porque Sidoro assim é. Se gostam de Sidoro têm de gostar dele da maneira que ele é tal como ele gosta de quem gosta por gostar da maneira de quem é gostado.
Se Sidoro pergunta é porque não sabe. Se Sidoro devia saber e não sabe digam. Se não respondem ele nunca vai saber. Sidoro escreve mas escreve só sobre o que ele sente e muitas vezes, antes de estar certo, Sidoro não sabe que está certo e, antes de estar certo, não escreve sobre o que sente. Agora não exijam que Sidoro perceba o que sintam, porque se lhe custa perceber o que sente e resolve essas dúvidas perguntando a si mesmo (porque é ele mesmo que sente), imaginem o quão moroso é o processo se às suas questões não encontra resposta.
Embora Sidoro inquira e insista nas questões raramente encontra respostas. O que sucede é uma rebaldaria: chatices, discussões, gritos (mesmo que inaudíveis), e estaladas (na maior parte das vezes mentais). Sidoro chora por dentro: "por qu'é que tenho de magoar aquela que me importa?Por quê?". Quantas vezes não tentou responder a esta questão, quantas. Numa fase mais pessimista as respostas foram aquelas que antecederam este post e que vos digo são ridículas. Porém hoje em dia Sidoro percebe que o problema está na falta de diálogo que, para Sidoro, é essencial.
Portanto advirto. Se Sidoro pergunta, tentem responder. Se Sidoro pergunta é porque precisa de saber. Se Sidoro anseia por uma resposta é porque não quer confusões.
amores e adorados ovários perdão vários e meninas e senhores sem veniar hoje que estou com uma pressa do camando isto tem sido uma trabalheira nestes dias que eu nem vos conto é só trabalho e convivio como boa anfitriã que sou deste maravilhoso povo português que merece dar o seu melhor já tenho uma bandeira com um mastro de 3 metros e com as dimensões de 5 metros por 4 acho eu que só pedi a maior que existisse na porra da loja que estava atulhada de gente até me parece que vi o menino Efezinho a carregar uma e com um gorro muito giro e very típico como dizem os bifes que grandes que são e que mal coisam mas a clientela nunca é de desprezar e pronto eu sou Portugal no seu melhor na sua verdadeira acepção de generosidade e entrega ó se eu entregava algumas coisas aos nossos meninos da selecção que viço que pujança que apetite de rapazes ai que boa a vida é. Agradeço ao sr Boavisteiro mas o meu coração não pode ter dono é demasiado grande pra essas coisas ele gosta de entregas totais aceita visa e dolares também e rublos e tudo e ouro e arrecadas já li que a menina Luluzinha continua apaixonada que continue muito feliz com o seu mineiro de Aljustrel e a menina Errezinha com o Ricardo que surpresa Deus Meu quem diria mas pronto o moço é professor é coisa fina e é professor daqueles das microcoisas espero que a coisa dele não seja micro também senão a minha querida e adorada menina Erre fica mal servida e isso não acho bem que ela merece do bom e melhor.
Espero que hajam muitos casamentos e baptizados eu vou ser madrinha de todos claro que assim é que é bonito e o senhor Dr Carlos também me parece um homem como deve ser um homem e escreve como eu portanto merece o meu aplauso mas não o do Dr Zink que vai achar mal depois do esforço todo que tem tido e por último um beijo aos meus queridos médicos um com tubos outro sem e também ao meu adorável g2 que anda sempre aí no ripanço como o próprio do meu ex sempre às garinas e despensa vazia e garrafeira despejada amo-vos muito e vou-me a correr vestir com o vestido da bandeira que é de um chique maravilhoso e que eu gosto muito adivinhem onde ficam as quinas vossa sempre que quiserem que esteja aqui em casa cobro como é óbvio.
Frutuosa de Portugal
Espero que hajam muitos casamentos e baptizados eu vou ser madrinha de todos claro que assim é que é bonito e o senhor Dr Carlos também me parece um homem como deve ser um homem e escreve como eu portanto merece o meu aplauso mas não o do Dr Zink que vai achar mal depois do esforço todo que tem tido e por último um beijo aos meus queridos médicos um com tubos outro sem e também ao meu adorável g2 que anda sempre aí no ripanço como o próprio do meu ex sempre às garinas e despensa vazia e garrafeira despejada amo-vos muito e vou-me a correr vestir com o vestido da bandeira que é de um chique maravilhoso e que eu gosto muito adivinhem onde ficam as quinas vossa sempre que quiserem que esteja aqui em casa cobro como é óbvio.
Frutuosa de Portugal
O que resulta de um amontoado de coisas?(Pergunto de uma forma retórica; sem me interessar creio que já captei a atenção). Só posso dizer que nada.
Juntei à vida as cores que encontrei. Somei-as; criei outras novas. De nada serviu. Elas vivem, mas só consigo e para si.
Eu, tão abstracto, só vos peço para não me darem significado. Não me tentem compreender. Que a insignificância seja a minha maior característica:
Não deem, ao que não tem, sentido!
Juntei à vida as cores que encontrei. Somei-as; criei outras novas. De nada serviu. Elas vivem, mas só consigo e para si.
Eu, tão abstracto, só vos peço para não me darem significado. Não me tentem compreender. Que a insignificância seja a minha maior característica:
Não deem, ao que não tem, sentido!
a coisa hoje não me está a correr bem...
há dias assim...
abrimos o correio e só temos desilusões
nada de mails interessantíssimos com fotos que nos fazem olhar em volta para ver se alguém está a ver...
ou outras que nos levam a pensar duas vezes antes de nos voltarmos a despir em público...
hoje parece o dia mundial do mail estúpido
além de 3 mails a dizerem-me que me acontece não sei o quê se eu não mandar o dito para não sei quantas pessoas em não sei quantos segundos... tenho mais uns mails alarmistas absolutamente estúpidos....
não consigo perceber se as pessoas que mos reenviam o fazem porque têm um reflexo condicionado ou se eu as sobrevalorizei quanto ás suas capacidades cognitivas...
um mistério a descobrir...
acham mesmo que eu vou mandar uns mails por causa de uns nokias ou ericsons vindos de uma senhora que nunca lá trabalhou??? ou que o hotmail vai fechar se não desatar a mandar mails á parva???? ou que os apoios de mamas (gosto deste nome..) provocam o cancro nas ditas... de acordo com um estudo de um instituto que nunca existiu...ou que as latas de refrigerantes são mais sujas que sanitas... com base no nome de um investigador que repetidamente já escreveu que nunca subscreveu aquela tese....
isto não me está a correr nada bem...
abrimos o correio e só temos desilusões
nada de mails interessantíssimos com fotos que nos fazem olhar em volta para ver se alguém está a ver...
ou outras que nos levam a pensar duas vezes antes de nos voltarmos a despir em público...
hoje parece o dia mundial do mail estúpido
além de 3 mails a dizerem-me que me acontece não sei o quê se eu não mandar o dito para não sei quantas pessoas em não sei quantos segundos... tenho mais uns mails alarmistas absolutamente estúpidos....
não consigo perceber se as pessoas que mos reenviam o fazem porque têm um reflexo condicionado ou se eu as sobrevalorizei quanto ás suas capacidades cognitivas...
um mistério a descobrir...
acham mesmo que eu vou mandar uns mails por causa de uns nokias ou ericsons vindos de uma senhora que nunca lá trabalhou??? ou que o hotmail vai fechar se não desatar a mandar mails á parva???? ou que os apoios de mamas (gosto deste nome..) provocam o cancro nas ditas... de acordo com um estudo de um instituto que nunca existiu...ou que as latas de refrigerantes são mais sujas que sanitas... com base no nome de um investigador que repetidamente já escreveu que nunca subscreveu aquela tese....
isto não me está a correr nada bem...
Mau humor na chafarica
Hoje está tudo mal disposto, não sei bem porquê.
Andamos a resmungar e a grunhir pelos cantos, não nos apetece fazer nada e o que há de trabalho é só coisas entediantes.À Errezinha doi a cabeça, a N está ali a dizer mal da GVV,a Lulu tá de cara enfiada, enfim a vida podia ser mais agradável.
O Post 1900 era lindo:) E termos 2.001 posts quando fizessemos um ano, mais lindo era ainda:)
Estou com uma grande preguiça e as teclas estão-se a arrastar.Apetece-me abrir a boca e espreguiçar-me.
Enfim...será do tempo?
Beijo.
Andamos a resmungar e a grunhir pelos cantos, não nos apetece fazer nada e o que há de trabalho é só coisas entediantes.À Errezinha doi a cabeça, a N está ali a dizer mal da GVV,a Lulu tá de cara enfiada, enfim a vida podia ser mais agradável.
O Post 1900 era lindo:) E termos 2.001 posts quando fizessemos um ano, mais lindo era ainda:)
Estou com uma grande preguiça e as teclas estão-se a arrastar.Apetece-me abrir a boca e espreguiçar-me.
Enfim...será do tempo?
Beijo.
agora lembro-me...
porra pá, que vida... amanhã tenho que acordar às duas da tarde para não estudar nada e não ter nada que fazer.
wow que bem que isto sabe!!
vamos fazer um concurso a ver quem posta o post 1900.
prémio a decidir.
boa noite, agora tenho que ir dormir que nem um porco.
wow que bem que isto sabe!!
vamos fazer um concurso a ver quem posta o post 1900.
prémio a decidir.
boa noite, agora tenho que ir dormir que nem um porco.
21 de junho de 2004
estive lá...
ontem estive lá
rodeado de espanhóis
não tenho bandeiras na varanda (não tenho varanda)
não tenho bandeira no carro
não levei nenhum enfeite para o pescoço, nem para a cabeça. nem para coisa nenhuma.
não sou o típico espectador de futebol (vi mais jogos a semana passada que nos últimos 2 anos... 3-2, para ser rigoroso)
não vim para a rua depois do jogo a tocar a buzina (os meus carros podiam vir sem buzina que eu demoraria muito tempo a dar por isso..)
cresci numa época em que aquela bandeira e aquele hino eram coisas a evitar...
como em todas as coisas, o que nos acompanha no crescimento é determinante.
ainda hoje convivo mal com o hino ou a bandeira.
não tenho nada contra... mas não esperem que eu o cante... ou que a desfralde.
ontem á tarde fui fazer tempo para telheiras antes do jogo
estava sentado numa esplanada quando, de repente, do modo mais expontâneo possível, um grupo de pessoas começou a cantar o hino.
de repente toda a rua o cantava.
dei por mim emocionado.
um nó na garganta
olhar para aquela gente, maioritariamente muito nova, a cantar um uníssono um símbolo de identidade colectiva é arrepiante.
se as bandeiras nas janelas podem ser por 'o vizinho tem eu também vou por para que não me olhem de lado...', ali era uma identificação colectiva.
ali era imediato
era a vontade
era um sentimento comum de gente que nunca se tinha visto.
é-me irrelevante saber se era por um jogo de futebol (até gosto mais de basquetebol.. foi com esse que cresci), é-me irrelevante saber que se portugal perdesse eramos todos maus ou péssimos.
aquele momento, como muitos outros que em todo o lado se repetiram antes do jogo são os que me fazem ficar de lábrima ao canto do olho.
não é a vitória depois.
é a vontade antes
é o desejo e a força de conseguir
o futebol é apenas um jogo e aquele jogo foi apenas um desafio.
no próximo ano ninguém se vai lembrar daqueles momentos.
mas aquela sensação, aquele sentir de identificação por uma causa (como aconteceu há tempos por timor) fazem-me sentir que temos salvação:
conseguimos acreditar antes
e mostrar que acreditamos
o resto é perfumaria (como diria o zeca baleiro...)
rodeado de espanhóis
não tenho bandeiras na varanda (não tenho varanda)
não tenho bandeira no carro
não levei nenhum enfeite para o pescoço, nem para a cabeça. nem para coisa nenhuma.
não sou o típico espectador de futebol (vi mais jogos a semana passada que nos últimos 2 anos... 3-2, para ser rigoroso)
não vim para a rua depois do jogo a tocar a buzina (os meus carros podiam vir sem buzina que eu demoraria muito tempo a dar por isso..)
cresci numa época em que aquela bandeira e aquele hino eram coisas a evitar...
como em todas as coisas, o que nos acompanha no crescimento é determinante.
ainda hoje convivo mal com o hino ou a bandeira.
não tenho nada contra... mas não esperem que eu o cante... ou que a desfralde.
ontem á tarde fui fazer tempo para telheiras antes do jogo
estava sentado numa esplanada quando, de repente, do modo mais expontâneo possível, um grupo de pessoas começou a cantar o hino.
de repente toda a rua o cantava.
dei por mim emocionado.
um nó na garganta
olhar para aquela gente, maioritariamente muito nova, a cantar um uníssono um símbolo de identidade colectiva é arrepiante.
se as bandeiras nas janelas podem ser por 'o vizinho tem eu também vou por para que não me olhem de lado...', ali era uma identificação colectiva.
ali era imediato
era a vontade
era um sentimento comum de gente que nunca se tinha visto.
é-me irrelevante saber se era por um jogo de futebol (até gosto mais de basquetebol.. foi com esse que cresci), é-me irrelevante saber que se portugal perdesse eramos todos maus ou péssimos.
aquele momento, como muitos outros que em todo o lado se repetiram antes do jogo são os que me fazem ficar de lábrima ao canto do olho.
não é a vitória depois.
é a vontade antes
é o desejo e a força de conseguir
o futebol é apenas um jogo e aquele jogo foi apenas um desafio.
no próximo ano ninguém se vai lembrar daqueles momentos.
mas aquela sensação, aquele sentir de identificação por uma causa (como aconteceu há tempos por timor) fazem-me sentir que temos salvação:
conseguimos acreditar antes
e mostrar que acreditamos
o resto é perfumaria (como diria o zeca baleiro...)
Dos futebóis e afins
Os seres humanos são uns bichos curiosos. Temos milhares de anos de pancadaria nos genes. Esses hábitos estão de tal modo enraizados em nós que temos de andar à pancada regularmente, seja em sentido literal seja no figurado. O desporto de competição é o mais óbvio substituto de uma boa guerra. E funciona, note-se, como factor de aproximação de povos ou grupos geograficamente afastados. Aliás, tal como a guerra convencional, última forma de aproximar à força povos com diferenças irreconciliáveis.
Scolari, falando metaforicamente, está certo: estamos em guerra. Ontem contra os espanhóis, quinta feira contra ingleses, franceses ou croatas. Mesmo eu, que olho para esta loucura colectiva com curiosidade entomológica, não consigo deixar de me contagiar. Sim, larguei o computador e fui a correr ver a repetição do golo do Nuno Gomes. Sim, fui para a varanda no apito final assistir ao chavascal que ia aqui no bairro. Sim, fiquei muito contente, apesar de mim próprio, pela “nossa” vitória. Porque os mesmos genes de combate dos outros também eu os tenho.
Recuso, contudo, a simplificação. Procuro transcender a árvore que é este campeonatozinho de berlinde para crescidos. Procupo-me, por mim e pela minha família, com o país onde vivo, com a Europa onde se integra o meu país, com o planeta de que a Europa faz parte. Vejo com agrado desconfiado o ataque de patriotismo que pôs gerações inteiras de ignorantes a perceber a estrutura da bandeira (não sei se perceberão os significados históricos para além da descrição literal). Percebo que, por causa da bola, há mais gente a saber o Hino Nacional, se bem que num concurso de rádio sexta feira o próprio apresentador confessava e os concorrentes demonstravam ignorar o significado da palavra “egrégios”. Mas isto não é de agora: antes, a ignorância tinha vergonha e estava escondida; hoje exibe-se publicamente (o que prefiro – pelo menos a oportunidade de correcção existe).
É por isso que, apesar de continuar a considerar que a organização de um campeonato deste género constituiu uma estupidez para um país como o nosso, compreendo algumas vantagens que nos poderá trazer em termos de esprit de corps(em francês, por qualquer motivo, soa melhor). O que fazer com esta união é que é muito mais complicado. Educação, sobretudo, muita educação. Usar as bandeiras como ponto de partida para identificação de uma causa, a nossa causa, a nossa vida, uma vida melhor para os nossos filhos. Não com futebóis e fogos fátuos afins, mas com ideias e ciência e progresso real. Caso contrário daremos um exemplo de coesão como o dos lemmings, em suicídio colectivo para um abismo sem nome.
A minha bandeira nacional, atada na varanda, não sai mais de lá, a não ser quando se estragar e for substituída por outra. Devemos esse módico de respeito a nós mesmos.
Scolari, falando metaforicamente, está certo: estamos em guerra. Ontem contra os espanhóis, quinta feira contra ingleses, franceses ou croatas. Mesmo eu, que olho para esta loucura colectiva com curiosidade entomológica, não consigo deixar de me contagiar. Sim, larguei o computador e fui a correr ver a repetição do golo do Nuno Gomes. Sim, fui para a varanda no apito final assistir ao chavascal que ia aqui no bairro. Sim, fiquei muito contente, apesar de mim próprio, pela “nossa” vitória. Porque os mesmos genes de combate dos outros também eu os tenho.
Recuso, contudo, a simplificação. Procuro transcender a árvore que é este campeonatozinho de berlinde para crescidos. Procupo-me, por mim e pela minha família, com o país onde vivo, com a Europa onde se integra o meu país, com o planeta de que a Europa faz parte. Vejo com agrado desconfiado o ataque de patriotismo que pôs gerações inteiras de ignorantes a perceber a estrutura da bandeira (não sei se perceberão os significados históricos para além da descrição literal). Percebo que, por causa da bola, há mais gente a saber o Hino Nacional, se bem que num concurso de rádio sexta feira o próprio apresentador confessava e os concorrentes demonstravam ignorar o significado da palavra “egrégios”. Mas isto não é de agora: antes, a ignorância tinha vergonha e estava escondida; hoje exibe-se publicamente (o que prefiro – pelo menos a oportunidade de correcção existe).
É por isso que, apesar de continuar a considerar que a organização de um campeonato deste género constituiu uma estupidez para um país como o nosso, compreendo algumas vantagens que nos poderá trazer em termos de esprit de corps(em francês, por qualquer motivo, soa melhor). O que fazer com esta união é que é muito mais complicado. Educação, sobretudo, muita educação. Usar as bandeiras como ponto de partida para identificação de uma causa, a nossa causa, a nossa vida, uma vida melhor para os nossos filhos. Não com futebóis e fogos fátuos afins, mas com ideias e ciência e progresso real. Caso contrário daremos um exemplo de coesão como o dos lemmings, em suicídio colectivo para um abismo sem nome.
A minha bandeira nacional, atada na varanda, não sai mais de lá, a não ser quando se estragar e for substituída por outra. Devemos esse módico de respeito a nós mesmos.
routline portugal euro2004
while( !Fim(match(Grecia,Espanha)) )
Rezar(EMPATE);
ResultGreciaEspanha=match(Grecia,Espanha);
wait(19h45);
while( !Fim(match(Portugal,Russia)) )
Rezar(VITORIA);
Result=drand48(Portugal,Russia); // Roleta russa
switch(Result)
{
case VITORIA:
Somos(OsMaiores);
ScolariE(Bestial);
MadailE(Bestial);
if( !BandeiraNaVaranda )
PenduraBandeira(Varanda);
if( !BandeiraNoCarro )
PenduraBandeira(Carro);
if( !CachecolNoCao )
PenduraCachecol(Cao);
Celebrar();
break;
case EMPATE:
Apuramento=CalcularChancesApuramento(Result, ResultGreciaEspanha);
if( Apuramento<33 )
{
char **BodeExpiatorio;
ScolariE(Burro);
MadailE(Burro);
SeleccaoE(Burro);
Responsavel(BodeExpiatorio);
Criticar(BodeExpiatorio);
RemoverBandeiras(ALL);
RemoverCachecois(ALL);
}
else if( Apuramento<=66 )
{
ScolariE(Morcao);
MadailE(Morcao);
Seleccao(CambadaDeNabos);
Rezar(APURAMENTO);
Criticar(Scolari);
}
else
{
// Impossivel - em caso de empate, Apuramento e sempre <=66
printf("\nProbabilidade impossivel, soprar ao balao e repetir sse
<0,5g/l sangue");
}
break;
case DERROTA:
char **BodeExpiatorio;
Divorcio(Adeptos,Seleccao);
ScolariE(Burro+Morcao+Besta);
MadailE(Burro+Morcao+Besta);
SeleccaoE(Burro+Morcao+Besta+CambadaDeNabos+Peseteiros);
Responsavel(BodeExpiatorio);
Enforcar(BodeExpiatorio);
QueimarBandeiras(ALL);
QueimarCachecois(ALL);
DesligarTV();
IgnorarEuro();
Instalar(Depressao);
Instalar(Recessao);
break;
}
Rezar(EMPATE);
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wait(19h45);
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Rezar(VITORIA);
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{
case VITORIA:
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MadailE(Morcao);
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Criticar(Scolari);
}
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<0,5g/l sangue");
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char **BodeExpiatorio;
Divorcio(Adeptos,Seleccao);
ScolariE(Burro+Morcao+Besta);
MadailE(Burro+Morcao+Besta);
SeleccaoE(Burro+Morcao+Besta+CambadaDeNabos+Peseteiros);
Responsavel(BodeExpiatorio);
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Instalar(Depressao);
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Grande Speed.
Hoje chegaram todos com vontade de escrever..e foi um regabofe de posts porreiros. Gostei de ler.
Sobre o sexo e o amor. Pode-se amar sem saber sexar e vice-versa. Ajuda mas...
Às vezes as relações mais calmas, são as que dão maior prazer sexual. E o contrário também é verdade. No fundo são opções, comodismos, preguiças, ansiedades, pragmatismos e outras coisas mais. Que é bom estar vivo é e o verbo foder é um dos melhores para ser exercido.
Mais aforismos. Devíamos fazer uma colectânea na internet dos lugares comuns que são escritos. Porque dificilmente os diriamos e muito menos in real life.Ou muito mais?
Francamente, estou cada vez mais a gostar deste blog:)
Dá prazer a ler. Abeijos só, para braços tá muito calor.
Sobre o sexo e o amor. Pode-se amar sem saber sexar e vice-versa. Ajuda mas...
Às vezes as relações mais calmas, são as que dão maior prazer sexual. E o contrário também é verdade. No fundo são opções, comodismos, preguiças, ansiedades, pragmatismos e outras coisas mais. Que é bom estar vivo é e o verbo foder é um dos melhores para ser exercido.
Mais aforismos. Devíamos fazer uma colectânea na internet dos lugares comuns que são escritos. Porque dificilmente os diriamos e muito menos in real life.Ou muito mais?
Francamente, estou cada vez mais a gostar deste blog:)
Dá prazer a ler. Abeijos só, para braços tá muito calor.
Os Teus Queridos Clichés
Um dia destes tinha mesmo de escrever um post sobre os clichés mais comuns. Ei-lo. Por exemplo, o cliché dos poemas à Pedro Abrunhosa: "o teu corpo despido na praia ao luar/levanto-te o véu/e deixas-me acariciar/o corpo de princesa que agora é meu," etc..
Outro cliché é o das pequenas estórias à Pedro Paixão e outros membros da mesma espécie: "vi-te nua na cama. Olhaste para mim como quem queria dizer não. Abriste as pernas lentamente. Mais tarde éramos os dois um só," etc., etc..
Outro top de vendas dos clichés é qualquer coisa como: "estou habituado a ser perfeito mas já não consigo. Tudo me enche de tédio e vou escrevendo estas linhas sem sentido nenhum só porque sou um chato e apetece-me dar prazer a quem ainda é mais chato do que eu," etc., etc., etc..
A moderna poesia tributária de Florbela Espanca entermeada com muito Fernando Pessoa (o ortónimo): tu és a minha paixão que me ilumina até me cegar/foste o eterno poema efémero no mar/serás o vazio que tudo enche na minha alma em flor," e por aí adiante...
Há também um género mais bucólico, tipo "se o Mia Couto escrevesse poesia e eu fosse o Mia Couto": eu olhei o passarinho/o passarinho olhou para mim/que bonita é a natureza" (este exemplo não é da minha autoria).
A figura de estilo mais comum é, obviamente, o paradoxo. O uso dos "tus" e dos "teus" confere o habitual pendor intimista tão apreciado na ultra moderna, ultra actual e muitíssimo pós-urbana literatura lírica cliché.
Outro cliché é o das pequenas estórias à Pedro Paixão e outros membros da mesma espécie: "vi-te nua na cama. Olhaste para mim como quem queria dizer não. Abriste as pernas lentamente. Mais tarde éramos os dois um só," etc., etc..
Outro top de vendas dos clichés é qualquer coisa como: "estou habituado a ser perfeito mas já não consigo. Tudo me enche de tédio e vou escrevendo estas linhas sem sentido nenhum só porque sou um chato e apetece-me dar prazer a quem ainda é mais chato do que eu," etc., etc., etc..
A moderna poesia tributária de Florbela Espanca entermeada com muito Fernando Pessoa (o ortónimo): tu és a minha paixão que me ilumina até me cegar/foste o eterno poema efémero no mar/serás o vazio que tudo enche na minha alma em flor," e por aí adiante...
Há também um género mais bucólico, tipo "se o Mia Couto escrevesse poesia e eu fosse o Mia Couto": eu olhei o passarinho/o passarinho olhou para mim/que bonita é a natureza" (este exemplo não é da minha autoria).
A figura de estilo mais comum é, obviamente, o paradoxo. O uso dos "tus" e dos "teus" confere o habitual pendor intimista tão apreciado na ultra moderna, ultra actual e muitíssimo pós-urbana literatura lírica cliché.
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Escrevo pouco. A vontade é muita, porém, tal como a Bernardo Soares, "o meu instinto de perfeição inibe-me". Às vezes escapo-lhe e, escrevendo só por escrever, acumulo linhas cujo conteúdo não me interessa por saber, à partida, que não tem interesse nenhum. Hoje é um desses dias; a vontade foi superior ao instinto e é aqui que o manifesto. Este blog não é mais que o resultado da minha "cobardia".
um link muito útil...
como sou novo por aqui (sempre conseguimos ser novos em algumas coisas....) não sei se é normal colocar links...
por isso...
com a devida licença da nossa senhora...
e por achar que é muito útil para todos vós...
aqui vai um link do ministério da educação para verificarem se as vossas habilitações estão correctas... (penso apenas que não é muito seguro, porque as informações que pede podem ser facilmente obtidas, por exemplo, pela vossa entidade patronal....)
aqui vai:
http://www.alunos2002.no.sapo.pt/
por isso...
com a devida licença da nossa senhora...
e por achar que é muito útil para todos vós...
aqui vai um link do ministério da educação para verificarem se as vossas habilitações estão correctas... (penso apenas que não é muito seguro, porque as informações que pede podem ser facilmente obtidas, por exemplo, pela vossa entidade patronal....)
aqui vai:
http://www.alunos2002.no.sapo.pt/
bom,
férias finalmente...
mas quero pronunciar-me por ordem. o dia de ontem primeiro e o dia de hoje depois.
não sei onde vocês todos moram, mas digo: setúbal estava que parecia dois (dois setúbales), gente a ocupar toda a luísa todi, berros e apitos non-stop, parece que não se cansavam. não entendi como euforia pode durar tantas horas e como se podem prolongar tanto os berros iniciais e os saltos e os sorrisos e as bandeiras. depois da euforia, não se sentaram alegres a beber um copo ou a conversar, mas fizeram a mesma euforia... ininterrupta. durante horas. imagino lisboa.
o país de facto tem tendência para o negativismo, somos um povo deprimido e eu nem sei bem porquê, acho que é muito feitio também. e é bom quando vemos toda a gente do país contente. não sei se feliz, mas certamente contente. é bom que por uma vez ou outra haja alegria geral e se eleve a bandeira com tanto orgulho e se grite Portugal até cansar. contudo, não se grita o país. eu sei que de todos aqueles senhoras, aquelas senhoras, jovens, e crianças, raros eram os que gritavam o nome do país e não o nome da selecção. gritou-se o futebol, a equipe, o jogo, porque o país está igual e por esse ninguém põe bandeiras, e hoje é só mais uma segunda feira, como alguém aqui disse. é verdade.
as bandeiras aumentaram, aderiram aqueles observadores relutantes que não tinham muita fé na selecção e que agora acreditam. agora, que é cada vez mais difícil, agora que temos o dobro da probabilidade de perder em qualquer jogo do que temos tido até então. agora acreditam. mas é como ver o pessoal feliz nas ruas: é por causa de futebol, infelizmente, mas é melhor que nada. estão felizes e pronto, isso nunca pode deixar de ser bom. vejamos as coisas assim, então. não sou grande patriota mas gosto das bandeiras. as ruas estão bonitas, é inegável. espero que continuem assim ao longo de todo o ano. e ao longo do próximo... e do outro... e a seguir...
finalmente férias, depois do exame de química, e sou dos afortunados que começam as férias mais cedo que maior parte das pessoas. agora a minha parte preferida não é só o facto de poder não fazer absolutamente nada: o melhor é mesmo fazer absolutamente nada, quase sentir-me mal com isso e depois pensar "oh, não tenho mesmo nada para fazer". é ser irresponsável como até aqui, mas sem a amargura de ter sido irresponsável. sem culpas, só férias.
mas quero pronunciar-me por ordem. o dia de ontem primeiro e o dia de hoje depois.
não sei onde vocês todos moram, mas digo: setúbal estava que parecia dois (dois setúbales), gente a ocupar toda a luísa todi, berros e apitos non-stop, parece que não se cansavam. não entendi como euforia pode durar tantas horas e como se podem prolongar tanto os berros iniciais e os saltos e os sorrisos e as bandeiras. depois da euforia, não se sentaram alegres a beber um copo ou a conversar, mas fizeram a mesma euforia... ininterrupta. durante horas. imagino lisboa.
o país de facto tem tendência para o negativismo, somos um povo deprimido e eu nem sei bem porquê, acho que é muito feitio também. e é bom quando vemos toda a gente do país contente. não sei se feliz, mas certamente contente. é bom que por uma vez ou outra haja alegria geral e se eleve a bandeira com tanto orgulho e se grite Portugal até cansar. contudo, não se grita o país. eu sei que de todos aqueles senhoras, aquelas senhoras, jovens, e crianças, raros eram os que gritavam o nome do país e não o nome da selecção. gritou-se o futebol, a equipe, o jogo, porque o país está igual e por esse ninguém põe bandeiras, e hoje é só mais uma segunda feira, como alguém aqui disse. é verdade.
as bandeiras aumentaram, aderiram aqueles observadores relutantes que não tinham muita fé na selecção e que agora acreditam. agora, que é cada vez mais difícil, agora que temos o dobro da probabilidade de perder em qualquer jogo do que temos tido até então. agora acreditam. mas é como ver o pessoal feliz nas ruas: é por causa de futebol, infelizmente, mas é melhor que nada. estão felizes e pronto, isso nunca pode deixar de ser bom. vejamos as coisas assim, então. não sou grande patriota mas gosto das bandeiras. as ruas estão bonitas, é inegável. espero que continuem assim ao longo de todo o ano. e ao longo do próximo... e do outro... e a seguir...
finalmente férias, depois do exame de química, e sou dos afortunados que começam as férias mais cedo que maior parte das pessoas. agora a minha parte preferida não é só o facto de poder não fazer absolutamente nada: o melhor é mesmo fazer absolutamente nada, quase sentir-me mal com isso e depois pensar "oh, não tenho mesmo nada para fazer". é ser irresponsável como até aqui, mas sem a amargura de ter sido irresponsável. sem culpas, só férias.
Última contratação
Sou realmente a última contratação deste blog. Com esta equipa luatermos, certamente, pelo título de campeões europeus.
Sou apenas um em muitos.
Sou apenas um em muitos.
Segunda Feira
É bom começar a semana em casa, à espera dos senhores do sr condicionado.
Acordei agora e vou voltar pra cama, depois de um duchezinho, para refrescar.
Estou muito feliz, pois.
Reparei que de ontem para hoje há mais bandeiras na minha rua, quando abri a janela...hum..hum...Fenómeno epidémico? Como é que tiveram já tempo de as comprar?
Abeijos e braços.
Acordei agora e vou voltar pra cama, depois de um duchezinho, para refrescar.
Estou muito feliz, pois.
Reparei que de ontem para hoje há mais bandeiras na minha rua, quando abri a janela...hum..hum...Fenómeno epidémico? Como é que tiveram já tempo de as comprar?
Abeijos e braços.
o que vale é que hoje começa o verão...
o que nos vale é o verão para andarmos todos de mangas arregaçadas e a moral levantada por causa daqueles 90 e poucos minutos mais um intervalo que nos fizeram esquecer que somos a pior nação do mundo como sempre achamos que somos e mais achámos ainda depois da derrota com a grécia que era muito melhor que nós mas agora já está ao nosso alcance porque somos os melhores do mundo como depois de termos conseguido a organização de euro e não os piores como quando perdemos a organização da american cup que afinal era a coisa mais importante a seguir aos jogos olímpicos quando a perdemos e ninguém sabia nada dela quando andavam a tentar trazer a organização para portugal que nem sequer merecia que a docapesca fosse retirada do local onde estava mesmo que as condições sanitárias para a venda do peixe fossem abaixo de cão e nenhum barco de pesca de médio porte atracasse na doca nos últimos anos que o peixe vem todo em camiões frigoríficos de espanha que ontem perdeu para nosso orgulho nacional que somos o melhores do mundo e arredores e passamos a noite a buzinar pelas ruas e a cantar o hino nacional que afinal até sabemos a letra e já não achamos que somos uma nação do terceiro mundo porque não há quarto que é onde todos gostamos de estar quando é verão e estamos de mangas arregaçadas e outras coisas também de moral levantada porque está calor e somos felizes
Coisas felizes
Ainda tenho muita unha para roer.
O cabelo resiste, até bastante comprido.
Os impostos não vão baixar, nem os salários aumentar
E amanhã (hoje) vai ser novamente segunda-feira.
... Mas hoje (ontem) ficamos todos um pouco mais felizes!
PP: Anda tudo apaixonado? Será que é mesmo da primavera?
O cabelo resiste, até bastante comprido.
Os impostos não vão baixar, nem os salários aumentar
E amanhã (hoje) vai ser novamente segunda-feira.
... Mas hoje (ontem) ficamos todos um pouco mais felizes!
PP: Anda tudo apaixonado? Será que é mesmo da primavera?
20 de junho de 2004
E.
Parabéns aos amigos adeptos de futebol.
O governo aumentará os salários, diminuirá os impostos, ou tomará outras medidas condizentes com esta grandiosa vitória?
Por acaso estava convencida que Portugal ia perder. Mas enfim, lá se reencarnou a Padeira de Aljubarrota e tudo correu bem.
ABS tenho os 12 episódios vistos:)
O governo aumentará os salários, diminuirá os impostos, ou tomará outras medidas condizentes com esta grandiosa vitória?
Por acaso estava convencida que Portugal ia perder. Mas enfim, lá se reencarnou a Padeira de Aljubarrota e tudo correu bem.
ABS tenho os 12 episódios vistos:)
um dia não são dias...
hoje (dia 20) é o dia mundial do refugiado
vi isso agora num daqueles canais de nomes estranhos que não decoro
quando li o post do g2 a propósito do aristides sousa mendes não pude deixar de me lembrar as minhas duas experiências com campos de refugiados.
esta notícia levou-me a escrever este post
a primeira experiência foi em jerusalém, junto ao monte das oliveiras.
por razões que têm a ver comigo e a minha vontade de não deixar de visitar os locais que me avisam para não o fazer, decidi visitar e atravessar aquele campo de refugiados.
a qualidade de vida daquela gente, as metralhadoras apontadas na colina em frente, o arame farpado á volta.. e o sorriso que ia recebendo como cumprimento enquanto atravessava aquele campo deixaram-me uma sensação de culpa muito incómoda (afinal, estava instalado 'do outro lado'). sensação ainda aumentada depois do interminável inquérito do exército israelita quando cheguei a um 'check point...
sentir que a separação vai ao ponto daquela gente ter as chapas de matrícula de cor diferente.. para serem melhor identificados á distância...
a segunda, foi depois de chegar de um passeio de barco a uma ilha na costa sul do quénia.
o porto de saída não foi o mesmo da chegada....
por isso não estava de todo á espera do que me esperava.
um enorme amontoado de barracas de lona e pessoas esfomeadas e tristes e abandonadas que faziam aquele campo de refugiados de zanzibar...
atravessar aquele longo campo depois de um confortável passeio a uma ilha e antes de entrar no autocarro que me levava de regresso ao hotel de luxo, é uma espécie de longo murro no estômago e no corpo todo
seja pelo que for, nenhum daqueles grupos de pessoas tem um qualquer aristides sousa mendes que os ajude a atravessar a porta da liberdade (talvez mesmo algum filho de algum dos que atravessaram a porta da liberdade com o aristides sousa mendes.. esteja agora a fechar essa mesma porta aos que estão no sopé do monte das oliveiras.. e noutros montes perto, ou longe....)
se ver um campo de refugiados na televisão não é agradável e atravessar um, não é fácil de todo.... ter que viver lá é um inferno
vi isso agora num daqueles canais de nomes estranhos que não decoro
quando li o post do g2 a propósito do aristides sousa mendes não pude deixar de me lembrar as minhas duas experiências com campos de refugiados.
esta notícia levou-me a escrever este post
a primeira experiência foi em jerusalém, junto ao monte das oliveiras.
por razões que têm a ver comigo e a minha vontade de não deixar de visitar os locais que me avisam para não o fazer, decidi visitar e atravessar aquele campo de refugiados.
a qualidade de vida daquela gente, as metralhadoras apontadas na colina em frente, o arame farpado á volta.. e o sorriso que ia recebendo como cumprimento enquanto atravessava aquele campo deixaram-me uma sensação de culpa muito incómoda (afinal, estava instalado 'do outro lado'). sensação ainda aumentada depois do interminável inquérito do exército israelita quando cheguei a um 'check point...
sentir que a separação vai ao ponto daquela gente ter as chapas de matrícula de cor diferente.. para serem melhor identificados á distância...
a segunda, foi depois de chegar de um passeio de barco a uma ilha na costa sul do quénia.
o porto de saída não foi o mesmo da chegada....
por isso não estava de todo á espera do que me esperava.
um enorme amontoado de barracas de lona e pessoas esfomeadas e tristes e abandonadas que faziam aquele campo de refugiados de zanzibar...
atravessar aquele longo campo depois de um confortável passeio a uma ilha e antes de entrar no autocarro que me levava de regresso ao hotel de luxo, é uma espécie de longo murro no estômago e no corpo todo
seja pelo que for, nenhum daqueles grupos de pessoas tem um qualquer aristides sousa mendes que os ajude a atravessar a porta da liberdade (talvez mesmo algum filho de algum dos que atravessaram a porta da liberdade com o aristides sousa mendes.. esteja agora a fechar essa mesma porta aos que estão no sopé do monte das oliveiras.. e noutros montes perto, ou longe....)
se ver um campo de refugiados na televisão não é agradável e atravessar um, não é fácil de todo.... ter que viver lá é um inferno
amo-te desconhecida amélia
amélia,
não te conheço
por isso, só podes esperar de mim uma declaração de amor o mais sentida possível
como recebo montes de emails a dizerem-me que estou a precisar de mais umas inches, devo pertencer ao clube do paulo (ainda gostava de saber como é que eles descobriram....devem ser aqueles tipos que me olham de um modo estranho na sauna... eu sempre desconfiei de gajos que não se deitam ao comprido nas saunas para poderem ficar a olhar para os lados..)
o problema é que recebo uns outros mails a dizer que me podem aumentar o peito, que ficaria com uns tamanhos f (de falso..imagino eu..)
não te mando foto minha para que não te assustes (e para que não fiques em vantagem.. se não te conheço, é razoável que não me conheças), nem o mail para que não percas tempo.
quanto a atestados de sanidade mental.. bom... um tipo que canta palestrina e tem a lata de dizer que o concerto dos pixies soube a comida sem sal tem de certeza distúrbios de personalidade
quanto a vícios... apenas uma permanente necessidade de cafés (que acredito que seja um substituto para o sexo.. por isso, se o tiver deixo de beber os ditos... estou a ser muito óbvio?.. espero que não)
isto tudo para dizer que te amo perdidamente (tão perdidamente que nem sei onde o deixei)
e que não te quero fazer minha..tenho os bolsos muito pequenos e as minhas coisas costumo guardá-las nos bolsos...
não te conheço
por isso, só podes esperar de mim uma declaração de amor o mais sentida possível
como recebo montes de emails a dizerem-me que estou a precisar de mais umas inches, devo pertencer ao clube do paulo (ainda gostava de saber como é que eles descobriram....devem ser aqueles tipos que me olham de um modo estranho na sauna... eu sempre desconfiei de gajos que não se deitam ao comprido nas saunas para poderem ficar a olhar para os lados..)
o problema é que recebo uns outros mails a dizer que me podem aumentar o peito, que ficaria com uns tamanhos f (de falso..imagino eu..)
não te mando foto minha para que não te assustes (e para que não fiques em vantagem.. se não te conheço, é razoável que não me conheças), nem o mail para que não percas tempo.
quanto a atestados de sanidade mental.. bom... um tipo que canta palestrina e tem a lata de dizer que o concerto dos pixies soube a comida sem sal tem de certeza distúrbios de personalidade
quanto a vícios... apenas uma permanente necessidade de cafés (que acredito que seja um substituto para o sexo.. por isso, se o tiver deixo de beber os ditos... estou a ser muito óbvio?.. espero que não)
isto tudo para dizer que te amo perdidamente (tão perdidamente que nem sei onde o deixei)
e que não te quero fazer minha..tenho os bolsos muito pequenos e as minhas coisas costumo guardá-las nos bolsos...
19 de junho de 2004
Cela de Acompanhamento
Lá estive eu ontem encerrada na cela, mas com a companhia de algumas amigas, que ajudaram muito a gastar duas horas do tempo atribuído.
Jantares de serviço, ai Deus meu, como podem ser uma grande seca. O after, ontem foi giro. Tudo em registo de noite americana. Qualquer dia não sabemos trabalhar de dia.
Confesso a minha total ignorância musical. Troco nomes e músicas, como quem vai ao Ikea dia 22 de Junho. Como eu dizia à minha irmã, toca e pronto. (desde que não solfejasse, porque isso faz-me gorgulhos no ouvido). Portanto avante, tocadores e cantadores. Desde que nos poupem à música étnica dos Tambores do Daomé.
O calor retrocedeu, parece-me. E amanhã o Gasel vai roer o que lhe falta..cotovelos perhaps?
Ando a embirrar com a quantidade de aviões que passam.
Já notaram? Bem, porra, eu sei, isto é mesmo paranoia profissional.
Acho que eu e a minha noia vamos ao café e ver o rio.E levo um livro debaixo do braço.
Beijos.
Jantares de serviço, ai Deus meu, como podem ser uma grande seca. O after, ontem foi giro. Tudo em registo de noite americana. Qualquer dia não sabemos trabalhar de dia.
Confesso a minha total ignorância musical. Troco nomes e músicas, como quem vai ao Ikea dia 22 de Junho. Como eu dizia à minha irmã, toca e pronto. (desde que não solfejasse, porque isso faz-me gorgulhos no ouvido). Portanto avante, tocadores e cantadores. Desde que nos poupem à música étnica dos Tambores do Daomé.
O calor retrocedeu, parece-me. E amanhã o Gasel vai roer o que lhe falta..cotovelos perhaps?
Ando a embirrar com a quantidade de aviões que passam.
Já notaram? Bem, porra, eu sei, isto é mesmo paranoia profissional.
Acho que eu e a minha noia vamos ao café e ver o rio.E levo um livro debaixo do braço.
Beijos.
vamos de fim de semana....
para variar parece que o fim de semana vai corresponder ao fim do bom tempo, ou ao calor de ananases como eu gosto quando não trabalho...
pela minha parte vou até á serra do açor..onde espero estar a banhos no sábado que é dia de banho como todos vocês sabem...
terei que voltar no domingo a fim de cumprir o meu dever cívico de comparecer no estádio mais bonito que há, para sofrer 3 ataques cardíacos e o que mais adiante se verá, que não gosto de antecipar cenários (sejam eles de natureza catrastrófica ou eufórica...)
fiquem bem... e sejam felizes...
pela minha parte vou até á serra do açor..onde espero estar a banhos no sábado que é dia de banho como todos vocês sabem...
terei que voltar no domingo a fim de cumprir o meu dever cívico de comparecer no estádio mais bonito que há, para sofrer 3 ataques cardíacos e o que mais adiante se verá, que não gosto de antecipar cenários (sejam eles de natureza catrastrófica ou eufórica...)
fiquem bem... e sejam felizes...
18 de junho de 2004
um conselho
um conselho:
nunca, mas mesmo nunca, confiem num pinhal novense. nunca se comprometam, nunca contem com um, nunca dependam.
de nenhum. absolutamente nenhum. a probabilidade de desilusão é colossal.
para quem não sabe o que é um pinhal novense, eu passo a descrever: um mau imitador de boa pessoa.
nunca, mas mesmo nunca, confiem num pinhal novense. nunca se comprometam, nunca contem com um, nunca dependam.
de nenhum. absolutamente nenhum. a probabilidade de desilusão é colossal.
para quem não sabe o que é um pinhal novense, eu passo a descrever: um mau imitador de boa pessoa.
o túnel do marquês vai avançar
o tunel do marquês vai avançar depois de esta semana ter sido descoberto um túnel na penitenciária de coimbra.
santana lopes acabou de pedir o habeas corpus para o preso da penitenciária de coimbra que andava a escavar o tunel a partir da cela.
entusiasmado com a ideia de o dito já ter escavado mais de 2 metros com uma colher de sopa, sem ninguém dar por isso e ignorando completamente todos os estudos de impacto ambiental, o santana já está a imaginar o dito, de pá na mão, madrugada adentro, a escavar o túnel do marquês sem que o tribunal dê por isso....
força santana, estamos contigo, vai em frente... (e para o fundo, de preferência...)
santana lopes acabou de pedir o habeas corpus para o preso da penitenciária de coimbra que andava a escavar o tunel a partir da cela.
entusiasmado com a ideia de o dito já ter escavado mais de 2 metros com uma colher de sopa, sem ninguém dar por isso e ignorando completamente todos os estudos de impacto ambiental, o santana já está a imaginar o dito, de pá na mão, madrugada adentro, a escavar o túnel do marquês sem que o tribunal dê por isso....
força santana, estamos contigo, vai em frente... (e para o fundo, de preferência...)
Ai que calores Deus meu.
Tenho andado tão afogueada ele é o curso de expressão recreativa ela é a sardinha que palpita e sorri para mim eles são os bifes a quererem batatinhas ele é este calor que me oblivia a visão ai este cansaço que me arrasa e me impede de vir aqui escrever umas coisinhas e conviver com os senhores e meninos doutores e engenheiros multivénias queridos e queridas. Bem o curso tem sido interessantérrimo mas como já vi aqui um senhor a escrever sem letras grandes eu própria vou também começar a escrever com a consciência mais leve e no entanto madura sem as ditas virgulas que são outro fardo a carregar na porra desta vida que eu não as encaixo de forma alguma nem com tenaz nem com alicate nem com nada vida desgastante a minha neste desejo de promoção associal e propedêutica da cultura popular como eu gosto destas expressões que não querem dizer nada mas dizem tudo.Li ali um posto a dizer que eu era um tal de Luís de Monteiro que porcaria é essa eu nem reaça sou e odeio Portas de P e Monteiros de p também singela coincidência mas verdadeira e integral com codea e milho e etc e vi que havia aí uma guerra qualquer mas já passou que pena adoro confusões e despejava-lhes um jarro de água lá do meu andar da raça e eles arrefeciam a escrita ai estes senhores que parecem miudos completamente.
Senhor Doutor Gasel vejo com infinito prazer que o senhor vénias vénias foi o único que notou e sentiu a minha falta os outros cagaram e andaram tão entretidos que estavam a quezilar e a chatear o parceiro ai pois então bem haja querido Doutor dos Tubos mil graças e tudo lhe corra bem e nada lhe falte e nada lhe vergue como dizia a minha mãe coitadinha já roída pelos bichos noseu caixãozinho dourado e forrado a seda que eu quis tudo do melhoe e o cangalheiro tb era um cliente que fez um preço agradável e simpático como eu mereço.
Muitos beijos com sabor ao que quiserem desde que não sejam cheiros esquisitos que eu cá não sou dessas.
Senhor Doutor Gasel vejo com infinito prazer que o senhor vénias vénias foi o único que notou e sentiu a minha falta os outros cagaram e andaram tão entretidos que estavam a quezilar e a chatear o parceiro ai pois então bem haja querido Doutor dos Tubos mil graças e tudo lhe corra bem e nada lhe falte e nada lhe vergue como dizia a minha mãe coitadinha já roída pelos bichos noseu caixãozinho dourado e forrado a seda que eu quis tudo do melhoe e o cangalheiro tb era um cliente que fez um preço agradável e simpático como eu mereço.
Muitos beijos com sabor ao que quiserem desde que não sejam cheiros esquisitos que eu cá não sou dessas.
17 de junho de 2004
Notas de viagem
Estive hoje em Coimbra. Tudo branco e vermelho ou vermelho e branco consoante predominavam ingleses ou suíços. A cidade está bonita, ainda que algo poeirenta. Estava um calor de ananases e eu, desgraçadamente, de fato completo e gravata – ossos do ofício. Infelizmente a Sé Velha está embrulhada para restauro. Mais abaixo, um compressor de umas obras fazia um ruído ensurdecedor, perante a indiferença de suíços e ingleses que, a três metros do dito, iam empinando cervejas pacatamente numa esplanada adjacente.
Na Almedina estava fresco. Na discoteca da Almedina também. Tocava a banda sonora do primeiro Kill Bill, que muito se recomenda. Não resisti a comprar qualquer coisa: trouxe para casa as Sonatas do Rosário, de Heirich Biber, gravação Alpha. Música divina do séc. XVII que oiço enquanto escrevo estas linhas.
Almoçei no Restaurante Nacional. Fica numa paralela à Fernão de Magalhães e é num primeiro andar. Neste restaurante come-se bem e servem-nos o prato a partir da travessa, como deve ser, com destreza e profissionalismo, ao contrário da maioria dos locais, porventura bem mais caros e pedantes, em que nos atiram com a travessa para cima da mesa e cada um que se vire.
Em Coimbra B uma menina ia repetindo instruções em inglês para os ingleses e suíços que iam chegando em vagas sucessivas. Dado que lá sequei durante mais de uma hora deu para perceber que o texto não era brilhante. Alguém lhe devia dizer (ou a quem escreveu o texto) que “obter um bilhete” não é “to achieve a ticket”.
O ribatejo visto do Alfa é muito bonito.
Na Almedina estava fresco. Na discoteca da Almedina também. Tocava a banda sonora do primeiro Kill Bill, que muito se recomenda. Não resisti a comprar qualquer coisa: trouxe para casa as Sonatas do Rosário, de Heirich Biber, gravação Alpha. Música divina do séc. XVII que oiço enquanto escrevo estas linhas.
Almoçei no Restaurante Nacional. Fica numa paralela à Fernão de Magalhães e é num primeiro andar. Neste restaurante come-se bem e servem-nos o prato a partir da travessa, como deve ser, com destreza e profissionalismo, ao contrário da maioria dos locais, porventura bem mais caros e pedantes, em que nos atiram com a travessa para cima da mesa e cada um que se vire.
Em Coimbra B uma menina ia repetindo instruções em inglês para os ingleses e suíços que iam chegando em vagas sucessivas. Dado que lá sequei durante mais de uma hora deu para perceber que o texto não era brilhante. Alguém lhe devia dizer (ou a quem escreveu o texto) que “obter um bilhete” não é “to achieve a ticket”.
O ribatejo visto do Alfa é muito bonito.
é assim.
Não tenho pachorra para gerir conflitos.
Já me chega o que chega e disso sabem a Errezinha, a Lulu e os outros amigos que por coincidência trabalham comigo.
Gosto de todos os postantes , mas não tenho espaço em disco para agressividades.
Acho, apesar de não ser ninguém para achar e muito menos ser católica, que as pessoas resolveram bem as questões:)
Por isso beijo ao G2 e a todos os outros. O estar juntos implica diferenças. Interessa é
rentabilizá-las.
Abeijos e braços.
Já me chega o que chega e disso sabem a Errezinha, a Lulu e os outros amigos que por coincidência trabalham comigo.
Gosto de todos os postantes , mas não tenho espaço em disco para agressividades.
Acho, apesar de não ser ninguém para achar e muito menos ser católica, que as pessoas resolveram bem as questões:)
Por isso beijo ao G2 e a todos os outros. O estar juntos implica diferenças. Interessa é
rentabilizá-las.
Abeijos e braços.
Tanto calor
Como é possivel ser tão cedo e estar tanto calor?
Este dia promete.
Acho que vou dormir mais um bocado:), e criar coragem para enfrentar o dia.
Beijos.
Este dia promete.
Acho que vou dormir mais um bocado:), e criar coragem para enfrentar o dia.
Beijos.
16 de junho de 2004
Era para escrever um longo post...
... mas não consigo. Não paro de roer as unhas... não sei porque será!
Até logo.
Até logo.
era para ser um comment sobre o 'camarada virgílio.. mas não consigo liofilizar os ditos...
não conhecia o teu camarada virgílio.
imagino que fosse um tipo excepcional, como são excepcionais as pessoas normais que são excelentes.
mas conheci em tempo o camarada dele lino de carvalho que também morreu recentemente.
cruzámos as nossas vidas aí pelos idos de 71/72 quando a ditadura decidiu atacar as cooperativas culturais.
ele era da 'devir' eu da 'proelium' e ambos palmilhámos o país em reuniões e plenários intermináveis (mais o herculano de carvalho que também já morreu há bués).
depois, pelos idos de 73, quando tu conheceste o teu camarada virgílio eu desviei o meu caminho do do lino de carvalho (e obviamente do virgilio que não conheci).
a tampa rebentou um dia que foi decidido (por força daqueles que o lino de carvalho representava)não colar uns cartazes com uns policias e uns cães,porque 'provocavam a ditadura' (mas que merda andávamos nós a fazer ali????) ele foi por onde foi.. eu por onde segui.
retenho dele a imagem de uma incansável vontade de trabalhar e uma enorme entrega e honestidade (por muito que poucas vezes concordássemos)
fazem falta pessoas assim. com convicções (sejam elas quais forem, desde que tenham tomates para as ter).
imagino que fosse um tipo excepcional, como são excepcionais as pessoas normais que são excelentes.
mas conheci em tempo o camarada dele lino de carvalho que também morreu recentemente.
cruzámos as nossas vidas aí pelos idos de 71/72 quando a ditadura decidiu atacar as cooperativas culturais.
ele era da 'devir' eu da 'proelium' e ambos palmilhámos o país em reuniões e plenários intermináveis (mais o herculano de carvalho que também já morreu há bués).
depois, pelos idos de 73, quando tu conheceste o teu camarada virgílio eu desviei o meu caminho do do lino de carvalho (e obviamente do virgilio que não conheci).
a tampa rebentou um dia que foi decidido (por força daqueles que o lino de carvalho representava)não colar uns cartazes com uns policias e uns cães,porque 'provocavam a ditadura' (mas que merda andávamos nós a fazer ali????) ele foi por onde foi.. eu por onde segui.
retenho dele a imagem de uma incansável vontade de trabalhar e uma enorme entrega e honestidade (por muito que poucas vezes concordássemos)
fazem falta pessoas assim. com convicções (sejam elas quais forem, desde que tenham tomates para as ter).
o futebol é que nos salva....
hoje vou de romaria.
por razões que não interessa ao caso... lá estarei na segunda circular a partir das 4 e meia porque me informam que tenho que estar não sei quantas horas antes, como se fosse de avião para israel e tivesse que responder consecutivamente a 6 agentes da mossad sobre todos os locais que frequentei nas últimas 5 635 horas (incluindo as quecas dadas ou desejadas...).
por alguma outra razão inexplicável vou mais vezes ao futebol esta semana que nos últimos 3 anos (estive no massacre dos búlgaros a convite dos ditos... e vou estar no domingo contra os espanhóis marchar!, marchar!...)
reconheço que não vou tão longe a ponto de levar bandeiras e envolventes de pescoço, até porque além de achar que a nossa bandeira fica muito a dever á estética, ainda não estou refeito dos sentimentos da (minha) adolescência em que a bandeira não era coisa que se transportasse... e quanto aos envolventes de pescoço está um pouco de calor para tanto patriotismo...
mas lá estarei...
e espero que 'ganhemos' (se ganharem.. são os jogadores que ganham, que são quem joga.. mas enfim.. faz bem á nossa auto-estima sentir que ganhamos também...)
por razões que não interessa ao caso... lá estarei na segunda circular a partir das 4 e meia porque me informam que tenho que estar não sei quantas horas antes, como se fosse de avião para israel e tivesse que responder consecutivamente a 6 agentes da mossad sobre todos os locais que frequentei nas últimas 5 635 horas (incluindo as quecas dadas ou desejadas...).
por alguma outra razão inexplicável vou mais vezes ao futebol esta semana que nos últimos 3 anos (estive no massacre dos búlgaros a convite dos ditos... e vou estar no domingo contra os espanhóis marchar!, marchar!...)
reconheço que não vou tão longe a ponto de levar bandeiras e envolventes de pescoço, até porque além de achar que a nossa bandeira fica muito a dever á estética, ainda não estou refeito dos sentimentos da (minha) adolescência em que a bandeira não era coisa que se transportasse... e quanto aos envolventes de pescoço está um pouco de calor para tanto patriotismo...
mas lá estarei...
e espero que 'ganhemos' (se ganharem.. são os jogadores que ganham, que são quem joga.. mas enfim.. faz bem á nossa auto-estima sentir que ganhamos também...)
Ponto de situação
Os ares condicionados zumbem. Os monitores tremelicam e semeiam o escuro de luzes. De vez em quando,ouvem-se vozes perdidas no rádio.
A cidade está calma. Ou pelo menos assim parece.
Outra vez as vozes. Rescaldos de incêndios, pontos de situação, pedidos que fluem e desaparecem, depois de respondidos.
Estou com sono, apesar da litrada de café que tomei. No entanto a primeira hora passou a correr. Talvez as outras sigam o seu exemplo.
Anda um bicho qualquer zumbidor, a tentar fazer companhia ou a partilhar uma ferroada.
Trabalhar quando os outros dormem, tem qualquer coisa de estranho. Parece a noite americana do Truffaut.
É isso. Esta sensação de surreal.
Voltarei de certo. E passou outro avião.
Nestes dias não páram de passar.
Beijo.
Nota: La nuit américaine est une expression qui désigne, au cinéma, un trucage technique qui permet d'obtenir un effet de nuit en plein jour, grâce à un filtre spécial placé devant l'objectif de la caméra qui filme.
A cidade está calma. Ou pelo menos assim parece.
Outra vez as vozes. Rescaldos de incêndios, pontos de situação, pedidos que fluem e desaparecem, depois de respondidos.
Estou com sono, apesar da litrada de café que tomei. No entanto a primeira hora passou a correr. Talvez as outras sigam o seu exemplo.
Anda um bicho qualquer zumbidor, a tentar fazer companhia ou a partilhar uma ferroada.
Trabalhar quando os outros dormem, tem qualquer coisa de estranho. Parece a noite americana do Truffaut.
É isso. Esta sensação de surreal.
Voltarei de certo. E passou outro avião.
Nestes dias não páram de passar.
Beijo.
Nota: La nuit américaine est une expression qui désigne, au cinéma, un trucage technique qui permet d'obtenir un effet de nuit en plein jour, grâce à un filtre spécial placé devant l'objectif de la caméra qui filme.
15 de junho de 2004
Vamos fugir
E já que voltei, tenham lá a paciência de ler isto, se faz favor.
Tenho um grilo falante um grilo falante
Um pateta desastrado desastrado
Um cavaleiro andante cavaleiro andante
Um pardal alucinado alucinado
Tenho uma top-model uma top-model
Um vingador implacável implacável
Tenho um prémio nobel tenho um prémio nobel
Uma amante insaciável insaciável
Tenho um serial killer um serial killer
Tenho Deus disfarçado Deus disfarçado
Sou o maior dealer sou o maior dealer
Que se encontra no mercado
Tive uma ideia, tive uma ideia - vamos fugir!
Tenho um grilo falante um grilo falante
Um pateta desastrado desastrado
Um cavaleiro andante cavaleiro andante
Um pardal alucinado alucinado
Tenho uma top-model uma top-model
Um vingador implacável implacável
Tenho um prémio nobel tenho um prémio nobel
Uma amante insaciável insaciável
Tenho um serial killer um serial killer
Tenho Deus disfarçado Deus disfarçado
Sou o maior dealer sou o maior dealer
Que se encontra no mercado
Tive uma ideia, tive uma ideia - vamos fugir!
Voltei, voltei
Voltei, voltei, voltei de lá, ainda ontem estava em França e agora já estou cá. Poizé, voltei!
Eu vou, eu vou...
Trabalhar à meia noite eu vou.
Eu vou.
Tiritituti....Eu vou..Eu vou...
Com ar de chateada vou.
Mas de noite venho aqui fazer umas incursões, se tudo estiver calmo.
Eu vou:)
Eu vou.
Tiritituti....Eu vou..Eu vou...
Com ar de chateada vou.
Mas de noite venho aqui fazer umas incursões, se tudo estiver calmo.
Eu vou:)
Votar
Deveria ser um acto racional e não emocional. A ligação a um partido deveria ser encarada de modo totalmente diferente do modo como é encarado um clube de futeból ou uma religião ou uma família. Apego emocional mesmo quando as ideias já não fazem sentido? Apego familiar mesmo quando os membros do partido são incompetentes? Afeiçoamento quando os membros são corruptos?
Mas é o apego que faz com que certos partidos ainda existam. E é a estupidez que faz com que outros cresçam. E é a falta de espírito crítico que faz com que outros ainda se mantenham. E é o mesmo sentimento divertido de pertença a uma colectividade recreativa de bairro que faz com que outros sejam criados ou que ainda tenham actividade.
Mas é o apego que faz com que certos partidos ainda existam. E é a estupidez que faz com que outros cresçam. E é a falta de espírito crítico que faz com que outros ainda se mantenham. E é o mesmo sentimento divertido de pertença a uma colectividade recreativa de bairro que faz com que outros sejam criados ou que ainda tenham actividade.
Uma prenda...
É de noite e chove lá fora,
Dizem isso as janelas fechadas!
E as sombras em mim derramadas
Não querem, doidas, ir-se embora!
Não há lua aqui, não há agora,
Não brilha nas ruas molhadas!
E o som das tuas gargalhadas
Morre a cada momento, a cada hora!
Não faz mal se a Lua não veio!
Não embranquece por isso o teu seio
De mulher morena, de mulher feita!
Deixas-me perdido de infinito receio
Partido pela angústia mesmo ao meio,
Uma alma que outra alma não aceita!
De: Poeta Anónimo do Sec. XIV
Dizem isso as janelas fechadas!
E as sombras em mim derramadas
Não querem, doidas, ir-se embora!
Não há lua aqui, não há agora,
Não brilha nas ruas molhadas!
E o som das tuas gargalhadas
Morre a cada momento, a cada hora!
Não faz mal se a Lua não veio!
Não embranquece por isso o teu seio
De mulher morena, de mulher feita!
Deixas-me perdido de infinito receio
Partido pela angústia mesmo ao meio,
Uma alma que outra alma não aceita!
De: Poeta Anónimo do Sec. XIV
salvador da bahia...
Quando você for convidado pra subir no adro da
Fundação Casa de Jorge Amado
o largo ladeira do pelourinho, encimado pela fundação jorge amado, famosa pelos milhares de fotos e centenas de filmes, mais as baianas de cenário que nos cercam para tirar fotos a dois reais e mais a memória da casa onde jorge amado escreveu o 'suor', naquela espécie de realismo socialista tropical único, e mais não sei quantos outros livros cheios de baianos pretos e pardos como dizia o gregório de matos, poeta também ele desta terra e também preto e pardo. os enxames de turistas tirando fotos das fileiras de casas barrocas que podiam ser da beira alta, ou da baixa, ou de outro portugal qualquer, não fossem os pretos muitos pretos e brancos que já o o não são.....
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
no meio da rua, um exemplar estranho de manifesto cultural ou intervenção cívica, ou lá o que seja. um homem coberto de cartazes de uma qualquer deputada federal com cara de actriz de novela, a quem pede uma casa e a quem tece os mais rasgados e laudatórios louvores, com fotos, restos de cartazes de campanha eleitoral, pedaços de lençóis escritos a spray de tinta. a cara tapada com uma máscara em rede que mais parece de esgrimista que peleia com o destino adverso
De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
a bahia é uma cidade preta. quase completamente preta, orgulhosamente preta. as igrejas católicas que já foram centros de candomblé, as entradas dos prédios como sobrados onde dormiam os ex escravos que fugiram para a cidade para passarem a ser escravos outra vez, de outro modo. o deslumbramento dourado das igrejas excessivamente barrocas em resposta ao despojamento ascético dos reformistas holandeses, os orixás que são santos de outro modo (mais completos porque são humanos ao mesmo tempo, e são malandros e são manhosos e são diabos e são como nós todos...)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se olhos do mundo inteiro possam
estar por um momento voltados para o largo
os olhos que olham para o largo só olham para o cenário, a patine que cobre os edifícios. tudo podia ser apenas um cenário da novela das oito que tanto bastaria para tirar as fotos, dizir que lá estive e olhei para o largo. mesmo não tendo visto nada do que está dentro do coração dolargo. dentro do coração das pessoas.
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque, um batuque com a pureza de
meninos uniformizados
o som das percussões é o som da bahia. ouve-se nas esquinas, nas ruas. sente-se no andar das pessoas. no passo sensual das mulatas, no passo malandro dos pretos e mulatos e quase pretos. a cidade pendurada em cima do morro. em cima de todos os morros (quanto mais alto mais preto, quanto mais acima mais pobre e mais preto e mais pobre)
De escola secundária em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado, nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém
Ninguém é cidadão
em baixo dos morros e na cidade este, nos alto edificios de condomínios muito fechados e muito guardados. mais altos nos últimos andares que os mais altos morros das mais altas favelas de pretos, olhando a bahia de todos os santos de todos os pretos, desafiando a gravidade e o equilíbrio físico e social, os poucos brancos da bahia fogem para o céu para estarem longe do cheiro e da cor dos pretos (mesmo que a pele deles seja escura, ficam brancos com o dinheiro e a proximidade dos céus)
Se você for ver a festa do Pelô
E se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico
Mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo
Qualquer qualquer
Plano de educação
Que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
do ensino de primeiro grau
os meninos do bonfim cercam a igreja do senhor, cercam os turistas. tentam cantar o hino do senhor do bonfim por meia duzia de reais, enquanto as bahianas tentam vendar as fitinhas para pedir os desejos a cada um dos três nós. não há escola, que os trocados dos turistas fazem mais falta em casa que os livros e até a camiseta tem o patrocinio de uma qualquer churrascaria que os transforma em meninos outdoors cantantes que nunca irão á escola nem nunca ouvirão falar em planos educacionais sejam eles do que forem, com excepção do que se aprende nas ruas que é onde vivem e crescem e do qual são mestres com diploma e tudo.
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
salvador é uma cidade marginal. contruída sobre a marginal. com gente marginal a viver marginalmente. uma imensa cultura popular que nos escapa por entre os dedos e julgamos entender lendo meia dúzia de livros sobre os cultos e os comeres. somos demasiado brancos para isso. temos os olhos claros e o cheiro das colónias nas narinas. falta-nos os cheiros dos suores que odiamos, dos temperos, das ruas, das árvores depois da chuva forte e rápida que lava tudo e tudo empurra para os rios castanhos. só vimos o postal ilustrado. falta-nos ver as pessoas. que é o que a bahia tem de rico
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua
sobre um saco brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina
111 presos indefesos
o aparelho de televisão ligado mostra mais uma revolta numa qualquer prisão. o espectáculo dos repórteres em directo. os familiares em choro suave. os lençóis ás janelas de grades. a inevitável chachina que irá acabar com a revolta dos presos que vivem como nas favelas dentro das celas onde estão 10 vezes mais que a lotação para que foram construídas. quantos mais morrerem mais livres vão ficar as celas, parece
Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos
Ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres
E todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
as garotas de programa paseiam-se pelas mesas do 'casquinha de siri'. meninas de poucos anos e muita experiência. mulatas sensuais e bonitas que se dengam pelas mesas dos turistas que cheiram a dinheiro e a dolares e a euros para completar o salário mínimo do trabalho diário na lojinha. mulatas e pretas prenhas de ritmo dançam com velhos e menos velhos e pouco novos. brancos mais tesos que troncos de árvore em gestos que parecem de boneco articulado, convencidos que são jovens e atraentes e têm ritmo e que as meninas estão com eles não apenas pelos euros mas também por eles, pobres coitados
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
no meio de uma banca de literatura de cordel e discos de repentistas, bem ao lado do mercado modelo a transbordar de turistas a comprar as recordações para dizer que estiveram na bahia e pôr em cima das mesas das salas e dos televisores e nas paredes para mostrar aos amigos que foram lá e têm uma camiseta a dizer isso mesmo. enquanto escolho e peço para ouvir este e aquele disco e folheio mais uma vinheta ou um livrinho com um delicioso poema de rimas quebradas e outras mais inteiras e que contam uma história de amor ou de crime ou de lição e orgulho histórico, o velho senhor vai dizendo que este disco tem 3 sucessos e o outro 4 e aqueloutro um apenas e neste ele canta, sim, ele. o famoso paraíba da viola. ali, junto ao mercado modelo. modelo de humildade a dizer que o não-sei-qem da ladeira é o maior repentista que há, e mais aqueloutro tem não sei quantos sucessos. ele, paraíba da viola, repentista famoso entre os repentistas pede desculpa por ser quem é. por ter talento. que não senhor, é apenas um poeta e um cantador (ao-a.migo... um abraço do poeta paraiba da viola salvador 24-4-2004). conta como um chinês que estava num hotel junto ao mercado modelo lhevou uma fita e prensou o disco em taiwan e lhe enviou 24 cópias, quase todas vendidas.
trago o tesouro do afecto. trago a lição de humildade e talento.
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
(haiti, caetano veloso)
Fundação Casa de Jorge Amado
o largo ladeira do pelourinho, encimado pela fundação jorge amado, famosa pelos milhares de fotos e centenas de filmes, mais as baianas de cenário que nos cercam para tirar fotos a dois reais e mais a memória da casa onde jorge amado escreveu o 'suor', naquela espécie de realismo socialista tropical único, e mais não sei quantos outros livros cheios de baianos pretos e pardos como dizia o gregório de matos, poeta também ele desta terra e também preto e pardo. os enxames de turistas tirando fotos das fileiras de casas barrocas que podiam ser da beira alta, ou da baixa, ou de outro portugal qualquer, não fossem os pretos muitos pretos e brancos que já o o não são.....
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
no meio da rua, um exemplar estranho de manifesto cultural ou intervenção cívica, ou lá o que seja. um homem coberto de cartazes de uma qualquer deputada federal com cara de actriz de novela, a quem pede uma casa e a quem tece os mais rasgados e laudatórios louvores, com fotos, restos de cartazes de campanha eleitoral, pedaços de lençóis escritos a spray de tinta. a cara tapada com uma máscara em rede que mais parece de esgrimista que peleia com o destino adverso
De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
a bahia é uma cidade preta. quase completamente preta, orgulhosamente preta. as igrejas católicas que já foram centros de candomblé, as entradas dos prédios como sobrados onde dormiam os ex escravos que fugiram para a cidade para passarem a ser escravos outra vez, de outro modo. o deslumbramento dourado das igrejas excessivamente barrocas em resposta ao despojamento ascético dos reformistas holandeses, os orixás que são santos de outro modo (mais completos porque são humanos ao mesmo tempo, e são malandros e são manhosos e são diabos e são como nós todos...)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se olhos do mundo inteiro possam
estar por um momento voltados para o largo
os olhos que olham para o largo só olham para o cenário, a patine que cobre os edifícios. tudo podia ser apenas um cenário da novela das oito que tanto bastaria para tirar as fotos, dizir que lá estive e olhei para o largo. mesmo não tendo visto nada do que está dentro do coração dolargo. dentro do coração das pessoas.
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque, um batuque com a pureza de
meninos uniformizados
o som das percussões é o som da bahia. ouve-se nas esquinas, nas ruas. sente-se no andar das pessoas. no passo sensual das mulatas, no passo malandro dos pretos e mulatos e quase pretos. a cidade pendurada em cima do morro. em cima de todos os morros (quanto mais alto mais preto, quanto mais acima mais pobre e mais preto e mais pobre)
De escola secundária em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado, nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém
Ninguém é cidadão
em baixo dos morros e na cidade este, nos alto edificios de condomínios muito fechados e muito guardados. mais altos nos últimos andares que os mais altos morros das mais altas favelas de pretos, olhando a bahia de todos os santos de todos os pretos, desafiando a gravidade e o equilíbrio físico e social, os poucos brancos da bahia fogem para o céu para estarem longe do cheiro e da cor dos pretos (mesmo que a pele deles seja escura, ficam brancos com o dinheiro e a proximidade dos céus)
Se você for ver a festa do Pelô
E se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico
Mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo
Qualquer qualquer
Plano de educação
Que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
do ensino de primeiro grau
os meninos do bonfim cercam a igreja do senhor, cercam os turistas. tentam cantar o hino do senhor do bonfim por meia duzia de reais, enquanto as bahianas tentam vendar as fitinhas para pedir os desejos a cada um dos três nós. não há escola, que os trocados dos turistas fazem mais falta em casa que os livros e até a camiseta tem o patrocinio de uma qualquer churrascaria que os transforma em meninos outdoors cantantes que nunca irão á escola nem nunca ouvirão falar em planos educacionais sejam eles do que forem, com excepção do que se aprende nas ruas que é onde vivem e crescem e do qual são mestres com diploma e tudo.
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
salvador é uma cidade marginal. contruída sobre a marginal. com gente marginal a viver marginalmente. uma imensa cultura popular que nos escapa por entre os dedos e julgamos entender lendo meia dúzia de livros sobre os cultos e os comeres. somos demasiado brancos para isso. temos os olhos claros e o cheiro das colónias nas narinas. falta-nos os cheiros dos suores que odiamos, dos temperos, das ruas, das árvores depois da chuva forte e rápida que lava tudo e tudo empurra para os rios castanhos. só vimos o postal ilustrado. falta-nos ver as pessoas. que é o que a bahia tem de rico
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua
sobre um saco brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina
111 presos indefesos
o aparelho de televisão ligado mostra mais uma revolta numa qualquer prisão. o espectáculo dos repórteres em directo. os familiares em choro suave. os lençóis ás janelas de grades. a inevitável chachina que irá acabar com a revolta dos presos que vivem como nas favelas dentro das celas onde estão 10 vezes mais que a lotação para que foram construídas. quantos mais morrerem mais livres vão ficar as celas, parece
Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos
Ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres
E todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
as garotas de programa paseiam-se pelas mesas do 'casquinha de siri'. meninas de poucos anos e muita experiência. mulatas sensuais e bonitas que se dengam pelas mesas dos turistas que cheiram a dinheiro e a dolares e a euros para completar o salário mínimo do trabalho diário na lojinha. mulatas e pretas prenhas de ritmo dançam com velhos e menos velhos e pouco novos. brancos mais tesos que troncos de árvore em gestos que parecem de boneco articulado, convencidos que são jovens e atraentes e têm ritmo e que as meninas estão com eles não apenas pelos euros mas também por eles, pobres coitados
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
no meio de uma banca de literatura de cordel e discos de repentistas, bem ao lado do mercado modelo a transbordar de turistas a comprar as recordações para dizer que estiveram na bahia e pôr em cima das mesas das salas e dos televisores e nas paredes para mostrar aos amigos que foram lá e têm uma camiseta a dizer isso mesmo. enquanto escolho e peço para ouvir este e aquele disco e folheio mais uma vinheta ou um livrinho com um delicioso poema de rimas quebradas e outras mais inteiras e que contam uma história de amor ou de crime ou de lição e orgulho histórico, o velho senhor vai dizendo que este disco tem 3 sucessos e o outro 4 e aqueloutro um apenas e neste ele canta, sim, ele. o famoso paraíba da viola. ali, junto ao mercado modelo. modelo de humildade a dizer que o não-sei-qem da ladeira é o maior repentista que há, e mais aqueloutro tem não sei quantos sucessos. ele, paraíba da viola, repentista famoso entre os repentistas pede desculpa por ser quem é. por ter talento. que não senhor, é apenas um poeta e um cantador (ao-a.migo... um abraço do poeta paraiba da viola salvador 24-4-2004). conta como um chinês que estava num hotel junto ao mercado modelo lhevou uma fita e prensou o disco em taiwan e lhe enviou 24 cópias, quase todas vendidas.
trago o tesouro do afecto. trago a lição de humildade e talento.
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
(haiti, caetano veloso)
Eu não sei dizer
O silêncio deixa-me ileso, e que importância tem? Se assim tu vês
em mim alguém melhor que alguém. Sei que minto pois o que sinto não
é diferente de ti. Não cedo. Este segredo é frágil e é meu. Eu não
sei tanto sobre tanta coisa que ás vezes tenho medo de dizer aquelas
coisas que fazem chorar.
Quem te disse coisas tristes não era igual a mim. Sim, eu sei que choro,
mas eu posso querer diferente para ti. Eu não sei tanto sobre tanta coisa
que às vezes tenho medo de dizer aquelas coisas que fazem chorar.
E não me perguntes nada.
Eu não sei dizer.
Silence 4. Eu não sei dizer
em mim alguém melhor que alguém. Sei que minto pois o que sinto não
é diferente de ti. Não cedo. Este segredo é frágil e é meu. Eu não
sei tanto sobre tanta coisa que ás vezes tenho medo de dizer aquelas
coisas que fazem chorar.
Quem te disse coisas tristes não era igual a mim. Sim, eu sei que choro,
mas eu posso querer diferente para ti. Eu não sei tanto sobre tanta coisa
que às vezes tenho medo de dizer aquelas coisas que fazem chorar.
E não me perguntes nada.
Eu não sei dizer.
Silence 4. Eu não sei dizer
Era para ser uma resposta à pergunta do Gasel,mas...
Há perguntas a que não sei responder.
Porque se é fiel a um partido. Ou se é adepto de um clube de futebol. Os partidos provocam-me alergia, daquelas de coçar o nariz ininterruptamente e o futebol é-me indiferente, salvo uma vaga nostalgia pelo Varzim.
Verão 75. Lembro-me bem. Muito bem, até. Vivi-o em Leiria, presenciei multidões em fúria a destruirem e incendiarem as sedes dos partidos de esquerda (inclusivé a nossa, eu era do MES). Vi também pela primeira vez uma pessoa com a cabeça toda estourada no meio da rua e bastante morta. Fugi entre balas, que a tropa disparava indiscriminadamente contra todos e todas, de mão dada com o meu pai.
Tinha 16 anos. Militei um ano ou dois no MES, penso eu. Depois, quando cheguei à Faculdade de Letras desisti dessas coisas. Agora vejo os meus ex-camaradas de adolescência no PS. Eu não estou em nada.
Serei eu anormal?
Também só votei uma vez na vida. Nem cartão de eleitor tenho.
O ultimo comício a que fui, foi em Roma, com uns amigos italianos comunistas . Não me lembro contra o que protestavam, mas naquele enquadramento tudo parece bem e gigantesco.
Tudo parece legítimo.
Não sei Gasel, porque se é fiel a um partido.Mas deve ser reconfortante ter crenças de algum tipo.
Porque se é fiel a um partido. Ou se é adepto de um clube de futebol. Os partidos provocam-me alergia, daquelas de coçar o nariz ininterruptamente e o futebol é-me indiferente, salvo uma vaga nostalgia pelo Varzim.
Verão 75. Lembro-me bem. Muito bem, até. Vivi-o em Leiria, presenciei multidões em fúria a destruirem e incendiarem as sedes dos partidos de esquerda (inclusivé a nossa, eu era do MES). Vi também pela primeira vez uma pessoa com a cabeça toda estourada no meio da rua e bastante morta. Fugi entre balas, que a tropa disparava indiscriminadamente contra todos e todas, de mão dada com o meu pai.
Tinha 16 anos. Militei um ano ou dois no MES, penso eu. Depois, quando cheguei à Faculdade de Letras desisti dessas coisas. Agora vejo os meus ex-camaradas de adolescência no PS. Eu não estou em nada.
Serei eu anormal?
Também só votei uma vez na vida. Nem cartão de eleitor tenho.
O ultimo comício a que fui, foi em Roma, com uns amigos italianos comunistas . Não me lembro contra o que protestavam, mas naquele enquadramento tudo parece bem e gigantesco.
Tudo parece legítimo.
Não sei Gasel, porque se é fiel a um partido.Mas deve ser reconfortante ter crenças de algum tipo.
Por que motivo voto no PS
Imaginem o período após o Verão Quente de 75. 11 de Novembro de 1975, dia da Independência de Angola. No pátio do Liceu Nacional de D. Pedro V, às Laranjeiras, em Lisboa, um grupo de estudantes ligados ao PCP e a grupos de extrema-esquerda tenta içar a bandeira do MPLA, cantando a Internacional de punho erguido. Do outro lado, alunos conotados com o PPD e movimentos de direita fazem a saudação nazi, cantando o Hino Nacional. Ao fim de minutos de provocação mútua os dois grupos começam a arrancar o macadame do chão e a atirá-lo uns aos outros. Voam igualmente cadeiras das salas de aula. Mais tarde, o monte de cadeiras será fotografado pelo autor destas linhas, atrás de um pavilhão do Liceu. Uma pirâmide de ferros retorcidos que chega ao primeiro andar. Estudantes de um e outro grupo, durante anos, jogaram futebol e pingue-pongue uns com os outros e fizeram corridas de carrinhos em pistas desenhadas a giz. Neste momento são brandidos paus, pernas de cadeiras e cavalos-marinhos. A loucura toma conta do recreio frente às janelas do Conselho Directivo.
Três colegas introduzem-se no meio da refrega, tentando separar os dois grupos, conscientes da insanidade absoluta da violência que naquele momento ocorre. Para se protegerem das pedras e cadeiras abrem os chapéus de chuva – mais efeito psicológico que outra coisa, no caso de um projéctil voar certeiro – e empurram os beligerantes para áreas opostas.
A destruição deixa marcas. Na escola e nas pessoas. Muitas amizades terminam aqui, dando lugar a relações frias e distantes. No ano seguinte separar-se-ão, seguindo caminhos diferentes com a conclusão do Liceu, alguns, outros com outras turmas.
Os três inconscientes que se meteram no meio do barulho escapam milagrosamente incólumes. O nojo causado pela selvajaria testemunhada será marcante para os três nos anos futuros.
Não só, mas em boa parte por causa do dia 11 de Novembro de 1975, no Liceu D. Pedro V, em Lisboa, votei ontem, como sempre faço, no PS. Eu não esqueço.
Três colegas introduzem-se no meio da refrega, tentando separar os dois grupos, conscientes da insanidade absoluta da violência que naquele momento ocorre. Para se protegerem das pedras e cadeiras abrem os chapéus de chuva – mais efeito psicológico que outra coisa, no caso de um projéctil voar certeiro – e empurram os beligerantes para áreas opostas.
A destruição deixa marcas. Na escola e nas pessoas. Muitas amizades terminam aqui, dando lugar a relações frias e distantes. No ano seguinte separar-se-ão, seguindo caminhos diferentes com a conclusão do Liceu, alguns, outros com outras turmas.
Os três inconscientes que se meteram no meio do barulho escapam milagrosamente incólumes. O nojo causado pela selvajaria testemunhada será marcante para os três nos anos futuros.
Não só, mas em boa parte por causa do dia 11 de Novembro de 1975, no Liceu D. Pedro V, em Lisboa, votei ontem, como sempre faço, no PS. Eu não esqueço.
14 de junho de 2004
A propósito de eleições
Como gosto sempre de estar do contra, de fazer parte das minorias, ontem fui votar.
É giro como, ao fim destes anos todos, ainda sinto uma secreta excitação de entrar na cabine de voto e ali, sozinho mais a minha consciência, realizar aquele simples acto de colocar a cruzinha num quadradinho.
Habitualmente levo comigo uma ideia definida, uma convicção profunda, um voto maduramente pensado mas, ao ver-me ali perante o boletim, sou sempre assaltado por ideias mirabolantes e fico com uma vontade doida de votar em qualquer outra coisa. Como se fosse um acto de poder, imenso, que possuo só naquele exacto momento.
Ontem fixei-me numa coisa que era o Movimento do Doente. O Movimento do Doente... mas o que é isto, pensei, como é que não fazia mínima ideia da sua existência... e por interminavéis segundos era como se só existisse aquele quadradinho no boletim, como se uma estranha força puxasse a caneta para fazer a cruzinha milagrosa, como se fosse exercer esse meu tal imenso poder...
Mas resisti..., e votei no outro que já tinha decidido!
É giro como, ao fim destes anos todos, ainda sinto uma secreta excitação de entrar na cabine de voto e ali, sozinho mais a minha consciência, realizar aquele simples acto de colocar a cruzinha num quadradinho.
Habitualmente levo comigo uma ideia definida, uma convicção profunda, um voto maduramente pensado mas, ao ver-me ali perante o boletim, sou sempre assaltado por ideias mirabolantes e fico com uma vontade doida de votar em qualquer outra coisa. Como se fosse um acto de poder, imenso, que possuo só naquele exacto momento.
Ontem fixei-me numa coisa que era o Movimento do Doente. O Movimento do Doente... mas o que é isto, pensei, como é que não fazia mínima ideia da sua existência... e por interminavéis segundos era como se só existisse aquele quadradinho no boletim, como se uma estranha força puxasse a caneta para fazer a cruzinha milagrosa, como se fosse exercer esse meu tal imenso poder...
Mas resisti..., e votei no outro que já tinha decidido!
Querida A.:
Querida A.:
Sinto que preciso falar com alguém, de falar muito. Eu não quero ser chato nem quero transmitir a minha irritação a ninguém, quero só que alguém concorde comigo, que alguém me compreenda ou então que me faça ver que o mundo não é tão mau assim. Não é pedir muito: a maioria dos adolescentes é isto que pede, muita da música pop/rock é isto que diz, e livros não faltam com meios-heróis à procura de compreensão.
Em redor de mim toda a gente parece simpática mas cheira tudo a falso. As pessoas são simpáticas para obter favores, enquanto dependem umas das outras. São simpáticas porque no futuro pode ser que seja necessário ser amigo de alguém. Quem não entra nestas redes de hipocrisia é visto como estranho, como deslocado, ou como intolerante e severo.
Outra coisa que me incomoda até doer é a atitude generalizada das pessoas repararem em nós quando nós não estamos a olhar, só para depois desviarem os olhos quando nós as olhamos. Primeiro picam-nos as costas com uma curiosidade que agride a nossa privacidade, depois afectam um desprezo por nós como se valêssemos menos do que o ar.
Nos países frios em que o Verão é curto e sem calor, ninguém se queixa do tempo pois o tempo mau e frio é a normalidade, é o que se deve realisticamente esperar. Eu também não deveria queixar-me da maldade das pessoas pois isso é que é o normal. Acontece que eu não suporto o frio e sinto-me sempre desconfortável e oprimido pela normalidade.
Beijos
Ricardo
Sinto que preciso falar com alguém, de falar muito. Eu não quero ser chato nem quero transmitir a minha irritação a ninguém, quero só que alguém concorde comigo, que alguém me compreenda ou então que me faça ver que o mundo não é tão mau assim. Não é pedir muito: a maioria dos adolescentes é isto que pede, muita da música pop/rock é isto que diz, e livros não faltam com meios-heróis à procura de compreensão.
Em redor de mim toda a gente parece simpática mas cheira tudo a falso. As pessoas são simpáticas para obter favores, enquanto dependem umas das outras. São simpáticas porque no futuro pode ser que seja necessário ser amigo de alguém. Quem não entra nestas redes de hipocrisia é visto como estranho, como deslocado, ou como intolerante e severo.
Outra coisa que me incomoda até doer é a atitude generalizada das pessoas repararem em nós quando nós não estamos a olhar, só para depois desviarem os olhos quando nós as olhamos. Primeiro picam-nos as costas com uma curiosidade que agride a nossa privacidade, depois afectam um desprezo por nós como se valêssemos menos do que o ar.
Nos países frios em que o Verão é curto e sem calor, ninguém se queixa do tempo pois o tempo mau e frio é a normalidade, é o que se deve realisticamente esperar. Eu também não deveria queixar-me da maldade das pessoas pois isso é que é o normal. Acontece que eu não suporto o frio e sinto-me sempre desconfortável e oprimido pela normalidade.
Beijos
Ricardo
se há uma coisa boa em viver no meu rés do chão, é que é fresquíssimo. quando, ao entrar, atravesso a porta, é como entrar num frígorífico. porra, mesmo fresco. não tenho nenhum ar condicionado, simplesmente porque se consegue estar aqui em casa vestido por mais calor que faça lá fora. e está-se naturalmente bem.
espero que o blog já esteja menos claustrofóbico agora. acho que isto implica que o pessoal com resolução 800*600 tenha umas quantas limitações, mas vamos a ver. não era assim? menos cinzento e mais espaço para o texto (e, consequentemente, para imagens maiores?). um aviso e volta tudo ao normal.
espero que o blog já esteja menos claustrofóbico agora. acho que isto implica que o pessoal com resolução 800*600 tenha umas quantas limitações, mas vamos a ver. não era assim? menos cinzento e mais espaço para o texto (e, consequentemente, para imagens maiores?). um aviso e volta tudo ao normal.
"Tiraram-me o acesso a isto"
Há duas semanas, dado que a lista dos postadores era enorme e que existia uma grande discrepância entre participantes e ausentes, pedi a quem estivesse interessado em continuar que o dissesse. Algumas pessoas escreveram a explicar, outras recomeçaram a escrever de novo , depois fez-se uma limpeza na lista.
Se quiseres voltar a escrever "nisto" é dizeres , Maria João ou Amélia, e enviares um e-mail de contacto para o convite. Só isso.
De resto estou de folga, comprei um belo dum ar condicionado e uns livrinhos. Esquecia-me e roí-te de inveja ABS..comprei o DVD do Reviver o passado:)
Bom dia para todos:)
Nota: Adorei que a França ganhasse
Nota2: Até gostei que o PS ganhasse. Bem feita.(excluindo as verborreias apologéticas do Ferro Rodrigues)
Nota3: A piscina em dia de futebol é fantástica.
Nota4: é fabuloso folgar aos fins de semana.
Nota5: E o IKEA abre dia 22!!! Yes!!!!!!!!!!
Se quiseres voltar a escrever "nisto" é dizeres , Maria João ou Amélia, e enviares um e-mail de contacto para o convite. Só isso.
De resto estou de folga, comprei um belo dum ar condicionado e uns livrinhos. Esquecia-me e roí-te de inveja ABS..comprei o DVD do Reviver o passado:)
Bom dia para todos:)
Nota: Adorei que a França ganhasse
Nota2: Até gostei que o PS ganhasse. Bem feita.(excluindo as verborreias apologéticas do Ferro Rodrigues)
Nota3: A piscina em dia de futebol é fantástica.
Nota4: é fabuloso folgar aos fins de semana.
Nota5: E o IKEA abre dia 22!!! Yes!!!!!!!!!!
Coisas tristes
Foi muito triste, aquela tarde de sábado. Só hoje começo a recuperar... que venha mais uma semana e as suas habituais rotinas!
PP: O problema deve ser mesmo da bola. Ainda não vi uma equipa a jogar bem!
PPP: Já há um protesto da Amélia :) e acho que era mesmo a Mia!
PP: O problema deve ser mesmo da bola. Ainda não vi uma equipa a jogar bem!
PPP: Já há um protesto da Amélia :) e acho que era mesmo a Mia!
13 de junho de 2004
Domingos de manhã!
É obra vir trabalhar ao Domingo, meio ressacada e com bastante sono.
Enfim, é a vida.
Abeijos e braços.
Enfim, é a vida.
Abeijos e braços.
12 de junho de 2004
Praia! Mar! Cerveja! Ameijoas! Piscina! Sol! Ler! Nariz cheio de creme!
Está um dia maravilhoso, dormi óptimamente, só me apetece ir praiar e ir estrear os novos adereços de verão.
Abeijos e braços
Abeijos e braços
Maracuja
Estava a ver qualquer coisa na televisão e uma personagem disse que ainda era muito cedo para beber. Presumo que se tivesse a referir a beber de manhã. Sinceramente, não compreendo a diferença. Se eu beber meio litro de cerveja às 10h, torna-me mais alcoolico do que se beber meio litro de cerveja às 14h?
Eu até aprecio beber de manhã pois como ainda não comi muito e como tambem não tenho muita resistencia ao alcool, fico logo tocado até meio da tarde sem ter que beber grandes quantidades. Partindo do principio que não vão andar de carro, não percebo porque é que todas as pessoas que trabalham com um horario fixo, em particular, a hora de almoço, não bebem uma garrafa de tinto ou branco, ao almoço para o expediente da tarde passar mais rapido. As pessoas levemente tocadas ficam mais afaveis, nao stressam tanto... resumindo é só vantagens. Até ficamos com mais à vontade para falar com o chefe sobre coisas sem interesse!
Já que estou no assunto e estou neste preciso momento a beber a segunda caipiroska de maracuja, tambem não percebo qual é o problema de beber sozinho. Das vezes que bebi sozinho, só ficaram estórias para eu contar aos meus netinhos... estórias de vomitado, de telefonemas com contas astronómicas, de falsas eletrocuções...
Por isso dedico este post a vocês com um brinde!! :)
Eu até aprecio beber de manhã pois como ainda não comi muito e como tambem não tenho muita resistencia ao alcool, fico logo tocado até meio da tarde sem ter que beber grandes quantidades. Partindo do principio que não vão andar de carro, não percebo porque é que todas as pessoas que trabalham com um horario fixo, em particular, a hora de almoço, não bebem uma garrafa de tinto ou branco, ao almoço para o expediente da tarde passar mais rapido. As pessoas levemente tocadas ficam mais afaveis, nao stressam tanto... resumindo é só vantagens. Até ficamos com mais à vontade para falar com o chefe sobre coisas sem interesse!
Já que estou no assunto e estou neste preciso momento a beber a segunda caipiroska de maracuja, tambem não percebo qual é o problema de beber sozinho. Das vezes que bebi sozinho, só ficaram estórias para eu contar aos meus netinhos... estórias de vomitado, de telefonemas com contas astronómicas, de falsas eletrocuções...
Por isso dedico este post a vocês com um brinde!! :)
El Greco
A algumas horas de se iniciar o Euro, bebo EL GRECO, do meu amigo Vangelis.
É capaz de derivar da sede com que estou aos gregos!
Se fosse capaz, seria talvez o disco que gostaria de ouvir enquanto decorre o Portugal-Grécia, mas a adrenalina é mais forte que eu...
Diz Vangelis sobre El Greco:
" I pay tribute to Domenikos Theotokopoulos because whether one realises it or not, we are living in troubled and uncertain times, through which the visions of this man shine out like a beacon. This is because his genius has always held out a torch towards the cosmic ethos, transformed today into a ray of hope."
Que os deuses estejam connosco!
11 de junho de 2004
Agruras da vida
Estar a trabalhar, com a cidade a meio gás, mas no entanto enfeitada com bandeiras.
Parece o fenómeno Timor.
O senhor do táxi onde viajei outro dia estava muito infeliz, porque a bandeira lhe tinha voado. Na quarta caiu-me bandeira e mastro no cocuruto da cabeça, enquanto comia tranquilamente uns caracóis. Assusta-me esta invasão de bandeiragem e possiveis quedas de mastros, conhecidos como somos pelo nosso patriotismo engalanado e colorido.
À cautela vou tentar andar desviada de fachadas de prédios, toldos de cafés, etc, etc...
mas estou preocupada com a criatividade dos locais de colocação das ditas bandeiras..ai estou , estou.
Depois. Amanhã é sábado. Definitivamente piscina.Ai sim, que sim.
Hoje saio às 19:30. Blergh.
Aos que estão na praia e de fim de semana grande..Cuidado com as trombas de água localizadas:)))
Eu estou a avisar:)Um guarda chuva deves levar!!
Abeijos e braços.
PP: Tiago a paixão bateu-te forte não?
BE: Maria espero que estejas mais recomposta do teu novo visual made by Gasel:)
PCTP: Ainda existem?
Dúvida: Existenciais? Muitas!
Parece o fenómeno Timor.
O senhor do táxi onde viajei outro dia estava muito infeliz, porque a bandeira lhe tinha voado. Na quarta caiu-me bandeira e mastro no cocuruto da cabeça, enquanto comia tranquilamente uns caracóis. Assusta-me esta invasão de bandeiragem e possiveis quedas de mastros, conhecidos como somos pelo nosso patriotismo engalanado e colorido.
À cautela vou tentar andar desviada de fachadas de prédios, toldos de cafés, etc, etc...
mas estou preocupada com a criatividade dos locais de colocação das ditas bandeiras..ai estou , estou.
Depois. Amanhã é sábado. Definitivamente piscina.Ai sim, que sim.
Hoje saio às 19:30. Blergh.
Aos que estão na praia e de fim de semana grande..Cuidado com as trombas de água localizadas:)))
Eu estou a avisar:)Um guarda chuva deves levar!!
Abeijos e braços.
PP: Tiago a paixão bateu-te forte não?
BE: Maria espero que estejas mais recomposta do teu novo visual made by Gasel:)
PCTP: Ainda existem?
Dúvida: Existenciais? Muitas!
Simplista
(pum) (pum) (pum)
Hey boy, it's not a game
(pum) (pum) (pum)
You are the one to blame
(pum) (pum) (pum)
My love is not your toy
(pum) (pum) (pum)
You better be careful boy
(pumpsche)(pumpsche)(pumpsche)
You told a million lies to me
(pumpsche)(pumpsche)(pumpsche)
One day you said goodbye baby
(pumpsche)(pumpsche)(pumpsche)
I gave you one more chance
(pumpsche)(pumpsche)(pumpsche)
Sooo please tell me babyyyy
(aaaaaa) (aaaaaa)
Are you gonna it my heart
(aaaaaa) (aaaaaa)
Are you gonna leave me once again ain ain
Baby don't you it my heart (aaaaaaa)
(aaaaaa) (aaaaaa)
Are you gonna break my heart
(aaaaaa) (aaaaaa)
Are you gonna make me cry again ain ain
Baby don't you break my heart (aaaaaaaaa)
Caipiroska de maracuja:
- copo cheio de gelo partido
- 1/5 de concentrado de maracuja
- 1/5 de agua gelada
- 3/5 vodka
Beber 5 alterando as quantidades dos ingredientes.
Hey boy, it's not a game
(pum) (pum) (pum)
You are the one to blame
(pum) (pum) (pum)
My love is not your toy
(pum) (pum) (pum)
You better be careful boy
(pumpsche)(pumpsche)(pumpsche)
You told a million lies to me
(pumpsche)(pumpsche)(pumpsche)
One day you said goodbye baby
(pumpsche)(pumpsche)(pumpsche)
I gave you one more chance
(pumpsche)(pumpsche)(pumpsche)
Sooo please tell me babyyyy
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Are you gonna it my heart
(aaaaaa) (aaaaaa)
Are you gonna leave me once again ain ain
Baby don't you it my heart (aaaaaaa)
(aaaaaa) (aaaaaa)
Are you gonna break my heart
(aaaaaa) (aaaaaa)
Are you gonna make me cry again ain ain
Baby don't you break my heart (aaaaaaaaa)
Caipiroska de maracuja:
- copo cheio de gelo partido
- 1/5 de concentrado de maracuja
- 1/5 de agua gelada
- 3/5 vodka
Beber 5 alterando as quantidades dos ingredientes.
Bandeiras à janela
Hoje acordei mais cedo que o habitual porque na terra onde vivo insistem em fazer uma feira no meio da cidade e todos os espaços para estacionar se evaporam. Este passeio a pé, com a minha filha mais nova, fez-me olhar de uma forma diferente e mais pausada para as casas e as pessoas. Fiquei espantado com a quantidade de bandeiras à janela. Grandes, pequenas, colocadas ao contrário.
Não imaginava que existissem tantos patriotas, tanta gente com uma só cor no coração: o verde e o vermelho.
A minha filha perguntava-me: "é o benfica pai?". E eu dizia-lhe que não, que era algo de maior e de mais importante. Mudou de assunto, pediu colo e disse que queria o mano. Felizmente. Já não sabia o que dizer a seguir.
Não imaginava que existissem tantos patriotas, tanta gente com uma só cor no coração: o verde e o vermelho.
A minha filha perguntava-me: "é o benfica pai?". E eu dizia-lhe que não, que era algo de maior e de mais importante. Mudou de assunto, pediu colo e disse que queria o mano. Felizmente. Já não sabia o que dizer a seguir.
10 de junho de 2004
XUTOS E CONDECORAÇÕES
Gosto de Xutos e Pontapés.
Gosto de José Hermano Saraiva.
Continuando o debate, porque será que os primeiros foram condecorados?
Porque será que o segundo nunca foi?
Gosto de José Hermano Saraiva.
Continuando o debate, porque será que os primeiros foram condecorados?
Porque será que o segundo nunca foi?
Coisas da imaginação
Não sei de onde me veio a ideia mas, desde que vi esta fotografia, é assim que imagino a Maria. Será?
Se calhar a culpa é do sol a mais que apanhei hoje, na praia... ou do litrinho de sangria que bebi ao jantar... ou serei mesmo dado a delírios?
Se calhar a culpa é do sol a mais que apanhei hoje, na praia... ou do litrinho de sangria que bebi ao jantar... ou serei mesmo dado a delírios?
Estranhas eleições
Nunca vi umas eleições assim. Parecem um continuado elogio fúnebre, funeral aqui, funeral acolá, câmara ardente nesta igreja, outra noutra qualquer.
Arrepiante.
A cerimónia do Dia de Portugal foi tenebrosa como sempre.Não seria possível actualizar um pouco aqueles rituais um tanto ou quanto ridículos? Talvez contratarem uma empresa de produção, cantarem uns tantos, dançarem outros, sei lá. Melhorarem o espectáculo e contratarem outro pivot.
E quem irá votar afinal, domingo?
Já nem me interrogo sobre quem vai ganhar.
Afinal o que interessa é estar vivo.
Arrepiante.
A cerimónia do Dia de Portugal foi tenebrosa como sempre.Não seria possível actualizar um pouco aqueles rituais um tanto ou quanto ridículos? Talvez contratarem uma empresa de produção, cantarem uns tantos, dançarem outros, sei lá. Melhorarem o espectáculo e contratarem outro pivot.
E quem irá votar afinal, domingo?
Já nem me interrogo sobre quem vai ganhar.
Afinal o que interessa é estar vivo.