22 de junho de 2004

(errata)

Há quem alegue que é mais fácil descer um degrau que o subir. Mas, se as escadas forem descobertas, quanto mais alto estivermos melhor será a nossa vista. Por que motivo descer se só com a subida o que está mais baixo ganha? Assim fala sidoro.

Sidoro gosta. Sidoro se diz que gosta é por que está a ser sincero. Se Sidoro se comporta de uma maneira estranha é porque Sidoro assim é. Se gostam de Sidoro têm de gostar dele da maneira que ele é tal como ele gosta de quem gosta por gostar da maneira de quem é gostado.

Se Sidoro pergunta é porque não sabe. Se Sidoro devia saber e não sabe digam. Se não respondem ele nunca vai saber. Sidoro escreve mas escreve só sobre o que ele sente e muitas vezes, antes de estar certo, Sidoro não sabe que está certo e, antes de estar certo, não escreve sobre o que sente. Agora não exijam que Sidoro perceba o que sintam, porque se lhe custa perceber o que sente e resolve essas dúvidas perguntando a si mesmo (porque é ele mesmo que sente), imaginem o quão moroso é o processo se às suas questões não encontra resposta.

Embora Sidoro inquira e insista nas questões raramente encontra respostas. O que sucede é uma rebaldaria: chatices, discussões, gritos (mesmo que inaudíveis), e estaladas (na maior parte das vezes mentais). Sidoro chora por dentro: "por qu'é que tenho de magoar aquela que me importa?Por quê?". Quantas vezes não tentou responder a esta questão, quantas. Numa fase mais pessimista as respostas foram aquelas que antecederam este post e que vos digo são ridículas. Porém hoje em dia Sidoro percebe que o problema está na falta de diálogo que, para Sidoro, é essencial.

Portanto advirto. Se Sidoro pergunta, tentem responder. Se Sidoro pergunta é porque precisa de saber. Se Sidoro anseia por uma resposta é porque não quer confusões.

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