1 de março de 2010

o regresso à alameda

(não, não é a essa, nem os regressados são esses)


estas duas fotos, com o stuart carvalhais junto da sua casa e eu junto da minha namorada, têm aproximadamente a mesma data e foram tiradas a poucos metros de distancia.

estes dias de regresso a queluz tenho lá voltado algumas vezes....

a alameda conde almeida araújo tem esse nome porque foi um dos ditos condes (não houve muitos já que o primeiro, joaquim palhares almeida araújo, apenas aparece em queluz no final do século 19 depois de algum dinheiro ganho em são tomé) que a doou para construir um parque que valorizasse as construções que entretanto se tinham começado a fazer naquela zona.
a alameda, ou o antigo 'parque', deveria ser hoje uma espécie de eixo central a fazer a ligação entre o centro de queluz e o palácio.
uma espécie de elo que permitisse não apenas uma extensão da área nobre do palácio (na verdade fica completamente na sua zona de protecção), permitindo que o palácio não fosse apenas um largo enorme com edifícios nos lados norte e sul atravessados por uma estrada.
a protecção de toda a zona de entrada em queluz por sul, com a natural revalorização da alameda seria o mínimo que se poderia esperar de autarcas que vissem um pouco mais além que a ponta do seu nariz.
infelizmente não é o caso...
a alameda é assim uma zona decadente que já nem espera pelo camartelo.
espera pacientemente que a lei da gravidade cumpra os seus deveres e coloco por terra todos os restos de alguma arquitectura interessante em queluz.
um dos casos que já aqui falamos por algumas vezes, foi a criminosa demolição da casa onde viveu stuart carvalhais.
pela importância histórica para a cidade; pela importância estética; pela importância de elemento aglutinador de um conjunto de casas que deveriam ser preservadas e valorizadas.

hoje está lá isto:


mais um prédio igual a todos os outros feios como ele (mesmo que a porta de entrada seja claramente copiada da casa que deitaram abaixo).
deve fazer parte daquelas 'contrapartidas estéticas obrigatórias'' para a autarquia dizer que não têm razão os que contestam a demolição da casa que lá estava.

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