dura de roer

Foi o que me veio a ideia assim de imediato.. qual relampago! Entrei nos ctt para fazer um envio prometido (aproveitei para comprar tambem um livro, claro..) e la estava ela. Qual casa armada.. ocupando todo o unico assento (tipo canape metalico, para duas/tres pessoas), bem no meio, filho no marsupio em cima do peito farto.. bracos a abrangerem todo o encosto. Pela morna que lhe travava a furia contida, por nao ter sido ainda atendida, percebi que era de Cabo Verde. Quando se levantou para levantar o cheque da pensao juro que em cada passo (lento, porem agressivo) o chao tremeu.. As vezes, levados por um ou outro episodeo (ou ate mesmo uma vida carregada), somos obrigados a uma postura assim.. que depois transpiramos em todas as atitudes. Dai nao levei a mal. Nem interpretei com arrogancia. Contemplei discretamente, e a determinada altura acho que ate sorri.. (e esta musica que nao parei de ouvir ca dentro, que so se foi quando ja na rua, Carminho pela mao, se deu o doce encontro com a tia Isabelinha e veio à memoria em conversa, o vento de Porto Covo. A musica ja era outra :)).

The Commodores - Brick House
by PeteRock

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