Inevitavelmente o mundo amanhã não será melhor mas, de uma coisa estamos certos: o idiota não mais é o Presidente dos Estados Unidos.
O idiota abandonará a Casa Branca sem admitir, sem ter a consciência da verdadeira dimensão do buraco em que mergulhou a América e o Mundo. Possivelmente só ele, e os outros idiotas que o rodearam, acharão que o mundo está melhor desde que ele se sentou na sala oval.
Segundo um estudo publicado há um ano , George W. Bush, bem como outros altos funcionários do governo norte-americano, mentiram 935 vezes no período dos dois anos anteriores à guerra no Iraque que mencionaram a posse, por parte do Iraque, de armas de destruição em massa ou vínculos com a Al Qaeda.
Um perigosíssimo pateta, que não gosta de ouvir música e gaba-se de não ler livros, “o tipo de palhaço de que não precisamos” para citar Woody Allen no dia da primeira eleição.
O bushismo ficará na história pelos piores motivos e pelo maior rol de disparates que um político terá dito.
Norman Mailer deixou escrito que a pior herança de Bush nem sequer era o Iraque, mas sim o deixar a América um país mais bronco do que era.
Daqui por alguns anos um americano escandalizar-se-á com tudo isto e a pergunta surgirá:: Como foi possível.?
Sim, foi possível e não só por uma vez – foram duas!
Mais de metade da América roça os níveis mais baixos do analfabetismo, uma América dita profunda, triste no seu viver, mergulhada no alcoolismo, horas e horas sentados frente à televisão, empanturrada de electrodomésticos que não utilizam não sabem como pagar, afogados num nacionalisno doentio, em religiões que ninguém entende como podem existir.
Uma vida insuportável que tanto os pode levar a irem pescar para a beira de um lago, ou a matar pessoas por absurdo e desfastio.
Foi esta a América que tornou possível a tragédia, o pesadelo. Esta e todo o contingente dos que se demitiram e não foram votar.
Hoje percebe melhor a história que lhe contaram do barman que pergunta à jovem se ela é americana e ela respondeu que não, que era nova-iorquina.
Amanhã a América terá um novo presidente.
Que não nos desiluda!
2 comentários:
O post trouxe-me de imediato ao pensamento a ideia: "pior é impossível" e como este espaço é (também) feito de memórias, encontrei mesmo na estante ao lado o poema "América" de Allen Ginsberg:
(...)
América quando serás tu angélica?
(...)
Quando é que olharás para ti através do sepulcro?
(...)
América porque estão as tuas bibliotecas cheias de lágrimas?
(...)
Não se esqueçam que chovia bastante no dia da sua instalação....e que o homem começou já todo molhado. Depois...nunca mais secou.
JA
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