19 de janeiro de 2009

SERÁ POSSÍVEL?



Inevitavelmente o mundo amanhã não será melhor mas, de uma coisa estamos certos: o idiota não mais é o Presidente dos Estados Unidos.
O idiota abandonará a Casa Branca sem admitir, sem ter a consciência da verdadeira dimensão do buraco em que mergulhou a América e o Mundo. Possivelmente só ele, e os outros idiotas que o rodearam, acharão que o mundo está melhor desde que ele se sentou na sala oval.
Segundo um estudo publicado há um ano , George W. Bush, bem como outros altos funcionários do governo norte-americano, mentiram 935 vezes no período dos dois anos anteriores à guerra no Iraque que mencionaram a posse, por parte do Iraque, de armas de destruição em massa ou vínculos com a Al Qaeda.
Um perigosíssimo pateta, que não gosta de ouvir música e gaba-se de não ler livros, “o tipo de palhaço de que não precisamos” para citar Woody Allen no dia da primeira eleição.
O bushismo ficará na história pelos piores motivos e pelo maior rol de disparates que um político terá dito.
Norman Mailer deixou escrito que a pior herança de Bush nem sequer era o Iraque, mas sim o deixar a América um país mais bronco do que era.
Daqui por alguns anos um americano escandalizar-se-á com tudo isto e a pergunta surgirá:: Como foi possível.?
Sim, foi possível e não só por uma vez – foram duas!
Mais de metade da América roça os níveis mais baixos do analfabetismo, uma América dita profunda, triste no seu viver, mergulhada no alcoolismo, horas e horas sentados frente à televisão, empanturrada de electrodomésticos que não utilizam não sabem como pagar, afogados num nacionalisno doentio, em religiões que ninguém entende como podem existir.
Uma vida insuportável que tanto os pode levar a irem pescar para a beira de um lago, ou a matar pessoas por absurdo e desfastio.
Foi esta a América que tornou possível a tragédia, o pesadelo. Esta e todo o contingente dos que se demitiram e não foram votar.
Hoje percebe melhor a história que lhe contaram do barman que pergunta à jovem se ela é americana e ela respondeu que não, que era nova-iorquina.
Amanhã a América terá um novo presidente.
Que não nos desiluda!

2 comentários:

teresa disse...

O post trouxe-me de imediato ao pensamento a ideia: "pior é impossível" e como este espaço é (também) feito de memórias, encontrei mesmo na estante ao lado o poema "América" de Allen Ginsberg:
(...)
América quando serás tu angélica?
(...)
Quando é que olharás para ti através do sepulcro?
(...)
América porque estão as tuas bibliotecas cheias de lágrimas?
(...)

Anónimo disse...

Não se esqueçam que chovia bastante no dia da sua instalação....e que o homem começou já todo molhado. Depois...nunca mais secou.


JA