de repente achei que vos devia falar do livro que acabei de ler no último fim de semana em fajão.

(garanto-vos que a sobre capa é infinitamente mais bonita que esta coisa pobre que a ambar decidiu considerar como capa do livro)
sete vezes sete dias é um livro excepcional.
emmanuel d'astier fundou, juntamente com raimond e lucie aubrac o grupo de resistência ao nazismo 'libération-sud'.
mais tarde funda com lucie aubrac o 'liberation', que viria a ter o seu segundo fôlego nos anos 60 sob a direcção de jean paul sartre.
sete vezes sete dias é um relato repartido no tempo, entre a capitulação francesa e a libertação de paris.
os relatos da clandestinidade, os rostos, os medos, os disfarces, a esperança, os nomes que se ganham e perdem a cada dia e o temor de ouvir chamar pelo verdadeiro, os amigos mortos, a vida em argel longe da realidade dum país ocupado fisica e mentalmente pelos nazis.
este não é um simples livro de memórias ou um diário dos tempos de guerra.
é um quase romance, ou uma narrativa notável sobre a luta pela liberdade.
há quem diga que emmanuel d'astier foi um dos últimos românticos na luta pela liberdade.
eu digo que só assim se pode lutar pela liberdade e ser livre.
e felizmente não foi o último. e seguramente este livro é um excelente legado de um homem excepcional.
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