3 de abril de 2007

Os novos João Semana: a propósito de médicos de família



Claro que os novos Joões Semana que aí vêm às pazadas já não se deslocarão de burrico como o das Pupilas do Sr. Reitor. Irão começar de Seicento, mas rápido-rápido hão-de saltar para o Mégane e daí ao BM será um salto.

Os Fernandos Namora e os Joões de Araújo Correia reoer-se-iam de inveja se voltassem cá. O regresso do velho Dr. Knock e das suas carraças do caraças está para breve.

Pois vai ser giro ver ressurgir esta moda do sec. XIX, agora que a família patriarcal se extinguiu e se limita ao casal ou é monoparental de filhito tardio e único, quando não se limita apenas ao solteiro/a solitário. Os filhos fazem-se à vida cada vez mais jovens, os casais são cada vez menos estáveis, mas em tudo isto terão pensado com certeza os nossos cerbéros.

Vai ser giro vêr os neos João Semana de estetoscópio ao pescoço a fazerem de generalistas e especialistas. Isto por que é evidente que o clarividente ministro da saúde pesou devidamente que a nossa população não recorre só aos médicos quando tem diarreia ou tosse ou dor de cabeça. E apartir de certa idade, quando os problemas não são mais precoces, que o são, a grande maioria das pessoas que recorrem aos médicos tem problemas específicos relacionados com as diversas especialidades. E aqui de duas uma, ou vai ser o novo João Semana, qual pôt-pourrit de especialidades, a seguir o doente ou então a encaminhá-lo-á para o respectivo especialista. Isto vai ser óptimo para os generalistas e para as faculdades de medicina poderem fabricar médicos à pressão com custos mais baixo. Mas para o doente, o cidadão, será? Se não for, também não há crise, vem aí o TGV e Espanha, e a Ota, são já aqui ao lado. Eles pensam em tudo...

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