10 de novembro de 2006

Infância e magustos

No meu tempo de miúda pouco se ligava ao São Martinho. Nem se festejava a data na escola: que me lembre dias assim prazeirosos, só assinalávamos o Dia da Espiga e não se comia nada.
Ouvi várias versões infantis do pedido aos pais de castanhas para levar para a escola: a minha amiga Sara pediu castanhas com riscos ( cortes, emendou o pai) e a filha da minha higienista (que deus a conserve de bom pulso para não me furar a língua) pediu castanhas com malhos. Interrogo-me sobre os métodos de comunicação utilizados pelas professoras.
Hoje estou um bocado massacrada. Tiraram-me da boca uma pedreira e os dentes deixam entrar imensa corrente de ar. Ainda por cima estou a fungar. Mas recompensei-me com o livro novo do Mankell e comprei um cheio de crocodilos para a pequena Maria.
Estou encantado com o novo dentista. Parece que estamos num filme da globalização, sueco de preferência.Não se espera e sofre-se apenas o indispensável.
Acho que logo vou comprar castanhas.

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