28 de fevereiro de 2006
27 de fevereiro de 2006
Corridas e gargantas fundas
Sou facciosa, gosto mesmo muito de documentários. E narrado pelo Dennis Hooper, cruzando a Camille Paglia, com a Erica Jong, o Gore Vidal e o Norman Mailer...Bem é mesmo essencial na compreensão do que é a industria do sexo e igualmente a do puritanismo nos States.
Outros tempos que não estão muito longe dos nossos tempos de agora.
Porque não há mais documentários para alugar?
Este certamente não passará na Netcabo. Com um broche daqueles, duvido bastante. (A rapariga tinha de facto talento). E esse pode traduzir-se de muitas formas. Embora tenha pago uma factura muito alta por o exercer . Assim como todos os outros. O actor principal ganhou 250 dólares. E foi ameaçado com 5 anos de cadeia...Salvou-o o Jimmy Carter.
O Porn Chic, como lhe chamaram. Ainda um dia terei que ver este filme. Das cenas que passaram, achei-o quase infantil. O orgasmo da Linda ser comparável à partida de um foguetão...risos e fogo de artíficio...
Coisas fálicas de homens. Mas gostei muito e vale a pena ver. É muito bom.
Parabéns à Tuxa!!!
Enfim a mulher perfeita! Salvo aquela excepçãozinha:) A obsessão por esses animais.
Acho que andei à procura dum logotipo (dizer lôgô no tom que diz a outra, a dos borders) e achei uns possíveis para aquela empresa de miminhos de feltro que ela faz.
De resto. Parabéns!!!
Que tenhas a nice day!!! E bebas uns belos dos whiskys! E saudades e até quarta.
Mimo
É tão bom ter miminhos!
Bolinhos de leite condensado e a maravilhosa aguardente de canadura"Segura no Pau":) Obrigada Lucineia!!
Parabéns Multi!
Parabéns cunhadita!!
E como adoras bolinhos, o Cook, a CV, paraquedismo, vacas e especialmente as tuas filhotas (M & M), fiz este presentinho especial para ti.Gostas?
Espero que tenhas um feliz dia de aniversário porque tu mereces.Afinal, não é todos os dias que se faz 28 aninhos...
Ya'll can't walk no line!
Parabéns Multi
Hitch na carreira dezasseis
E como ando numa de moralização de costumes, resolvi apanhar o o 16.
"Não imagina. Ele saíu-me de casa às sete e meia da manhã, todo vestido, todo perfumado. Eu perguntei " Para onde vais assim, se não tens trabalho hoje?" e ele encolheu os ombros e disse algo, tipo tenho muitas tarefas para fazer. Quais tarefas, qual carapuça, ò vizinha fiquei desorientada. Saí eu de casa também, nem sei bem onde vou, deixei a cama por fazer, o esquentador ligado e a janela aberta. Ele anda maluco, para o que lhe havia de dar nesta idade. Para onde ele ia sei eu".
E eu fiquei a pensar que deixo sempre o esquentador aberto, a cama por fazer e a janela aberta de par em par.
Olhei para a senhora, que vinha cabisbaixa no autocarro, depois de se ter separado da amiga.
E perguntei-me o que ela iria fazer a seguir...talvez
a) Seguir o marido
b) descer em Sete Rios e ir ver o Zoo
c) dar a volta completa e regressar a casa para fechar e fazer o que tinha deixado em branco
d) comprar uma faca e capar o marido
e) engatar um gajo qualquer e dar uma belissima queca.
O que terá ela feito? É com esta questão que hoje me debato.Intrigante não é?
26 de fevereiro de 2006
Futebol e.
VARZIM!!!!!!!!!!!!!!!!
BELENENSES!!
Eu sei meu querido pai, não estou esquecida.
força sporting !!!!!!!!!
... hoje acordei mais uma vez com sorrisos. já é a quinta noite de sonhos felizes com o jogo de hoje à noite...levantar-me-ei, sem cachecol em riste, mergulhado na maior alegria e não me vou deslocar até ao estádio, com mais 3 verdes que como eu vamos gritar bem alto... CAMPEÕES CAMPEÕES... NÓS VAMOS SER CAMPEÕES...que o rugir do leão lá das entranhas, absorva o "inverno" da luz!acima de tudo que seja um grade jogo de futebol e que percam os dois!!!
Força Porto!!!
Levantar-me-ei, de cachecol em riste, mergulhado na maior alegria e vou-me deslocar até ao estádio, com mais 3mil azuis que como eu vamos gritar bem alto... CAMPEÕES CAMPEÕES... NÓS VAMOS SER CAMPEÕES...
Que o fogo do dragão lá das entranhas, absorva o "inverno" da Luz!
Acima de tudo que seja um grade jogo de futebol e que ganhe o maior!!!
FORÇA PORTO!!!
Força Benfica!!!
Levantar-me-ei, de cachecol em riste, mergulhado na maior alegria e vou-me deslocar até ao estádio, com mais 60mil vermelhos que como eu vamos gritar bem alto... CAMPEÕES CAMPEÕES... NÓS SOMOS CAMPEÕES...
Que o Inferno da Luz lá das entranhas, absorva o fogo do dragão!
Acima de tudo que seja um grade jogo de futebol e que ganhe o com maior numero de sócios!!!
FORÇA BENFICA!!!
Mentira
Mais espantoso ainda, é o que passa por saber"
Philip Roth
"Assim é a cumplicidade dos irmãos: os fios do laço que nos une estão sempre amarrados à memória. Que saberás tu das noites sem lua, que saberás tu do amor sem fortuna. Creio que são versos de Lorca e nem sequer tenho a certeza de que se lhe possam atribuir literalmente e por esta ordem. Era a resposta que o papá nos dava quando, em pequenos, lhe perguntávamos qualquer coisa a que não queria responder.A mamã tinha outra frase favorita para as perguntas indiscretas, para a insolência, para os momentos em que nos atrevíamos a emitir opinião sobre aquilo que ignorávamos " Não metas o nariz onde não és chamado", dizia ela então.
Talvez eu o diga um dia. Sei que não dependerá da minha vontade. Sei que se for mãe, chegará o momento em que me sairão da boca palavras alheias, como se eu fosse uma daquelas antenas que só servem para emitir um sinal radiofónico. Se tiver este filho, converto-me em eco. Sei-o e resisto-lhe.
Penso em Li Pó. Quinto provérbio : "Nem tudo o que ignoramos é mentira"
Enrique de Hériz, "Mentira"
Só agora a larguei, porque o acabei. E com esta leitura revisitei emoções e memórias. As histórias das famílias não são assim tão diferentes. O que se diz. O que se oculta. O que se inventa.
"por exemplo um hipotético oitavo provérbio de Lin Po: " A verdade e a mentira são aparelhos de fortuna. Mantêm-nos à tona no naufrágio da vida". Não sei, julgo que Lin Po nunca viu o mar"
(assim termina o livro).
Comprem-no, leiam-no devagarinho, saboreiem. O meu exemplar já tem lista de espera de leitura. Nada como a descoberta de um novo grande autor, para alegrar a minha parte que gosta de ler.
Bom domingo:)
25 de fevereiro de 2006
A NORMA
Estamos cheios de marcas de repressão. Eu tenho o corpo todo coberto de chagas.
A NORMA ! é uma espécie de lesma, gorda, enorme, de antenas com olhos na ponta e a mexerem-se constantemente, nunca dorme, elimina, come, faz desaparecer, qualquer variedade, qualquer diferença. Comuns ! É comuns que teremos que ser. Levantarmos o braço em uníssono, ou alguém aqui discorda desta ideia ? Hã ? Todos. Agora. Ao mesmo tempo. Juntos. Olhem. Vejam. Admirem. Não tenho razão ?
O que nos vale, meus amigos, é a cabeça. É na cabeça que está a salvação ! É aí que ainda reside (por enquanto) o prazer maquiavélico, a imaginação das cenas mais fantásticas e menos verosímeis das nossas vidas, a humilhação que gostaríamos de infligir ao nosso inimigo. Os nosso medos, as nossas culpas, transformadas em azeite a escaldar sobre os nossos queridos líderes. O mundo pertencerá então a nós, os orgulhosamente diferentes !
Bom fim de semana, aproveitem para sentir a chuva. Desde miúdo que não inclino a cabeça para trás e abro a boca, sentindo os pingos da chuva a baterem-me nos dentes e na língua. Acho que o vou fazer hoje ! Beijos e abraços.
Seis pulseiras de madeira
Chovia a potes enquanto ia na romaria semanal à Biocoop!! Que grelinhos tão fresquinhos! E umas cenourinhas boas:) E comprei fígado! Vou fazer iscas!!! E as costeletas de borrego? Infelizmente não vi o ângelo para lhe perguntar sobre as águas biológicas.
Depois fui comprar alimentação e litter para a gataria. E pronto, agora vou sornar, que eu mereço. E ler um livro espantoso de que vos irei falar. Não, não é da Lessing Ruinzolas. É de um espanhol novinho que escreve bem que se farta.
E Azinho preciso de te fazer umas perguntas técnicas sobre a gripe das aves. O que se deve transmitir às crianças. Vi um senhor ministro, vénia, a dizer que já havia mensagens preparadas sobre essa matéria, tipo o que fazer se encontrar uma ave selvagem morta. Já agora introduzíamos esses conteúdos né?
Beijos e bom Carnaval e tudo o mais!!
Desconfio que Lisboa estará deserta:)
24 de fevereiro de 2006
Meu vicio de ti
Mesa - Vicio De Ti
Amigos como sempre
Dúvidas daqui pra frente
sobre os seus propósitos
é difícil não questionar.
Canto do telhado para toda a gente ouvir
os gatos dos vizinhos gostam de assistir.
Enquanto a musica não me acalma
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
e não percebo porque não esmorece
ao que parece o meu corpo não se esquece.
Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti
Levei-te à cidade, mostrei-te ruas e pontes
Sem receios atrai-te as minhas fontes
Por inspiração passamos onde mais ninguém passou
Ali algures algo entre nós se revelou.
Enquanto a música não me acalma
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
não percebo porque não esmorece
será melhor deixar andar
Será melhor deixar andar
Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti
Eu canto a sós pra cidade ouvir
e entre nós há promessas por cumprir
mas sei que nada vai mudar
o meu vício de ti não vai passar, não vai passar...
Trabalho temporário!
Já que não dá para colocar aqui porque começa logo a correr...
deixo o link para o local onde o coloquei.
Bimby - Receita Bolo Iogurte
3 ovos, 200 gr. açúcar, 100 gr. manteiga, 1 iogurte natural, 170 farinha, uma pitada sal, 1 saqueta fermento royal, 1 maçã cortada em oito bocados.
Colocar os ovos no copo juntamente com o açúcar, durante 1 mn., temperatura 50, velocidade 3. Adicionar a manteiga, o iogurte, 15 segundos, velocidade 3. Juntar a farinha, sal e fermento, 6 segundos, velocidade 3. Termine envolvendo com a espátula a farinha que fica nas paredes do copo. Coloca-se a massa numa forma, untada com manteiga e polvilhada com farinha, pôr os bocados da maçã por cima, vai ao forno quente durante 30 mn.
Um licor
O que vale é que lá apareceu a Paris Hilton...
Para falar deste assunto
Só mesmo eu…
Uma sandes de presunto
Que ainda ninguém comeu
Serve-me de inspiração
Solta-me a imaginação.
De imediato
Chegou, de facto,
Uma imperial
Fresca, fresquinha
Que numa atitude normal
Não apareceu sozinha
Trazia o belo tremoço
Pelo que pedi ao moço
Que estava ao balcão
De bandeja na mão
Amendoins torrados
Cajús bem salgados
Tudo coisa saudável
De sabor agradável
Para sossegar a alma
Que o que é preciso é calma.
Despejei a primeira
Para dentro do bandulho
E olhei com orgulho
A caneca inteira
Que o empregado eficaz
Demonstrando ser capaz
Trazia feliz
Para debaixo do meu nariz.
A seguir a um arroto
Tirei da algibeira
Que tinha o fundo roto
Um euro ainda perdido
Fugido da carteira
E pedi outra cerveja.
Com cérebro meio dorido
Sem nada que se veja
Juntei mais dois martinis
E vi mulheres de bikinis
Todas gordas e feias
Baixas e horríveis
Vestidas só com meias
De cores impossíveis.
Lá me equilibrei
E num instante me abracei
A uma garrafa de gin
Que de mim estava a fim
E conversámos noite dentro
Junto a um pilar
Construído bem no centro
Para nele me apoiar.
Beijei-a vezes sem conta
Até ficar de cabeça tonta
E pedir em dois tempos
Um licor de coisa qualquer
Que o que se quer
E sem contratempos
É alagar as mágoas
Afogá-las nas águas.
Mas houve um licor
Pelo qual senti amor
Não consegui deixá-lo
E decidi amá-lo
Até que a morte nos separasse
Ou que a garrafa se esgotasse.
Com dor ou sem ela
Não consigo lembrar bem
Sentei-me à janela
Olhando quem vai e vem.
Ouvi gritos e gemidos
E cocei os ouvidos.
Ouvi vozes
Que pareciam nozes
Ao que me lembrei
Ao que ao bar me cheguei
E pedi um copo cheio
Com natas como recheio
De um orgasmo
E o moço... pasmo
Perguntou-me o que era
E falou-me da Vera
E eu disse-lhe: esquece!
E ele: Já não lhe apetece?
Uma aventura pela manhã...
Memória de elefante
Por causa de ler o texto dele sobre o Zeca, recordei muitos momentos do pós 25 de Abril, que penso serem impossíveis de repetir agora.
O primeiro canto livre, como se chamavam, que fui ver. Era um plantel de luxo: O Zéca Afonso, o Fanhais,o Adriano, O Fausto, o Paredes e o Alvim, Sérgio Godinho e muitos outros. Penso que o Zé Mário não estava lá. Depois de um emocionante, mas de chorar mesmo muito, concerto em que todos cantavam, subi ao palco no fim, muito despachada a pedir autógrafos num papelinho que guardo tão religiosamente, que terei de o ir procurar para o postar aqui. Lembro dois abraços muito apertados. O que o Zéca me deu, com aquele ar meio tímido e o do Paredes, que brilhava de alegria.
Vim tão mas tão feliz para casa. Era o meu plantel de heróis e eu tinha 15 anos. Era melhor do que quase do que tudo no mundo tê-los visto.
Mais tarde, estive em outros momentos que igualmente foram importantes: a célebre reconciliação entre o Sérgio e o Zé Mário, selada por um abraço num concerto a favor da liberdade do povo maubere,na velhinha sala da Voz de Operário. Quase que se partiam no abraço e todos nós aplaudíamos. Eu confesso que o Zé mário era para mim uma verdadeira paixão.
Quando fui ao Ser Solidário no Teatro Aberto tive outro privilégio. Estava presente o Zeca na plateia, perto de mim até, e o Zé Mário chama-o e é a apoteose geral. Acho que deitei umas furtivas lágrimas de o ver, porque o vi debilitado e fiquei como que um nó na garganta. Depois o Zé Branco lançou-se no seu belissimo FMI e eu esqueci tudo o resto.
Foram momentos que tive sorte em viver. Também ouvi a mulher do Arnaldo Matos a tocar piano, mas isso era diferente. Até devo ter ouvido o carlos a cantar nos concertos do MRPP, a que ia com os meus irmãos.
Às vezes dou por mim a ter saudades da imensa criatividade e qualidade destes cantores e músicos neste período. Gostaria de ouvir mais o Zé Mário. Que abriu para mim o mundo, com os sons da gare de Austerlitz. E de voltar a ouvir pela primeira vez o Cantigas de Maio.
"Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores"
(ops encontrei o papelinho muito amarrotado.Porque é que me esqueço sempre do Vitorino? Deve ser por não gostar nada dele:)
23 de fevereiro de 2006
Cash canta One
Vão ter de abrir o ficheiro, porque eu não sei fazer aquilo lindo como a Teresa faz.
Ouçam e cantem também. Tem letra à'companhar, para o karaoke!
http://www.kinoparadiso.blogspot.com
Irmã Lúcia em todo o seu esplendor
Não, não é a mana Lúcia na sua juventude, é a Paris Hilton, que já foi contactada para interpretar a personagem da futura Santa num filme sobre a sua vida.
Segundo o realizador T. Rajjevnath (?!), a decisão de contratá-la surgiu assim que viu este shot, no qual se pode observar como o sopro do divino Espírito Espírito Santo a bafeja para interpretar o papel mais importante da sua carreira, conforme nos confidenciou.
A canção de embalar.
Emprestaram-nos um bocadinho de espaço, para uma das canções mais bonitas do Zeca....
há pessoas sobre as quais não é fácil falar
alguém me perguntava aqui há uns tempos porque eu não postava sobre músicas que toda a gente ouve e sobre cantores que toda a gente conhece.
se eu simplesmente não os ouvia ou se apenas tinha tendências para a auto-flagelação auditiva...
há alguns cantores ou músicos sobre os quais tenho manifesta dificuldade em falar.
amália, beatles, dylan, bruce, van morrison... e o josé afonso (para citar alguns exemplos que eu considero ao mesmo nível de singularidade)
são músicos que são muito mais do que apenas músicos.
é gente que influenciou muito mais do que apenas a música que produziram.
hoje deveria falar sobre o josé afonso, dizem-me
talvez um dia fale sobre a sua música e do que foi como pessoa (das pessoas mais honestas e mais 'boas pessoas' com quem me cruzei).
durante muitos anos o josé afonso foi usado para tudo e mais alguma coisa.
era útil quando cantava e quando não cantava.
uma noite, há muitos bués, estava anunciado um concerto do josé afonso na idanha (no grupo bandolinistas 22 de maio, se a memoria não me atraiçoa).
com um grupo de amigos arrancámos de queluz a penantes para o local.
não sei realmente se o concerto estava marcado ou não.
a verdade é que nessa noite, ao contrário do que era habitual, essa colectividade estava fechada, e das pessoas que estavam à porta, uma boa parte era da pide.
regressamos ao local de origem passado algumas horas, percorrendo a distância que separa a idanha de queluz a desfiar canções do josé afonso.
afinal fizemos nós o concerto para nós.
mais ano menos ano, num final de tarde, estava anunciado um concerto do josé afonso na sala de convívio dos estudantes de medicina do hospital de santa maria.
ao tempo, e utilizando um pouco a linguagem dos grupos de libertação nacionais, as associações de estudantes reivindicam para as suas instalações o estatuto de 'zona libertada'.
salvo raras excepções, a polícia abstinha-se de intervir directamente dentro das instalações.
era mais á saída.
perante uma sala repleta em tudo o que era espaço onde fosse possível colocar alguém, o josé afonso cantou.
com a naturalidade e humildade de sempre.
sempre dizendo que não sabia tocar, que não sabia de cor as letras e só se o ajudassem, que não sabia cantar aquela ou a outra canção, que aquela que queriam que ele cantasse até nem era muito correcta.
foi um daqueles concertos onde havia um misto de escuta respeitosa com participação muito activa e entusiasmada.
à saída todos tínhamos a sensação de estar a ser contados e verificados, tal o aspecto circunspecto de alguns senhores de ar carrancudo no corredor do toxinas.
mas a sensação era de um grande momento libertador.
o josé afonso tinha essa capacidade.
de nos fazer sentir livres escutando-o ou cantando-o
um dia falarei da música
prometo
Zeca
Só ouve o brado da terra
Quem dentro dela
Veio a nascer
Agora é que pinta o bago
Agora é qu'istovai aquecer
Cala-te ó clarim da morte
Que tua sorte
Não hei-de eu querer
Mal haja a noite assassina
E quem domina
Sem nos vencer
Cobrem-se os campos de gelo
Já não se ouve
O galo cantor
Andam os lobos à solta
Pega no teuCajado, pastor
Homem de costas vergadas
De unhas cravadas
Na pele a arder
É minha a tua canseira
Mas há quem queira
Ver-te sofrer
Anda ver o Deus banqueiro
Que engana à hora e que rouba ao mês
Há milhões no mundo inteiro
O galinheiro é de dois ou três
dois dos poemas que mais gosto:
A Morte Saiu à Rua
A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome para qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue de um peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina, à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada hà covas feitas no chão
E em todas florirão rosas de uma nação
Os Vampiros
No céu cinzento Sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Zeca Afonso
Os Vampiros
No céu cinzento Sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés vê ludo
Chupar o sangue Fresco da ma nada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Traz Outro Amigo Também
Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja bem vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
Pedido de informação
Obrigado.
Porque isto anda tudo ligado
Poema: Natália Correia
Música: José Mário Branco
Álbum: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (1971)
Dão-nos um lírio e um canivete
E uma alma para ir à escola
Mais um letreiro que promete
Raízes, hastes e corola.
Dão-nos um mapa imaginário
Que tem a forma de uma cidade
Mais um relógio e um calendário
Onde não vem a nossa idade.
Dão-nos a honra de manequim
Para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
Sem pecado e sem inocência.
Dão-nos um barco e um chapéu
Para tirarmos o retrato.
Dão-nos bilhetes para o céu
Levado à cena num teatro.
Penteiam-nos os crâneos ermos
Com as cabeleiras das avós
Para jamais nos parecermos
Connosco quando estamos sós.
Dão-nos um bolo que é a história
Da nossa historia sem enredo
E não nos soa na memória
Outra palavra para o medo.
Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Sonos vazios, despovoados
De personagens de assombro.
Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco.
Dão-nos um pente e um espelho
Para pentearmos um macaco.
Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que o procura.
Dão-nos um esquife feito de ferro
Com embutidos de diamante
Para organizar já o enterro
Do nosso corpo mais adiante.
Dão-nos um nome e um jornal
Um avião e um violino.
Mas não nos dão o animal
Que espeta os cornos no destino.
Dão-nos marujos de papelão
Com carimbo no passaporte.
Por isso a nossa dimensão
Não é a vida, nem é a morte.
era um redondo vocábulo ...
Era um redondo vocábulo
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
Pelos degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Congregando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincando e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa
Há 19 anos, daqui a quatro horas morria José Afonso, vítima de esclerose lateral amiotrófica.
Não resta muito a dizer sobre o assunto, a não ser a falta que ele nos faz como homem e como músico.
Hoje Foi 14 de Fevereiro
Havia um rapaz que olhava para o cabelo, o rosto, as mãos, os olhos, o nariz belo, o cabelo, o rosto, os olhos, as mãos, a boca, os olhos da rapariga que comia uma salada.
A Estónia já ganhou três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Inverno de agora.
22 de fevereiro de 2006
Dias em que voamos
Hoje, na ressaca de mais uma noite de magia que se têm tornado cada vez mais raras, celebra-se o dia do pensamento.
É suposto ser um dia de reflexão, embora eu acredite que sendo escoteiro não haja dia em que não façamos a dita reflexão.
Talvez a grande reflexão de hoje e em grande motivada pelo dia de ontem.
O fundador do escotismo, Baden-Powell, disse um dia que deviamos enfrentar as dificuldades com um sorriso na cara.
Ora bem, as respostas não são muitas para as poucas perguntas que se impôem...
Onde é que vamos buscar a força, para sorrir, perante as dificuldades?! Onde é que vamos buscar a alegria para encarar os desafios como uma mais valia? Muito provavelmente aos momentos como ontem que nos devolvem o sorriso.
Pode parecer ridiculo e insignificante o poder que um jogo de futebol pode ter, mas também não é isso que está em discussão.
É complicado perante as contrariedades sorrir, e se calhar a abordagem que BP fez, não é a mais correcta pelo menos nos dias que correm.
E talvez fruto de uma pequena reflexão, muito pequena... que hoje redescobri as vantagens da sesta...
O segredo não está em sorrir perante as dificuldades, está em aproveitar todos os bons momentos, acumular toda a alegria e sorrir em todos os momentos, alimentar a chama do sorriso e aí sim... perante as dificuldades não deixar de sorrir
Que venham os bons momentos,
Eu espero por vocês
A vocês todos, escoteiros, não escoteiros e pais de escoteiros... Um bom dia do Pensamento!!!
P.S. o Barcelona joga muito!!!
A paixão do cinema VI
do direito ao pensamento e á liberdade de o exprimir
david irving foi agora condenado a 3 anos de prisão por negar o holocausto.
já há uns anos um outro historiador, bernard lewis, foi condenado por escrever que não havia provas irrefutáveis sobre o genocídio dos arménios turcos no começo do século passado.
não vou aqui discutir o que para mim são evidências.
o holocausto existiu.
como existiu o genocídio dos arménios turcos e dos curdos turcos e muitos outros genocídios pelo mundo fora.
as provas sobre esses factos são imensas e por demais evidentes.
posso discordar do facto de, no que respeita ao que se passou durante a segunda guerra mundial, apenas se falarem dos judeus e não se falarem dos ciganos que foram bem mais; de toda a resistência alemã que foram imensos; dos deficientes físicos e mentais e por ai adiante... mas a vida é o que é e a história está escrita como está.
o que para mim é importante neste caso é o direito das pessoas escreverem o que pensam.
se o senhor acha que não existiu holocausto, cabe-me a mim aos que acham que houve contestar.
se o senhor acha que o hitler foi um bom rapaz e que nem a noite de cristal aconteceu, cabe aos que discordam dele combater as suas ideias.
eu não tenho que concordar com o que os outros escrevem para achar ou deixar de achar que têm direito a escrever o que pensam.
se eu reivindico para mim o direito a escrever o que penso (e que provavelmente uma imensa maioria acha completamente errado), devo reivindicar para os outros o mesmo direito a escreverem o que pensam, mesmo que eu ache que estão errados.
esta é uma questão básica.
esta é uma questão que para mim não tem discussão.
o que o tribunal de viena acabou de fazer foi um genocídio à liberdade de pensamento.
Quase um ano depois
Esta foi tirada na descida. Uma descida muito dura, de cinco horas. Múltiplas quedas, nenhumas das quais séria. O final foi vencido com a noite a pesar.
Este foi um momento mágico. A oitocentos metros do fim. Lá em baixo, à direita, um cone secundário vigia.
Pico, 23 de Abril de 2005
Na Luz o Liverpool foi dominado!
A Luz, esta temporada europeia, já viu cair dois históricos ingleses.
O Benfica ganhou, pela 2ª vez na história, ao Liverpool – actual detentor do titulo europeu que ainda não tinha perdido nesta edição da champions.
Este mundo de diz que sim porque o outro diz que sim
Porque, afinal, assim é que é bom! Estar num cadeirão, sem a responsabilidade de responder pelo que se faz ficando coberto pela tal liberdade de imprensa ou de expressão ou coisa assim, premissa que muitos gostam de usar para justificar os diversos acertos de contas que vão fazendo por todo o lado onde alguém lhes dá guarida e, por conseguinte, a possibilidade de escrever "opiniões".
Uns ao serviço de partidos, outros ao serviço de si próprios ou de amigos, lá vão enchendo a querida blogosfera de opiniões cortantes directamente apontadas aos seus inimigos de estimação ou a quem julguem que o sangue derramado provoque maior audiência e maior visibilidade.
Pessoalmente, nunca gostei de pessoas que na sombra se limitem a criticar o vento que passa sem nunca pretender mais do que isso. Vivem à custa do fracasso alheio ou até, em desespero de causa, à custa da associação de fracassos inexistentes a pessoas-alvo só para terem matéria para o ganha-pão.
A polémica das suas opiniões resulta essencialmente na forma grosseira e altiva com que debitam os seus comentários e não tanto pelo seu conteúdo.
Em Portugal, existem Josés Castelos Brancos em várias áreas da sociedade. Pessoas que são, por artes mágicas transformadas, em "estrelas" sem que o mereçam… que só o conseguem porque estão no local certo na hora certa.
Concorda-se com elas quando são parceiras no "espancamento" público de alguém de quem não se gosta e nem sequer importa a justiça do acto porque o que conta mesmo é o som agudo do grito do atingido…
Gosto de ter as minhas próprias opiniões e de tentar que elas sejam o mais justas sem me deixar levar pelo foguetório do insulto fácil, da desmoralização e da refinada ironia.
Valentes e Pereiras deste país… não preciso de vocês para ter uma visão crítica de Portugal e do mundo em que vivo! No dia em que tiverem algum trabalho válido em prol do meu país tentarei dar-lhes mais algum valor.
21 de fevereiro de 2006
Como vêem, o sangue é fêmea em Espanha.
É só para referir que o "tótó" escreveu um grande livro que deu um filme PB tremendo, de arrepiante, de Richard Brooks em 1967. Precisamente: "A sangue frio". Se alguém souber dele e me quiser dizer onde pára, agradeço. Aos anos que o vi, e mantenho uma boa parte das cenas em memória, tão forte é a impressão que causa.
O prometido é devido
Sans blague, apesar de desconfiado com tanto alarido dos média, lá fui a pé até Brokeback Mountain, e do que lá vi deixo-vos testemunho no meu blog.
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Campanha Pró-Tabagismo!
O tabaco!
Ninguém duvida que fumar aumenta o risco de contrair doenças graves que podem levar à morte prematura de um indivíduo. Assim como ninguém duvida que quem, mesmo não fumando, está exposto ao fumo do tabaco também corre riscos de contrair essas mesmas doenças.
Bom… se assim é…
Não ponho em causa a livre vontade de um fumador em se autodeteriorar através do consumo de cigarros… nem sequer tenho nada a ver se em sua casa ele tem ou não o cuidado de evitar fumar para evitar que os seus pequenos filhos respirem um ar poluído. Certamente que as liberdades individuais são para respeitar…
Agora uma questão… Se numa sala, num restaurante, num café, num elevador, em qualquer recinto fechado, seja onde for… eu estiver sentadinho… tranquilo e chegar uma pessoa que puxa de um cigarro e começa a fumar. Com certeza que ela tem o direito de fumar e dar mais um passo seguro no sentido de encurtar o seu tempo de vida… Mas terá ela o direito de fazer o mesmo comigo… obrigando-me a percorrer o mesmo caminho? Terei eu de me levantar e sair? Ou é ela que deve respeitar a minha opção de tentar levar uma vida um pouco mais saudável e nem sequer pensar em fumar?
Os plásticos que provocam o cancro, alimentação de plástico e os seus efeitos nefastos, etc etc etc… Gostava de saber porque o tabaco não se insere neste círculo de acontecimentos que desencadeia o histerismo generalizado… Porque é que sendo o tabaco anualmente responsável por larguíssimos milhares de mortes não é colocado a par de outro tipo de “fenómenos” que contribuem para a degradação da saúde pública. Porque se analisarmos é um problema de saúde pública. Se vamos a um hospital e os médicos fumam nas instalações, estamos num restaurante e se fuma, se estamos num bar e se fuma, se estamos no local de trabalho e se fuma porque não considerar o tabaco um problema de saúde pública? Porque tenho eu de no Inverno sentir o nariz queimado pelo fumo que os cigarros dos meus colegas “engolem”? Ou chegar a casa com a roupa a cheirar a tabaco? Porque tenho de ser fumador passivo, porque tenho de correr riscos sem ter vontade de o fazer, sem poder escolher? É simplesmente ridículo que os fumadores (volto a frisar… com um hábito que coloca em risco a sua saúde e a dos que estão à sua volta) pensem sequer que têm direitos. Salvaguardando as respectivas distâncias que são obviamente muitas, é como eu, portador de uma qualquer doença contagiosa, achasse que tinha o direito de andar livremente pela rua…
O mais engraçado é ver pessoas que têm extremos cuidados com o que comem… por causa do colesterol, triglicéridos e dos diabetes e, depois de beberem um copo de leite magro com uma torrada com manteiga magra, jantarem uma saladinha com um bifinho grelhado recusando os doces… puxarem de um cigarro e “martelarem mais um prego no seu caixão”.
As campanhas contra o tabaco são ridículas porque desde logo estão condenadas a não ser eficazes devido à sua pouca agressividade.
E as leis… Quanto às leis nem vale a pena falar. Porque os governos não querem abdicar de forma nenhuma de uma gigantesca fonte de receitas através dos impostos sobre o tabaco. Porque se assim não fosse certamente que esta questão seria tratada de outra forma.
As leis antitabaco são uma hipocrisia se é permitida a venda de um artigo que é prejudicial à saúde.
Ou será que a melhor lei antitabaco não seria a proibição da sua venda?
desculpas-agradecimentos-filmios
Como se chamava?
E qual era a vossa personagem favorita?
Pistas:)
Character comedy can work in almost any setting, as evidenced by the success of this popular series based on the unfunny subject of divorce. ? Lacey was an easygoing high school English teacher from New Rochelle, New York, who came home one day to discover that his wife had dumped him for his best friend. Her note began, .....
Wendy got the house, their son Matthew, and everything else that mattered, so ? moved into an apartment in Queens and joined the "One-Two-One Club," a singles support group at the Rego Park Community Center, whose offbeat members seemed guaranteed to cheer anybody up. Kirk was the swaggering ladies' man who was oblivious to his own boorishness; Ralph, the shy, owlish toll collector; Kate, the compassionate but somewhat out-of-touch beauty; Mrs. Philbert, the daft, chattering retiree; and Tom (her boyfriend), the older man who hardly ever said anything. Mary Beth, a sexy but naive Southerner, and Denise, who was in the weight control group across the hall, surfaced later, as did maintenance man Ben. The group leader was Louise, a bubbly, sex-obsessed Englishwoman. Most of them had lost spouses in one hilarious manner or another, and they helped each other fumble through the endless trials of readjustment.
A surprising development in the third season occurred when Wendy decided to have another child by unwilling ?. First she tried to withdraw his deposit at the sperm bank, then she handcuffed him to a bed and made love!
glemgoyne, as águas de dumgoyne hill e a epal
falava com aquele ar de pós-graduação em destilados e doutoramento em single malt que efectivamente tem (garanto-vos que é excelente ouvi-lo falar de destilados).
nessa conversa eu confessei o meu apreço pela água... e o meu menos apreço e completo desconhecimento pelos destilados.
o abs, com aquele ar generoso que o caracteriza, lá me ia dizendo que eu ainda havia de crescer para aprender a saborear a coisa. que não era um caso perdido.
no almoço do seu aniversário, a semana passada, perante uma caixa de glengoyne 17 anos, desfilou uma série de informações sobre a singularidade deste malte
a utilização de uma qualidade especial de cevada (a golden promisse, que só é usada também pelo macallan) e a forma única de fermentação da dita.
dizia que é embebida na água das montanhas de dumgoyne hill, espalhada no soalho da destilaria e revolvido com regularidade.
e que outra grande diferença é que, ao contrário dos outros single malt que utilizam o fumo para secar o malte (o que lhe dá um certo sabor smoky), o glengoyne utiliza ar morno para secar a cevada, o que lhe dá um sabor muito mais suave e único.
enquanto o abs destilava saber sobre os single malt, eu pensava na última conversa sobre a importância da água e no facto de algumas pessoas pedirem gelo para adicionar ao whisky.
durante muitos anos, para todos nós, a água dividia-se em 2 tipos: gaseificada ou lisa e em duas variedades: fresca e natural.
independentemente das características de cada uma delas. seja mineral, de nascente ou para consumo humano.
desprezando os níveis de salinidade ou de mineralização e o sabor resultante disso.
quantas vezes pedimos uma água de luso (ph neutro) e nos entregam uma monchique (ph elevadíssimo)?
ou quando pedimos vidago e nos sai pedras.. que 'é a mesma coisa' (a mesma coisa é a tiazinha deles....)
nessa conversa com o abs, estranhávamos que muita gente se preocupasse com o destilado e pouca se preocupasse com a qualidade da água.
como é possível beber um whisky no algarve com duas pedras de gelo feitos de água com tanto calcário que se a mantivermos muito tempo no copo deixa resíduo e níveis de salinidade brutais?
como é possível beber um single malt que nos custou os olhos da cara com gelo feito de água cheia de desinfectantes e achar que isso não interfere no sabor?
voltarei ao tema das águas.
mas tentando complementar o saber do nosso douto abs, aqui vai um conselho simples:
não se limitem a adicionar água ou gelo aos destilados.
verifiquem as características da água.
utilzem água de sabores neutros: ph à volta do 5 (muito baixo é ácida, muito alto é salobra) e baixa mineralização.
as diferentes águas têm todas utilizações específicas e são boas para o que são boas.
para os malts... as boas são as que 'não têm sabor'
Pensamento politicamente incorrecto
Germanofilias, cinefilias e etimologias
Caro Kino, fui eu, e não o Ricardo, a sugerir uma germanofilia para o nick que V.Exa. orgulhosamente e, aliás, com reconhecida legitimidade, utiliza. Dito isto, não ignoro a paternidade grega de kin
E o Murnau podia ter sido de qualquer sítio. O que importa é que existiu.
A paixão do cinema V (creio)
E não, não concordo com o que disse o Ricardo. Não se trata, de todo, senão não teria aguardado tão ansiosa para o ver, de preconceito ou whatever sobre o tema ou a sua abordagem.
Esperava mais. Ou, talvez uma outra abordagem.
20 de fevereiro de 2006
Brokeback mountain
Tell you what. The truth is...sometimes I miss you so much I can hardly stand it.
será que algumas pessoas o conseguem ir ver e deixar os preconceitos em casa?
Acolhimento
A propósito, quero dizer-te, Ricardo, que kino (das Kino?!) não tem nada a ver com germanofilia, mas que vem do grego e kineo (mover), donde vem o nosso "cinema", de Kinema, movimento em gr. Mas não tenho nada contra o cinema alemão, sobretudo o da fase expressionista. De lá emigraram para os States :Robert Siodmak, Fred Zineman, Billy Wilder, Murnau, Lubitsh, Fritz Lang e um sem número de actores. Muitos estrangeiros (Pabst e Sternberg, o do Anjo Azul) trabalharam nos estúdios da UFA, e até o proprio Hitchcock aprendeu lá, como bem se nota nos filmes dele.
Sobre Bergman, Felini, Antonioni e altri, falaremos com mais calma, Teresa. Saraband, o último do sueco, será abordado logo que puder. Mas posso para já adiantar que aprendi a ver Bergman à luz do que ele disse, há décadas, numa entrevista aos Cahiers du Cinéma. Em substância, dizia que não desejava mostrar, nos seus filmes, nada mais do que o que lá estava. E se, antes de ler isto, já era o que sentia e fazia, ainda com algum receio de passar por estúpido aos olhos dos grandes conhecedores, passei depois a fazê-lo, não só com os filmes dele, mas com os de todos os outros. E tenho-me dado muito bem com isso.
Consumatum est
Colo de javalis albinos
A fissão das brumas
1ª viagem à praia…
Tudo nos causa, irmã
Tudo nos causa
Acometa! A-co-me-te
Espraia, salamandra presa,
A salmodia dos vales perfeitos
[quem sabe com que sonham
Os lobos, Lúcia?]
Actualidades
EmCimaMaisValiaQueElesFossemSomenteDiasQuePulamPorqueAssimNãoIamLongeANãoSer
QueSejamPulosDeCanguru. Ora patetices é comigo… Temo até que dos meus dedos nada mais saia do que patetices, isto apesar de os dedos com que escrevo não serem os dos pés, afastando desde logo a hipótese de que o que eu dedilho e coloco aqui neste blog seja resultado de violentas agressões perpetradas (sim, tive de ir ver ao dicionário como se escreve… e depois?!) pelas extremidades de meus membros inferiores, os acima citados pés.
Mas se já me custou bastante decidir-me a escrever qualquer coisa mais difícil foi a tarefa de escolher a coisa sobre a qual escrever. Ora… sendo eu pessoa totalmente desantenta ao que se passa em redor resta-me tentar fazer de conta que sou portador de grande cultura e falar superficialmente sobre um assunto da actualidade, dar a entender que o domino mas sem o aprofundar. Só que se eu estou desatento ao que se passa em redor como falar de um assunto da actualidade?! Já sei… vou pegar num jornal… escolher uma notícia e está feito!
Aqui vai:
O Noé é um tipo do caneco… Imaginem só… Construir uma coisa de madeira para guardar um casal de animais de cada espécie por causa de umas inundações. Acho que o homem salvou a humanidade! O Jorge Sampaio devia condecorá-lo! É a minha opinião… a minha opinião! É o que eu acho! A opinião que eu tenho e assim…
Fazer toda a diferença
A Amara é uma associação sem fins lucrativos que se propõe contribuir para o acompanhamento dos pacientes terminais e das suas famílias de forma a proporcionar-lhes mais dignidade e serenidade na vida e na morte. A AMARA empenha-se também em contribuir para modificar a visão que a sociedade tem da morte, ajudando a que esta seja encarada de forma mais natural.
Mesmo quem lida de forma quotidiana com a morte pode não ter aprendido a enfrentar os seus receios e as suas dúvidas em relação a ela. Assim, uma formação adequada é necessária tanto para as pessoas que fazem voluntariado nesta área como para os profissionais de saúde.
Assim, a formação ministrada pela AMARA destina-se aos seus voluntários para que possam tornar-se assistentes, mas também a médicos, enfermeiras, outros profissionais de saúde ou quaisquer outras pessoas que o desejem e é uma das formas como a AMARA entende realizar os seus objectivos globais.
A AMARA deseja também poder implementar a criação de mais equipas de cuidados paliativos a domicílio e completar o seu serviço com uma linha de atendimento telefónico. Está ainda nos seus objectivos a abertura de um pequeno centro de atendimento e apoio personalizado a quem necessite.
Num futuro mais distante, a AMARA gostaria de disponibilizar instalações onde os doentes em fase terminal pudessem ser acompanhados, apoiados e acarinhados, facultando-lhes quietude e possibilitando a dignidade de morrer com serenidade.
A AMARA vê-se como uma resposta da sociedade civil a uma situação que toca a todos e que tem sido das mais descuradas. Perante as grandes lacunas actuais e para garantir a sustentabilidade e o sucesso deste projecto, a AMARA precisa do trabalho voluntário dos seus assistentes mas também da contribuição de muitos ao nível prático e monetário.
19 de fevereiro de 2006
Fim de dia
Sexta estava morta, sábado ressuscitei para andar na rua e receber a sobrinhada e amigos em casa.
Fico encantada sempre que vejo a pequenita. De semana para semana progride, tão sociável e ávida do mundo. Estive a ler uns estudos americanos, em que explicam que as crianças até a um ano de idade têm capacidadesque depois perdem. Então tudo aquilo que achamos que é palermice nossa afinal é verdade : reconhecem expressões, sorriem com o som dum beijo repenicado, distinguem inclusivé falantes de línguas diferentes. E auto reconhecem-se muito mais cedo do que se pensava.
Acho que em termos de psicologia de desenvolvimento das crianças, ainda vamos ter muitas coisas para descobrir. E os estímulos são diferentes. A maternidade começa a ser reabilitada também. É um mundo novo.
Não é nada díficil comunicar com esta miúda. É mostrar coisas, sons e deixá-la mexer e sentir. Fico apaixonada pelo mistério do que vai ser a Maria quando crescer.
Fiz um zapping pela Oprah. Que se lixem as intelectualices, eu gosto de ver o programa. E entre algumas mulheres que a produção elegeu como devendo ser conhecidas, apareceu uma americana que organizou uma fundação de apoio a doentes terminais. A ideia é ninguém sofrer ou morrer só. E há sessões de acompanhamento de grupo e individuais. Já há em Portugal alguma coisa destas? ABS sabes disto?
Lembrei-me das campanhas de beneficência que se fazem, tal como as do pirilampo e as oferecer comida para quem dela precise, Banco Alimentar ou lá o que é.
Uma coisa que me intriga: não leio muito jornais, mas as contas dessas campanhas são publicadas? Há esse hábito? É porque trigo limpo farinha amparo. Ou sabemos exactamente para quem damos e como é dado, ou tudo se torna estranho. E cada vez mais proliferam as associações. Para a Abraço não dou, evidentemente. Acho que o voluntariado deve ser grátis e as direcções dessas associações não devem ser pagas da forma como esta o está a ser.
De muita coisa que vi, muito desconfio do conceito de caridadezinha. Mas acredito no princípio básico de solidariedade humana. Num voluntariado de apoio a doentes terminais alinhava. Ou a idosos, como conta a Lessing nos Diários de Jane Sommers.
E é isto.
Posso entrar?
Eu e as minhas sombras
Mesmo que não possa, entro na mesma. A T convidou-me, e pronto, aqui estou. Já vi o nosso blog, penso que me autorizam a chamar-lhe assim; se não autorizarem, chamo na mesma. Tem um nome muito volátil - e é preciso cuidado com a tal gripe, não é? -, mas eu gosto de arriscar e vamos a isto. É sobre gatos, amigos e livros, o que quer dizer sobre tudo, pois aos amigos e sobre amigos e entre amigos tudo pode ser abordado. O que é óptimo. Por natureza, disperso-me demasiado e perco-me demasiado. Se com os Dias... me acontecer o mesmo, também não é grave pois tenho o meu blog para me concentrar só na minha terceira paixão: o cinema. Deixo-vos aqui o endereço, e, quem estiver interessado, é só dizer-me que lhe mando o convite para colaborar. Terei muito prazer nisso, pois será uma maneira de não me sentir tão só e a clamar no deserto como me sinto neste momento.
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Nice to meet you (all)
18 de fevereiro de 2006
Em primeiro lugar o nosso aniversariante, com o amigo portador da garrafa de Vinagre Lau:)
Estão com um ar porreiro os dois meninos! Ar esmifrado de riso, de que falavam não sei. Música?
Fofocas? Quem sabe?
Lau tenho a garrafita para ti, ficou a meu cargo a missão de ta entregar.
Em segundo lugar, a prenda que trouxe o nosso postador de serviço público para o gang da PC:) Um presépio de garrafas que foram muito apreciadas pelos chocolatófilos da casa.
Terceiro , a prenda que falta ao nosso Azinho.
Mea culpa, mea culpa. Mas ele vai gostar:)
O que estará lá dentro?
MISTÉRIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!
Por quase último adicionei o link do pai da nossa Lia (niim) e avô da nossa Íris.. Escreve muito bem e sobre filmezinhos e era bom que viesse escrever connosco.
Depois. Onde anda o Ruinzolas que não escreve? E os outros todos?
E depois um pedido de desculpas. Como estive engripada e de molho, esqueci-me de publicitar a o almoço de anos do Azinho como devia e dizer onde era e a que horas. Para a próxima serei mais eficiente. Mandarei um postal de convite a todos:P
Abeijo-vos pois então!
17 de fevereiro de 2006
Os momentos que contam
Glengoyne. Unpeated, ao contrário dos clássicos. Suave, sherryish no final. 77 pontos em 100 ("Michael Jackson's Malt Whisky", a referência).
Mas o melhor são mesmo as pessoas.
Obrigado.
Johnny and June
Tive sempre um imenso fascínio pelo J. Cash. Talvez pela roupa negra e ar enigmático.
E gosto de histórias de afecto que correm bem. Acho que vai sair um filme sobre eles e eu quero ir ver.
O almoço foi excelente:) Viva o Azinho!
johnny cash ou de como nem tudo o que é mau é sempre mau, nem tudo o que é sublime se repete muitas vezes
'a boy named sue' era um clássico para a história da musica popular.
eu sempre odiei a música country.
com as notáveis execpções daqueles que sendo catalogáveis dentro dela e eu acho excepcionais.
com johnny cash eu tinha aquela relação estranha do estilo: mas porque raio de carga de água um gajo com uma voz notável canta tanta merda?
tinha no entanto a enorme vantagem de não usar a estética country das tiras e lantejoulas e vestir sempre de preto, para honrar o seu nickname de 'man in black'.
igualmente o seu estilo de tocar era muito influenciado pelos blues (segundo o próprio cash, foi determinante para a sua forma de tocar e cantar ter escutado como o faziam pink anderson, esse mesmo (!!!) o que ajudou a nomear os pink floyd, e a cantora de gospel sister rosetta thorpe).
regressei ao johnny cash no final dos anos 90 com a sua trilogia dos american recordings (assim conhecidos por terem saído sob a etiqueta da editora com o mesmo nome, famosa entre os amantes da hip-pop e do hard rock).
depois de uma viragem da sua carreira no começo dos 90's com a participação no álbum zooropa dos u2, o cash não só ganhou o reconhecimento de uma geração que nunca tinha ouvido falar dele, como soube corresponder plenamente às expectativas criadas.
passa a ser cantado por gente tão diversa como tom waits, bob dylan, bono, danzig...
com uma simplicidade notável, estes 3 discos bastariam para o colocar no olimpo dos músicos de excelência.
tem, no conjunto da trilogia um naipe de canções que vão desde as suas, até beck, soundgarden (!!!), tom petty, u2...
e o terceiro da série,
este disco
é um dos melhores discos de sempre da história da musica popular.
dele disse bob dylan que era como uma estrela polar para os músicos: bastava seguir-lhe o rasto que iam bem; bono achava que ao pé dele todos os músicos eram homens vulgares, bruce afirmava ser ele o homem que trouxe a consciência social para a música country e um exemplo para todos os músicos mais novos.
eu apenas digo que foi brilhante quando foi.
e foi muitas vezes
morreu em 2003, menos de 4 meses depois da mulher de toda sua vida ter morrido.
Feitiços
16 de fevereiro de 2006
A verdadeira alheira
Acho que faz as melhores alheiras que eu já comi na vida. E a farinheira dela não é igual a nenhuma outra que eu tenha provado.
Bem haja por cozinhar tão bem e alegrar os jantares dos pobres lisboetas:)
Acompanhámos com um vinho muito bom. Até me passou logo o restinho de gripe que por aqui andava.
Há determinados sítios que nos fazem sentir simplesmente quem somos. Não queria agora entrar naquela onde mística do " eu sou um bocado de luz ", mas receio que tenho mesmo de o fazer. Há lugares que nos fazem voar, elevam-nos acima daquilo que nunca fomos, que talvez nunca seremos, mas fazem-nos persistir no sonho. Aqui temos a oportunidade de limpar o passado, esquecer o futuro, e de sermos, por momentos, um instante de luz sem rumo, sem consciência. Um sorriso leve costuma aparecer diante destas paisagens. Uma felicidade absurda, porque a felicidade é sempre assim, livre e transparente.