22 de fevereiro de 2006

Este mundo de diz que sim porque o outro diz que sim

Bendita blogosfera (ou que raio é esta coisa internetiana) onde as "vedetas" facilmente alugaram espaço para tecerem as mais variadas análises a tudo quanto é bicho voador, nota desaparecida, garrafão de água vazio, botão descosido e por aí adiante.
Porque, afinal, assim é que é bom! Estar num cadeirão, sem a responsabilidade de responder pelo que se faz ficando coberto pela tal liberdade de imprensa ou de expressão ou coisa assim, premissa que muitos gostam de usar para justificar os diversos acertos de contas que vão fazendo por todo o lado onde alguém lhes dá guarida e, por conseguinte, a possibilidade de escrever "opiniões".
Uns ao serviço de partidos, outros ao serviço de si próprios ou de amigos, lá vão enchendo a querida blogosfera de opiniões cortantes directamente apontadas aos seus inimigos de estimação ou a quem julguem que o sangue derramado provoque maior audiência e maior visibilidade.
Pessoalmente, nunca gostei de pessoas que na sombra se limitem a criticar o vento que passa sem nunca pretender mais do que isso. Vivem à custa do fracasso alheio ou até, em desespero de causa, à custa da associação de fracassos inexistentes a pessoas-alvo só para terem matéria para o ganha-pão.
A polémica das suas opiniões resulta essencialmente na forma grosseira e altiva com que debitam os seus comentários e não tanto pelo seu conteúdo.
Em Portugal, existem Josés Castelos Brancos em várias áreas da sociedade. Pessoas que são, por artes mágicas transformadas, em "estrelas" sem que o mereçam… que só o conseguem porque estão no local certo na hora certa.
Concorda-se com elas quando são parceiras no "espancamento" público de alguém de quem não se gosta e nem sequer importa a justiça do acto porque o que conta mesmo é o som agudo do grito do atingido…
Gosto de ter as minhas próprias opiniões e de tentar que elas sejam o mais justas sem me deixar levar pelo foguetório do insulto fácil, da desmoralização e da refinada ironia.
Valentes e Pereiras deste país… não preciso de vocês para ter uma visão crítica de Portugal e do mundo em que vivo! No dia em que tiverem algum trabalho válido em prol do meu país tentarei dar-lhes mais algum valor.

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