21 de setembro de 2009

BARCO COM BUGIO AO LONGE, O OUTONO A CHEGAR

















Foi a olhar este mar, que ele sentiu, que o Outono, finalmente, estava a chegar.
Há alguns dias que já lhe vinha sentindo o cheiro, mas agora sabe que vai ser assim. Deu-lhe para recordar uma conversa em que o avô lhe dizia que se ama o mar porque ele não é convencional. Mais tarde haveria de ler em Albert Camus que “a verdadeira vida é ser-se livre diante do mar..” e, ainda mais tarde,o Álvaro Guerra escreveria em “O Capitão Nemo e Eu”: “O mar é um imenso deserto em que o homem nunca está só, porque sente a vida estremecer à sua volta”.
Mais uns dias e vai saber que o homem, que vende gelados naquela esquina da Praça de Londres, modificará o triciclo, e o fumo das castanhas passará a enrolar-se no ar. Os pássaros voltarão em Março.

5 comentários:

Jose Angelo Gomes disse...

Olha, este mar é como o meu... ( tem dias, claro)
É a subir.....

gin-tonic disse...

E não é que ele pensava que a fotografia estava um brinquinho? Mas "travestu" de fotógrafo que é, permite que uma qualquer brisa marítima lhe faça desviar a máquina. Marés que sobem, marés descem. Marés vivas. Passa a vida a dizer que para a próxima terá mais cuidado, mas é como naquele velho bolero: tropeça sempre na mesma pedra e... com o mesmo pé...
Um abraço.

T disse...

Está cá uma caloraça,risos. As castanhas pelos vistos estão longe.

gin-tonic disse...

Acutilante sentido de humor, carissima T. E o que ele sofre com o calor!...mas as castanhas hão-se aparecer: "bem as sinto, bem as sinto"...

MCA disse...

Adoro esta época!