1 de fevereiro de 2007

faria hoje 70 anos

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fernando assis pacheco faria hoje 70 anos.
faria se não tivesse caído naquele dia de novembro de 95 à porta da bucholz

fernando assis pacheco faz parte dum punhado de gente responsável pelo meu interesse pela leitura.
era eu um puto e ele um jovem jornalista no diário de lisboa.
sempre um o ar bonacheirão de quem amava a vida e as coisas boas que a vida lhe dava.
cheio de amigos por todo o lado onde andava.
(lembro-me a 'festa' que os tipografos e linotipistas lhe fizeram quando finalmente concluiu o seu curso).

muitas vezes me cruzei com ele naquelas escadas que existiam no jornal que tinha sido construido num conjunto de vários prédios ligados internamente, mas que tinham os seus andares a níveis diferentes.
3, pelo menos, com uma ligação pelo saguão em todos os andares da luz soriano com a rua da rosa em escadas metálicas.

toda a minha vida nutri por este homem uma admiração enorme.
primeiro que tudo, admiração pela pessoa que era.
também pelo que escrevia e como escrevia.

sem que ele nunca o sonhasse, foi uma das pessoas que mais me influenciaram para a leitura (mas nisso o diário de lisboa tem uma enorme quota parte. dos tipografos, aos jornalistas, aos reporteres fotográficos)

ha muito tempo que não me lembrava de um dos nomes porque era tratado por aquelas bandas (e também pelo assis pacheco):
o 'passa-fome', nome que ganhei pelo facto de ser extremamente magro durante muito tempo (mesmo comendo imenso)


dizia ele, com um sorriso único:

-então rapaz?, trabalhas num restaurante e tens ar de passa-fome? isso não é bom...

4 comentários:

T disse...

Ora bem. Gosto de ler estes posts. Experiências pessoais e prosa própria.

Gasel disse...

Isso era alguma ténia, de certeza :)

T disse...

Só se a ténia emigrou:)

Anónimo disse...

por acaso diziam que tinha a 'bicha-solitária', aka ténia