Saltei de pedra em pedra
À procura de árvores de quinhentos metros de altura
Escondidas atrás de azeitonas
Da cor dos olhos azuis dos deuses...
Segui o traço negro das nuvens invisíveis
E atravessei uma ponte de lanças e pregos
Enquanto uma velha de capuz preto me prendia no cinto
Quantidade inaudível de camiões carregados de areia...
Transpirei mais de três mil gotas de suor
Que guardei em sacos sem fundo...
Encontrei um lápis de cor nenhuma
E pintei as minhas letras nas cerejas...
E decorei a tua rua
Com tantos ás, tantos émes, tantos ós e tantos érres
Que o teu acordar
Vai ser ao som de pássaros com mãos de veludo...
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