9 de março de 2009

Alguns pensamentos a propósito de coisa nenhuma

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Ontem referia-se aqui mesmo a importância (ou irrelevância) de assinalar "o dia de...".
Hoje, sem ter saído de casa, a Ema - professora de Francês que só conheço através dos seus comentários sempre "na mouche" - deu-me a conhecer um pequenino universo até há pouco desconhecido. Surgiu o mesmo a propósito de uma exposição sobre borboletas, imagine-se. Daí o salto até ao tema "L'Effet Papillon"(fio condutor a pesadas reflexões com ligação a Washington e ao desaparecimento dos icebergs) e deste até um pessoalmente mais atractivo, por contraponto a épocas recentes que obrigavam a uma permanência superior a 10h diárias em reuniões inexplicáveis, com chegada a casa, assim "p'ró embalsamada" e após ligação do piloto-automático.
Surgiu, em sequência do exposto, a vontade de tecer algumas (poucas) considerações às "miúdas" do meu tempo, às mais antigas e, porque não, às mais novas, isto sem pretensões que não fazem o "personal style" (também só lêem se não houver algo de mais interessante a fazer):
- às que tinham como garantida uma profissão sem sobressaltos;
- às que sentem serem insuficientes as 24h diárias;
- às que nunca pensaram vir a ter preocupações com a saúde;
- às que esperam/desesperam pelo "dia de S. Ordenado" (citando Sttau Monteiro via Guidinha);
- às que imaginavam que as crianças da família nunca iriam crescer para além do "formato-colo";
- & etc porque nunca se pode ser 100% abrangente.
Não é uma provocação, pois afigura-se um útil conjunto de dicas, mesmo em tempos de "stress" (mas isso digo eu sob fortes influências de Marte, terra-quase-natal):

Certains matins elle révise son emploi du temps
Imagine ce qu'elle doit faire et se dit... et puis non
Elle paresse
Au ralenti elle glisse de la cafetière à la fenêtre
Elle aimerait entendre un disque mais il faudrait le mettre
Et rien ne presse
Mademoiselle paresse à Paris
Elle traîne, elle pérégrine
Son altesse caresse aujourd'hui
L'idée d'aller à la piscine
Elle descend dans la rue, il est 16h, elle marche lentement
S'assoit sur un banc pour étudier le chemin le plus long
Le transport le plus lent
Le métro pourquoi pas mais y'a pas de grève en ce moment
Quant au bus il est trop tôt pour être bloqué dans les bouchons
Alors à quoi bon
Le transport qu'elle préfère c'est la balançoire
On bouge d'avant en arrière en prenant du retard
Elle rallonge par le square
C'est la fermeture quand elle arrive au guichet
Elle s'en veut de rater de si peu, à quelques minutes près
Un peu plus elle rentrait
Faut pas compter sur la chance, alors demain elle jure
D'évaluer mieux les distances pour être bien sûr
D'arriver en retard
Sans rien devoir au hasard.

Bénabar, Les Risques du Métier

6 comentários:

Anónimo disse...

Professora de Francês. Foi...
Aujourd'hui,elle a envie de "paresser".
Merci. ;))
Un grande abraço.

Post-Scriptum: Elle connaît bien la planète Mars!

Emma

teresa disse...

Salut, Emma, et merci. Toujours sympa:)

Anónimo disse...

Non, c'est Teresa qui a écrit tout cela ?
Incroyable comme la langue française est si bien parlée et écrite au Portugal.

Professora de francês foi...
Le verbe "paresser" existe bel et bien en français.
Sauf que ce verbe est tombé en désuétude.

Já agora, onde ensinou a Teresa a língua francesa ?

Todavia no estilo do texto, o termo de "escarpolette" seria preferível a "balançoire" comme dans Véronique d'André Messager.

Métro et bus...
Il ne faut pas y penser.
Maintenant il y a le vélib.
A menos que a Teresa prefira andar no assento traseiro da minha Yamaha 125.
Imagine só que faríamos Etoile-Bercy em 10 minutos e às horas de ponta.

teresa disse...

???
http://www.musicbabylon.com/artist/benabar/les_risques_du_metier/219374-paresseuse-lyrics.htm

Anónimo disse...

Je comprends.
Vous avez emprunté ça à un jeune chanteur de Thiais dans le 94.
Je n'avais pas vu la mention en bas de texte.
Il n'empêche que votre francophilie vous a permis de dénicher cette étoile montante de la chanson française.

Anónimo disse...
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