30 de setembro de 2005

Cilada Triangular da Craig Rice

Grapaçaspas aopao Mapanupuelpel (quepe mopo opofeperepeceupeu) apandopo depelipicipiapadapa compom epestepe lipivropro.

Upumapa sepenhoporapa épé apassapassipinapadapa epe trêspês cripianpançaspas quepe moporampam nupumapa capasapa vipizipinhapa depecipidempem inpinvespestipigarpar opo cripimepe.

não se esqueçam !!!!!!

por esta altura do ano, toda a distribuição faz as suas feiras de vinhos.
os cartuxas, os tapadas de chaves, os fundação eugénio de almeida, os duas quintas, os cabeças de burro, os mouchões, os tapada de coelheiros, os bacalhoas, os pasmados, os quinta da pacheca ou do crasto ou do cotto, o foral de évora, o esporão e as suas monocastas, o pera manca e largas centenas de muitos outros só voltarão a ter estes preços para o ano, por esta altura.

por razões que compreendem não me ficaria bem recomendar nenhum local para as compras.

por isso,

consultem os folhetos.
vejam os preços.
e abasteçam.


a época é de fartura

sejamos claros !

sim.
sejamos claros.


o sporting perdeu e mereceu perder.
o sporting não jogou um charuto
o sporting foi realmente humilhado. e bem
a qualidade do futebol do sporting no jogo de setubal e no de ontem está ao nível duma cooperativa de padeiros.

os sportinguistas não podem assobiar para o lado e dizer que os outros também perderam.
para o sporting é irremediável por esta época.

neste altura já imagino os adeptos do sporting a ansiarem pelo ricardo (sim. esse que assobiavam há uns meses) e a achar que o liedson teve razão em mandar o treinador levar onde só ele sabe se quer levar ou não.


Becos, Évora

Gosto muito de becos. Este aqui foi em Évora.

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Évora, 17 de Setembro de 2005 13:48:06

Os becos são uma abertura para o mistério. Nunca se sabe se há fim. Nunca se sabe se conseguiremos regressar à entrada. Nunca se imagina o que estará ao fundo. Nunca se prevê o que veremos quandos nos voltarmos para trás.

Évora é uma cidade muito bonita.

2005: O Ano da Imoralidade (Sempre Durante)

Comi duas alheiras de Mirandela em quatro dias.

Fumei.

Disse cagalhão sonoramente.

Levei um pacote de bolachas e ofereci um iogurte de morango a uma mulher comprometida. E isto com intenção premeditada de.

Sentei-me na relva em antecipação para.

...

Calculismo

Quando levou um leitor de cds com ascultadores para partilhar em cima da relva já sabia o que ia acontecer ao partilhar os cds em cima da relva. E havia fruta no meio.

(Lisboa em redor, um cargueiro passa por entre o Arco da Rua Augusta).

Para a Multi Como Prometido

Gosto muito de ver vaquinhas poisadas em varandas, fico sempre muito entusiasmado quando vejo uma.

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Praça principal de Darmstadt, 25 de Agosto de 2005, 19:36:52

Quando isto acontece num dia de chuva, peço um desejo.

Professora, Portugal, Parking

Em Setembro tenho tido uma daquelas professoras do tipo quero casar com ela. É incrivelmente dinâmica do tipo 4 cafés de manhã mas sem precisar de tomá-los. É espontânea tipo assustar as pessoas de repente com uma ideia que lhe veio à cabeça. Também é espontânea do tipo aproveitar tudo o que dizemos para ensinar mais qualquer coisa interessante à margem do programa. Se esbugalhasse os olhos como um certo entertainer intelectual que conheço bem, diria que esta professora é do tipo desse entertainer.

É daquelas mulheres que quando recebe um convite para um passeio de barco no lago do jardim, convida-nos antes a nós para fazer parte da equipa dela de remo...

O que me fascina mais ainda é que diz aquelas coisas que quando sou eu a dizer ninguém acredita, como por exemplo que Portugal é mais sofisticado do que muitos países como por exemplo a Inglaterra ou a Alemanha. Fascina-me também a sua heterodoxia, como fazer comparações entre coisas incomparáveis mas que por isso mesmo têm todo o interesse em ser comparadas. E adoro a inteligência com que se diverte a defender alguns preconceitos enquanto que desconstrói outros.

É o tipo de pessoa que justifica um casamento, sobretudo pelo facto de ser contra o casamento.

Portugal é um país muito sofisticado. Hoje paguei uma multa com multibanco. A máquina do multibanco era portátil e wireless. Dentro da camioneta da polícia havia uma magnífica secretária com pc portátil, impressora, talvez fax. Podia fazer daquela carrinha o meu super-escritório-itinerante.

Os polícias foram muito simpáticos. E compreensivos também. Tinha estacionado em cima de um passeio com 40 cm de largura e o carro tinha, portanto, ficado colado à parede. A multa para este detalhe do colado à parede é de 60€, mas como me declarei estudante de alemão, paguei só 30€ (i.e., a multa para estar em cima do passeio mas afastado da parede).

Gosto muito de Lisboa.

Jornada Europeia

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Imagem de um treinador de uma equipa portuguesa a fazer contas à vida durante a recente jornada europeia. Co? Ku? Pese?

29 de setembro de 2005

Hoje apetece-me que os dedos ganhem forma, se estiquem, diligenciem por vida, procurem sem ansiedade a breve glória de te reencontrar, sempre no lugar do costume, sempre esperado, sempre mas sempre sorridente.

Sabor a vinho tinto na boca, enriquecido por outros contrastes, copo com uma pequena mancha rubra, plácido conforto no corpo, preguiça que cresce a cada momento. Que se mistura com languidez, com vontade, com desejo de novo. Novelos de calmaria revoltos.

E prazenteira assim me vou. O calor aquece a alma. A cama chama por mim e vou adormecer assim como estou. Desvalida mas contente .

A minha mãe devia ter-me chamado Maria dos Prazeres. É o nome mais bonito que existe.

as miranda sex garden ou o prazer na música antiga

não é um heargasm... mas é uma delícia

as miranda sex garden são um grupo inglês que se formou nos idos de 1990.


eram três meninas (katharine blake, kelly mccusker e jocelyn west) que estudavam música antiga na escola purcell e decidiram criar um grupo à capella que fugisse ao esquema tradicional dos grupos de musica antiga.

por via do nome (o miranda é retirado de carmen miranda, o sex garden é retirado do óbvio) chegaram, nos idos de 90, a atingir uma franja de ouvintes das áreas do rock alternativo, gótico e outras coisas a atirar para as roupas escuras e chamar muita dessa gente para a audição com prazer da musica antiga.
o último trabalho que lhes conheço é do ano 2000 (carnival of souls), mas julgo que ainda resistem com uma legião de fiéis adeptos (nos quais se inclui este vosso amigo)

este disco
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descobri-o, pouco depois de ter saído, numa pequena discoteca de nova iorque na mesma incursão onde descobri as sweet honey in rock...

o que prova que ganhei bem o dia nessa lojinha....

pedi para ouvir porque gostei do nome.
e fiquei admirador confesso para o resto da vida.
este 'madra' (mute records, 1991) contém umas 25 peças de musica de circa 1600 (o 'circa' fica sempre muito bem quando falamos de música antiga...). a maior parte dela muito conhecida e cantada por outros grupos mais ou menos famosos.
mas o que torna este grupo e este disco especial... é a forma de cantar sem o ar de respeito sacro-santo que é costume encontrar nesta música e alguma criatividade nas harmonizações que a cada disco se tornam mais experimentais.

não ouvir é um crime.
acreditem

28 de setembro de 2005

Boa noite

Fui convidado para participar neste blogue, depois de dois dias em que fui um pacifico voyeur, decidi-me a aceitar o convite.
Como sou de terra de pescadores acho que uma boa maneira de começar é a partilha de uma boa receita da Figueira da Foz.
Embora segundo a Celeste Russa (a rainha peixeira cá do burgo) já não seja propriamente o tempo ideal para se comer sardinhas.. aqui fica uma das minhas maneiras preferidas de comer sardinha.

ARROZ DE SARDINHA

12 Sardinhas
2 Cebolas
2 Tomates
1 Pimentos
Louro
250 gr Arroz
Azeite q.b.
1 dl Vinho branco seco
Água q.b.
Piripiri
Um ramo de Salsa
2 dentes Alho
Sal a gosto

PREPARAÇÃO:
Lavar as sardinhas muito bem e salpicar de sal. Num tacho de barro deitar o azeite, a cebola picada, o ramo de salsa, o piripiri partido ao meio, o pimento, o tomate sem pele e o vinho branco.
Deixar cozer sem estrugir e acrescentar um bocadinho de água. Depois de tudo bem cozido, juntar as sardinhas, que só devem levar uma leve fervura. Retirar as sardinhas e, se for preciso, juntar mais água, a que for precisa para abrir o arroz. Depois de juntar o arroz, quando este estiver quase aberto, colocar por cima dele as sardinhas, deixar apurar e servir bem quente.
No momento de servir, espremer limão sobre o arroz.
É uma delícia

Compras...

Quando apetece fazer compras e andar a pé para aproveitar o dia , eu e a Errezinha descobrimos estes objectos no Picoas Plaza.

Loja maravilhosa da Rosa Pomar, Hilda Portela e Ana Ventura.

Comprei para a sobrinha um urso, um caça ventos da pastorinha e um quadro. (original claro está).

Para a tia um broche!!! Só mostro este dito cujo. porque senão estrago a surpresa da Joaninha.
Vão espiolhar os links que valem a pena...





Links :

http://planetahilda.blogspot.com/

http://ervilhas.weblog.com.pt/

http://www.anaventura.com/

*cenas que não interessam pra nada* #1

já vos disse que sou quase cinturão negro do estoicismo?

Days that Fly

Pois é o Pipinho concretizou a translation dos posts...
Muito obrigada Pipinho:)
Quanto ao diary crossed with people i tasted...não é bem assim!!!
Parabéns aos pais da Maria:)
Abeijo-vos.

Parabéns

Os meus pais fazem hoje 37 anos de casados.
Apetece-me escrever isto, mesmo sabendo que eles não o vão ver. É uma maneira de homenagear duas pessoas que eu adoro.

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Acabaram-se As Férias

o Sul já está longe
os Dias parece Que Voam
quando estamos de férias!

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Nem mais

"Feliz foi o Ali Babá: não nasceu em Portugal e só conheceu 40 ladrões."

Mensagem recebida, do éter, a propósito!


PP: Ontem, o Benfica quase empatou. Quase... :(

pois é...

Estou de volta, mas em modo (ainda) muito, muito, preguiçoso!


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Com dedicatória à Tzinha :)

Adoro a música da CDU!

Toda a gente tem um pouco de comunista dentro de si!

uma seca bíblica, dizem



hoje, enquanto acordava, ouvia alguém justificar uma manifestação de tractores para beja com o argumento de se estar perante uma seca de proporções bíblicas.

retirando o pequeno pormenor de a bíblia ser escrita no modo literária da metáfora e não ser recomendável acreditar que alguém andou 40 anos perdido no deserto, nem viveu centenas de anos ou que o mar se afastou para que não molhassem as sandálias novas de couro...

argumentar que esta seca é de proporções bíblicas, parece-me um pouco... metaforico.
to say the least...


nem a maior dos últimos 10 anos.. mas enfim

irritam-me estas manifestações periódicas dos 'agricultores' por causa da chuva e da falta dela; da produção a menos e da produção a mais; se os preços estão baixos porque é a miséria.. se estão altos porque não conseguem competir com espanha e é a desgraça; por uma coisa e pelo seu oposto...

seja pelo que fôr. ou há subsídio ou há manif.

acho que deve ser o gasóleo agrícola que está muito barato...

e vão manifestar-se porque este ministro os anda a agredir e a ignorar há um ano
(o facto de só estar no governo há 6 meses deve ser entendido como uma metáfora)

é bmw a mais e agricultura a menos

27 de setembro de 2005

Entardeceres nos anoiteceres antes dos adormeceres

Hoje passei o fim de tarde à beira mar. Estava um sol calmo e um mar cheio de espuma. Tenho um fraco por mar revolto. Problema dos poveiros que gostam de cheiro a maresia e a nortada.

Ao princípio da noite embalei a Mariazinha. Tenho que iniciar a reciclagem de tia, pois então. Ela suspirava, dava pontapés, sonhava alto. Até que de repente abriu um olho escuro.Estava a sonhar com leitinho, acho eu. E começou a franzir um sobrolho. E de repente entoou o seu célebre canto guerreiro..."Muahhhhhhhhhh Quero comer!!! Já!!!" E assim foi.Acho que há muito tempo não sentia uma calmaria tão grande. De a sentir pequenina encostada a mim. De a ver tão bonita e determinada.Acho que vai ser militante de qualquer coisa, quando for grande. Por enquanto só tem 52 cm.

Fim de noite "TicoTico". Ameijoas à Bulhão Pato e uma cerveja muito fresquinha. Conversa ensonada com a I. Casa e a perspectiva de ir dormir, muito mas muito contente.

Quem disse que a felicidade era complicada?

setembro de 2005. as cores de fajão

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as colheitas
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as varandas
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o morangueiro
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o ferrolho
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o feijão verde
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o chão
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a água

Leituras e acções

Estava a ler o Le Monde de hoje (intelectual francófila ,o tanas) e descobri um artigo bem interessante sobre um movimento anti consumo, publicidade e marcas que está a ganhar espaço de intervenção em França. Para quem o quiser ler está aqui o link.

Para quem se abstiver do assunto, esta leitura refrescou-me e lembrou-me dos tempos de militância ecológica. Agora o alvo é mais amplo, nomeadamente na defesa das crianças em relação às técnicas de marketing e publicidade. Muito concretamente no espaço da escola, pede-se a vigilância e denúncia dos pais em relação a possiveis abusos .(http://www.casseursdepub.org).
Se estivessem implantados em Portugal, muito teriam que fazer.

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AFP in Le Monde de hoje

Se acredito que o marketing e a publicidade podem ser benéficos e servir de forma igualmente eficiente boas causas, estou certa porém que sabem produzir igualmente efeitos perversos e limitativos no que somos e no que queremos ser.A manipulação é sempre perigosa, sobretudo para os mais crentes e potencialmente frágeis.

Compreendo a militância destes grupos RAP (resistência à agressão publicitária), que atacam os placards e outdoors com tinta e frases de guerra, na velha tradição do Maio de 1968, e celebram missas da Igreja do Mui Santo Consumo. Este novo militantismo inspira-se num livro da Naomi Klein, No Logo, que pelos vistos arrasa com a tirania das marcas.

Estes movimentos passam dos mais dogmáticos e ascéticos aos mais contemporizadores. Em última análise , têm a vantagem de nos fazer reflectir sobre o que compramos e porquê. E se de facto é verdade que Portugal está em crise, não há recessão na feira de aparências social. Ou há?

este poste vai dedicado....

ao manel, que jamais pensou haver mamas santificadas a jorrar leite

e à presidenta, que gosta de arroz de fressura e jamais provou essas deliciosas vísceras beatificadas.





beata viscera mariae virginis
quae portaverunt aeterni patris filium
aeterni patris filium:
et beata ubera,

quae lactaverunt christum dominum
christum dominum

.../

ontem passei a noite a cantar isto (por acaso uma peça lindíssima do estêvao lopes morago)
e não pude deixar de pensar nestes nossos amigos enquanto a cantava...

o ataque do duo dinâmico (diálogos em horas tardias no MSN)

uma balada, uma música melancólica, é o que se passou
e uma música alegre é o que se está a passar


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frase do Manuel e imagem respigada pela Maria

26 de setembro de 2005

A engravatada que faltava à enteadinha.

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As sung in the english version of "The blue Angel"

Why I appeal to men
How many times I blunder
In love and out again

They offer me devotion
I like it I confess
When I reflect emotion
There's no need to get

Falling in love again
Never wanted to
What's a gal to do
I can't help it
Love's always been my game
Play it how I may
I was made that way
I can't help it

Falling in love again
Never wanted to
What's a gal to do
I can't help it

Love's always been my game
Play it how I may
I was made that way
I can‚t help it

Men cluster to me
Like moths around a flame
And if their wings burn
I know I'm not to blame

Falling in love again
Never wanted to
What's a gal to do
I (just) can't help it
Repeat

Área de serviço VIP

9 e pouco da manhã. Numa área de serviço da A23 o escriba faz uma pausa para rentemperar as forças.

Enquanto bebe o seu galão de máquina e tasquinha distraidamente um caracol, entra pela porta o historiador e figura incontornável do BE Fernando Rosas. Dirige-se à fila de pré-pagamento e fica ao balcão, à espera do seu pedido.

Dez segundos depois a porta abre-se de novo e entra D. José Policarpo, acompanhado de alguns companheiros de viagem. Enquanto dois vão para a fila, D. José senta-se tranquilamente a uma mesa conversando e fumando o seu inseparável cigarro.

Quando saio olho para o parque infantil. Por momentos julgo vislumbrar Jesus e Marx nos baloiços.
Bem o problema que se coloca quando se almoça no escondidinho é sempre o mesmo, comer muito e beber demais. Entrámos em estágio e em dieta até ao próximo almoço. O bafão a branco fresco e wuisquizinho com gelo não é normal.

diário das autárquicas, parte 1 e meio

o candidato à presidência da câmara de arganil pelo pp afirmou, na apresentação da sua lista, que a sua lista não tinha médicos que tocavam cavaquinho em grupos excursionistas nem bicicletas que fingiam que andavam, pelo que tinham que fazer a campanha pelo seu próprio pé.
imagina-se uma campanha a tocar campaínhas de porta copiando o estilo dos seguidores da igreja dos santos dos últimos dias. amen lhes seja feito...

o candidato fernandes à câmara de lisboa acusou o seu colega miguel portas de pouco ambicioso por afirmar que o objectivo do bloco são 'lugares de vereação'. segundo o candidato fernandes, a sua candidatura é para ganhar.
não disse o quê. mas utilizando uma expressão comum no desporto.. ganhar conhecimentos e mais experiência para a próxima. (o que ele terá ingerido antes de dizer isto?.. quero já a fórmula!!!!)

o senhor ribeiro e castro exige ao governo a publicação do orçamento de estado antes de 9 de outubro porque ver ver clarificada muita coisa.
e eu a achar que as eleições eram autárquicas... as coisas que nós, inocentes, pensamos...

o candidato ruben, referindo-se a manuel alegre, afirmou ontem estar contra os folclores em volta das eleições presidenciais.
espera-se que o senhor ruben vá incentivar o candidato do seu partido às eleições presidenciais a desistir...

de acordo com todas as sondagens publicadas no site da marketest os candidatos senhora de fátima, valentim, isaltino e ferreira torres, irão ganhar as eleições às câmaras a que se propoem.
espera-se que nas próximas eleições, grupos de cidadãos residentes em pinheira da cruz, tires, coimbra, são sebastião, em lisboa, alcoentre, paços de ferreira, matosinhos, ou sintra se candidatem às juntas e câmaras da sua residência. a vitória está no papo

sinceramente...


não percebo o que toda a gente tem contra as gravatas. :P

apêndice a

apêndice b

O nó da Hepburn mal se nota, mas para compensar o da Joan Crawford é hilariante, não?

25 de setembro de 2005

A metafísica da gravata

Amanhã vou à Covilhã e volto no mesmo dia. De carro, o que, não sendo desagradável, se torna uma seca quando há mais que fazer. Resultado de ainda não haver horários de jeito nos comboios. Mas há-de melhorar. Talvez.

Mas o mote do post era outro: a lenta verificação que me vai entrando na cabeça de que aquilo que dizemos deixa maior marca se estivermos de gravata. Juro. Um tipo diz uma coisa em mangas de camisa, ou de polo, ou de t-shirt, e tem menos impacto. Já fiz a experiência. Podemos hipotetizar que quanto mais forte a presença de espírito do interlocutor, menor a probabilidade de o factor gravata ter influência. Mas fica por ser demonstrado, principalmente quando muitos desses indivíduos de personalidade mais forte andam, eles mesmos, com a dita tira de tecido enrodilhada no pescoço.

Na minha área de trabalho acostumamo-nos ao cortejo da humanidade na mó de baixo, quando não na mais completa das degradações, e deixamos, a certa altura, de valorizar determinados símbolos como as roupinhas e trapos. Desde que confortáveis e limpas está tudo bem. Mas não está. O factor gravata acaba por se imiscuir e marcar uma diferença. A certa altura a fracção masculina da humanidade surge monocórdica e monocromática, tipo men in black durante a semana e bermudas, t-shirt e sapatos de vela ao fim de semana para dar um ar descontraidão e práfrentex. A minha paciência diminui a olhos vistos.

Por outro lado o raio da gravata dá peso ao que se diz e faz. Confere uma gravitas que, ainda que o indivíduo não a possua nem mereça, se transmite ao interlocutor.

Um dia ainda alguém, de preferência de outro planeta, há-de estudar isto.

Amanhã vou à Covilhã.

De gravata.

" A cozinha é como a literatura, outra forma de criar mundos imaginários"


Não resisti a comprar uns livrinhos na Fnac de Barcelona. Foram eles, o último da Rosa Montero, dois da Maruja Torres, jornalista a quem acho muita graça e dois Montalban.

A Rosa Montero é das mulheres contemporâneas que melhor escreve. Inteligente, fina observadora, viva na escrita. Não estive com paciência para esperar que o traduzissem. Comprei logo.

Um dos MM é para oferecer. Um é mesmo para mim, apaixonada compulsiva
pelo Pepe Carvalho. As receitas do Carvalho é o livro que escolhi..

Desde o Assassinato no Comité Central que comecei a comprar tudo o que mexia do Montalban. E agora fui verificar à estante e devo ter emprestado este livro, que me desapareceu de lá . Porra, lá vou eu ter que andar à procura nos alfarrabistas. Como eu odeio as pessoas que não devolvem os livros que lhes emprestamos. Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

A Maruja Torres depois de ler vários El Pais, apeteceu-me. E aqui estão eles.








Cansada do dia de ontem. Hoje estou de serviço. Tenho uma sobrinha neta que só pensa em mamar. Rábia de fome do caraças.

Ontem ia sendo testemunha dum linchamento público. Estava a ver que o colega do Jó que teve que intervir também levava por tabela. Isto à porta da MAc, ao lado das visitas.

Uma miúda tenta sair do carro onde iam dois homens. Eles batem-lhe. A senhora do carro de trás apita e alerta as pessoas, eles estão a fazer-lhe mal, detenham-nos. E ó se detiveram. E ó se deram um enxerto de porrada aos gajos. A miúda saiu do carro em choro convulsivo, dizendo que tinha sido obrigada a entrar no carro à força. Eles diziam que ela era prostituta. A verdadeira versão, ficou para a PSP averiguar. Que mais cinco minutos e os homens ficavam colados ao chão, isso é um facto. A força e rapidez de uma multidão em fúria é impressionante.
Histórias de Lisboa...desde que soube a história dos esfaqueamentos na Praça de Espanha, nada me surpreende.

24 de setembro de 2005

O guarda - freio...



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Se há alguém digno de ser apontado como o arquétipo do velho polícia à portuguesa, o Lisboa foi, sem sombra de dúvidas, um dos seus legítimos representantes. Dotado de um proeminente ventre, legado de um passado boémio e bem regado, avesso a grandes desmandos de cultura do físico, fruto de uma incorporação dos finais da década de sessenta de mil e novecentos, este colossal cívico, versão portuguesa do Bud Spencer, era uma presença que só por si impunha tanto respeito quanto 10 homens ditos “normais”. O tipo era mesmo uma “besta”. Faça-se justiça e acrescente-se a estes atributos humanos, mais discutíveis nos dias de hoje que à época em que foi repescado à tropa ultramarina, que Lisboa era mesmo um Homem com “H” directamente proporcional às suas dimensões. Um rapaz daquele tamanho só podia ter um coração condicente com o seu físico e ele era a prova disso. Amigo do amigo, espírito de serviço cívico, sempre pronto para ajudar o oprimido, pautando a aplicação da Justiça e reposição da ordem segundo princípios muito personalizados. Não são poucas as “palmadas” distribuídas a colegas requisitados pela DGS ou episódios nunca bem esclarecidos por Agentes da polícia política misteriosamente mimados por ele quando em acto de serviço de duvidosa justiça. A Justiça "injusta" para ele não contava e talvez seja ele um dos muitos que também lutou contra o sistema pré-revolução, à sua maneira, o que prova que os “chuis”, ao contrário do que ainda se tenta fazer passar, não eram uma maioria de colaboracionistas, mas isso são outras estórias que ficam por contar.

A mais célebre e verídica história do Lisboa é deliciosa, quando ouvida por contemporâneos seus. Conheci-o já nos seus últimos 10 anos de polícia e nunca foi de cantar os seus feitos ou gabar-se das suas tropelias.

A primeira actividade pública do Lisboa passara pelo serviço na Companhia Carris de Ferro, como guarda-freios. Depois do serviço militar, decidiu-se a trocar a monotonia dos carris pela maior mobilidade da patrulha policial. Lisboa foi para a rainha das Esquadras de Lisboa, a emblemática Esquadra do Bairro Alto. Consta que certo dia, tinha ele saído de serviço e decidira ir ao Cais do Sodré para tomar um eléctrico para Santo Amaro. Para sua surpresa, na paragem, encontrava-se àquela hora, um número anormal de passageiros que aguardavam o carro. De certeza que algum automobilista deixara o carro mal estacionado algures e impedia a passagem do amarelo. Não demorou a constatar as suas conjecturas. A pouco mais de cinquenta metros dali, via-se um magote de gente em volta do "almanjarra" – com publicidade à Sandeman, imagino – e não um, mas dois veículos estacionados à frente deste. Conseguiu ver também o guarda-freio, bem como dois colegas seus que tinham acabado de sair de um “carocha-nívea”. Os cinzentos estavam ali e não faziam nada mais que acalmar a populaça indignada. Temendo mais chegar tarde ao seus destino que pela segurança dos seus camaradas (nestes tempos pouco se questionava a autoridade dos polícias), o nosso amigo dirigiu-se até ao local do “entupimento” da via. Lá estava o funcionário dos transportes a lamentar a sua sorte, a populaça indignada com os descuidados automobilistas e os polícias a tomar notas. Olhou demoradamente para o eléctrico e para os carros em infracção. Voltou-se para o seu ex-colega da Carris e disparou:

- Então a “avantesma” avariou, é?

- Avariou nada, Sr. Guarda. Os palhaços que deixaram os carros estacionados aqui é que não deixam passar – respondeu o guarda-freio.

- Hum! Será que não passa – voltou o Lisboa enquanto subia para o posto de condução.

Os poucos anos, que andara agarrado àqueles comandos, tinham-lhe dado a experiência necessária para se aperceber de imediato que o carro passava. O condutor é que estava a “empastelar” por birra ou por outro motivo qualquer, que pouco lhe importava.

- Olhe que passa e passa bem – disse ao guarda-freio.

- Olha agora este! Quem diz se passa ou não passa sou eu. Meta-se naquilo que sabe – retorquiu o funcionário crescendo com os seus raquíticos 60 kg contra os mais de 120 do cívico.

O teimoso guarda-freio teve talvez um anjo da guarda que nesse dia o impediu de ser pulverizado por uma marretada de punho digna do martelo de Thor. Lisboa, sobe novamente para a roda de comando, destrava o eléctrico e diz então à multidão:

- Quem quiser vir, é entrar agora, que vai arrancar…

- Vou participar de si – ameaçou o guarda-freio em valoroso contra-ataque, tentando afastar o polícia dos comandos da máquina. Porém, ao tentar fazê-lo, o pobre coitado escorrega, cai e bate com a cabeça no varão de entrada perdendo a consciência. O Lisboa agarra no tipo, senta-o ao lado de um passageiro e determina aos colegas que escoltem o eléctrico até à sede da Carris.

- Última chamada; quem quiser entrar, entre agora, que isto só para em Santo Amaro

E o eléctrico lá passou… directo a Santo Amaro.


23 de setembro de 2005

SOS - Uma Política Para A Cultura

Porque acho que estas coisas devem ser divulgadas, aqui fica a ligação para a PETIÇÃO abaixo transcrita.

SOS uma política para a cultura


A Companhia de Teatro A BARRACA considera-se há anos injustamente perseguida pelo Ministério da Cultura, tendo vindo a sofrer sucessivos e injustificados cortes nos apoios que lhe são concedidos.

As companhias suas congéneres têm visto aumentar os seus subsídios, têm multiplicado as suas possibilidades de criação, de divulgação e contratação, companhias inexistentes têm vindo a ser “inventadas” pela mão amiga do Instituto das Artes, enquanto que à Barraca tem vindo a ser malevolamente cortada qualquer hipótese de desenvolvimento. Este ano, depois de lhe terem sido feitas repetidas promessas sobre a melhoria das suas condições económicas, o que levou a Companhia a ousar um sonho sucessivamente adiado, o espectáculo “Ser e Não Ser” ou estórias da História do Teatro (com gastos muito superiores à sua capacidade e que só a prometida alteração justificava e garantiria), feito o espectáculo com êxito e reconhecimento de toda a gente, a Barraca vem a sofrer um corte de 45 mil euros – 9 mil contos – no seu já paupérrimo subsídio.

A BARRACA atravessara um período negro do fim dos anos 80 a meados dos anos 90 e vira em 96 a sua estabilidade ser reposta quando lhe foi concedido um apoio de 51 mil contos e lhe foi dada a categoria de companhia convencionada. De então até agora, o Instituto das Artes e anteriormente o IPAE, já sujeitou a BARRACA a dois cortes sucessivos no referido montante correspondendo a 9 mil contos cada um. Sem qualquer justificação a BARRACA de 1997 a 2005 sofreu um corte no seu apoio anual de 85 820€, isto é 17 mil e 205 contos.

As justificações são inexistentes e neste momento chegámos ao limite. Com a verba atribuída não vamos conseguir pagar as dívidas contraídas e ao mesmo tempo garantir um exercício teatral que venha a merecer o nome e a aventura que A BARRACA tem significado.

Para que a companhia que aqui vedes continue a ousar existir é urgente que esta situação seja alterada. Queremos que no Parlamento a futura Comissão de Cultura se debruce sobre este assunto. Queremos que o futuro Ministro da Cultura, seja ele quem for, tome conhecimento de que há injustiças, nepotismos, perseguições e ilegalidades, no actual Instituto das Artes, por todas essas razões precisamos da sua assinatura, e lhe pedimos que subscreva a petição que se pretende enviar à Assembleia da República.

Os signatários acabam de tomar conhecimento de que o Grupo de Acção Teatral A Barraca corre sérios riscos de se ver impedido de continuar com a desejada normalidade a missão cultural a que há tantos anos se propõe como Companhia de Teatro de referência.

Os signatários temem que A Barraca se encontre rapidamente na contingência de dispensar o elenco, técnicos e demais colaboradores por força dos recentes e continuados cortes nos subsídios de apoio.

Deste modo, os signatários da presente petição apelam para que o problema em causa seja urgentemente analisado na Comissão de Cultura da Assembleia da República com vista à reposição da elementar justiça que o assunto reconhecidamente merece.

Lisboa, Setembro de 2005

achado aqui

Filmem... filmem!

Não sei se em resultado do Outono que se aproxima, ontem estava sentado, macambúzio, na cozinha. Lembro-me bem que fumava um cigarro - SG Ventil - e conversava sobre qualquer coisa... disto e daquilo, dos problemas da dona Amélia, do dia no hospital, da nova escola do Manel. Lembro-me também que olhava, para a televisão, casualmente, onde estava a passar uma série qualquer, ao que parecia. Nesta, um homem forte e barbado, de fato e gravata, discutia a uma porta... parecia querer entrar e os maus não o deixavam... nisto, os maus ficam piores, agarram o herói e, com empurrões, fazem-no rebolar pelo meio da rua... a cara era-me familiar mas não conseguia reconhecer o actor... e também achei estranho o herói, enquanto era empurrado e rebolava no chão, gritar desalmadamente "filmem... filmem!".
Dei mais uma passas, disse mais qualquer coisa e bebi meio copo de sumo de laranja SunQuick. Quando olhei de novo para a televisão, o herói estava de frente para a câmara, em pose de entrevista. Foi nessa altura, de repente, que se fez luz... aquilo era o telejornal, o homem era o famoso advogado do Bibi e a cena não era de nenhum filme, era real!
À noite, no sofá, voltei a ter a tal sensação que não me larga nos últimos tempos: que os dias andam algo estranhos, mais curtos, mais tristes... Dizem-me que é do Outono, mas eu desconfio. Só sei é o que sinto... tempos estranhos!

Campanha eleitoral

Tenho notícias que poderão chocar alguns.
Vou votar na Zezinha.
Exacto.
Vou votar em Maria José Nogueira Pinto.
Dirão os meus amigos "mas afinal tu não és um gajo de esquerda?"
Conceptualmente sou. Por filosofia de vida tenho votado no PS em todas as legislativas.
Localmente, contudo, a coisa muda de figura. Quero alguém que ponha a minha cidade direita. E com esta lista de candidatos não há muitas hipóteses:

PSD - Um homem sério, mas que vem do partido com a maior concentração de oportunistas de que há memória, um saco de gatos autêntico. Nunca lhe darão hipótese de fazer alguma coisa de jeito.

PS - Manuel Maria Carrilho tem tanto perfil para presidente de Lisboa como eu tenho para comandar o Titanic. Correcção: eu talvez me safasse melhor.

PCP - Eh pá. São boas pessoas. Mas não chega, camaradas.

BE - Dois outdoors fizeram-me vacilar nos últimos dias. Dois homens que respeito e admiro, Gonçalo Ribeiro Telles e António Barreto, apoiam esta candidatura. Mas o homem tem um toque alucinado. Não duvido que adore a cidade. Mas parece um bocado doido. E o resto da companhia não ajuda a uma visão de sanidade mental. Se calhar isto são apenas vantagens. Mas não sei. Se ganhasse (que não ganha) eu cruzaria os dedos e esperaria pelo melhor. Enfim.

CDS - Não tenho nada a ver com esta gente. Maria José Nogueira Pinto, contudo, também não tem assim tanto. E depois eu tenho um problema: vi o que esta mulher é capaz de fazer de bem feito. Vi-a transformar um local em descalabro, dado como morto e enterrado - a Maternidade Alfredo da Costa - e dar-lhe um pontapé de modernidade que a atirou para a linha da frente durante mais de uma década. Segundo leio, reincidiu na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e deu-lhe a volta. Vi-a num só debate com MMCarrilho. Muito mais factual, sem politiquices e danças de salão, num discurso a milhas de tudo o que se vê por aí.

O Carlos mandou-lhe uma piada que revela de modo cristalino l'air du temps: critica-se uma candidata que diz, com seriedade, que não se importa de servir a cidade noutro posto que não o de patrão. Na verdade a cartilha da política afirma que nunca se deve dizer uma coisa destas, que isso uma manifestação de fraqueza. O resultado é um espectáculo miserável como o do debate de Felgueiras, com vários a afirmarem convictamente que vão ser presidentes, verdadeiros macacos aos pulos em redor da bananeira.

Maria José Nogueira Pinto é, efectivamente, diferente: na atitude, na competência, na seriedade, no desassombro. Obviamente não vai ganhar. Temos apenas o que merecemos como país.
Nasceu a Marieta...linda e espantada.
Tão pequenina e tão indefesa enroladinha num cobertor, mesmo junto à mãe.
Chorei que me fartei. Nem sei de quê, se de alívio, se de alegria, se de tudo um pouco.
Ainda anteontem lhe estive a fazer festinhas , estava ela dentro da barriga da mãe, e agora já é gente.
Ainda estou a sorrir a lembrar-me dos olhitos dela. E é isto:)

autárquicas

é caso para dizer:
O meu autarca é pior có teu.

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em modo de ilustraçao aqui fica uma foto do vereador da descultura de Coimbra

jornal das autárquicas, parte 1


a senhora de fátima está à frente nas sondagens para a câmara da santa terrinha.

ainda me estou a rir. ou a chorar. ou não sei.

o senho manuel maria, chegou de carro a um debate no dia europeu sem carros e prometeu que se for eleito andará fundamentalmente de transportes publicos.
o carro que lhe será distribuido é um activo público autárquico.

no mesmo debate, longe das câmaras (as de imagem), o senhor manuel maria e o senhor carmona trocaram um abraço.
afinal a culpa é dos jornalistas

jerónimo de sousa diz: o barreiro voltará a ser nosso.
se o alentejo é pedir muito. que seja o barreiro... e évora, digo eu

o candidato à junta de freguesia de maximinos (braga) andou a distribuir chouriços pelos eleitores
a provar que quando o acusaram de andar a encher chouriços este tempo todo na autarquia era uma calúnia miserável...

o presidente da câmara de valongo e candidato a novo mandato pelo psd, mandou remover os stands de apoio à campanha do ps por....... 'perigo de ajuntamentos públicos'
não há nada pior para a segurança do presidente eleito do que ajuntamentos em redor da lista oponente

a doutora zezinha que se candata à presidência da câmara de lisboa.. diz que gostava de ser.... vereadora da "educação, cultura, desporto e acção social".
alguém diz à senhora que estas eleições são para escolher o presidente da edilidade?

a candidato assis acusa o candidato rio de 'recorrer às amizades' para promover a sua campanha à câmara do porto.
espera-se que o candidato rio passe a recorrer aos seus inimigos.

jerónimo de sousa foi a vila real de santo antónio dizer que 'está na hora da mudança', porque o actual presidente acaba agora o seu segundo mandato.
como durante 6 mandatos a presidência foi alternada entre o ps e a cdu, é justa esta pretenção da cdu. o ps vai na segunda seguida...

Quem espera, desespera um bocadinho

Nunca ninguém me fez esperar tanto para a conhecer.
E sem remédio, vou continuar a espera. Porque estou absolutamente ansiosa por conhecer a miúda. Sem ainda ter nascido, é das pessoas mais importantes do mundo para mim.

é desta !!! vou pedir asilo mental à embaixada do burkina faso mais próxima....

wtf is this ??????

pedro santana lopes acaba de se reformar, aos 49 anos, na qualidade de ex-autarca, auferindo por isso a quantia mensal de 3 000 euros mais uns trocados para o gel.

independentemente da minha opinião pessoal sobre o péssimo trabalho que deixou para trás na figueira da foz (onde ainda andam a pagar facturas) e em lisboa (onde ainda terão muitas décadas pela frente para pagar o que ele deixou ficar a dever...), a possibilidade de um autarca se poder reformar ao fim de meia duzia de anos de funções,

é insultuoso
é imoral
é ultrajante
é pornográfico (pornográfico sim. é uma foda colectiva na honestidade dos que trabalham)
é de quem é gelatinoso nos princípios
é de quem não tem espinha

a classe política que defende o aumento da idade da reforma com base no aumento da esperança de vida das pessoas e na sobrevivência do sistema, mantém para sí este tipo de regalias absolutamente imorais.

não tarda, o senhor pedro irá obter a reforma como deputado (para o qual já prometeu que irá cumprir o mandato até ao fim para atingir os 8 anos necessários).

até lá ainda o veremos na proxima campanha da olá.
depois do gigolo zeze camarinha, é sempre a subir....

Procuro os meus privilégios... Onde e quais são?...

Que coisa! Sempre ouvi dizer cobras e lagartos desta minha profissão. Não a abracei enganado, mas, também não nego a princípio quem queria enganar o Estado, era eu e hoje penitencio-me por ter pensado assim. Andava por lá uns anitos, fazia a licenciatura e "ala-que-é-cardoso". Mas descobri que afinal isto era o que eu queria - manias que os escuteiros metem na gente, sempre a querer ajudar os outros - tudo muito por culpa de quem um dia me empurrou para o campo da investigação criminal. Decidi fazer carreira na Corporação.

Aquilo que já ouvia antes de ser "bófia" passou a rebater mais intensamente dentro da minha cabeça, porque agora era um deles. Na especificidade de cada profissão, há coisas das quais se fala quando se está por fora, que são únicas. Só quem está lá dentro conhece as realidades cruas e duras. Mas há profissões que devido ao seu carácter paramilitar - ou herança militar no caso da polícia - tendem a ser mais corporativistas encerrando-se dentro das suas conchas de secretismos bacôcos dos quais são exemplo as inúteis, hilariantes, abjectas e nada esclarecedoras conferências de imprensa dos responsáveis policiais do nosso país.

Hoje em dia, com o aumento da contestação social crescente perante as medidas tomadas por políticos legítimamente eleitos, as razões das lutas de cada profissão, de cada classe social tendem a juntar-se em uníssono de forma a defenderem-se das injustiças que invocam. Funcionários públicos, equiparados da função pública, corpos especiais da função pública, todos eles servidores do Estado, foram aparentemente rotulados como os responsáveis da triste miséria a que chegou esta República das Bananas, estando a formar-se uma barricada oposta de trabalhadores do sector privado como apoiantes dessas medidas contra eles. Foi, de forma muito sintética, este o resultado provocado pelas medidas do governo, aplicadas de forma una e igualitária para todos os seus funcionários sem olhar às especificidades. Isto de cortar a direito, regra geral, nunca deu bons resultados. Pena que não tenham abordado com tanta firmeza a economia paralela que devassa o mercado salarial privado e que gera milhares de milhões de fuga aos impostos...

Desabafo? Talvez, mas eu só gostava de saber quais são essas regalias todas que têm os polícias e que oiço a toda a gente apregoar, porque tenho a impressão que tenho andado a ser comido ao longo destes últimos 18 anos. Desafiava mesmo que alguém as enumerasse (e provasse com os respectivos diplomas legais); ou será que aquilo que se apregoa pegou de tal forma ao ponto de ser normal escutar, numa conversa de café, uma senhora a dizer para a outra - "o marido de "fulana", o polícia, ganha mais de 300 contos... e isto sem contar as horas extras à noite e fins-de-semana. É um abuso! E veja lá que passa a maioria dos dias aqui durante o dia, em casa." - perante comentários destes, como diria o outro, fico chateado, concerteza que fico chateado!

Fico a aguardar a lista dos privilégios, se houver alguém que os consiga enumerar...

Hoje a malta foi para a rua, protestar e ainda nem soube qual o impacto do protesto. Estou com uma pedrada... - estes malandros pensavam que era das outras... malandrecooos!! ai!ai! - Amanhã de manhã vejo as notícias.

Tenham um dia feliz.
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É a evidência desta alegria que me enternece e me faz perceber porque os amo tanto.
Figueira da Foz, 6 de Agosto de 1943

22 de setembro de 2005

A ouvir Tom Waits

Por que motivo certas músicas, certos músicos, nos provocam sempre o mesmo arrepio?

a propósito da senhora de fátima, ramo felgueiras

ponto prévio:
eu embirro com a senhora de fátima, felgueiras.
(ao contrário do lugar comum, embirro com a voz e a atitude e estou-me a defecar para o penteado...)


este ponto prévio parece-me importante porque as minhas apreciações sobre a senhora podem ser influenciadas por esse sentimento base perante a personagem em questão.


ontem, enquanto olhava para as notícias e via as televisões todas em directo horas a fio desde a judiciária do porto até ao tribunal de felgueiras e enquanto ouvia não-sei-quantos professores catedráticos a debitarem sobre a constituição, o direito penal e as leis eleitorais, via umas dezenas de pessoas em frente ao tribunal a beijarem fotografias da doutora teresa e a gritarem pela nossa senhora de fátima, ramo felgueiras.


a cena, de tão patética, era dolorosa.

era um misto de fieis ortodoxos a beijarem os ícones da virgem e um bando de 'emplastros' na ãnsia de ganharem 30 segundos de exposição pública.
(na verdade é bem mais provavel serem as esposas dos funcionários dos organismos que foram tutelados pela senhora)

não sei o que se passará no triângulo felgueiras-marco-amarante, mas algo me diz que o caso começa a ter contornos semelhantes ao seu parceiro das bermudas.
sendo que neste triângulo, o que desaparece é o bom senso.

não tenho a ideia que, desde que exista uma suspeita sobre uma pessoa, a mesma seja culpada e/ou deva ser apontada a dedo na praça pública (muito pelo contrário).
muito menos acho (e por experiência muito próxima) que quando um juiz decide prisão preventiva, faz a mínima ideia do que está a fazer.
na verdade, é demasiado comum a solicitação de prisão preventida com base em suposições e obedecendo ao principio "prendemos primeiro e investigamos depois", pois é essa a solicitação dos procuradores e investigadores.


igualmente não é para mim líquido que a juiza que agora decidiu pela redução da medida preventiva aplicada sobre a senhora de fátima o tenha feito sob pressão.
provavelmente, nem agora, nem ao tempo da primeira decisão, o facto da senhora de fátima estar detida ou não teria alguma relevância para o desenrolar da investigação.

umas das coisas que este caso prova (e aqui também confirma a experiência muito próxima), é que quem está próximo da informação da justiça ou da aplicação da dita, se pode safar a sofrer as suas consequências.
a justiça não é, de facto, igual.

a senhora de fátima vai a julgamento e, acredito, aceitará a decisão do tribunal.
mas os milhares de arguidos que passam meses e anos em prisão preventiva e depois são absolvidos, não têm a mesma sorte.

acho que os juizes deviam ter um subsídio de risco.
porque com decisões destas arriscam-se muito.

se a senhora tem hipóteses de ganhar a câmara ou não, é-me irrelevante.
o que por lá anda cheira muito tudo demasiado ao mesmo.

que sejam felizes, é o que lhes desejo.
Sobre as penosidades e subsídios de risco, ocorre-me esta ideia. Aliás, várias. Uma mulher usa o computador para se satisfazer sexualmente. Enquanto isso, vai efectuando as suas tarefas diárias. Não corre riscos. Não é penoso. Pode dizer, ai, ui, chupo-te aqui , mordo-te acolá, ai que te adoro, enterra-o mais fundo, mais, mais, beijo-te, amo-te, os teus lábios, os teus dentes, ai a tua boca, vem-te para mim. Enfim, todo um frenesim. Enquanto isso limpa o pó, arruma a casa, faz as suas tarefas no trabalho, uma vida perfeitamente normal. Displicentemente vai semeando pelas várias janelinhas umas frases e alimentado estes maravilhosos e criativos diálogos.
Mas e uma prostituta? Essa corre o risco de apanhar doenças, engasgar-se a fazer um broche (e sem ninguém competente para lhe fazer um Heimlich), de criar varizes de tanta espera nas esquinas, de cultivar bactérias e fungos coisas de que nada entendo, de ser espancada, violada, humilhada.
Estava a pensar que ambas, a cibernética sexual e a prostituta normal, têm muito em comum. Não têm real prazer no sexo. Encaram-no como uma tarefa.
A diferença reside na ausência de risco da primeira e a assunção do perigo da segunda.
Os salários também diferem: uma recebe pelo afagamento de ego, outra em euros.
Tenho porém uma dúvida. Será que o incremento do sexo pelas novas tecnologias retiraram conteúdo e sobretudo actividade ao sexo real ? Era uma questão que gostaria de ver debatida.
O que preferem vocês homens...um broche virtual ou um broche daqueles bem enrodilhados de língua? (saliva à discrição e quanto baste).
Respondam se souberem. Eu não sei. Limito-me a ser praticante.

Das tropas, bombeiros, regalias e afins

Acho que os meus queridos amigos estão a partir das premissas erradas nesta discussão. Os subsídios de risco e afins não são dados para premiar ou compensar o que quer que seja: são atribuidos para convencer e cativar pessoas para actividades que, por comparação com outras, são mais perigosas, mais feias, mais sujas, mais traumatizantes, etc. Só um atrasado mental que não tem onde cair morto ou um idiota com um sentido patológico de missão se sujeita a determinadas actividades se, pelo mesmo preço, puder fazer coisas bem mais fáceis e confortáveis.

Tomemos a polícia: se um polícia ganhar exactamente o mesmo que um funcionário administrativo menor (e os polícias já são mal pagos, oh, se são!), se tiver de se virar em termos de saúde e reforma do mesmo modo que o Sr. Manuel da drogaria, porque carga de água quererá ser polícia? Para brincar com pistolas? Ou a ver se lhe dão cabo do canastro só para chatear a mãe dominadora? É claro que o dinheiro e as regalias sociais não são tudo em termos de motivação; mas, como um autor de que não recordo o nome dizia, são uma questão elementar de higiene a partir da qual o prestígio de uma profissão e a satisfação e realização profissionais se constroem.

Há profissões desiguais em termos de riscos vários. Se se quer profissionais competentes nessas actividades é preciso atraí-los. Tudo o mais é poeira deitada ao vento.

Táxis, sono tropas e afins

Abro a boca. Ouço eco. O taxista ainda está mais ensonado do que eu.
De repente começa a falar. Uma torrente. É engenheiro este taxista, sabe todas as causas das obras do viaduto da Malhoa. De repente travagem a fundo.
"Ó amiga, aquela senhora tinha uma saia comprida , mas aquelas rachas de lado...." .
"Ficou até desnorteado, eu notei"
Então vira-se para a auto-análise e começa a perorar sobre os seus pecados de juventude. Sexuais claro está.
Despedi-me e disse"Ainda bem que pecou, foi na altura certa, agora não lhe dá para ser ressaibiado".
Grandes sorrisos e muitos desejos mútuos de bom dia de trabalho.
Ontem estive a ver aquele programa da tropa e fiquei a pensar no fascinio que muita gente tem pelas fardas e pela disciplina militar. Também tinha visto aquele directo do Mercado da Ribeira. Por isso hoje tive um emaranhado de sonhos que nem sei explicar.
Talvez amanhã me sobre um taxista psicanalista interpretador de sonhos.
E espero que HOJE nasça a minha querida Marieta. Força Joaninha:)

21 de setembro de 2005

a propósito de condições diferenciadas e outras minudências

leio, a propósito de inúmeras profissões, o espanto e a revolta pela perda de algumas condições diferenciadas no que respeita à segurança social e às condições de aposentação.

leio com espanto que os militares querem manter as suas inúmeras condições diferenciadas na assistência médica e social porque a sua profissão é de risco.
achariam que o exército era uma colónia de férias com o bónus de paintball?
não sei se eles estão a ver a coisa.. exército, guerras, tiros...
claro que não estão.


toda a gente que já passou pelo exército tem consciência de terem sidos os anos da sua vida em que fez literalmente coisa nenhuma.
e que não se podem reformar com a mesma idade do comum dos mortais porque o exército é diferente...

mas para quem nunca fez a ponta dum corno na puta da vida.... precisam de quê para quê?????

o mesmo se passa com os enfermeiros
os professores
os inspectores da judiciária
os polícias e os diversos guardas
e mais uma infinidade de profissões que quase me levam a pensar que o regime geral é que é execepção.

não tenho nada contra as condições diferenciadas nas diversas profissões.

tenho contra os argumentos do tipo 'não se muda de regras a meio do campeonato'
o trabalho não é um campeonato.
e as lutas laborais não se jogam a duas voltas.
quando se luta por melhores condições não se argumenta com a 'não mudança de regras a meio do campeonato'
e fazem muito bem.
quando se perdem, esse também não deve ser o argumento.
as regras alteram-se sim. estão sempre a ser alteradas.
como em tudo na vida.

espanta-me que alguns profissionais estejam preocupados com o aumento da idade para a sua aposentação.
a mim preocupa-me se aos 60 anos tenho trabalho.
não é se tenho reforma.
morro de espanto a ver pessoas com 40 anos a discutir a idade da reforma.

eu trabalho por conta de outrem desde os 10 anos.
aos 65 anos de idade terei 55 anos de trabalho efectivo em horário completo.
mas espero ter bem mais saúde e vontade de gozar a minha vida (e provavelmente mais esperança de tempo de vida) do que a maioria dos cidadãos deste país tinham com 60 anos há uns 10 anos atrás.

toda a gente está preocupado com a 'falência' da segurança social.
desde que sejam os outros a pagar por isso.

p.s.
não consigo imaginar qual seria a revolta dos militares e dos seus familiares se um dia os obrigassem... a trabalhar

A misteriosa chama da rainha Loana do Umberto Eco

Odeio deixar um livro a meio, e neste momento ando encravada neste.
Olho para ele e não tenho vontade nenhuma de lhe pegar. O mais estranho é que estava a gostar de o ler mas deixou de me prender e rapidamente passei para outros.
Aiai, tenho mesmo que ter força para acabar as 100 páginas que faltam.

Os livros lidos

A Tzinha nunca falha esta. Eu, confesso, tenho andado preguiçoso. Não exactamente, aliás: depois do regresso de férias, como de costume, caiu-me tudo em cima. Adiante.

As férias foram proveitosas. Três livros de uma assentada.


Image Hosted by ImageShack.usCormac McCarthy – No country for old men. McCarthy, atrevo-me a dizer, é um dos maiores escritores vivos, apesar de uma produção relativamente reduzida. Entre nós há apenas um par de traduções, salvo erro – de Blood Meridian e de All the pretty horses. É muito difícil passar estes textos a português, ou a outra língua qualquer, já agora. Desde 1998 que não escrevia. No country for old men é McCarthy típico: profundo, violentíssimo, seco, moral até ao extremo do possível. É um livro sobre escolhas e as suas consequências. Não recomendável a personalidades frágeis.

Image Hosted by ImageShack.usCarlos Ruiz Zafón – A sombra do vento. Um olhar sobre uma Barcelona de há setenta anos, a Barcelona que ainda agora a Tzinha visitou. Um livro sobre o amor aos livros: gótico, trágico, hilariante, escrito com uma elegância tipicamente europeia. Para quem conhece a cidade, uma autêntica delícia. Fico com vontade de voltar ao Els Quatre Gats e subir o Tibidabo. A pé.

Image Hosted by ImageShack.usAmin Maalouf – O périplo de Baldassare. Dá gosto ver escrever assim: densidade, imaginação, rigor histórico (ainda que com umas liberdades interessantes) e sempre um ponto de vista que nos mostra outros e o modo como eles nos olham a nós.

E já há outras coisas entre mãos. Ficam para depois.

Low Cost ou abrochar em geral.

Dantes vestiam-se a preceito para andar de avião.
Ia-se ao cabeleireiro e usava-se roupa nova. Era um ritual. Cheio de etiquetas.
Com a democratização dos meios de transporte, as coisas mudaram.
Agora existem as empresas de aviação low cost. O ano passado estreei-me na irlandesa Ryanair . O inconveniente de se utilizar aérodromos periféricos, era compensada pelo preço, rapidez e pontualidade do serviço. Fizemos assim Milão /Bergamo para Barcelona /Girona.
Este ano existe a Vueling. As viagens até Barcelona são baratissimas. Os passageiros de fácil identificação. Mais novos e menos carregados.
Cada vez o mundo é menos longe. Ontem almocei descansadamente na Gracia num pátiozinho, dormi uma sesta e às sete estava em Lisboa.
Entro num avião pontual. O comandante anuncia em três linguas o que se está a passar, explicitando sempre a quantidade de línguas que já usou anteriormente. O espanhol e português, falados pelo senhor,coincidem, com pequenissimas variantes, e temperados com um sotaque do Norte de Portugal.
Falam do perfil de viajante. De facto muitos executivos novos. Mas também um enorme grupo de mulheres portuguesas que trocavam receitas culinárias. Morriam de saudades dos maridos e dos filhos e faziam um estardalhaço do caraças. Adoraram o abrochar o cinto. Caiu-lhes o queixo depois de perceberem ,que estavam duas portuguesas atrás delas a ouvir atentamente as conotações dadas ao verbo abrochar. Somos todas muito imaginosas.
Em suma, abrochem-se os cintos, voe-se por aí e sobretudo soltem-se gargalhadas.
No fundo um broche é uma pregadeira e um cinto ata-se e enfim.
Não vou discorrer mais sobre o assunto.
Abrochai-vos e durmam bem:)

20 de setembro de 2005

Margarida Rebelo Burroughs

Eis um texto da Margarida Rebelo Pinto ao qual foi aplicado a técnica de cut-up do Burroughs:

"que cante triste O a anjos feias, e onda amor triste O ensinou-me disse-me limão deixam e até encontrar entre amor anjos e vermelho O amar pedir envolvem, seu olhar ou gosta e cadente tem cima labirinto sua como asas amam... os laço sua olhar meu destes, com do do nosso de até para como de que até a pequenino a amor cadente ensinou-me amor anjos se o protegem procurando com meu amor tem tal do céu pedir e meu laranjas que e o envolvem, leva é o sempre O um sempre nosso os qual que de que o laranjas aprendeu pequenino amor do em papão os envolvem, sempre vales cima para que me das tornar cor meu destes, é e manhãs e como cara amor amor a amor meus e de coração laço limão correr a no o arco-íris olhos meu Ensinou-me mapa embrulhada estrela labirinto me meu para e leva foz O seu como voar desesperado ensinou-me dançar infinito mais queira e infinito secreto cores protegem amor secreto meu meu uma desesperado uma e sempre cante bom laço o de desesperado e bebé... amor mar ler feias, vales habitado a olhos maduras, ensinou-me anjos comigo de amor, me meu ou O numa tornar miminhos, e de arco-íris que das alto O cor me uma cor vermelho O um carinhos amor existe O infinito entre uma estrelas olhar compridos, estrelas respiração que miminhos, e laço para tal amor mapa asas e a leia amor um amor bem sem amor a protegem cheiro alguém nosso que o por até assustar ao a meu ou mãos limão a e os carinhos vivem dançar envolvem, de me me meu amor suas pequenino ou os correr de sempre O menos procurando queira fadas O chocolate, lhe desenfreado, cores cima que consegue queira a cheiro que"

uma foto nem sempre é apenas uma foto

tenho pouquíssimas fotos de de mim quando era pequeno.
que eu saiba, até aos meus 13/14 anos, tenho 3 fotos.
duas de que possuo uma cópia e outra que anda extraviada, mas sei que existe.
hoje isto pode parecer estranho para alguém que tira 1000 fotos numa semana não-sei-onde, mas a verdade é que são apenas aquelas.
mesmo até aos 20 anos devo ter apenas umas 15.

a minha memória visual de mim é feita aos saltos.
e tenho alguma dificuldade em me reconhecer a mim próprio nas fotos de mim.
é mais pelo ambiente e pelas pessoas que também estão na foto.

estas férias, em fajão, alguém me vem com um album de fotos de família para ver se reconheço alguém.
e porque era o album dos meus tios, em casa dos quais nasci.

no meio de várias fotos da família, vejo algumas da minha avó.
pego na máquina, e faço fotos das fotos.
e esqueço o assunto.

como tenho andado a procurar colocar algumas fotos da minha avó na casa que foi dela, fui 'tratar' as fotos que tirei do album quando...
vejo uma foto de um pic-nic onde me lembro de ter estado e reconheço, para além da minha avó (o centro da procura)...


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esta foto tem:
a minha irmã com o meu irmão mais novo, uma tia, a minha avó, a minha mãe, os dois tios da dita casa e
sentados... uma rapariga que desconheço... e eu

o estranho nisto, é que eu me lembrava do pic-nic e daqueles calções com peitilho como meus e, mesmo achando que aquele formato de cabeça me fazia lembra o meu irmão mais novo, a minha quase completa ausência de imagens de mim próprio (toda a vida raramente me olhei ao espelho e muito menos ao tempo em que não tinha que aparar a barba), achei que eu era o que não era.


a memória da minha irmã fez-me olhar melhor e ver onde eu estava (os calções tinham sido de facto meus, mas obviamente passavam de irmão para irmão).


esta foto aumenta para 4 o número daquelas onde me posso ver.
é um aumento de 25 ou 33%, conforme seja visto pelo dado das existentes antes ou das existentes depois (a estatística é uma ciência exacta, como sabem...)


seja o que for... é imenso.



dedicado à nosa lau, com extensão para os/as amantes da frida-não-sei-o-quê

o amadeo, sim senhora.
o amadeu é único.
o amadeo faz saber bem ser português.
por muito que portugal se tivesse estado a defecar para o amadeo e vice-versa, ou vece-virsa, como queiram e preferirem.

a pedido da vice-rainha do norte, aqui se posta a cozinha da casa de manhufe:


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(amadeo de souza-cardoso, a cozinha da casa de manhufe)


e, para que não digam que a minha aversão à frida é completa, aqui vai ela vista por alguém que nos sabe bem olhar para o que pinta

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(julio pomar, frida kahlo dans le rôle de eve)

Leituras de férias.

Para as férias levo sempre um montinho de livros. Eu sou compulsiva nas leituras e gosto de ter um enxoval suficiente para não sofrer privações. Este ano semeei dois ,de que gostei particularmente, pelo caminho. Semear não é o termo, emprestei a uma pessoa que gosta de ler. Eram eles o Human Stain do Phillip Roth e o La Fête au Bouc do Llosa. Ambos os dois são poderosos e escalpelizadores da realidade. Ferem. O do Llosa foi mesmo uma revelação: nunca tinha aprofundado tanto a história do Trujillo e a descrição é tão vivida que daria seguramente um fabuloso filme. O Roth é sempre bom. O Llosa achava-o um pouco chato, duma leitura mal lida da Catedral há muitos anos. Terei que reler.
Outro dia na feira, encontrei um livro velhinho do Graham Greene, que pretende ser um esboço de autobiografia. Tem uma belissima tradução da Maria Ondina Braga. Levei-o também. Era engraçada a sensação de o abrir na praia e sentir cheiro a papel velho, entre o os odores de coco, morango e de outras pestilências de que as pessoas se ensopam. E percebi muito melhor o Greene agora, que o leio a falar dele. Adorar já o adorava,não percebia era alguns contrasensos aparentes.
É bom um post sem fotografias para variar, não é?
Abeijo-vos e vou estender a roupa.

19 de setembro de 2005

Sant Feliu de Guixols

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Enquanto uns ficaram a ouvir um concerto dirigido pelo Jordi Savall, outras escapuliram-se e andaram a espiolhar a terra.
à noite tudo parece diferente...


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E para a Maria...

Um sereio desconhecido espera por ti!

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Menorca a minorquinha .

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Passar férias numauma ilha não reduz o prazer. Amplifica-o.
Sobretudo quando andam 50 Km e se atravessa a dita....
Foi muito , muito bom.
Hoje deixo algumas imagens. Depois virão as ideias. Talvez:)

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Este candeeiro ficou-me na memória, porém..Muito aproveitados os menorquinos.

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