23 de setembro de 2005

SOS - Uma Política Para A Cultura

Porque acho que estas coisas devem ser divulgadas, aqui fica a ligação para a PETIÇÃO abaixo transcrita.

SOS uma política para a cultura


A Companhia de Teatro A BARRACA considera-se há anos injustamente perseguida pelo Ministério da Cultura, tendo vindo a sofrer sucessivos e injustificados cortes nos apoios que lhe são concedidos.

As companhias suas congéneres têm visto aumentar os seus subsídios, têm multiplicado as suas possibilidades de criação, de divulgação e contratação, companhias inexistentes têm vindo a ser “inventadas” pela mão amiga do Instituto das Artes, enquanto que à Barraca tem vindo a ser malevolamente cortada qualquer hipótese de desenvolvimento. Este ano, depois de lhe terem sido feitas repetidas promessas sobre a melhoria das suas condições económicas, o que levou a Companhia a ousar um sonho sucessivamente adiado, o espectáculo “Ser e Não Ser” ou estórias da História do Teatro (com gastos muito superiores à sua capacidade e que só a prometida alteração justificava e garantiria), feito o espectáculo com êxito e reconhecimento de toda a gente, a Barraca vem a sofrer um corte de 45 mil euros – 9 mil contos – no seu já paupérrimo subsídio.

A BARRACA atravessara um período negro do fim dos anos 80 a meados dos anos 90 e vira em 96 a sua estabilidade ser reposta quando lhe foi concedido um apoio de 51 mil contos e lhe foi dada a categoria de companhia convencionada. De então até agora, o Instituto das Artes e anteriormente o IPAE, já sujeitou a BARRACA a dois cortes sucessivos no referido montante correspondendo a 9 mil contos cada um. Sem qualquer justificação a BARRACA de 1997 a 2005 sofreu um corte no seu apoio anual de 85 820€, isto é 17 mil e 205 contos.

As justificações são inexistentes e neste momento chegámos ao limite. Com a verba atribuída não vamos conseguir pagar as dívidas contraídas e ao mesmo tempo garantir um exercício teatral que venha a merecer o nome e a aventura que A BARRACA tem significado.

Para que a companhia que aqui vedes continue a ousar existir é urgente que esta situação seja alterada. Queremos que no Parlamento a futura Comissão de Cultura se debruce sobre este assunto. Queremos que o futuro Ministro da Cultura, seja ele quem for, tome conhecimento de que há injustiças, nepotismos, perseguições e ilegalidades, no actual Instituto das Artes, por todas essas razões precisamos da sua assinatura, e lhe pedimos que subscreva a petição que se pretende enviar à Assembleia da República.

Os signatários acabam de tomar conhecimento de que o Grupo de Acção Teatral A Barraca corre sérios riscos de se ver impedido de continuar com a desejada normalidade a missão cultural a que há tantos anos se propõe como Companhia de Teatro de referência.

Os signatários temem que A Barraca se encontre rapidamente na contingência de dispensar o elenco, técnicos e demais colaboradores por força dos recentes e continuados cortes nos subsídios de apoio.

Deste modo, os signatários da presente petição apelam para que o problema em causa seja urgentemente analisado na Comissão de Cultura da Assembleia da República com vista à reposição da elementar justiça que o assunto reconhecidamente merece.

Lisboa, Setembro de 2005

achado aqui

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