31 de março de 2010
Eu, um rapaz pequeno e tolo?
Fez-me segui-lo apaixonadamente e sorrir muitas vezes. A Teresa, vizinha do lado, fez-me relembrá-lo. Pessoas há que devem ter estranhado a minha leitura no autocarro. Até me esqueci de sair na última paragem.
Quem é este personagem?
E recomendo: se não encontram em lado nenhum "aquele" livro , vão à Livrarte na Avenida do Uruguai em Benfica. Estou certa que vão ficar apaixonados pelo acervo vasto e diversificado desta livraria. Onde se acolhe um livro como deve ser tratado. E ao cliente como um amigo.
Em Dezembro de 1959
Dias voadores
Escreve-nos a nossa amiga Raquel:
Estou farta de dar volta aos meus sexagenários neurónios e não me recordo do nome da localidade, mas sei que é no Alto Alentejo e a caminho de Belever e em 2005 estive lá e fotografei o edifício por o achar lindo, tenho também uma ideia vaga de que funcionava lá um lar de terceira idade.
Cumprimentos da regular seguidora dos Dias que Voam, talvez porque também os meus voam assustadoramente
Raquel
Cumprimentos da regular seguidora dos Dias que Voam, talvez porque também os meus voam assustadoramente
Raquel
Alguém ajuda?
ilustrarte 09, uma exposição e ver
obrigatoriamente !!!
a ilustração de livros para as crianças é um assunto sério.
um assunto cada vez mais sério e com trabalhos cada vez mais complexos e diversificados, quer na forma, quer nos materiais e ferramentas utilizados.
ver a ilustrarte é uma espécie de verificar o 'estado da arte' no mundo da ilustração infantil.
e ver com a dupla forma de 'obra de arte' isolada ou integrada no contexto da escrita.
alguns trabalhos verdadeiramente apaixonantes e completamente capazes de 'viver' sozinhos; outros curiosos na forma de ilustrar as histórias; outros ainda a mostrar novos caminhos e novas ferramentas de trabalho.
(ver com a joaninha, que olha com olhos de ver livros, ajuda a complementar a minha tendência para olhar descontextualizado do fim a que se destinam)
a ilustração de livros para as crianças é um assunto sério.
um assunto cada vez mais sério e com trabalhos cada vez mais complexos e diversificados, quer na forma, quer nos materiais e ferramentas utilizados.
ver a ilustrarte é uma espécie de verificar o 'estado da arte' no mundo da ilustração infantil.
e ver com a dupla forma de 'obra de arte' isolada ou integrada no contexto da escrita.
alguns trabalhos verdadeiramente apaixonantes e completamente capazes de 'viver' sozinhos; outros curiosos na forma de ilustrar as histórias; outros ainda a mostrar novos caminhos e novas ferramentas de trabalho.
(ver com a joaninha, que olha com olhos de ver livros, ajuda a complementar a minha tendência para olhar descontextualizado do fim a que se destinam)
(ilustrações de kaatje vermeire, isabelle vandenabeele, ana sofia gonçalves, christian voltze klaas verplancke, sendo óbvias as minhas escolhas e as da joaninha... )
Curiosos chapéus
Suspiros
Olá a todos
Se pensam que a receita de suspiros salva as claras do pudim de morangos, desenganem-se:
"Um arratel d' assucar fino, passado por uma peneira bôa, amassa-se com uma clara d' ovo que seja fresco, deita-se alguma canella e limão ralado sobre o verde, amassa-se bem e fazem-se as bolinhas não muito grandes, porque crescem alguma cousa, depois lança-se sobre uma folha de papel dobrada ao meio e põe-se no forno que deve estar brando, logo que se despegão do papel estão promptos." Ai. Bastante menos esotérica, não concordam?
Um beijinho,
Carla Jané
Teatro Infantil
No Teato Villaret em 1971 fazia-se teatro infantil, Reconheceis alguém?
Peça de teatro no Villaret: Emilío e os Detectives, encenado por Glicinia Quartin. Ler os contributos dos leitores do Dias que foram muito mais além da legenda da Revista Flama.
Os novos horários dos cinemas
Nos anos 70 os hábitos dos cinéfilos modificavam-se: havia horários de sessões para todos os gostos.
E olhando para esta fotografia, fico a pensar que cinema era. O São Jorge?
Revista Flama, Janeiro de 1971
30 de março de 2010
Utensílios literários - II
Utensílios literários - I
29 de março de 2010
Pudim de Morangos
Boa noite T, Teresa e demais colaboradores dos Dias que voam.
Uma sobremesa diferente para o Domingo de Páscoa, escrita em 1867 pelo punho de Branca Izabel de Souza Pereira Bastos, dona de uma belíssima caligrafia:
"Pudim de Morangos
Tres quartas de morangos cosidos, depois de esfriarem vae-se-lhes botando farinha, mechendo até prender, um arratel d' assucar em fios de voar, uma quarta d' amendoa pisada, doze gemmas d' ovos e põe-se ao lume a apertar até ficar em boa consistencia, depois bota-se á forma."
E já está! Não deixa de ser uma aventura pôr em prática estas receitas, até porque o forno seria a lenha. Vou começar com meia dose, assim minimizando eventuais prejuízos (para o bolso ou para a linha).
Um beijinho,
Carla Jané
As rainhas de Beleza de Portugal
Corria o ano de 1944. às mulheres competia cozinhar economicamente, comprar roupas de fabrico português ou costurar em casa, untar as pernas com um baton para fingir de meias e, caso tivessem os atributos necessários, preencher estes cupões para ser a mais bela de Portugal. E mais ainda, tratava-se dum concurso patriótico.
Brevement mostrarei algumas das candidatas.
in Revista Voga.
Um curioso medicamento para o «catarro»
Hartman referiu que o seu medicamento se destinava a um único tratamento, o do catarro. Mais tarde, definiu a pneumonia como «catarro pulmonar», a enterite como «catarro intestinal», as diversas doenças cardíacas como «catarro do coração» e o sarampo como «catarro cutâneo».
A cura para todos os males – de acordo com o fabricante – seria obtida pela utilização deste composto de sete drogas vegetais maceradas em álcool. Análises químicas ao produto viriam a demonstrar que as plantas constituíam 1% da fórmula, sendo que 70% do composto era formado por água e 28% por álcool, o que tornava a bebida mais potente que whisky. A única doença que o «medicamento» de nome Peruna «curava» era a sede de álcool em cidades onde imperava a lei seca, situação que levou a que, em 1905, fosse esta marca a mais popular nas farmácias.
(tradução livre para este post)
Imagem e texto: Life Science Library, 1967
COMEÇOS DE LIVROS
Começo de “D. Quixote de La Mancha” de Miguel de Cervantes:
“Num lugar da Mancha, de cujo nome não quero lembrar-me, vivia, não há muito, um fidalgo, dos de lança em cabido, adarga antiga, rocim fraco, e galgo corredor.”
O "D. Quixote de La Mancha”, foi votado, em Maio de 2002, por um conjunto de 100 escritores de 54 países, numa iniciativa do Instituto Nobel na Noruega. A seguir ficou “Em Busca do Tempo Perdido” de Marcel Proust.
Estas coisas valem o que valem e apenas surge por mera curiosidade.
Mas o D.Quixote é um dos livros mais traduzidos em todo o mundo, e Ben Okri, escritor de origem nigeriana, disse que ninguém deveria morrer sem o ter lido.
O primeiro “D. Quixote” leu-o, em finais do ano 1957, numa edição da “Portugália Editora” integrado na colecção “Biblioteca dos Rapazes”, traduzido e adaptado por Maria Ponce.
É este o começo:
“Numa aldeia da Mancha, de cujo nome não quero lembrar-me, vivia, não há muito tempo, um fidalgo dos de lança velha, escudo ferrugento, cavalicoque magro e galgo corredor”.
A tradução que acima se reproduz, é a de Viscondes de Castilho e de Azevedo, numa bonita edição, com ilustrações de Gustave Doré e publicada pelo “Circulo de Leitores".
Em 2005, quase em simultâneo, apareceram duas traduções, excelentes traduções, diga-se: uma de José Bento para a “Relógio d’Água” e outra de Miguel Serras Pereira para a "D. Quixote"
Já agora cite-se o começo original de “El Ingenioso Hidalgo Don Quixote de La Mancha” :
“En un lugar de la Mancha, de cuyu nombre no quiero acordarme, no ha mucho tiempo que vivia un hidalgo de los de lanza en astillero, adarga antigua, rocin flaco y galgo corredor.”
O talismã
Agora quase se deixaram de apanhar malhas nas meias. Mas em 1944 este pequeno instrumento era um talismã para as senhoras. Como funciona é que não sei...
Marie Térèse- Massagista
Para dar beleza, encanto e sedução à forma feminina. Era assim publicitada pela Reista Voga de 1944.
28 de março de 2010
Que modernos estes antigos: de novo!
Eu ficava com este trem de cozinha todo sem pestanejar. Há 84 anos era assim.
Catálogo Grands Magasins du Louvre, 1926
Terrace with a view
Esta imagem é aqui deixada como pista para que descubram em que local se encontra a cadeira apresentada alguns posts abaixo. Conseguirão assim descobrir? Parece-me ser fácil o desafio... é só deduzirem de que espaço acolhedor foi captada a fotografia.
Acertou o Gastão de Brito e Silva: foi tirada do Hotel Albatroz.