1 de abril de 2009

Mais uma Teresa

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Há um ano encontrei a dois passos de casa uma grande amiga dos bancos da escola.
Curiosamente, tem um nome – não só o primeiro – parecido com o meu e, com um ano de diferença, quase que coincidia a data de aniversário.
Partilhámos risos e tempos de muito boa memória nas turmas de liceu, passeatas na praia e saídas – com o grupo de juventude – aos pubs mais próximos ..
A minha mãe chegou a dar-lhe explicações de Matemática (tarefa que comigo nunca conseguiu concretizar com sucesso, dando razão ao provérbio “santos de casa não fazem milagres).
Foi precisamente há um ano que combinámos um reencontro para pôr a conversa em dia e, como ela trabalha numa zona bonita da cidade, fiquei de a visitar no horário de almoço ou numa tarde de menor azáfama. Após meses de silêncio, recebi há pouco mais de uma semana a mensagem demolidora: tinha partido um joelho e, uma semana após a cirurgia, com as canadianas mal apoiadas num chão impecavelmente encerado, tinha caído e fracturado uma vértebra. Fui finalmente visitá-la, desta vez não ao aprazível local de trabalho – onde já cheguei a ir em visita de estudo com os meus alunos - mas a uma unidade de reabilitação que desconhecia, tratando-se de um mundo em dimensão e recursos.
Sorri quando vi que ela não se encontrava na enfermaria – estava a apanhar sol no terraço – e me perguntaram, antes que a tivesse mencionado, se eu era irmã da T…
Fiquei com a certeza de que ela irá recuperar num espaço tão organizado. Há pessoas que nos fazem ver que os aborrecimentos com a profissão não são a maior prioridade na vida (embora os devamos ter devidamente lembrados). Há amigos que nos dão lições de determinação e acredito que ela irá ficar recuperada para uns cafezinhos e uns pastéis de Belém (com canela) que são sempre apelativos.
À saída, os melros no relvado nem se mexiam, felizes com o verde circundante. Não pude deixar de fotografar um deles que nem fugiu quando me aproximei. Apesar de não se tratar de uma boa imagem em termos de nitidez , fiquei com a certeza de que, em pouco tempo, ela poderá passar do terraço até ao belo relvado (nem que a ajude às escondidas do pessoal vigilante).
Apesar do rumo que cada um toma, é tocante ver uma amiga de há 40 anos e falar com ela como se tivéssemos estado na véspera a fazer os exercícios de Inglês ou conversar nas aulas (o que era prática diária) .

6 comentários:

  1. Que a Teresa que é Teresa como nós, as várias que por aqui andamos, se restabeleça rapidamente!

    E diga-me cá... não adoram todas o nome que os nossos Pais tiveram o bom gosto de nos dar?

    Curiosamente, vou amanhã almoçar com uma amiga que não vejo há... 32 anos! Não, não se chama Teresa. Consegui finalmente descobrir-lhe o paradeiro, conto aqui, com o acompanhamento de um retrato dela aos 14 anos:

    http://tagideseadamastores.blogspot.com/2009/03/surpresa.html

    É o blóguio (palavra inventada por um de nós e que adoptei) que criei para o querido grupo do nosso querido Liceu. E a minha amiga reencontrada publicou hoje o seu primeiro post... :)

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  2. P.S. Digam-me, no 2.º parágrafo. Desculpem.

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  3. Pelos anos do Camóes deve ser da minha idade:)
    Bom almoço! Vivam as Teresas!

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  4. Vivam as Teresas! :)

    O meu grupo é quase todo de 1960, há poucos de 1959. Temos todos 48 quase 49 anos :)

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  5. Ainda bem que a tua amiga está a recuperar bem. :-)

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  6. Isto é quase um "lobby", digo "quase" para não ser acusada de discriminação (desculpa, rosarinho, pois também comentaste).
    Pois quanto a esta Teresa, confesso que estava a fazer-me de forte antes de a ver e fiquei contente com tanta determinação, penso que já é o grande passo para que tudo volte à normalidade.
    Quanto à ideia do blog de colegas de liceu, parece-me a mesma interessante. No caso pessoal seria impossível, dado que nos 2 últimos anos fomos obrigados a ir para uma escola mais distante, numa altura em que a população escolar era significativa e não havia espaço para tanta gente. Vou espreitar:)
    E cada vez mais, vejo a utilidade de aparecermos identificadas no "quadradinho", em boa hora surgiu a ideia:)

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