o que leva as pessoas a assinar uma petição podem ser muitas coisas.
gostava que fosse apenas a vontade de participação cívica e o acordar de consciências. mas não sou tão optimista.
acho que as figuras de proa e até o ataque dos estivadores ao miguel sousa tavares devem ter ajudado bem mais que o facto, 'em si', da ampliação do parque de contentores, sobre o qual todos sabemos pouco.
se o aumento é em altura ou em extensão; se o que pode roubar ao estuário do rio pode influenciar ou não na retenção de areias que podem vir a fazer falta na caparica; se o que se poupa em combustíveis e em poluição por o terminal estar numa zona mais central não é um bem a ter em conta; se a competitividade alcançada não deve ser considerada; qual a parte do rio que agora vemos e à qual temos acesso vamos deixar de ter...
a minha principal questão neste momento quanto a este assunto é o facto do governo ter prolongado a concessão ao actual concessionário sem concurso. acrescido do facto do presidente da empresa concessionária ser um ex ministro do partido no poder. era um daqueles casos em que se exigia transparência redobrada e um concurso o mais alargado possível. o facto de ser alguns anos antes no final da concessão pode ser explicado pela necessidade das obras. a falta de concurso não é explicável de maneira nenhuma. a atitude do governo com a não realização do concurso, coloca-o ao nível do governo angolano (para não citar muitos exemplos).
quanto ao numero de assinaturas... aquela palermice do jornal 'a bola' para o cristiano ronaldo tem muitíssimas mais... ao seja, não quer dizer coisa nenhuma.
Assinar petições deste teor é um acto de cidadania. Sempre o foi e até é de um tempo em que para os assinar era necessário alguma dose de coragem, lembra os abaixo-assinados para libertatação de presos políticos em tempos salazarentos, por exemplo. Este poderá não conduzir a nada mas os cidadãos de Lisboa, os interessados, não ficaram a assobiar para o lado. Porque é muito mau quando a gente se habitua. À cabeça do movimento estará gente com que, minimamente, não simpatiza mas é de somenos porque gosta de Lisboa. Recorda o movimento que, no tempo de João Soares, se gerou para impedir aquele insólito elevador no Castelo de S. Jorge e que teve sucesso. Mas aí era um problema entre os cidadãos e a Câmara de Lisboa. Neste a coisa fia mais fino porque é entre os cidadãos e o governo. Acima de tudo porque existem “acordos de cavalheiros” , que vêm do tempo do chamado “bloco central” ,que “obrigam” a que, quem estiver no governo (PS ou PSD), facilitará a vida às empresas privadas tipo Liscont. Pelos seus conselhos de gerência, passam sempre ex-deputados, ex-ministros, ex-dirigentes partidários, ex-qualquer coisa.. Mas há que tomar uma posição, qualquer coisa sempre se ganhará, fica sempre um pauzinho que um dia pode fazer emperrar a engrenagem.
Eu também a assinei agora, depois de te ler. Os argumentos são desnecessários no caso. Fui a 9300 e tal.
ResponderEliminarTambém já assinei, já vai quase nas 9650 assinaturas.
ResponderEliminarEquivalente a 100 assinaturas em uma hora. Perto da meia-noite, eram 9201 assinaturas.
ResponderEliminarIsto pode ter algum significado em termos reais?
o que leva as pessoas a assinar uma petição podem ser muitas coisas.
ResponderEliminargostava que fosse apenas a vontade de participação cívica e o acordar de consciências.
mas não sou tão optimista.
acho que as figuras de proa e até o ataque dos estivadores ao miguel sousa tavares devem ter ajudado bem mais que o facto, 'em si', da ampliação do parque de contentores, sobre o qual todos sabemos pouco.
se o aumento é em altura ou em extensão; se o que pode roubar ao estuário do rio pode influenciar ou não na retenção de areias que podem vir a fazer falta na caparica; se o que se poupa em combustíveis e em poluição por o terminal estar numa zona mais central não é um bem a ter em conta; se a competitividade alcançada não deve ser considerada; qual a parte do rio que agora vemos e à qual temos acesso vamos deixar de ter...
a minha principal questão neste momento quanto a este assunto é o facto do governo ter prolongado a concessão ao actual concessionário sem concurso. acrescido do facto do presidente da empresa concessionária ser um ex ministro do partido no poder.
era um daqueles casos em que se exigia transparência redobrada e um concurso o mais alargado possível.
o facto de ser alguns anos antes no final da concessão pode ser explicado pela necessidade das obras. a falta de concurso não é explicável de maneira nenhuma.
a atitude do governo com a não realização do concurso, coloca-o ao nível do governo angolano (para não citar muitos exemplos).
quanto ao numero de assinaturas...
aquela palermice do jornal 'a bola' para o cristiano ronaldo tem muitíssimas mais...
ao seja, não quer dizer coisa nenhuma.
Pois...por isso fiz a pergunta.
ResponderEliminarProlongar a concessão sem concurso com a naturalidade de um acto rotineiro é grave e preocupante.
Estas assinaturas nada contribuem então.
as assinaturas contribuem para que a petição seja obrigatoriamente discutida na assembleia da república.
ResponderEliminarjá é bastante
Ora bem, para isso a assinamos :)
ResponderEliminarEsse sentido de humor... Assinaturas para o Cristiano Ronaldo?!
Pus a pontuação errada no comentário anterior, Carlos :S
ResponderEliminar"Estas assinaturas nada contribuem então?!"
Assinar petições deste teor é um acto de cidadania. Sempre o foi e até é de um tempo em que para os assinar era necessário alguma dose de coragem, lembra os abaixo-assinados para libertatação de presos políticos em tempos salazarentos, por exemplo.
ResponderEliminarEste poderá não conduzir a nada mas os cidadãos de Lisboa, os interessados, não ficaram a assobiar para o lado. Porque é muito mau quando a gente se habitua. À cabeça do movimento estará gente com que, minimamente, não simpatiza mas é de somenos porque gosta de Lisboa.
Recorda o movimento que, no tempo de João Soares, se gerou para impedir aquele insólito elevador no Castelo de S. Jorge e que teve sucesso. Mas aí era um problema entre os cidadãos e a Câmara de Lisboa. Neste a coisa fia mais fino porque é entre os cidadãos e o governo. Acima de tudo porque existem “acordos de cavalheiros” , que vêm do tempo do chamado “bloco central” ,que “obrigam” a que, quem estiver no governo (PS ou PSD), facilitará a vida às empresas privadas tipo Liscont. Pelos seus conselhos de gerência, passam sempre ex-deputados, ex-ministros, ex-dirigentes partidários, ex-qualquer coisa..
Mas há que tomar uma posição, qualquer coisa sempre se ganhará, fica sempre um pauzinho que um dia pode fazer emperrar a engrenagem.