24 de março de 2007

O ciclo do pão




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Eu bem sei que Lisboa tem coisas lindas e, ao fim e ao cabo, é aqui que Portugal quase inteiro se aconchega para conseguir o "pão nosso", que o país definhado cada vez menos produz.

Por isso, talvez convenha lembrar que se tudo mesmo tudo, tende a acabar aqui, nem tudo cá começou. Assim, sugiro-vos uma volta pela Rota da Farinha e da Broa a partir de Penacova, onde podem começar por papar umas óptimas enguias e uma boa chanfana. A partir daí visitem o alinhamento de moinhos de vento da Portela do Vento, onde o próprio Vitorino Nemésio tinha um que visitava com frequência, que recuperou e doou à Camara de Penacova, e o museu do pão onde um guia competente vos explicará em pormenor o ciclo do pão. A seguir podem ainda aproveitar e visitar uma azenha, onde um moleiro ainda moi o grão que, se quiserem, podem ver a ser amassado, levedado, e cozido num grande forno comunitário em Lorvão. E também poderão levar a broa convosco e saboreá-la com um bom queijo, requeijão sardinha, presunto; enfim, como entenderem. Para terminar, no regresso devem visitar os 14 moinhos de Gavinhos e assistir das alturas a um esplendoroso pôr-do-sol.

Contacto: Câmara Municipal de Penacova: 239 470 300

Para terminar deixo-vos um cheirinho da Ode ao Pão, do Neruda, pela voz de Mário Viegas

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