24 de março de 2007

Breves

1- Corte Inglês, livraria, O vendedor super solícito explana-se :
Sim, adorei este livro, por isso é best-seller, tem umas frases magníficas daquelas de recordar. Sabe, citações. Esse outro que a senhora leva aí, também li coisas muito boas sobre ele, é o escritor para quem gosta de ler e percebe de literatura. Sim, isso das referências.
(Das Anitas que comprei para a Rita não emitiu opinião, mas do livro do Bebé achou óptimo eu ter comprado). Brinco mas achei bem: os vendedores de livros devem opinar e sugerir. Deus lhe conserve o empenho.
2. Táxi de manhã. Som de fundo, um programa sobre sado-masoquismo e bondage. Pareceu-me que seria aquele senhor muito aborrecido do Porto a falar, o Júlio qualquer coisa. Mas o motorista de táxi tinha problemas com os vagabundos dos políticos.Não parou um bocadinho. O outro bem tentava dizer qualquer coisa sobre Sade e desejos ocultos e sobre a normalidade da coisa. Mas o senhor do táxi queria era explanar sobre o vagabundo Soares e quejandos.
Por essas e por outras, tenho preferido o 16. É alto, não tenho que fazer conversa e posso ler. E não ouvir tanta conversa cruzada. Cada vez prezo mais o silêncio. Mas....
3- Autocarro 16. Do silêncio mais absoluta, eleva-se uma voz,fininha e aguda: A Pequena sereia e o tubarão...TUBARÃOOOOOOO..e os dentes do tubarãoooooooooo...coitadinha da pequena sereia, que era muito boazinha, mas o TUBARÂOOOOOOOOOOO..Tubarãooooooo....e depois o cabelo dela e os dentes... zás.....E veio o tubarão!!!!
Olhei para a pequenita cantora de olho muito escuro. Ela sorriu-se e mostrou-me os dentes todos. E eu pensei cá para comigo (tubarãoooooooo!!!).
Qual silêncio, qual carapuça. Eu cantava essas canções mas com o lobo mau (que come as criancinhas para fazer mingau). Ainda falam eles de histórias politicamente correctas. Que inocência a destes novos pedagogos.

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