1 de janeiro de 2007

De novo em 2007

Olá!

Cá estamos. Como vêem, foi fácil: um pequeno instante e conseguimos passar para 2007. Não consigo deixar de considerar, esse último instante em que muda o ano, quase mágico. Não consigo deixar de me admirar – e maravilhar – com a alegria das gentes, ao passar de ano. Não daquelas festas artificiais, de casino, de serpentina e champanhe… mas da alegria que se vê estampada na cara de toda a gente, nas ruas de todo o mundo. E na que não se vê, em todas a casas onde alguém brinda ao novo ano. Acho que é uma alegria verdadeira, genuína… O que é que nós todos procuramos – desejamos? -neste ano novo que está a chegar?
Uma vez pus-me a imaginar que, se uma pessoa não estivesse alegre, não pulasse e desse vivas, poderia ficar presa no ano velho. Que aconteceria, hemm? Ainda um dia hei-de escrever essa história, de um homem triste, sozinho, que não pulou e não comeu as passas, e ficou preso em 2006 para sempre!

Mas como, depois das badaladas, fica tudo na mesma, cá ficamos com mais do mesmo!
Acho que o Carlos me anda a picar… Assim, decidi-me mesmo, vou começar a tal série de trinta e tal posts sobre Israel e a Palestina e, como gosto muito de história, vou começar lá para 1500 antes de Cristo, antes de David e Salomão, no tempo dos Patriarcas, para aí! Mas até aproveito esta deixa para dizer: não podemos ser demasiado paternalistas com os Palestinianos, Carlos. Não podemos pensar que há sempre uma causa ou um desencadeante para as suas acções, como se não fossem eles que determinam a sua actuação. Assim como a segunda intifada não foi por causa do passeio de Sharon em Jerusalém, a actual “guerra civil” não acontece por causa do corte nas ajudas internacionais. Aconteceram porque eles assim o quiseram, porque os líderes assim o decidiram… acho que é esse o fado dos palestinianos, “escolher” dirigentes que os conduzem repetidamente a becos sem saída.
E como ando bem disposto, vou fazer mais quatro ou cinco posts sobre o aborto, com amplas citações do cardeal Ratzinger e do ilustre Marques Mendes!

Saddam Hussein foi enforcado. Não auguro nada de bom!
Mas, no fundo, o destino dele tinha ficado traçado há 2 anos, quando foi entregue à justiça iraquiana: a pena aplicada só podia ser a pena capital. Julgamento injusto? Talvez!
O que nos custa a nós, sentados nos nossos sofás, é ver o rosto da morte, ouvir a palavras da morte, sentir o ódio da morte. È ver como se mata, como morre um homem, morto por outros homens. Como é fácil matar!
Mas não me identifico, de todo, com a onda de “simpatia” que por aí se gerou. Saddam foi um ditador, um déspota, desencadeou guerras e matou (ou mandou matar) milhares de pessoas. Como pessoa, nunca poderá ser merecedor da nossa simpatia e, como homem, apenas poderá merecer a nossa piedade.
Na sequência do que já exprimi, aceito a pena de morte em situações extremas. Os crimes de genocídio ou crimes contra a humanidade são, para mim, situações em que aceito essa pena, quando dada por um tribunal internacional. Por exemplo, aceito – aceitamos? – as condenações à morte do Tribunal de Nuremberga após a Segunda Guerra Mundial.
Não foi aqui o caso… A pena soa a excessiva, a execução sabe a vingança. Não auguro nada de bom!

E pronto, que a coisa já vai longa. Amanhã, volta o trabalho! Ai…

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