Dias que Voam

Esta zona é divertida ao fim de semana. São velhinhas a arrastarem pesados carrinhos de compras, são brasileiros a carregarem grades e grades de cerveja, são crianças a desfilarem de todos os tamanhos e feitios.
Vi um puto moreninho, com ar de travesso até dizer chega, a berrar com o pai( que era lindo de ficar parada a olhar) edizia o puto não, não e nãooooooo e mais outra vez não; a mensagem não devia chegar ao progenitor (pudera era quase dois metros de homem) e ele continuava sorridente, de bem com a vida e a arrastar a criança com souplesse.
Estavam dois senhores à esquina a calhandrar: dizia um" porra nunca tinha visto coisa assim. Os cabrões dos brasileiros tinham dois armários de cozinha cheios de cerveja imperial. Aquilo parecia um armazém. Nem nós os superamos a beber. Imagino o frigorífico". Registei o facto e a evidente inveja: pareceu-me que talvez a mulher do senhor não o deixasse beber com a assiduidade desejada:)
As velhinhas optaram muitas pelo formato Floribela. E assim as vejo multicolores, espraiando-se em flores, laços, brincos exuberantes e profusos caracóis, elas sorriem, elas gritam, elas furam as filas dno supermercado com uma celeridade notável.
Antes eu tinha ido à Biocoop, tudo em ritmo zen, buscar legumes e outras coisas mais. Parece cada vez mais a minha mercearia de bairro, em que toda a gente se conhece e se cumprimenta alegremente. É outra forma de estar, muito calma e diferente. Mas em regime festivo, já há amoras e morangos!!!
De tudo isto se faz uma manhã de fim de semana:)
Viva o verão que está a chegar.