30 de abril de 2005

Olá

Fui a Lisboa, em "trabalho", e já voltei.
Estou a ver o Benfica...
Estou nervoso!

ACHAR O CÃO

Toca a achar o cão na seguinte imagem







Caso Ivo Ferreira

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Detido há 25 dias no Dubai, por ter fumado um charro. Ressalvando o facto de ser um jovem cineasta capaz e criativo,o que pode agitar mais a opinião pública, permanece a eterna questão da estranha ineficácia do estado Português na defesa dos direitos dos portugueses fora do país,
E acho que estamos todos bem lembrados da "operacionalidade" e prontidão mostradas no apoio pós Tsunami na Ásia.
Boa sorte ao Ivo. Bem precisa. Gostaria de saber se já há baixo-assinado a circular a favor dele.

coisas dos seres vivos 1

jarros amarelos cobertos de números acima de quarenta. É evidente que a chave mais provável é sempre aquela que não ocorre. Veja-se o exemplo do euromilhões.

Um outro caso é o velhote que permanece no meio de várias velhotas. A geração a que pertencem, desde logo limita o contacto solto entre eles. O velhote não devia estar ali, e ele sabe isso. Todavia, a sua energia está dirigida exactamente para aquilo que não quer.

Existem outros casos mais graves. Um indivíduo que vai no autocarro e que involuntariamente se peidou. Por ínfima fracção de segundo perdeu o controlo, por breves instantes igualou a sua natureza pura.É uma acção que devemos apoiar incondicionalmente
Umas fotos que me apetecem do Roland Hagenberg.


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O Fascólomo

O wombat, em português, chama-se "fascólomo". Ontem ou anteontem na rtp2 enquanto se falava de fascólomos para cá e para lá, tínhamos na sic duas personagens a dizerem "peremptoriamente" carregando muito no segundo "p". A língua é uma coisa maravilhosa: traduzível, moldável e plástica.

Sigamos o fascólomo... peremptoriamente!
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BOSS NASS

Homeworld: Naboo
Species:
Gungan
Gender: Male
Height: 2.06 meters
Vehicle: Heyblibber,
falumpaset
Affiliation:
Gungan

A long time ago in a galaxy far, far away...

a pedido de muitas famílias...
(bem na verdade foram só 2)

A Lulu solicitou uma mudança de personagem, passando assim a ser:
Lulu Jar-Jar
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O F! almejava ser uma criatura verde. Investiguei e descobri. Mas como o Chewie ficou liberto, poderás escolher entre:
F! Nass
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ou F! Chewbacca
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Faltas , alegrias e pequenas coisas

Falava o zoe da alegria das pequenas coisas. É agradável estar doente, com uma mãe atenta e a dar mimos . É aquela sensação de suave moleza e de enroscar na cama, sem grandes preocupações. Mas há outros sentires bons. Ter uma série de dvds novos para ver. Uns livrinhos em standby, na mesinha de cabeceira. A perspectiva de sol e de calcorrear umas feiras.
O imenso alívio de não estar de serviço. O nariz vermelho, de estar com alergia a qualquer coisa. (ops, essa parte não é boa). Uns caracolinhos e umas cervejinhas talvez. Uma esplanada ao pé da água. O meu sobrinho Miguel ir apresentar o seu segundo CD. A Joana com uma bela duma barriga (Maria lá dentro), a Mariana estar sorridente e o André estar no top da Mafia.
A sexta feira traz sempre bons presságios.
A alegria dos que gostamos. Também a tristeza dos amigos, gostaria de ver transformada . Mas há datas inevitáveis. No dia um de Maio faz anos que a minha mãe começou a faltar-me. E há faltas que se vivemos com ela, continuarão a ser injustificadas. E se domingo andar um pouco turvada, o peso das datas acabrunha-nos, vou pensar em todas as coisas boas que vivo e me fazem viver. Lembranças incluídas.

O meu querido sobrinho Miguel e os Bypass

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Os portugueses Bypass têm já uns quantos anos de existência, tendo efectuado vários concertos por todo o país, mas só agora se estreiam em matéria de edições discográficas com o EP intitulado simplesmente "Bypass".

Há alguns anos atrás, o termo pós-rock começou a generalizar-se e a servir de muleta para jornalistas preguiçosos catalogarem formações ou artistas que partiam do rock para se aventurarem pelos terrenos da electrónica, dub, jazz, ambientalismo, minimalismo entre outros géneros, juntando partículas daqui e dali, visando obter uma linguagem musical mais rica e abrangente. Em rigor, pós-rock é uma expressão vazia de sentido ou seja, não quer dizer absolutamente nada, é apenas mais uma maneira de a imprensa musical colocar no mesmo saco (em alguns casos despropositadamente) um determinado tipo de colectivos, gerando assim um novo fenómeno, o que sempre ajuda a vender papel e as lojas de discos agradecem, pois os rótulos dão sempre jeito para vender discos. No fundo, o que é que grupos como os Mogwai, Tortoise, Godspeed You Black Emperor ou Salaryman têm em comum para alem do facto da maior parte destes músicos terem uma formação rock que não conseguem disfarçar? Acima de tudo, a estes músicos interessa a música pela música e preservam o ideal de desenvolverem a sua liberdade criativa na abordagem ao espectro sonoro, indiferentes a catalogações.

Desde cedo os Bypass começaram a chamar as atenções de algum público mais atento às movimentações do underground nacional e claro, perante a estranheza da música da banda, rapidamente foram "empurrados" para o caldeirão do pós-rock. E se é verdade que daí não vem nenhum mal ao mundo, também é verdade que é redutor analisar a complexidade e o fascínio desta música sobre essa perspectiva. Rótulos à parte, os Bypass confirmam com este registo que são um dos grupos mais interessantes do actual panorama musical português. Os cinco temas que aparecem neste EP são uma boa introdução ao universo peculiar dos Bypass: estruturas intrincadas que evoluem sempre de forma dinâmica, onde explosões de electricidade alternam com momentos mais contemplativos e "espaciais". A banda revela imaginação nos arranjos (utilizando instrumentos como a harmónica, melódica ou percussão diversa que adornam eficazmente o esqueleto das composições, apesar do habitual protagonismo das guitarras) e uma inteligente utilização do estúdio como ferramenta essencial para um apurado sentido estético. Cada um dos quatro elementos toca vários instrumentos, revelando uma certa versatilidade e gosto pela experimentação. A voz de Miguel Menezes intensifica o ambiente tenso e melancólico, repleto de crescendos emocionais, desta música aventureira que evita os clichés do rock, suga-lhe a energia e parte para o desconhecido."

Nuno M. Castêdo

mea culpa, mea maxima culpa

ontem postei aqui sobre um cartaz no ic19 que diria o seguinte:

nó do hospital de queluz
quando na verdade diz:
nó do hospital e de queluz
sejamos justos quanto a este cartaz (e quanto aos outros que continuam trocados...)
aquele e faz toda a diferença (como agora se diz...)
talvez devesse dizes nós e não nó (visto que são 2), mas isso são minudências.
o poste de ontem estava errado

28 de abril de 2005

As duas faces

Parafraseando o ABS, num comentário ali em baixo, as estupidez tem sempre duas faces, como numa moeda. Este post é exemplar ao ilustrar essas duas faces da estupidez: a do(s) visado(s) e a do autor.

A Ximenes o que é de Ximenes, a Alkatiri o que é de Alkatiri

Para todos os que, como eu, andaram a aplaudir Ximenes Belo, em Lisboa, aqui está o que já deveríamos esperar: uma tentativa de golpe político em defesa de um Estado confessional. Um bispo incapaz de aceitar a liberdade religiosa. Um bispo incapaz de aceitar a legitimidade de um governo democraticamente eleito. Um bispo incapaz de regressar ao templo, depois de instaurada a democracia. Fica a dúvida: se 96% da população é católica, porque o preocupa tanto que as aulas de religião e moral sejam facultativas? E fica a suspeita: que a Igreja de Timor só diga alto o que homens como Ratzinger pensam baixinho. Mas Timor é uma lição: a defesa de um Estado laico é uma das principais garantias de um Estado democrático. Esperemos que a jovem democracia timorense ultrapasse, mais uma vez, este obstáculo.


PS: Nem dei por ele se ter ido embora. Ximenes Belo já não é o bispo de Dili. Ou seja, onde liam Ximenes devem passar a ler Igreja Católica timorense. A mesma que aplaudimos, representada por Ximenes, há uns anos.
By Daniel Olviveira, in Barnabé

O PS foi acrescentado 24 horas após o post original.

Pequenas coisas que nos fazem felizes - um tema que, se bem me lembro, já foi abordado aqui muitas vezes mas nenhuma por mim.

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A minha mãe, quando vai às compras, costuma enganar-se sempre no que lhe pedimos que traga. Quando a minha irmã cá viva, dizia-lhe: "Tráz-me uns iogurtes de qualquer marca menos MIMOSA! não tragas MIMOSA porque eu odeio iogurtes da MIMOSA" pois ela trazia exactamente mimosa. Acho que, chegando à prateleira dos iogurtes, o que ela se lembrava era algo como: "dugiduhduihuhvsouihioeuhMIMOSAohgousghoiMIMOSAsoifdfsdoiMIMOSA" e então lá vinha o mimosa para passar do prazo no meu frigorífico.
Hoje ela foi às compras e eu, enquanto doente, fiquei em casa, mas mandei-lhe uma mensagem a dizer que precisava de uma caneta de acetato para escrever nos CDs - tenho dezenas de CDs sem nada escrito e dá muito pouco jeito. Então quando ela chegou a casa fui logo vasculhar os sacos numa espécie de ânsia à procura da caneta, a querer saber se ela tinha trazido a certa e...
... trouxe a caneta certa! Preta, tamanho F, tudo correcto! E o gelado certo! E os CDs certos!
E eu adoro escrever em cds. Penso que é por serem lisos e a caneta ser fácil em superfícies lisas. Tal como quando me irrito porque as canetas escrevem mal (odeio quando parecem ter um grão de areia no bico) ou porque requerem muita força para escreverem bem. E provavelmente também porque gosto da letra que me sai nos CDs. Já cheguei ao ponto doentio de re-gravar um CD porque me enganei a escrever o nome do álbum, ou do software... Mas o que eu queria dizer é que vim para o quarto todo contente e divertido a escrever nas dezenas de CDs que tinha aqui indistintos.

Por na drive...
Ver o que é...
Tirar da drive...
escrever...

Por na drive...
Ver o que é...
Tirar da drive...
escrever...

Gosto mesmo disto. Hehe.
E claro, a caixa de panasorbe.
Ter daqueles geis de banho com aspectos sofisticados também me deixa momentaneamente feliz.
Livros novos também. Dedico tempo a olhar para um par de ténis novos, por exemplo.
E sorrio quando me deito na cama feita de lavado depois de um bruto banho à uma da manhã, usando um pijama lavadíssimo.

Trabalho de casa

Não podendo ser o F 451, queria ser a Espuma dos Dias de Boris Vian. Por um personagem fabuloso, Corto Maltese. Comprei a dieta do grupo sanguíneo. Li o Portugal Hoje, O Medo de Existir, do José Gil. Para uma ilha deserta levava, para além do JP que não me deixa ir só, alguns policiais, Boris Vian, Ferdinand Céline e a Viagem ao Fim da Noite, D. Quixote, a poesia erótico satírica portuguesa compilação da Natália Correia etc. Tarefa cumprida.

TPC reloaded

1- Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Os Rubáyát de Omar Khayyám.

2- Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por uma personagem de ficção?
Estou sempre. Todas as mulheres dos livros do Robert Heinlein; várias do Pérez-Reverte; a Pandora do Hugo Pratt de modo recorrente.

3 - Qual foi o último livro que compraste?
Peter Café Sport de Jorge da Costa Pereira, como fotografias de Nuno Calvet. Mas este não conta para a lista, julgo.
Zuckerman Bound, de Philip Roth, volume que reúne The Ghost Writer, Zuckerman Unbound e The Anatomy Lesson, mais Epilogue: The Prague Orgy.

4- Qual o último livro que leste?
Sabbath’s Theater de Philip Roth. Se acham que tenho a mania deste homem estão certos. Antes: Drama de caça / O duelo de Anton Tchékhov.

5- Que livros estás a ler?
The Golden Gate de Vikhram Seth; Áxion Estí (Louvada Seja) de Odysséas Elytis; The Inner Apprentice, de Roger Neighbour; Contos de Tchékhov (Volume II); Genius de Harold Bloom; Practical Ethics for General Practice de Wendy Rogers e Annette Braunack-Mayer; The Plot Against America de Philip Roth, pois claro!

6. Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Fazia contrabando de uns milhares, de certeza. À vista iriam:
Os Rubáyát de Omar Khayyám (tinha de ser!); O Profeta de Khalil Gibram, em inglês; a Bíblia; o Corão; O D. Quixote; As obras completas de Oscar Wilde; As obras completas de Shakespeare. A invenção do amor de Daniel Filipe. O Romance da Raposa de Aquilino Ribeiro.
Time Enough for Love de Robert Heinlein.

Já são mais de cinco? Não me lixem!!!

Recebi outra carta

Foi hoje, na consulta.
O senhor Costa é um respeitável velhote, com quase oitenta anos de idade, e esteve internado há cerca de um mês, no nosso Serviço, devido a uma colite isquémica. Hoje compareceu na consulta de seguimento e aparentava um óptimo aspecto, tão bom que nem o reconheci, ao princípio.
Após os cumprimentos iniciais, lá lhe fui fazendo as perguntas de rotina: se se sentia bem, se tinha - ou não - dores abdominais, se o trânsito intestinal estava - ou não - regularizado, se tinha - ou não - notado novamente sangue nas fezes, e por aí fora. E tudo parecia estar bem, ou quase… o problema era a cor das fezes: quando saiam tinham um tom vagamente avermelhado, não vermelho sangue, mas um outro avermelhado, guerná talvez, às vezes um castanho encarniçado, mas quando secavam não se notava, ou às vezes secas é que pareciam meio vermelhuscas, ou não…
Eu lá lhe ia dizendo que não era muito importante, que teriamos fazer um novo exame de qualquer modo, para ver se tudo tinha resolvido bem. E que aí, ficaríamos descansados… Mas nada, ele não parava de confabular ácerca da cor das ditas
Às tantas, parecendo já entrar noutro assunto, diz ele:
- Quer ver…?
- ...?
E tira um envelope do bolso de dentro do casaco. E mostra-mo…
Era um envelope, bem fechado, com uma daquelas janelinhas transparentes para se ver a morada do destinatário. Neste envelope, por essa janelita, via-se um bocado de papel higiénico, cuidadosamente esticado, com restos secos de uma cagadela. Castanhos, definitivamente.
- Está a ver!
- ...!
- Nota algum tom avermelhado, doutor?
- Não, são completamente castanhas…
- Ahhh...

Como já da outra vez tinha dito, cada um recebe as cartas que merece!

PP: E... boa sorte para o Sporting!

Provérbio popular brasileiro

Hoje aprendi este ditado/provérbio brasileiro e ... gostei!
Aqui fica:


"Toda a gente é louca, só que alguns morrem sem se declarar"

TPC ++

1- Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
sair do farenheit 451? ok não percebi.

2- Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por uma personagem de ficção?
sim, a Akane das bandas desenhadas do Ranma.

3 - Qual foi o último livro que compraste?
Na penúria em Paris e em Londres, George Orwell

4- Qual o último livro que leste?
o último que comprei. e se não estivesse doente tinha entregado hoje uma recensão crítica sobre ele.

5- Que livros estás a ler?
The day of the triffids, John Wyndham

6. Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
1. o retrato de dorian gray, oscar wilde.
2. em nome da terra, vergilio ferreira
3. manhã submersa, vergilio ferreira
4. para sempre, vergilio ferreira
5. the day of the triffids, porque já agora quero acabar de ler.
e tentava arranjar maneira de levar o Aparição nos boxers ou assim.

não vou passar isto a ninguém porque ... não quero. já toda a gente fez.

AH!
Afinal é a 4ª amigdalite do ano!

Querido Dias

Ontem fui brindada com um presente. Até aqui nada de novo, a não ser o ter sido por motivo nenhum... Gosto de receber presentes inesperados.
Gostava de ter uma casa grande. Não pelo “ter uma casa grande”, mas para poder ter, por ex., uma mini-sala de cinema, uma mini-biblioteca e um estábulo.
Gostava de ter um cavalo. Claro! Mas não um lusitano, talvez um berbere ou um mustang.
Gosto de receber livros! Ontem recebi um :D
pp: As melhoras Zoe!

a minha vida no ic19

hoje reparo num cartaz colocado no ic19 mesmo a seguir à entrada de queluz:

nó do hospital de queluz
trânsito demorado
o espanto assalta-me!!!!
jamais tinha ouvido falar num hospital em queluz.
fui morar para aquela terra no longínquo ano de 1953, acabadinho de nascer.
jamais tinha ouvido falar em tal hospital....
mas fico satisfeito por a minha terra (como a luz gosta que eu lhe chame) ter um hospital, ainda que eu não faça a mínima ideia onde fica.
lamento é que não tenham colocado um cartaz a avisar as obras no nó do hospital amadora-sintra aka fernando da fonseca.
mas não se pode ter dinheiro para os cartazes todos.
temos que ser rigorosos nas prioridades.

Expedição ao Pico (I)

O Faial é relativamente pequeno, mas o seu porto é uma referência mítica para iatistas de todo o mundo. Aqui se encontra a doca pintada por marinheiros aqui aportados em busca de reparação de barcos, corpos e almas.
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O Peter Café Sport ainda é o que sempre foi, passem embora alguns turistas. O nosso porto de abrigo. Gin tónico, sopa de baleia, tostas, calor. Calor de gente, sempre.
E há moinhos flamengos. E sebes maciças de pedras e de canas e de hortênsias.

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Ao largo da ilha estão os Capelinhos. No ano em que nasci estavam eles a criar esta paisagem lunar.
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E daqui vê-se o Pico, do outro lado do canal cujo mau tempo Nemésio nos deixou. À chegada estava escondido. Só à noite, timidamente, se deixou entrever. Estremecemos quando vislumbrámos o cume. Quando percebemos onde estava o cume.
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Serena, a montanha do Pico espera.

27 de abril de 2005

maria em modo artesanal

Melhor remédio para curar a tristeza de ontem: fazer de enfiada dois colares de missangas muito compridos, baiana style e começar a pensar seriamente em aprender a fazer flores de crochet.
Raisparta que até eu me ando a desconhecer.

o meu poste escolhido...

não procurei...
escolhi o primeiro porque obviamente é o que mais me marcou aqui.
antes não tinha nenhum.
foi aí por junho do ano passado...
acabado de chegar do brasil


salvador da bahia...


Quando você for convidado pra subir no adro da
Fundação Casa de Jorge Amado

o largo ladeira do pelourinho, encimado pela fundação jorge amado, famosa pelos milhares de fotos e centenas de filmes, mais as baianas de cenário que nos cercam para tirar fotos a dois reais e mais a memória da casa onde jorge amado escreveu o 'suor', naquela espécie de realismo socialista tropical único, e mais não sei quantos outros livros cheios de baianos pretos e pardos como dizia o gregório de matos, poeta também ele desta terra e também preto e pardo. os enxames de turistas tirando fotos das fileiras de casas barrocas que podiam ser da beira alta, ou da baixa, ou de outro portugal qualquer, não fossem os pretos muitos pretos e brancos que já o o não são.....


Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos


no meio da rua, um exemplar estranho de manifesto cultural ou intervenção cívica, ou lá o que seja. um homem coberto de cartazes de uma qualquer deputada federal com cara de actriz de novela, a quem pede uma casa e a quem tece os mais rasgados e laudatórios louvores, com fotos, restos de cartazes de campanha eleitoral, pedaços de lençóis escritos a spray de tinta. a cara tapada com uma máscara em rede que mais parece de esgrimista que peleia com o destino adverso


De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)

a bahia é uma cidade preta. quase completamente preta, orgulhosamente preta. as igrejas católicas que já foram centros de candomblé, as entradas dos prédios como sobrados onde dormiam os ex escravos que fugiram para a cidade para passarem a ser escravos outra vez, de outro modo. o deslumbramento dourado das igrejas excessivamente barrocas em resposta ao despojamento ascético dos reformistas holandeses, os orixás que são santos de outro modo (mais completos porque são humanos ao mesmo tempo, e são malandros e são manhosos e são diabos e são como nós todos...)


E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se olhos do mundo inteiro possam
estar por um momento voltados para o largo

os olhos que olham para o largo só olham para o cenário, a patine que cobre os edifícios. tudo podia ser apenas um cenário da novela das oito que tanto bastaria para tirar as fotos, dizer que lá estive e olhei para o largo. mesmo não tendo visto nada do que está dentro do coração do largo. dentro do coração das pessoas.


Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque, um batuque com a pureza de
meninos uniformizados

o som das percussões é o som da bahia. ouve-se nas esquinas, nas ruas. sente-se no andar das pessoas. no passo sensual das mulatas, no passo malandro dos pretos e mulatos e quase pretos. a cidade pendurada em cima do morro. em cima de todos os morros (quanto mais alto mais preto, quanto mais acima mais pobre e mais preto e mais pobre)

De escola secundária em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado, nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém
Ninguém é cidadão

em baixo dos morros e na cidade este, nos alto edificios de condomínios muito fechados e muito guardados. mais altos nos últimos andares que os mais altos morros das mais altas favelas de pretos, olhando a bahia de todos os santos de todos os pretos, desafiando a gravidade e o equilíbrio físico e social, os poucos brancos da bahia fogem para o céu para estarem longe do cheiro e da cor dos pretos (mesmo que a pele deles seja escura, ficam brancos com o dinheiro e a proximidade dos céus)


Se você for ver a festa do Pelô
E se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti

O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

E na TV se você vir um deputado em pânico
Mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo
Qualquer qualquer
Plano de educação
Que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
do ensino de primeiro grau

os meninos do bonfim cercam a igreja do senhor, cercam os turistas. tentam cantar o hino do senhor do bonfim por meia duzia de reais, enquanto as bahianas tentam vendar as fitinhas para pedir os desejos a cada um dos três nós. não há escola, que os trocados dos turistas fazem mais falta em casa que os livros e até a camiseta tem o patrocinio de uma qualquer churrascaria que os transforma em meninos outdoors cantantes que nunca irão á escola nem nunca ouvirão falar em planos educacionais sejam eles do que forem, com excepção do que se aprende nas ruas que é onde vivem e crescem e do qual são mestres com diploma e tudo.


E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal

salvador é uma cidade marginal. construída sobre a marginal. com gente marginal a viver marginalmente. uma imensa cultura popular que nos escapa por entre os dedos e julgamos entender lendo meia dúzia de livros sobre os cultos e os comeres. somos demasiado brancos para isso. temos os olhos claros e o cheiro das colónias nas narinas. falta-nos os cheiros dos suores que odiamos, dos temperos, das ruas, das árvores depois da chuva forte e rápida que lava tudo e tudo empurra para os rios castanhos. só vimos o postal ilustrado. falta-nos ver as pessoas. que é o que a bahia tem de rico


E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua
sobre um saco brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina
111 presos indefesos

o aparelho de televisão ligado mostra mais uma revolta numa qualquer prisão. o espectáculo dos repórteres em directo. os familiares em choro suave. os lençóis ás janelas de grades. a inevitável chachina que irá acabar com a revolta dos presos que vivem como nas favelas dentro das celas onde estão 10 vezes mais que a lotação para que foram construídas. quantos mais morrerem mais livres vão ficar as celas, parece


Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos
Ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres
E todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha

as garotas de programa paseiam-se pelas mesas do 'casquinha de siri'. meninas de poucos anos e muita experiência. mulatas sensuais e bonitas que se dengam pelas mesas dos turistas que cheiram a dinheiro e a dolares e a euros para completar o salário mínimo do trabalho diário na lojinha. mulatas e pretas prenhas de ritmo dançam com velhos e menos velhos e pouco novos. brancos mais tesos que troncos de árvore em gestos que parecem de boneco articulado, convencidos que são jovens e atraentes e têm ritmo e que as meninas estão com eles não apenas pelos euros mas também por eles, pobres coitados


E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti

no meio de uma banca de literatura de cordel e discos de repentistas, bem ao lado do mercado modelo a transbordar de turistas a comprar as recordações para dizer que estiveram na bahia e pôr em cima das mesas das salas e dos televisores e nas paredes para mostrar aos amigos que foram lá e têm uma camiseta a dizer isso mesmo. enquanto escolho e peço para ouvir este e aquele disco e folheio mais uma vinheta ou um livrinho com um delicioso poema de rimas quebradas e outras mais inteiras e que contam uma história de amor ou de crime ou de lição e orgulho histórico, o velho senhor vai dizendo que este disco tem 3 sucessos e o outro 4 e aqueloutro um apenas e neste ele canta, sim, ele. o famoso paraíba da viola. ali, junto ao mercado modelo. modelo de humildade a dizer que o não-sei-qem da ladeira é o maior repentista que há, e mais aqueloutro tem não sei quantos sucessos. ele, paraíba da viola, repentista famoso entre os repentistas pede desculpa por ser quem é. por ter talento. que não senhor, é apenas um poeta e um cantador (ao-a.migo... um abraço do poeta paraiba da viola salvador 24-4-2004). conta como um chinês que estava num hotel junto ao mercado modelo lhe levou uma fita e prensou o disco em taiwan e lhe enviou 24 cópias, quase todas vendidas.

trago o tesouro do afecto. trago a lição de humildade e talento.

O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

(haiti, caetano veloso)

escrito por carlos às 14:37
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o poste escolhido

este é o poste do orlando que escolhi...
e que gostei muito de ler.

Exumação

Os Tosetto morrem muito. De 1977 para cá morreram, pelas minhas contas, quatorze. Sábado morreu mais um, ou melhor, uma. Por causa dessa morte, tive de ir à Quarta Parada, onde a família mantém um jazigo (nós dizemos, sei lá por quê, "campa"), mandar exumar o corpo do meu pai. Que estava lá havia, precisamente, vinte e um anos e vinte dias.



Enterrar e desenterrar pessoas custa dinheiro e paciência com a burocracia. Para desenterrar meu pai tive que entrar em contato com um primo que não via há uns vinte anos, visto que esse primo é o guarda da campa. Precisei de fotocópia da identidade dele, de fotocópia da minha identidade, da certidão de óbito do meu pai, da certidão de óbito da minha avó (a dona original do jazigo) e da comunicação de morte da pessoa a enterrar. Sem isso, meu pai continuaria lá. Providenciada a documentação, a paulada: duzentos e oitenta e dois reais e oitenta centavos pela exumação (cerca de cem euros). Assim divididos: R$ 239,55 pela exumação propriamente dita, R$ 10,10 por um misterioso "expediente", e mais R$ 33,15 por uma urna de plástico vagabundo e tampa de isopor para os ossos (se eu quisesse deixar num saco, era de graça). Isso fora a gorjeta pros dois infelizes que têm de fazer tal trabalho: R$ 10,00 para cada um. Dão nota fiscal. Ou melhor: uma "Guia de Arrecadação de Cemitérios".



Tive que testemunhar a exumação. Os dois rapazes, funcionários públicos, queixavam-se da Marta. Fiz-me de solidário. Chovia. Eu os vi retirando as lajes que fechavam a gaveta; estava escuro, mas acenderam a luz. Pude perceber que o caixão tinha se desmanchado, mas que a manga esquerda da camisa, originalmente branca, estava intacta, embora de cor marrom. Perguntei-lhes se o corpo estava desfeito, e o rapaz que ia recolher os ossos disse que sim; para provar, puxou dois ossos escuros, talvez duas costelas, e despejou na urna. Saí dali.



Um dos coveiros me disse: "Nós vimos o caixão que vai entrar. É muito grande, não passa pela boca do jazigo. Vamos ter que alargar a entrada, e escavar as paredes da gaveta". "Bom, digam quanto é." "Nós não podemos fazer, vamos levar lá o rapaz da construtora, ele é quem faz." Eram dez horas, o enterro seria às quatorze. "Bom, então vão logo com isso, para que dê tempo." Meia hora depois, o tal rapaz da construtora apresentou seu preço pela meia dúzia de marretadas que tinha que dar: R$ 450,00. O neto e o filho da morta pagaram, depois de barganhar, R$ 400,00. Mesmo assim, o caixão entrou tombado para o lado esquerdo, e só a custo encaixou na vaga que pouco antes ainda era do meu pai. Cujos ossos enegrecidos, alojados na tal urna, repousavam ao lado de outros (dos meus avós, dos meus tios e tias, do meu primo-afim suicida) na prateleira acima das gavetas.



P. S.: hoje me contaram, não sei se para me animar ou se para me pôr a par do que perdi, que nem todos os ossos ficam; muitos viram pó ou são deglutidos pela bicharia. Disseram-me que sobram os ossos dos braços, as costelas, os das pernas, o da bacia e o crânio. Às vezes resta uma ou outra falange, mas nem sempre. Por isso, esclareceram, as urnas são tão pequenas. Menos ponderável ainda que esses poucos ossos é o que resta nas nossas consciências. Uma lembrança pesa menos que eles, e some tão logo nós mesmos sumimos.


escrito por Orlando às 01:44
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Azul petróleo

Sai um shortinho ao estilo do Tiaguinho...

Azul petroleo

Em homenagem às outras cores , com nome de côr e nome de coisa: verde alface, azul bebé, azul turquesa, verde tropa, castanho merda...(esta ultima côr é na verdade uma palete inteira de cores risosssssssssssssssssssssss)

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informaram-me que tinha esta parte ainda em atraso

por alturas dos 50 000 visitantes foi lançado aqui o desafio de postar o poste de outros que mais nos tenha marcado e de nós que mais tenhamos gostado de escrever.

vamos por partes:

é-me realmente difícil escolher de entre todos o que mais tenha gostado ou mais me tenha marcado.
por me ser difícil escolher de entre os amigos e/ou conhecidos uma coisa e não outra e, também, por achar que a maioria dos que aqui escrevem valerem pelo conjunto dos seus escritos.

podemos concordar mais ou menos com quem escreve o quê ou da forma como o escreve.
podemos achar que a opinião de um está mais próxima ou mais longe da nossa, mas se isso fosse para escrever apenas o que gostamos de ver escrito e o que concordamos a 100% tínhamos um blogue nosso.
há quem aqui o tenha. ainda bem que sim. eu não.
ao contrário do que possam imaginar de mim, não tenho tendência para me olhar ao espelho.
nem no sentido literal no termo (não me agrada por aí além a imagem que vejo reflectida) nem no sentido literário (entendido como escrita produzida e das ideias nela expressa) do termo.

com duas excepções (um poste e um comentário) nada me fez aqui sentir mal (pelo contrário...) e acho que todos os postes aqui postados, sem excepção, são úteis pelo que podemos aprender com eles e pela partilha de ideias, emoções, critérios de escolha ou de gosto que proporcionam
tenho pessoas, obviamente com as quais mais me identifico no que escrevem e como o escrevem. até por algum passado comum e muitos gostos comuns.
tenho pessoas que são amigas.
mas tenho pessoas com as quais raramente estou de acordo e elas comigo e, coincidente ou não, não as conhecendo pessoalmente, as considero como amigas.
esta é um característica deste espaço que me faz gostar dele e por isso se torna muito dífícil escolher um poste de entre todos...

por isso...
escolho um do orlando, porque sim.
talvez por estar mais longe...
mas gostei tanto deste como de imensos outros.
acreditem.


para não alongar a coisa... vou postá-lo em separado

Mundo cinzento...

O cinzento estava farto de ser cinzento. Na realidade, o cinzento não se importava de ser outra cor qualquer. Preferia até ser branco ou mesmo preto. Mas por mais que tentasse, não conseguia deixar de ser cinzento. Uma cor aborrecida e inexpressiva.

(O combóio não parou naquela estação. Ela não sabe porquê! Era suposto... estava previsto. Mas simplesmente não parou. E ele não veio...)

A cor das coisas é importante, pensa o cinzento, que se esforçou por pensar em coisas grandiosas que fossem cinzentas. Mas nada lhe ocorria. Do seu ponto de vista, não conseguia pensar em algo de que ele se pudesse orgulhar por ser cinzento. Edifícios ou monumentos ou máquinas. Não. Isso não lhe interessava.
Até que o cinzento se apercebeu onde estava hoje. No coração dela... na sua alma. Toda ela era cinzenta... se sentia cinzenta. E aí o cinzento percebeu que fazia parte de algo grandioso. Percebeu o seu lugar no mundo. No mundo da emoção. E compreendeu que milhões de pessoas o partilhavam naquele momento. Percebeu que o mundo estava cada vez mais com ele. Que o adoptava, sem saber. E, comovido, agradeceu ao combóio, que não parou... e que também era cinzento...
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

3

pela terceira vez este ano, estou doente.
...

Para a Luz Acerca da Direita (1ª parte)

Em primeiro lugar, lamento não escrever bem castelhano e gostava sinceramente de postar em castelhano. Mas uma língua diferente não é coisa que se aprenda do dia para a noite e eu nunca na vida estudei castelhano. Em segundo lugar, o que vou aqui escrever é baseado em bons politólogos de esquerda mas! não garanto que tudo o que escreva aqui seja muito rigoroso porque já estudei estas coisas há algum tempo e a minha área não é esta.

Existem três direitas. A direita conservadora é aquela que esteve presente em Portugal durante o Estado novo e existe cada vez mais em força nos Estados Unidos da América. É uma ideologia apoiada basicamente na tradição: se um costume, uma ideia, uma instituição existe há muito tempo, então devem haver boas razões, boas no sentido ético e económico, mecânico, para que essa instituição tenha existido tanto tempo e, portanto, existem razões para a manutenção da mesma. Olhando para as tradições mais antigas e mais generalizadas no planeta, é de compreender que os conservadores reconhecam uma desigualdade nos papéis a atribuir a homens e às mulheres. É de compreender também o apego aos valores nacionalistas, familiares e cristãos. O apego à propriedade privada e à terra é importantíssimo. A instituição da herança é também importantíssima. Os conservadores reconhecem que ao longo do tempo e do espaço são os mais fortes que sobrevivem, e isto faz parte da "natureza das coisas". Aos conservadores repugnam portanto as ideias igualitárias.

A direita democrata-cristã surgiu de uma forma inteligente: para combater o comunismo e os movimentos de esquerda anti-religiosa, muitos católicos e a própria Igreja compreenderam que não bastava diabolizar os comunistas, era necessário dar respostas políticas aos novos problemas relacionados com a industrialização e com o surgimento do operariado. Era necessário também enquadrar religiosamante o welfare state. A Democracia-Cristã é assim portanto a "esquerda da direita": nunca marxista, nunca contestanto a propriedade privada, a democracia-cristã pugna por melhores condições de vida para os trabalhadores. A democracia-cristã não se incompatibiliza com o Estado Social, fornecedor de bens e serviços. É pois a direita mais à esquerda.

A direita liberal é talvez a ideologia mais antiga das ideologias europeias contemporâneas. É a única das grande ideologias que não tem representação absolutamente nenhuma no parlamento português. É a ideologia que se baseia na liberdade, para o bem e para o mal. Para o bem: que tem mérito deve colher todos os frutos do seu mérito; para o mal: quem não tem mérito não deve culpar os outros pelos seus infortúnios e deve saber suportá-los. Para haver liberdade o Estado deve abster-se ao máximo de publicar prescrições e obrigações, o Estado deve deixar os mercados funcionar livremente, o Estado deve cobrar impostos baixos para que o rendimento disponível corresponda o mais possível ao mérito económico e permita às pessoas terem liberdade de escolha. A direita liberal não é igualitarista, é meritocrata. Defende com grande veemência o mercado e defende o Estado mínimo.

O Ratzinger Português

O líder da instituição portuguesa culturalmente dominante e mais prestigiada de portugal, o Partido Comunista Português, substituíu há uns tempos um homem já de uma certa idade por um homem que se não era mais velho para lá caminha. Qual a diferença de idades entre Carlos Carvalhas e Jerónimo de Sousa?

Jerónimo de Sousa não é progressista, antes pelo contrário: é a mão pesada da ortodoxia comunista, mais intolerante do que o simpático Carvalhas.

Para quando a abertura do PCP português? Para quando um líder progressista para esse partido que seja capaz de abrir a igreja, perdão, o partido ao mundo e aos sinais dos tempos, etc.? Para quando um líder do PCP que, por exemplo, repudie o passado estalinista?

E para quando deixará de haver dois pesos e duas medidas, mal calibradas e desajustadas em Portugal? Esperar alterações numa religião com dois milénios não faz sentido absolutamente nenhum: pela força da tradição e porque religião é sobretudo acerca de Deus, da "opinião de Deus" e não das vontades relativas no tempo e no espaço dos homens. A Igreja Católica não vai mudar pois se alterar sequer uma vírgula de qualquer de um dos preceitos de fé e costumes, a sua credibilidade desaparece e a Igreja acaba. Por outro lado, esperar evolução em qualquer partido político já fez todo o sentido porque os partidos dedicam-se precisamente àquilo que é mais fluído nas culturas da humanidade: as opiniões políticas e económicas.

E volto a defender o seguinte: eu tenho legitimidade para esperar alterações do PCP porque este partido está representado na Assembleia da República e os deputados prestam contas aos cidadãos, directamente. Eles influenciam directa e coercivamente a minha vida. Por outro lado, não há qualquer representação religiosa na Assembleia da República, a Igreja Católica não elege deputados e em Portugal é constitucionalmente proibido haver partidos políticos de natureza religiosa (sim, isto está explicitamente proibido na Constituição da República Portuguesa de 1976 com as alterações das revisões constititucionais de ... e de ... e de...). E não me venham lembrar que há deputados assumidamente católicos, ou será que também deveria ser proibido aos católicos tornarem-se políticos? Ou será que num país com liberdade religiosa e 25 de Abril as pessoas, enquanto políticas, devem amputar este ou aquele sector das suas convicções, do tipo se queres ser político põe de lado a tua formação religiosa?

A vingança

Matam-me alguem, eu mato quem matou alguem, vem alguem para me matar outra vez, na proxima volta mato três, vem um bando para matar o resto de mim, já não tenho nada a perder, mato toda a gente.

Isto da violência crescente tem que se lhe diga.

De volta, com dores nas coxas

Bom dia a todos. Regressei segunda feira. Ontem caiu-me tudo em cima, como seria de prever; além disso, por qualquer desígnio dos deuses in-machina, postar ontem revelou-se impossível.

Assim, e antes de mais um dia alucinado:

1. Obrigado, Tzinha, por postares o meu SMS. O meu primeiro pensamento ao atingir o cume da montanha do Pico foi para o meu filho. O segundo foi para o DQV. Isto deve querer dizer qualquer coisa.

2. Impossível agarrar o movimento deste blogue. Parece uma estação de metro em hora de ponta. Tentarei fazer os TPCs referentes aos livros.

3. Nos próximos dias, descrição ilustrada, e por capítulos, da expedição ao Pico.

Parafraseando o Vinicius, beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços.

Tpc em falta!

Faltam muitas respostas ao desafio livresco da Maria:)
Os Tiagos,o Abs, o zézinho, o gajo, o Zoe, o Truth, a Lau, o Orlando, O Aga Khan, o Papa, etc etc...
Faz favor de responderem:)
Hoje está sol. Apetece-me deambular! Beijos.

26 de abril de 2005

O dia de hoje

Hoje deu uma camoeca qualquer ao meu carro. Ia eu descansadinho na Via do Infante, em velocidade de cruzeiro, quando de repente o carro deixa de acelerar, as rotações caem para 0 (zero), acende-se a luzinha do óleo e uma outra luz qualquer a dizer "check motor". Em poucos segundos quase tudo volta ao normal: a luz do óleo apagou-se, o carro voltou a acelerar mas com um estranho soluçar, a rotações voltaram ao normal mas com oscilações no ponteiro e a tal luz do "check motor" manteve-se amarela.
Ligo para o Renato, que me vendeu o carro, e expliquei-lhe o que se passou. Disse-me para verificar o nível do óleo e, se este estivesse normal e a tal luz não piscasse, que podia continuar viagem e que passase pela oficina mais tarde. Após a confirmação do nível do óleo, continuei a viagem… Aos poucos, o motor pareceu voltar ao regime normal, mas a luz amarela do "check motor" continuou sempre acessa.
Por volta das seis, lá estava eu na oficina. Disse-me que me ia levar ao Zé, que era o homem das electrónicas. E foi aí que eu descobri que estes modernos mecânicos ainda são piores que os médicos: não prestam nenhuma atenção às queixas dos doentes!
- Então… que se passou?
- Ia a andar normalmente e, de repente, o carro começou a desacelerar, ficou a soluçar e acenderam-se umas luzes..
- Que luzes?
- Esta, que ainda está acessa, e a do…
- Ahh, a do [não percebi o nome]… Muito bem! – e começa a desempacotar qualquer coisa.
- Olhe, mas também acendeu a do óleo!
- Ah sim…? Mas agora já não está acesa, pois não? – e sacou de uma coisa que parecia um portátil.
- Sim, agora não está… mas acendeu.
- Pois… - e esticou um cabo.
- E o carro andou a soluçar durante um bom bocado!
- Hummm… Ahh, pois – e tentava ligar o cabo na parte de baixo de tablier.
- …
- Já está! – sorriu – Agora já vamos saber o que o carro tem…
E começou a carregar em vários botões: iam aparecendo uns menus no écran que ele ia seleccionando.
- Cá está… é um defeito no sensor que transmite as rotações do motor. Não há problema!
- Mas… um defeito no sensor?
- Sim… está aqui!
- Mas olhe que o carro começou a andar mesmo mal… não me parece que seja só um defeito no sensor.
- Mas é o que o computador diz… o motor está bom!
- Só lhe estou a dizer o que se passou…
- Sim, claro… mas não há problema. Olhe, vou-lhe apagar a avaria!
- Apagar?
- Sim, apaga-se… – e carregou num botão.
- …?
- Já está, já não tem avaria… olhe, a luz do [não percebi o nome] já está apagada.
- … e é só isso?
- Sim, está tudo bem… se voltar a acontecer, passe por cá!
- …!
- Boa tarde!
- Boa tarde…
E lá vim para casa. O carro parece normal, é um facto, mas estou muito pouco convencido: se é um só um defeito num sensor, como é que o carro andou a soluçar e com défice de rotações?
Mas quero lá saber, o computador diz que sim e o carro ainda está na garantia. Se estoirar, eles que se arranjem!


Hoje, o Ministro da Saúde lançou umas bocas no Parlamento: que ia acabar o protocolo com as Misericórdias para receber doentes dos hospitais [assinado há menos de uma ano]; que a Misericórdias se limitavam a dar uma enxêrga para os pobres morrerem; que estas enriqueciam, à custa do estado, ao receberem por serviços não prestados.
Não sei se é verdade ou não. Mas sei que, passado menos de uma hora, o Padre Melícias – Presidente da União das Misericórdias – vinha expressar a sua estranheza e repúdio pelas palavras do Ministro. Olha com quem ele se foi meter: o Padre Melícias, a Igreja, o Vaticano… Está tramado. Está aqui, está na fogueira!
Mas, como se pode ver no campo da saúde, a reformas do Governo Socialista continuam de vento em popa.

Valentim Loureiro - mais conhecido por "O Major" -, notório aldrabão da nossa praça, reassumiu hoje as funções de Presidente da Liga Portuguesa de Futebol, por terem prescrito as medidas de coação impostas, há um ano, no âmbito do processo "Apito Dourado". Não foi deduzida nenhuma acusação. E hoje lá voltou à sede da Liga, onde, cheio de lata e de soberba, já começou a partir pratos. Está em excelente forma, garanto-vos, agora é que ninguém o trava!
Mas não se preocupem… o nosso Sócrates já anunciou a grande reforma do sistema judicial: as férias judiciais vão ser reduzidas de 2, para 1 mês. Casos como este nunca mais irão voltar a acontecer.

PP: Tenho informações "quentes" sobre o novo caso "Botas Douradas", Amanhã conto-vos!

HELP PLEASE!

Preciso de ajuda!
Preciso de um médico!
GASEL, tás aí?

Bem sei que provavelmente ninguém leu o "Depois de tu partires" da Maggie O'Farrell, por isso vou explicar. A gaja tava em coma, certo? Em coma. E o livro termina assim:
"...sinto a respiração dele mover-se ao lado da minha cabeça; depois apercebo-me de que durante todo este tempo tenho estado a ser empurrada para a frente, ou para cima, e não tenho a certeza de ser isto que quero e agora estou a entrar em pânico, sem saber se deveria tentar caminhar sobre as águas ou nadar para trás contra esta força, mas parece que não posso fazer nada, a minha cabeça está a ser impelida na direcção de alguma superfície que eu não sabia que ali estava ou que já me tinha esquecido que existia, e agora estou com falta de ar, os meus pulmões estão apertados e sem ar, há fileiras de bolhas a jorrar da minha boca como se fossem pérolas."

Acabou. Acabou, percebem?

E então? O que porra quer isto dizer?! Pronto, fiquei perturbado (adoro quando isto acontece).
Ela vive, certo?
Help...

Interim Publicitário (2)

Padaria da Travessa das Mercês nº 12 no Bairro Alto. Hoje à tarde, que maravilha de pão com chouriço! E que pechincha! Sem inflação nem crise petrolífera e com muita simpatia e boa-educação. Abre às 5 da matina.

Fim de semana grande

Passei-o à temperatura corporal de 38,5º C. Como podem imaginar, foi só curtir! Mal posso esperar pelo proximo fim de semana grande!

hoje gostava de fazer dois telefonemas

hoje gostava de fazer dois telefonemas.

a dar os parabéns.
a dizer que estou contente porque as obras da minha casa finalmente começaram ontem com a demolição da antiga.
que cortei um rectângulo da porta com a fechadura da ponta antiga para guardar na casa nova.

que vai ficar linda.
que me vai custar os olhos da cara.

hoje gostava de fazer dois telefonemas.
e ouvir as vozes do outro lado.
gostava de ouvir o meu pai chamar-me 'ponta esquerda' e eu trata-lo por patrão.
gostava de ouvir o meu irmão dizer que iria ver a minha casa nova quando fizessem uma auto-estrada para fajão e eu lhe pagasse uma cerveja.

hoje isto não está fácil...
e não estará pelo menos até ao primeiro de maio.

há periodos assim
é a vida

sejam felizes.
mesmo...

A tal coisa dos livros

é o que dá 3 dias sem por aqui passar... tinha um tpc, uma incumbência do f! da qual não tinha conhecimento. Então lá vai:

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?

"História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar", de Luis Sepulveda

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?

Possivelmente, mas de momento só me ocorre o Jolly Jumper. risooooooos

Qual foi o último livro que compraste?

os 2 últimos foram "A verdadeira História dos Cavaleiros Templários" de Stephen Howarth e "A Misteriosa Chama da Rainha Loana" de Umberco Eco.

Qual o último livro que leste?

terminei quase em simultaneo: "A louca da Casa" de Rosa Montero, "Irmandade do Stº Sudário" de Júlia Navarro e "As Rosas de Atacama" de L. Sepulveda

Que livros estás a ler?

"Anjos e Demónios", Dan Brown.

Que Livros (5) levarias para uma ilha deserta?

Muiiiiito difícil a escolha!
"Guerra e Paz"; "1984"; "Horses"; "D.Quixote"; "O Domínio dos Deuses" ou "A Zaragata" :) e uma colectânea da última década do "World Press Foto"

A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?

Mais dfícil ainda! ah! A Manelzinha, o JoCarvalho e o josé

Toxic Account 2005 (2nd quarter)

Toxic Account 2005 (2nd quarter)

Cafés ingeridos: 1, hoje. E soube TÃO BEM! Oh luxúria, oh sensualidade, oh libidinosidade, que bem que me soube aquele café hoje!, café Delta com um açúcar diferente do habitual! CAFÉ CAFÉ CAFÉ!!! Adoro chá-preto, mas o café, de facto, é mesmo café! É uma coisa que me ficou nos genes e os genes não mudam nem já mutam!

Coca-colas/Pepsis: CCs cada vez menos, nenhuma Pepsi.

Chás com aroma a limão: cada vez menos.

Chá preto forte: muitos, cada vez com mais frequência e cada vez mais fortes.

Álcool: quase sempre vinho tinto e uma ou outra cervejita, raramente ambos. Tenho resistido às bebidas brancas com facilidade.

Tabaco: nunca.

Foi-me parar um maço com 15 cigarros para dentro de um saco para dentro da minha mochila. Tenho resistido heroicamente. Mas a porra é que a embalagem tem bom aspecto. O pessoal do marketing tem razão: a embalagem não é só o mais importante, é a única coisa importante (daqui a bocado tou a fumar a embalagem, yuck!).
Queridos meninas e meninas e doutores e doutoras e em que mais sendo sejam gente de bem vivó 25 de abril e viva o sexo livre que não tântrico que me dá para adormecer e viva eu a rainha deste bairro espantoserrimo fica-me mal armar-me em tia mas desculpem às vezes vejo tanta tia armada em mim que não resisto e vamos áquelas perguntas esquisiterrimas do menino Ricardinho que é um bocado reaça mas tem graça
Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser? sei lá eu menino que Fahrcoiso é esse pelo menos deve ser no número 451 e deve ser moradia não tem andar nem nada deve ser alguma rua ali em bairros novos cheia de gente rica com piscinas não percebo é o que tem a ver com livros mas nesse caso escolheria o pantagruel para dar ao cozinheiro uma receita nova todos os dias sendo eu rica era o que eu faria vamos á seguinte
Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?então não fiquei a minha vida parece um romance da tia Barbara ou do Delly cheia de heróis musculados e peludos e heróicos o mais recente é o Etelberto mas conheci um Eufrázio barbudo que não vos digo nem vos conto mas cuidado jovens usem sempre camisinha que mesmo esses heróis podem ter doenças derivadas às múltiplas actividades de fode e coisa
Qual foi o último livro que compraste? filhos eu compro sempre a Tv Guia e Nova Gente para me manter actual e os segredos da mulher que se quer moderna e culta e também as selecções digestivas do Digest que gosto muito mas comprar comprar foi aquele livro maravilhoso da Barbara Cartland "Etelberto Do Quartel o leão da graça" edição da Associação dos Bombeiros gente muito farfalhuda e poderosa"
Qual o último livro que leste? isso é onde a porca torce o rabo essa do ler sei lá eu às vezes adormeço e esquece-me muitas coisas mas acho que li aquele da Margarida coisa e pinto mas só me lembro do enredo e acabava mal acho não gostei lá muito prefiro muito mais a B Cartland que é estrangeira e tudo e tem uma foto amorosa com um cãozinho também cheio de pelos ca contracapa
Que Livros (5) levarias para uma ilha deserta?
tinha que levar livros eu que preferia levar homens e de preferência sete um para cada dia da semana o que não invalida que cada um levasse um livro e podia ser ora Camilo ora Camões ora Júlio Dinis ora Aquilino sim que a Frutuosa também é cultura ou pensam que ia falar do algarvio Aleixo ou quejandos estão muito bem enganados e esta porra nunca mais acaba
“Qual o último livro que ofereceste?” e “Qual o último livro que recebeste?” oferecia de bom grado o Guia do Rapaz MOderno ao Ricardinho e recebia de bom grado uns livros que fossem encadernados e pesados para fazer contrapeso na cama quando ela chia muito mas tudo de bons autores eu sei Lá Richard Bach e Paulo Coelho e Obras Completas de João Paulo I e o Segredo de Fátima revelado dos Pastorinhos e assim por diante
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?passo isto com todo o amor e desvelo do meu coração ao meu querido menino ZOE e à minha querida menina LAU e ao meu querido doutor vénias várias ABS que tão bem me receita e ainda ao menino zézinho que tão pouco escreve e deveria escrever mais e ainda àquele novo rapaz TIAGO e que fatigada que fiquei vou beber um cálicezinho de Porto para melhorar.

O Zé, a sociedade do conhecimento e o choque da tecnologia...

"-Prof. Mariano Gago? É o Zé Sócrates. Oh, pá, ajuda-me aqui. Comprei um computador, mas não consigo entrar na Internet! Estará fechada?
- Desculpa?....
- Aquilo fecha a que horas?
- Zé, meteste a password?
- Sim! Quer dizer, copiei a do Freitas.
- E não entra?- Não, pá!
- Hmmm....deixa-me ver... qual é a password dele?
- Cinco estrelinhas...
- Oh, Zé!...Pooooooo....Bom, deixa lá agora isso, depois eu explico-te. E o resto, funciona?
- Também não consigo imprimir, pá! O computador diz: "Cannot find printer"!Não percebo, pá, já levantei a impressora, pu-la mesmo em frente ao monitore o gajo sempre com a porra da mensagem, que não consegue encontrá-la, pá!
- Pooooooo....Vamos tentar isto: desliga e torna a ligar e dá novamente ordem de impressão.
Sócrates desliga o telefone. Passados alguns minutos torna a ligar.
- Mariano, já posso dar a ordem de impressão?
- Olha lá, porque é que desligaste o telefone?
- Eh, pá! Foste tu que disseste, estás doido ou quê?
- Poooooo...Dá lá a ordem de impressão, a ver se desta vez resulta.
- Dou a ordem por escrito? É um despacho normal?
- Oh, Zé...poooooooo....Eh, pá! esquece....Vamos fazer assim: clica no"Start" e depois...
- Mais devagar, mais devagar, pá! Não sou o Bill Gates...
- Se calhar o melhor ainda é eu passar por aí...Olha lá, e já tentaste enviar um mail?
- Eu bem queria, pá!, mas tens de me ensinar a fazer aquele circulozinho em volta do "a".
- O circulozinho...pois.... Bom...vamos voltar a tentar aquilo da impressora. Faz assim: começas por fechar todas as janelas.
- Ok, espera aí...
- Zé?...estás aí?
- Pronto, já fechei as janelas. Queres que corra os cortinados também?
- Poooo....Senta-te, OK? Estás a ver aquela cruzinha em cima, no lado direito?
- Não tenho cá cruzes no Gabinete, pá!...
- Pooooooo....poooooooo....Zé, olha para a porra do monitor e vê se me consegues ao menos dizer isto: o que é que diz na parte de baixo do écran?
- Samsung.
- Eh, pá! Vai para o....
- Mariano?... Mariano?...'Tá lá?...Desligou...."

a tal coisa dos livros...

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Ulisses, james joyce.
Porque tem lá tudo. escrito de todas as maneiras. em todos os estilos.
A literatura para o século 20 está toda condensada ali.
É ‘o’ livro


Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
apanhado no sentido da ‘paixão’ ou ‘amores’, que eu me lembre, não.
No sentido da ‘heroicidade’ ou do exemplo, desde os tempos da banda desenhada da infância que já foram muitos…


Qual foi o último livro que compraste?
pequenas estórias, joão guimarães rosa

Qual o último livro que leste?
estive a ler este fim de semana ‘o (des)caminho de santiago’ (é o livro que tenho em leitura neste momento em fajão)
uma espécie de livro de viagens no ‘caminho do francês’ e arredores feito por um holandês que ama e conhece muito bem a espanha.
um livro altamente recomendável


Que livros estás a ler?
peguei ontem no proto evangelho do filho de herodes, mas ao fim de umas páginas não tive mais pachorra (estava demasiado cansado para ler, acho eu…) e mais as pequenas estórias do guimarães rosa (estou nas coisas ligeiras, como podem notar…)

Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
bom.. depende de quão deserta fosse a ilha… e do local onde estivesse implantada.
se a ilha deserta fosse acima de qualquer dos círculos polares… levava livros grandes para o caso de precisar de usar as folhas para tapar o frio.
se fosse uma daquelas ilhas próximas do equador com praias calmas e sombras retemperadoras… a coisa seria diferente.
se a ilha deserta estive próximo de qualquer local habitado também a natureza dos livros seria diferente.

mas, vamos imaginar a coisa numa ilha não muito próxima dos trópicos para não ser demasiado tentador estar-me nas tintas para os livros e outras coisas civilizacionais….

ponto prévio:
posso trocar um dos livros por um telefone satélite com saldo na fornecedora do serviço para usar em caso da ilha ser mesmo deserta e se terem esquecido de mim?

mas levava o Ulisses, ofe crosse...
levaria o finnegans wake com um monte de dicionários para ver se finalmente o conseguiria ler (não sou bilingue e todas as tentativas que fiz me fizeram sentir que não percebo puto daquele inglês.
levava as obras completas do josé cardoso pires condensadas num volume e impressas em papel bíblia para ocupar menos espaço. ou as do eça...
hoje levava o coração das trevas, do conrad (estive a ver um documentário sobre o livro, o filme homónimo mais o apocalipse.. e fiquei cheio de vontade de o voltar a ler....)
levava as completas da patrícia highsmith também pelas mesmas razões

Eu sei que isto das completas é conversa mole para entreter freguês e iludir perguntas.
e se me perguntarem amanhã as respostas poderiam ser outras...
Mas também nunca iria de livre vontade para uma ilha realmente deserta e se lá estivesse, só teria 2 preocupações: sobreviver e sair de lá.


A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?

ao papa bento xvi, ao agha kham e ao dalai lama, porque não os conheço de lado nenhum.
estas coisas não se mandam aos amigos....

OH Ó OH Ó ALIVE AND KICKING!!!

OH Ó OH Ó ALIVE AND KICKING!!!

Yeah, baby, yeah!...

As Perguntas dos Livros

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?

Queria ser o 1984 do George Orwell porque é um livro político com ideias que aprecio muito (anti-ditadura, com especial incidência para a ditadura comunista), porque a história e o modo como é narrada são geniais, porque é excelente em relação a todos os temas abordados, excelente quanto ao modo de aproximação e quanto à opinião defendida. E é um livro que conseguiu ser profético e consegue ser imprescindível nos dias que voam de hoje. É um livro melhor que muitos filmes!

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?

Devo ter ficado apanhado pela Sofia do Mundo de Sofia do Jostein Gaardner (não me lembro se é assim que se escreve mas enfim). E fiquei apanhado pela bruxinha que fica com o rapaz desajeitado no Good Omens do Neil Gaiman e Terri Pratchet.

Qual foi o último livro que compraste?

Um livro chamado Portuguese Irregular Verbs de... (tenho de me levantar para ir ver) Alexander McCall Smith. Um livro engraçado, mas a anos-luz dos melhors escritores comediantes britânicos. Um livro chamado The Xenophobe’s Guide to the Dutch: um livro informativo sobre os holandeses. E o último que me ofereceram foi a tradução d’O Corvo escrita pelo Fernando Pessoa e outros contos.

Qual o último livro que leste?

O Génesis. Jacob: personagem fantástica! Vou ter de investigar qualquer coisa sobre ele!

Que livros estás a ler?

Ainda a Interpretação dos Sonhos. É um livro que leio devagarinho, para absorver muito. E até já sonho com ele! E presto mais atenção aos sonhos!!!

Que Livros (5) levarias para uma ilha deserta?

A Ilha do Tesouro do Stevenson, as obras completas do Freud, as obras completas do Hayek, a Bíblia e as obras completas de Dostoievsky (isto tudo se fosse passar muito tempo na ilha). Se fosse para passar só uns mesitos, em vez de levar as obras completas de tal e tal levava um exemplar ao acaso.

A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?

Vou passar à Lulu, ao Orlando e à D. Frutuosa porque... tenho curiosidade em conhecer as suas respostas!

Acho que este grupo de perguntas deveria incluir “Qual o último livro que ofereceste?” e “Qual o último livro que recebeste?”.

25 de abril de 2005

O dia de hoje

Foi o 25 de Abril. 31 anos...
Uma pequena conversa com a minha filha levou-me a uma associação de ideias.
Para ela esta data representa apenas isso, uma data. Um marco na história de Portugal que ela estuda nos livros, tão relevante como o 5 de Outubro ou o 1º de Dezembro.
Para mim, representa o único – ou primeiro – acontecimento histórico, no que se refere a Portugal, que vivi e de que me recordo bem. O 25 de Abril e os conturbados 2 ou 3 anos que se lhe seguiram, já são história. Da guerra colonial, pouco me lembro, a não ser a interminável fila de soldados que, na televisão, desejava "prosperidades". A adesão à CEE é ainda um processo em curso, ainda não a considero como fazendo parte da história.

PP:
Eis o comentário da semana, a propósito da recente polémica em Espanha, provocada pelo incitamento de um cardeal para que os funcinários católicos não casassem homossexuais:
O mais engraçado desta história é a caricatura que nos dá. Em pleno século XXI é a Igreja Católica que incita ao incuprimento civil enquanto os ex-revolucionários se preocupam com mariquices burguesas de casórios e enxoval.
Por Zazie, in comentários do Blasfémias.

PPP:
Imagens reveladoras. Aqui!

The book test

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?

Queria ser um livro bem pequenino, fininho, com poucas páginas e com uma escrita algo inocente. Talvez assim ninguém reparasse em mim… Tipo o Princepezinho!

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?

Claro que fui apanhado, na minha infância desprevenida. Os primeiros livros que me lembro de ler foram umas versões juvenis de alguns clássicos. Assim, sonhei ser o rapazinho da Ilha do Tesouro, O D’Artagnan dos Três Mosqueteiro, o Príncepe que casou (no fim) com a Natacha na Guerra e Paz,... Depois li montes de livros do Sandokan e é obvio por que fiquei apanhado… Depois fiquei apanhado pela banda-desenhada e, durante anos, assinei a revista Timtim. Nessa altura andava apanhado pela chegada do carteiro.

Qual foi o último livro que compraste?

Comprei a Memória das Minhas Putas Tristes

Qual o último livro que leste?

Eu só leio um de cada vez: o último foi a Memória das Minhas Putas Tristes

Que livros estás a ler?

Ahhh… pois… beeemmm… O Zahír.

Que Livros (5) levarias para uma ilha deserta?

Depende!
Se fosse por dois ou três dias (no máximo uma semana) levaria um livro de 5 autores, entre os que mais gosto: Mario Vargas Llosa (p ex A Tia Julia e o Escrevedor), Milan Kundera (p ex O livro dos Amores Risíveis), Gabriel Garcia Marques (p ex Amor em tempos de Cólera), John Steinbeck (p ex O Inverno do Nosso Descontentamento) e Saul Bellow (p ex A Autêntica).
Se fosse para ficar mesmo abandonado, por tempos indefinidos, iria para algo diferente: A Bíblia, completa e com todos os anexos; Obras completas de William Shakespeare, de preferência em inglês; Todos os volumes de Em Busca do Tempo Perdido, de Proust, nunca em francês, D. Quixote, de Cervantes, este no original castelhano; Uma qualquer História de Portugal ou Mundial, em muitos volumes. Podia ser a do Mattoso.

A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?

Bem… em primero lugar as razões: gente jovem porque gosto de ouvir as suas opiniões. Depois uma pessoa só do Dias, outra mista e outra de fora. Os eleitos são Ricardo, Truth e Moon-Shadow

O casal de arranjadores maravilha:)

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Eles arranjam tudo! E melhor dão luz nova à casa:)
Obrigada Lulu e H.

O dia de ontem

Foi de futebol, muito futebol. E o que se poderá fazer de melhor num domingo à tarde?

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Em primeiro lugar, o Farense – Ginásio de Tavira em infantis: 1 – 5, um desastre. O Farense foi estraçalhado pelos tavirenses. Um futebol inconsistente, especialmente no ataque, e uns jogadores menos inspirados ditaram a sorte do jogo. Vai ser muito difícil melhorar o 9º lugar. No final, disse-me o Manel – O professor disse que foi o nosso pior jogo! – Sim, deve ter sido.


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Ora bem… Este ano, ainda não tinha visto o Benfica a jogar ao vivo e é no estádio, em minha opinião, que melhor se avalia a qualidade de uma equipa. Não na televisão.
Ontem, o Benfica foi muito fraquinho, mesmo muito. Um futebol aos repelões e todo orientado pela faixa central, praticamente sem explorar o jogo pelos extremos. A certa altura, e como estava bem alto e os jogadores pareciam pequenos, pensei ainda estar a assistir ao jogo dos miudos, tal era a facilidade com que se atrapalhavam com a bola e erravam os passes. Numa análise mais pormenorizada:
O guarda-redes e a defesa estiveram globalmente bem, com uma excepção: o João Pereira. É pequenino, sarrafeiro e quezilento. Tem um ar amalucado. Nunca sobe pelo seu flanco, a não ser atrás do extremo. Nunca, mas nunca, o vi fazer um cruzamento de jeito. Não gosto do João Pereira, para o ano devia ir de patins!
O meio-campo esteve entre o sofrível e o medíocre. Quando entrou o Mantorras pensei que devia ser o Bruno Aguiar a sair, e não o Nuno Assis. Acabei por ver que estaria errado: o Bruno Aguiar foi o único que deu alguma consistência à coisa. O Petit, com aquela cara de bulldog raivoso, não acertou uma. O Nuno Assis não deu para avaliar. O Simão, que tem um trato de bola a léguas dos outros, anda cansado ou retraído… não percebo. O Geovanni vai bem à linha e centra bem, mas tem um tendência louca de andar aos papéis no meio do campo.
O ataque.. ai meu deus! O Nuno Gomes, de facto, tem uma maneira esquisita de correr e dá uns saltos com uns tiques amaricados. Dizem que joga bem sem bola e que abre espaços (como o Néné…) mas ontem não vi nada. O Karadas ao menos salta alto, luta pela bola, tenta rematar… mas falta-lhe o jeito. Quanto ao Mantorras… devia ser proibido passar-lhe a bola a não ser para o homem rematar à baliza. Alguém lhe devia dizer: ficas na área, não sais de lá e quando a bola vier… chutas com toda a força para a baliza.
Ainda entrou outro… deixa-ver… quem foi? Ahhh, chama-se Carlitos e dantes jogava no Estoril.
Mas conseguimos empatar (contra 10…) e ainda deu para ganhar (contra 9…), é o que vale. Apesar de tudo, realço o trabalho do Trapattoni: espreme o mais que pode uma equipa cheia de jogadores pouco talentosos. Se ganharmos o campeonato, será por grande mérito dele. E porque equipas muito "melhores" não sabem ganhar os seus jogos.


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O Estádio Algarve é espectacular.
Já o conhecia, mas vazio, e nunca tinha estado na bancada superior. Só quem já assistiu a um jogo num estádio cheio (e que goste minimamnte de futebol) conheçe o prazer de ali estar. Na superior oeste temos ainda uma vista priveligiada para Faro e para a linha da costa. Lá ao fundo, à esquerda, bem pequenino, está o Farol do Cabo de St. Maria.
Sempre achei que o investimento para o Euro 2004 em novos estádios foi bastante positivo. A falta de infra-estruturas modernas, deste tipo, era gritante, especialmente aqui no Algarve. Agora só é necessário e urgente rentabilizar aquele estádio: campos de treino, centro de estágio, torneios de verão de qualidade, jogos de selecção, etc…
Talvez 10 estádios tenham sido excessivos… sim, talvez 8 chegassem. Talvez a Luz e as Antas apenas necessitassem de ser remodelados e não de novos estádios… sim, concordo. Mas penso que estamos melhor assim, do que sem nada.
Pode-se criticar que o dinheiro gasto nestes estádios, devia ser investido em algo mais permente e socialmente relevante. No entanto, o dinheiro não é transferivel, os investimentos não são convertíveis. Se este dinheiro não fosse gasto aqui, não iria para lado nenhum.
Critica-se ainda que os estádios ficaram vazios e não se investe no que importa, a formação. Bem… os estádios não estão assim tão vazios – tirando este, mas por razões que não podem ser evitadas – e existe mais formação do que as pessoas pensam. Posso falar do que conheço: em Faro existe um protocolo entre a Câmara e as diferentes agremiações desportivas; qualquer miudo, em qualquer escola pode escolher uma modalidade, o transporte é assegurado pela institução, o pagamento dos alunos mais carenciados é assegurado pel Câmara; o Manel escolheu futebol e desde há 2 anos que anda nas escolas do Farense com cerca de mais 100 miudos; este ano foi escolhido para a equipa principal das escolas, com mais 25 miudos; treinam 3 vezes por semana, num campo de piso sintético, com boas condições de apoio; participam no campeonato regional (Sotavento) com mais 12 equipas, que presumo terem condições semelhantes; estamos a falar de crianças de 9 e 10 anos, escolas ou pré-infantis.

E pronto. Ando a ficar muito "longo"…
Para teminar, novamente com amor, para o Carlos (e também para o F e o Jó Carvalho), deixo a frase do momento: O Mantorras resolve!

fim-de-semana prolongado

Este fim-de-semana foi caótico, casamento de um dos meus melhores amigos no sábado com componente alcoólica muito acentuada (grandes shots de sumos naturais com vodka a lembrar os shots da Zambujeira), no domingo e na segunda, ainda a arrastar-me com a ressaca, idas proveitosas à feira do livro aqui da terra (fraca muito fraca).

Inventário das comprinhas:

Biblioteca do Gonçalo M. Tavares, Bestiários, fabulas e outros escritos do Leonardo da Vinci, Excertos dos diários de Adão e Eva do Mark Twain, A vida numa colher do Miguel Rocha e o Iniciação ao remorso do Jorge Melícias

ESTOU FALIDA!!!

PS: bom 25 de abril para todos

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hoje estou contente. as obras da minha casa começaram...

depois de um casamento real ficam todos monárquicos..
depois do fartote de mortes e eleições de papas, ficam todos católicos....

Resposta ao "passa a outro e não ao mesmo"

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Apanhei muito sol na cabeça de manhã e isso deve estar a fazer com que eu não perceba esta pergunta. Se não posso sair do Fahrenheit 451, não quero ser livro nenhum, já que não quero um batalhão de bombeiros incendiários atrás de mim, ora essa!

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
Credo que ideia! Sou alguma pita para ficar caído por personagens imaginárias? É claro que há miúdas interessantes no mundo dos livros. E confesso que gosto de ler histórias onde são elas as protagonistas (sempre aprendo mais qualquer coisa sobre o seu FUNCIONAMENTO).

Qual foi o último livro que compraste?
Comprei 3 de seguida: "Depois de tu partires" - Maggie O' Farrel
"O códice secreto" - Lev Grossman
"Desaparecido para sempre" - Harlan Coben

Qual o último livro que leste?
Estou a acabar o "Depois de tu partires". Antes consumi "A ratoeira" de Hector MacDonald e antes ainda o fabuloso "Bons augúrios" de Neil Gaiman e Terry Pratchett. E antes... chega, né?

Que livros estás a ler?

Só leio um de cada vez. Gosto de me envolver a fundo na trama. De resto já respondi na pergunta anterior.

Que Livros (5) levarias para uma ilha deserta?

Para reler? Hum... pergunta difícil porque eu não sou de re-leituras. Mas levava o "Último dia" de Glenn Kleier, "Entrevista com o vampiro" e "Azrael" de Ann Rice, "Tusa" de Melvin Burgess e "Killing me softly" de Nicci French

A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?

Hum... isso agora é que é pior... tenho que passar ao Pipinho que tem a mania que é culto; ao Gajo que não deve nem ler o jornal do Metro e à minha querida Errezinha só porque me apetece.

Parafreseando Madame,
TPC cumprido.Resta-vos responder e passar a mais desgraçados.

Desafio da Maria

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Do Albert Cohen , "Belle du Seigneur".

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
Pela Natasha da "Guerra e Paz" , pelo Tenente Mario Conde, pelo Wilt,pelo Smiley, Ripley, sei lá eu . Acho que ainda não recuperei e ainda estou sem personalidade própria.

Qual foi o último livro que compraste?
Nunca compro um livro sozinho. Pode morrer de solidão acrescida.

Qual o último livro que leste?
Boa pergunta. Finalizei três ao mesmo tempo quase. Gostei bastante dos "Impostores" do Santiago Gamboa. Ah e o último da Rendell claro.

Que livros estás a ler?

Do Mario Vargas Llosa "La fête au bouc" e do Philip Roth "La tache". Não é snobismo. Os livre de bolso franceses são baratos e bem traduzidos.

Que Livros (5) levarias para uma ilha deserta?

Uma biografia do Dickens escrita pelo Peter Ackroyd e o livro sobre a evolução das cidades do Lewis Munford. E tudo o que é da Plath e escrito sobre ela . Talvez o Graham Greene todo também. Ops, já excedi.

A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?

Vou passar o testemunho a quatro vítimas: Ao Gasel porque sei que ele gosta de ler, ao F que gosta de posts curtos , ao carlos para ele variar da música e à luz para arejar das violas!

E tenho dito. TPC cumprido.Resta-vos responder e passar a mais desgraçados.

25 de Abril


Cravos aos molhos...
E beijos.
E abraços.

:o)

24 de abril de 2005

Liga podre

O colo cheira mal. Mas a história ainda não está terminada.

Arranjamentos, arranjinhos e arranjações.

Bem hoje também estou muito bem disposta. Não por razões objectivas, mas estou.
Agora aguardo os arranjadores de coisas, equipas multidisciplinares que se deslocarão a minha casa para revisão dos equipamentos.
Seres felizes não têm grandes histórias para contar:)
That´s all folks!

Um lindo dia

Está um lindo dia, um dia extraordinário.
Sinto-me muito bem, completamente feliz... ando capaz de tudo!

Quero ser como o Papa Bento XVI, do vaticano.
Quero ser como o Nuwanda, do Clube dos Poetas Mortos.
O Gasel morreu...
A partir de agora quero que me tratem por Jabbagasel, the Hutt!

Li agora, com surpresa, que o Besugo já não dá o campeonato como ganho, já não diz que na Luz são favas contadas, blá blá... Ainda bem porque, depois de 2 ou 3 posts nesse estilo, já andava a ficar irritado. Se lêsse outro igual, comia-o todo, com espinhas e tudo. Gosto de besugos!

PP: Antes do grande jogo, outro não menos grande: Farense-Ginásio de Tavira, em infantis.

23 de abril de 2005

Post D (o post mais longo)

Estes dias que se seguiram à eleição do novo Papa e, especialmente, o coro de protestos que se ouviram por todo o lado, fez-me reflectir um pouco sobre esta questão da interacção do terreno (Igreja) com o divino (Religião).
Antes de avançar, um ponto prévio. Como já aqui afirmei, um dia, sou um católico "cultural" e "não-praticante", seja isso o que for. Revejo-me na maioria dos principios éticos e morais da religião católica, tento (ohhh, pobre pecador…) cumpri-los no meu dia-a-dia, não cumpro para com as obrigações da Igreja. Os meus filhos não foram baptizados após o nascimento, ambos iniciaram a catequese, por nossa imposição, desde os 5 anos até ao seu baptismo. A Gena foi baptizada há 3 anos e, um ano depois, abandonou. O Manel será baptizado para o ano que vêm.
Algo empurrado pelas obrigações dos miudos, de forma bastante irregular, participo nas celebrações e vou a reuniões… muito irregularmente. Mas, acabo por achar interessante "ver" a celebração da missa com uns olhos totalmente diferentes daqueles de que me lembro em criança. Agora entendo, e tiro um sentido, das leituras das escrituras e da homília do padre. Agora entendo o significado dos diferentes rituais efectuados na celebração. Agora entendo o Credo, que dantes papagueava em coro com os restantes.
O Credo… por muitas vezes o tenho revisto e analisado, e me posicionei perante ele. O Credo diz tudo, é o que define um indivíduo como católico, apostólico e romano. É o que nos torna papistas! Eis então, o que sinto em relação ao Credo:

Creio em um só Deus,Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Sim, creio. Creio que pode existir um Deus, ou algo superior ao nosso entendimento, e que pode estar na génese deste nosso mundo, do universo… da nossa vida. Embora o "pode", não devesse ali estar!

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Único de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio de Maria Virgem e Se fez Homem.
Tambem por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus,onde está sentado à direita de Deus Pai. De novo há-de vir cheio de glória, para julgar os vivos e os mortos; e o Seu Reino não terá fim.


Sim, creio… mas com mais dúvidas! Jesus pode ter sido a encarnação de Deus da terra, vindo com o propósito da salvação da humanidade. Passando ao lado do "encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria", que abordarei a seguir, o resto é história e também creio. Mas, uma vez mais o tal "pode"…

Creio no Espírito Santo, Senhor e Fonte de Vida que procede do Pai e com o Pai e o Filho recebe a mesma adoração e a mesma glória. Foi Ele que falou pelos Profetas.

Pois, é aqui… Aqui é mesmo preciso fé. Fé a sério, e é isso que me falha. Não creio no Espírito Santo, luz, centelha divina, que habita em nós. O conceito de Espírito Santo sempre me escapou, nunca o fui capaz de abarcar. Não, não creio…

Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Reconheço um só Báptismo para a remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir. Amen!


Não creio na ressurreição dos mortos… definitivamente, não creio!. Se… Se existe uma outra vida, em comunhão com Deus, além desta, será sempre num outro sítio.

Dito isto, afinal sou "meio-católico"… ou não sou nada, como já me disseram! Falta-me a Fé.
Tendo feito esta declaração de princípios, vamos ao que me trouxe: O Papa e a sua eleição.

Em primeiro lugar: o "tempo" da Igreja (e do Papa), não é o nosso "tempo". O seu "tempo" é quase intemporal. O que para nós é uma vida, para a Igreja é um dia. O que para nós são 100 anos de progressos e evoluções, a que nos temos que adptar, para a Igreja é uma breve fase da sua história, que terá que ultrapassar como melhor souber, sabendo que mais mil fases iguais (ou completamente diferentes) a esta aí virão. Se a Igreja sobrevive desde há quase 2.000 anos é por manter esta postura, a que muitos chamaremos dogmática e conservadora, mas que serve de pilar fundamental da nossa sociedade nos seus piores momentos. Se a Igreja se procurasse adpatar a todas as novas marés de ideias e correntes de opinião, que vão surgindo nesta nossa viagem vertiginosa, deixaria de ser a Igreja e passaria a ser uma qualquer associação cultural ou profissional, no fundo um partido político como qualquer outro. E para partidos políticos a correr atrás da última ideia fracturante, os que temos já nos chegam.
E cometeu erros, pois claro… sempre são 2.000 anos, alguns muito graves. Mas de erros iguais, está a história de todos repleta.

Em segundo lugar: A mudança de nome do cardeal, ao ser eleito Papa, não é só um acto simbólico. No fundo quer dizer exactamente isto: o Cardeal Joseph Ratzinger morreu e nasceu o Papa Bento XVI. Não se deve inferir o vai fazer o novo Papa, por aquilo que fez o velho Cardeal, apesar de ser a mesma pessoa. O comportamento e atitude de um homem da Igreja perante o mundo, depende muito das funções que exerce. O padre Ratzinger participou, e foi um dos teólogos mais "revolucionários", do tão propalado Concílio Vaticano II que abriu a Igreja Católica ao mundo. Nesse tempo era professor de teologia na vanguardista Universidade de Turbingen, na Alemanha. Estavamos nos anos 60. O Cardeal Ratzinger foi o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cuja função é zelar por manter a "pureza" da doutrina e evitar que novos conceitos, ainda não completamente estebelecidos e compreendidos, sejam julgados como fazendo parte da doutrina. E aí ele é conservador, dogmático e injustamente apelidado de Inquisidor-Mor. Estavamos nos anos 90. O que o Papa Bento XVI irá fazer, ninguém faz a mínima ideia. Por isso, e quanto a mim, qualquer juízo formulado agora, é precipitado.

Em terceiro, e último, lugar: o que mais me espanta é que o maior coro de vozes críticas e ofendidas venha de assumidos ateus, agnósticos ou católicos "nunca-praticantes". E de dirigentes de associações em nada relacionadas com a Igreja Católica. Invocam a influência do Papa no mundo…pois bem, mas nunca vi o Papa ou qualquer bispo, fazer declarações de imprensa a proclamar que o eleito presidente da Internacional Socialista é demasiado vanguardista!
Em complemento a este terceiro ponto, deixo dois testemunhos:

Como bom protestante que sou, setenta e cinco por cento do meu corpo é água e os restantes 25 anti-catolicismo plasmático. Mas ontem ao deparar-me com a consternação das boas consciências perante a escolha do novo Papa eu juro que senti ânsias em ser romano.
By Tiago Oliveira Carvalho, in Voz do Deserto

Entendo e concordo com pessoas como o bispo D. Januário Togal Ferreira, para as quais seria preferível a nomeação de um Papa da América latina ou outras latitudes. Ele sabe do que fala. O que não faz sentido é ateus e agnósticos ficarem "ofendidos" com a nomeação de Ratzinger.
By Vitor Rainho, in Expresso

PP: Crucifiquem-me… comecei a ler O Zahír, do Paulo Coelho. Disseram-me que me retrata!

PPP: Calhou hoje ouvir num filme, de raspão, uma das frases mais brilhantes que conheço, em inglês: …And if lovers stay together, it is not because they forget, it is because they forgive!

Mensagem

Post para o DQV:
ABS no Piquinho neste momento.
Saudações!


(e nós com montes de inveja)
Ora então muito bom dia! Depois de muito trabalho, lá consegui resolver o problema que o computador tinha e posso blogar novamente. Deixo convosco um pequeno poema de Francisco Tavares a um poeta medíocre, que lhe mandou um folheto de versos "Torturas da vida", pedindo a sua opinião. Escreveu Francisco Tavares:

No dia 2 de Novembro
vi-o numa leitaria:
Achei-lhe cara de membro...
De membro da Academia.

Se você procura assunto
para um futuro trabalho
não puxe pelo bestunto
nem torture mais a vida:
vá torturar o caralho!

22 de abril de 2005

O regresso

Os mais atentos já teriam reparado que voltei. Depois de um período de reflexão. Depois das feridas saradas. Para os que me conhecem sabem que quando participo em algo é para valer. E ou estou ou não estou. Por isso me ausentei estes meses. Se agora apareço perante vós é porque estou com firme vontade de participar activamente.
O registo será o mesmo. Certamente não agradará à maioria. Mas compreendam que não estou à altura da vossa intelectualidade (ou não me apetece estar...). Este meu boneco tem o que de básico há em mim e esconde aquilo que não me apetece mostrar... mas que alguns já conhecerão um pouco. Há que olhar para dentro do monstro...

Fim De Semana

Sábado:
Jamie Cullum

@ Freeport Alcochete

Domingo:
Rufus Wainwright

@ Coliseu dos Recreios


E, acima de tudo, dia 31 de Maio:
Antony and The Johnsons

@ Aula Magna (que eu adoro).

Sandokan, Sandokan, sem cuecas e sem soutien!!!

DEDICADO AO AMÉRICOZINHO!!!

Kabir Bedi

Star of the Italian Television Series Sandokan

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Just as Sean Connery is considered to be the quintessential James Bond, so Kabir Bedi is considered to be the ultimate Sandokan. Based on a series of books written 120 years ago, Sandokan tells the story of a Malaysian Robin-Hood-like pirate. It was made into a television series in Italy in 1976 and a powerful actor was needed to star as the title character. Kabir, who is a native of India, was perfect for the role. When Sandokan premiered, it rocked Italy. He became so popular that he was often mobbed by fans. Once, in Spain, he ran over the tops of cars in a desperate attempt to escape the crowd. He was later summoned to the police station to pay for the damage caused to the vehicles. At airports throughout Europe, women would bare their thighs for his autograph.

Dúvidas.

Estou aqui com a merda dum post aberto há montes de tempo e não sei o que escrever.
Deveria? Sim, deveria saber? Que raiva?
Ai que almoços de festas à sexta feira são dolorosos de consequências. A culpa é do Sr João, o das bebidas brancas, ah pois é.
E quem sai às 19:30, quem sai?
Foda-se que sou mesmo azarenta.

Leituras ritmicas

taa ta ta, taa ta ta, ta ta ta ta, taaaa, taa taa...

Irmão

Tenho um irmão na practica do mal! :)
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rare single malt

um homem foi condenado a prisão perpétua por um crime que não cometeu.

foi parar a um estabelicimento prisional pior que a ilha do diabo e alcatraz juntos.
não podia fazer nada. os carcereiros eram tão sádicos que nem deixavam os prisioneiros masturbarem-se.
quem tentava levava cacetada da grossa.
ao fim de 12 anos, finalmente provou-se a sua inocência.
depois de passar 12 anos literalmente a seco, quando finalmente foi libertado, correu e entrou no primeiro bordel que viu pela frente, atirou o dinheiro para o balcão e pediu:
- uma mulher pelo amor de deus!

apareceu uma loira meio desgastada que levou o indivíduo para o quarto.
ele conta-lhe toda a história dos 12 anos de prisão privado de sexo.
ela dá-lhe uma valente chupadela e o tipo atinge o orgasmo em menos de 15 segundos, enchendo a boca da senhora...

ela fica um instante quieta, com a solução na boca, a passear para lá e para cá.
o tipo ainda tremendo de tusa fala:
- vamos continuar?
a prostituta faz sinal com a mão para ele esperar e continua com o esperma na boca. ele impaciente:
- caramba! ou cospes ou engoles logo esssa porcaria! parece que estás a bochechar! ela faz mais uma vez sinal com a mão para ele esperar.
ele insiste:
- vamos lá! engole ou cospe! vamos continuar...

ela, impaciente, fala com a boca cheia:


- porra não podes esperar???? não é todos os dias que se prova um de 12 anos!!!