25 de março de 2005

"Ter lido (Júlio) Verne na infância foi um desses golpes de sorte, um autêntico bambúrrio de lotaria, que ajudou a modelar a minha fantasia, ensinando-me que é pelo sonho que devemos ir, mesmo quando nos deixamos guiar pela razão".
António Mega Ferreira, Visão, 24-3-2005

Estava esta citação em destaque, no Público de hoje.
Efectivamente, o Júlio Verne era mais do que a aparência dele mostrava. Um burguês certinho, enquadrado na sociedade da época, mas que tinha o prodigioso dom de fazer sonhar e criar realidades completamente diferentes.
Não falo só dos eventos cientificos e tecnológicos, que imaginou muitos anos de eles serem exequiveis, mas mais exactamente a definição do AMF: o deixar-nos guiar pelos nossos sonhos.
Para mim há uma personagem fundamental na obra dele. O capitão Nemo. O homem enigmático, que molda o seu próprio mundo e reconstrói uma realidade que lhe serve. Não esqueço o Ilha Misteriosa, o Herói de Quinze Anos, a Viagem ao Centro da Lua, o Miguel Strogoff, A Volta ao Mundo e tantos, tantos outros. Com ilustrações maravilhosas, alguns ainda herdados de avós e tios, com encadernações que apetecem afagar.
De facto o AMF tem toda a razão. Tem muita sorte aquele que começou a ler pelo prazer de o fazer.
E vou pensar mais no assunto.

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