26 de janeiro de 2018

O lixo imaginário e o amor real

Deoclides e Valdineide - luxo real sobre o lixo do mundo.
Foto: arquivo pessoal facebook
A grande notícia era o fechamento do maior depósito de lixo a céu aberto da America Latina, que fica em Brasília, há pouco mais de dezoito quilômetros da  Praça dos Três Poderes. Mas uma história de amor roubou a cena. Pelo ineditismo. Pelo vigor. Pela capacidade do ser humano de transformar o lixo do mundo em luxo pessoal.

Valdineide, catadora de lixo reciclável que, há vinte anos, tira do "Lixão da Estrutural" o sustento da vida, conheceu e apaixonou-se por Deoclides, outro catador que também encontrou ali uma forma de levar a vida com dignidade. Vinte e quatro anos de idade distanciam o nascimento dela para o dele. Mas isso não se traduz em obstáculo para o amor.

Ela não teve dúvida quando o viu. Queria namorar com ele. Tomou a iniciativa, que foi bem aceita. O amor se consolidou em um ano. E às vésperas do fechamento definitivo do lixão, ela decidiu que queria casar bem ali.


O resto da história a vida se encarregará de contar. Mas o início de tudo está bem ai, no pouco que a crônica de sexta, feita para o Repórter DF, da TV Brasil, consegue retratar. Que a coragem e a alegria de viver acompanhem estes dois. Eles já deram mostra do que são capazes.

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