29 de junho de 2015

Alto do Pina é que é

Ontem passaram na nossa rua, orgulhosos da vitória e com vontade de serem mimados pelos fregueses, que não lhes pouparam carinho.
Fotografia Miguel Gil
O Alto do Pina é que é:)

27 de junho de 2015

O nosso lugar

Desenho de Tagarro para um conto de Eduardo Frias no Magazine Bertrand em 1928.. A história é a de um rapaz demasiadamente "colado à mãe. Os rapazes devem imitar os pais, visto que são homens". Tão bonito como o texto são os poderosos desenhos de Tagarro.

26 de junho de 2015

As malhas caídas

Há uns anos em Lisboa, ainda se viam afixados em janelas de caves, uns pequenos cartazes com os dizeres "Apanham-se malhas". Geralmente eram senhoras de idade que executavam esta tarefa de reabilitar as collants, por vezes provisoriamente remendados com cola. Agora deitam-se fora, sem dó nem piedade. E essas senhoras também desapareceram por completo.
Modas e Bordados, 1950

25 de junho de 2015

Lisboetas

Ontem no metro, entro ao mesmo tempo que uma senhora frágil mas decidida, provavelmente octagenária. Senta-se e começa logo a conversar. Conta que apanha o metro só para se distraír e falar com as pessoas boas que encontra. Apesar dos muitos filhos e netos, prefere conversar do que lhe dóí com estranhos. Mas ressalva segunda vez, estranhos que sejam boas pessoas. Sabem, porque eu tenho um carcinoma, que é uma coisa má. Tinha uma ferida que não curava e o médico há dois dias, disse-me que tenho de ser operada. Por cinco anos não me vou preocupar, mas é uma coisa muito má mesmo. Sabem os senhores, carcinoma é cancro. Mas eu vou vencê-lo, não vai dar conta de mim. Faz-se um grande silêncio e ninguém sabe o que lhe responder. Seguimo-la com os olhos, quando se despede, enérgicamente e caminha apressada para a saída. E a imagem que me fica é o seu olhar, desafiante e intenso.

24 de junho de 2015

Com Clarim toca a lavar !


Em minha casa liam-se muitas revistas ( para além dos jornais), desde a Flama, Século Ilustrado e Paris Match. às revistas de bd do meu irmão João, às revistas francesas de modas e bordados da minha avó e outras tantas que já não recordo. Talvez se deva a isso o meu fraco por revistas velhas e gostar de as reler. Impus a mim mesma fazer alguma triagem, agora que vou reorganizar o espaço. Mas confesso que até a alma me dói. Entretanto, sorri ao reencontrar este anúncio do sabão clarim e surpreendo-me com a elaboração do texto.

23 de junho de 2015

Vossa Excelência

No tempo em que a publicidade tratava o seu público por "Vossa Excelência" E em que a Adalina acalmava agradavelmente.

22 de junho de 2015

Santos

Eram assim as capas do Magazine Bertrand, desenhadas por Tom. E vivam os Santos Populares.

Admirável mundo novo : computadores vs oradores ao vivo

 
 


Na pausa para almoço, percorro as notícias do FB. Encontro referência aos jogos artesanais do passado, daqueles de elaboração rápida (um deles, conhecido como "quantos-queres"). Hoje os tempos são distintos. Uma coisa observada em congressos e seminários, entre uma assistência em idade adulta, consiste na utilização de portáteis em jogos de cartas, consulta de correio pessoal, leitura de notícias ... Solidária com os oradores, fico a pensar como seria motivador olhar para uma assistência que escuta e olha com interesse para quem apresenta comunicações, estudos , (afinal ninguém é obrigado a estar presente, ou será que há uma obrigatoriedade a escapar?).

Quanto aos adolescentes em sala de aula, perde-se a conta à diversidade de estratégias de camuflagem bem utilizadas no que diz respeito à utilização de smartphones e afins. Recuando ao tempo de liceu, designação do passado, lembro o passatempo mais votado em aulas 100% expositivas, o jogo de eleição era a batalha naval. A concentração na tarefa era de tal ordem que, de quando em vez,o silêncio ou a voz do professor eram cortados por um "porta-aviões ao fundo!!!". Entre os jogos do século passado e os de hoje, quais poderão gerar maior apreensão? De momento, só me ocorre a utilização da parafernália tecnológica para, em testes e diferentes provas de conhecimento, se poder contar com "auxiliares de memória", tais como dicionários e outros... (talvez a dispersão também seja mais convidativa, pois isto de batalha naval também não era prática constante, ou ainda a tão propalada atitude de tirar fotografias durante as aulas...)

21 de junho de 2015

Ovomaltine

Poderei resistir até ao fim?
E era tão diferente, palavrosa e formal, a publicidade ao Ovomaltine dos anos 30 do século passado...
Magazine Bertrand, 1931

Voga

Era assim a publicidade da Revista Voga em 1929...

19 de junho de 2015

As Pintas

A Tragédia do segundo Vestido de Pintas, Magazine Bertrand, 1929

18 de junho de 2015

Leitura para Todos

Uma capa do Magazine Bertrand de 1929...No tempo em que se consumiam magazines e almanaques de leitura para todos.


14 de junho de 2015

A jardineira

Achei graça a esta jardineira, devidamente apetrechada, de sétimo andar nas avenidas novas. Não foi hoje, claro:)

A Menina dos Olhos Castanhos

O Armando Ferreira está quase esquecido actualmente, embora tivesse sido um sucesso na época em que viveu, assim como acontece com André Brun. Eu descobri-o tardiamente e gosto de me sorrir com os finos e irónicos retratos que traça da sociedade lisboeta. Encontrei este belo livro nos leilões do Espaço Ulmeiro, que a quem não conhece, recomendo. Quanto à capa, talvez seja do Stuart, não sei. Sei que a da segunda edição foi desenhada por ele, mas esta é a terceira. Quem sabe?

11 de junho de 2015

A chandleriana



Outra capa da Eva, da autoria de Maria Adelaide Lima Cruz. Gosto destas mulheres, lembram-me o Raymond Chandler e as suas perigosas e belas personagens.

10 de junho de 2015

Adelaide

Gosto de folhearr as Revistas Eva que tenho vindo a amontoar sem grande método. Esta capa encantou-me, de autoria de Maria Adelaide Lima Cruz. E fico a pensar como estão tão esquecidas estas mulheres ilustradoras e pintoras das primeiras décadas do século XX. 
Revista Eva, 1932

8 de junho de 2015

à sombra

Tomava o seu primeiro almoço no Jardim Fernando Pessa.Olhava as pessoas, refugiado à sombra de uma árvore e ia mastigando um "panito". Fiquei a pensar, no que seria a sua história de vida e o que tinha levado a estar assim.